sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Manual de integração de novos convertidos

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
jsoliveiraconstrucao@bol.com.br



De cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez descem às águas batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano do batismo. Uma das razões principais para isso é a falta de integração do novo convertido ao seio da igreja.

• Como envolver o novo convertido

A igreja não cresce com o simples ato de convidar as pessoas ou quando elas se decidem a Cristo. Este é apenas o ponto de partida para a vida cristã. O que leva as pessoas a permanecerem na igreja é quando elas se sentem amadas e quando se relacionam e são envolvidas com outros (1Jo 1.3; 3.18).

Se alguém aceita a Cristo, o que a igreja fará por ela durante a próxima semana? Infelizmente pouco fará, ou quase nada fará, pois são deixadas em segundo plano sem se quer dar-se conta de que estão presentes no culto.

As igrejas gastam muito tempo em atrair, pouco em envolvimento e muito pouco em integração, que gera reprodução que, por sua vez, gera crescimento (Jo 1.41,42). Alcançar novas pessoas e não velhos crentes é a tarefa da igreja. Envolvê-los, depois de atraí-los, é o primeiro passo para que permaneçam na igreja.

• Estratégias de envolvimento

Fazer com que o novo crente participe de um pequeno grupo como, por exemplo, uma classe específica na Escola Dominical.

Receber visita, com hora previamente marcada. De preferência homem visitando homem, mulher visitando mulher, jovem visitando jovem ou um casal fazendo isso, ou a liderança de departamento. A igreja precisa de introdutores amáveis e educados, de preferência homem e mulher.

Após a decisão mediante o convite para aceitar a Cristo, os novos crentes deverão ser conduzidos a uma sala à parte para um breve aconselhamento espiritual tendo os seus nomes, endereços e telefones devidamente anotados observando dia e hora apropriados para visita.

Os pecadores aceitam a Cristo e, em muitos casos, são abandonados à própria sorte sem qualquer acompanhamento espiritual. O máximo que pode acontecer é recebem uma visita, isto se os endereços forem corretamente anotados.

• A integração na igreja local não é uma incorporação qualquer a um grupo social.

Embora a igreja local seja um grupo social, deve dela tomar parte somente quem demonstrar que nasceu de novo, da água e do Espírito, ou seja, que tenha sido salvo por Jesus.

É evidente que a igreja local deve ter departamentos e atividades dirigidos às crianças, adolescentes e jovens, quase sempre familiares de membros da igreja local, mas não podemos nos esquecer que tais departamentos e atividades devem ser, sobretudo, evangelizadores.

É um evangelismo feito dentro das quatro paredes do templo. Entretanto, como Deus não tem neto, mas somente filhos fazem-se necessário, para que estes familiares sejam integrados na igreja local, que, assim como os que são alcançados pela evangelização “externa”, também sejam submetidos a um processo de verificação do novo nascimento nas suas vidas.

Não se pode levar a batismo alguém única e exclusivamente porque “nasceu em berço evangélico”, mas alguém que, tendo tido a graça de ter nascido em um lar evangélico, encontrou-se com o Senhor Jesus e foi salvo por Ele, dando frutos dignos de arrependimento.

A “conversão em massa”, ou seja, a integração de pessoas à igreja local sem que se tomem os devidos cuidados para verificação de que se trata de novas criaturas, de pessoas salvas e regeneradas, não traz proveito algum à igreja local nem tampouco à causa do Evangelho.

O processo de paganização da Igreja, que levou ao surgimento da Igreja Romana e das Igrejas Ortodoxas, do chamado “cristianismo apóstata”, está diretamente relacionado com as “conversões em massa” que passaram a ocorrer no Império Romano depois que Constantino fez cessar as perseguições aos cristãos e demonstrou simpatia pelo Cristianismo.

A partir de então, muitos, querendo ser “simpáticos” ao poder político, passaram a se “tornar cristãos”, deixando-se batizar e os cristãos, até então perseguidos, inebriados por este crescimento quantitativo e numérico (que acabou por resultar, também, em poder político para os bispos e demais integrantes da cúpula hierárquica das igrejas locais…), caíram na armadilha do adversário e, em pouco tempo, não havia mais diferença alguma entre cristãos e pagãos, com o surgimento das práticas que apenas deram “roupagens cristãs” a crendices e rituais do antigo paganismo.

Os nossos dias não são diferentes. Muitas igrejas locais e denominações estão como que anestesiadas pelo “aumento do Evangelho”, que nada mais é que um crescimento numérico e quantitativo, acompanhado quase sempre de poderio econômico-financeiro e político, que tem feito muitos se esquecerem de verificar a real transformação das pessoas antes de integrá-las às igrejas locais pelo batismo.

Muitos, a propósito, chegam a defender que a pessoa pode se batizar tantas vezes quantas achar necessário, como se o batismo nas águas fosse uma banalidade ou um mero banho que precise ser repetido diariamente.

Ser “evangélico” virou moda e muitos se submetem ao batismo nas águas para “provar” que se converteram e tais conversões apenas têm servido para escândalos e prejuízos ao Evangelho, e, não poucas vezes, servido para encher os bolsos de muitos.

Outros, na competição desenfreada por cargos e posições nas burocracias eclesiásticas, têm procurado aumentar o número de batizandos em suas igrejas e, para tanto, recorrem a todos os subterfúgios possíveis, como o batismo de crianças e de adolescentes, que nem sequer se conscientizaram do que é o batismo e que é servir a Cristo (e, neste ponto, filhos de crentes são o alvo preferencial…), o batismo imediato de pessoas que se decidiram por Cristo, ainda que não tenham sequer se libertado de seus vícios ou de sua vã maneira de viver, o rebatismo de pessoas de outras denominações, sob as mais absurdas teses e justificativas doutrinárias e, pasmem todos, até mesmo o rebatismo de irmãos da própria denominação, sob a rubrica do “justo motivo”, tão somente para fazer número e apresentar em relatórios.

A que ponto chegamos, como tem se aviltado uma ordenança de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Urge, portanto, que demos ao batismo nas águas o seu real valor, que o vejamos como o ato final de um processo de integração, como o testemunho público não só do batizando, mas da igreja local, que se está diante de uma ovelhinha de Jesus Cristo, de um ser transformado pelo Evangelho, de uma nova criatura, de alguém que anda na luz de Cristo, que está caminhando para o céu;

Não nos preocupemos com os números, não busquemos nos enganar a nós mesmos, nem capitulemos à mentira e à hipocrisia, mas façamos do batismo nas águas um instante de realização e de alegria não só do batizando, mas de toda a igreja local, certos de que aquele que está a descer às águas é uma alma que foi arrebatada do poder do mal e que, com a colaboração de toda a igreja local, hoje, publicamente, pode dizer e comprovar que é alguém que está nas mãos do Senhor Jesus e que ninguém poderá arrebatar.

Com o batismo nas águas, tem-se o completar do trabalho junto ao novo convertido, pois agora, mediante a confissão pública que é visível a toda a sociedade e não só à igreja, tem o aparecimento da plantinha que havia germinado e que o mundo ainda não tinha visto que se tornara uma “nova criatura”.

Tem-se, então, uma linda manifestação do reino de Deus para toda a humanidade, uma vida transformada, mudada, que agora, publicamente, se manifesta para que todos vejam que Jesus salva e transforma o homem. Temos deixado tal manifestação do reino de Deus se revelar entre nós?

Atitudes quanto à visita aos novos convertidos

“Adotar” um novo convertido e acompanhá-lo até que se firme na fé, é o método de maior resultado quando a igreja o leva a sério.

Como podemos conservar os Novos Convertidos na Igreja?

1. Através de relacionamentos pessoais.

2. Fortalecendo o conhecimento da Bíblia, Doutrina e História da Igreja.

3. Fazendo discípulos:

a. GANHAR

b. CONSOLIDAR

c. DISCIPULAR

d. ENVIAR

• Relacionamentos Pessoais

A vida é constituída de relacionamentos;

4[quatro] dos 10[dez] Mandamentos falam do nosso relacionamento com Deus;

Enquanto 6[seis] falam sobre nosso relacionamento com as pessoas;

Todos os 10[dez] Mandamentos são sobre relacionamentos.

A vida consiste em AMAR e AMAR só é possível através de RELACIONAMENTOS.

2- Fortalecendo o conhecimento:

2.1- Da Bíblia

A Bíblia é tão essencial para nossa vida como o ar que respiramos, a comida, a água…

A Bíblia deve ser sempre a primeira e a última palavra em nossa vida;

A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida;

Como podemos afirmar que cremos em Deus se não conhecemos a sua Palavra.

Se dedicarmos 30 minutos de leitura diária da Bíblia em 1[um] ano teremos lido toda a Bíblia; Plano de Leitura da Bíblia em 1[um] ano: ler 3[três] capítulos de segunda à sábado e 5[cinco] capítulos no domingo.

2.2- Da Doutrina

Doutrina é tão importante quanto relacionamento;

É um fundamento, um alicerce bem estruturado para impedir que haja desmoronamentos;

“Porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.”[Provérbios 4:2]

2.3- História da Igreja Há igrejas onde tornar-se membro significa apenas adicionar o nome no rol, sem nenhum requisito ou expectativa;

Seguir a Cristo inclui integrar, não apenas acreditar;

A igreja é um corpo, não um edifício; um organismo, não uma organização;

A diferença entre visitar uma igreja e ser membro está no comprometimento;

Membros se envolvem no ministério e contribuem;

Visitantes ficam à parte, consomem, querem os benefícios que a igreja traz, sem participar das responsabilidades.

3- Fazer Discípulos

“Ide e fazei discípulos”[Mateus 28:19]

Discipulado é uma proposta neo-testamentária para formar, acompanhar e gerar discípulos;

No decorrer da história, muitos influenciaram vidas, ganharam e fizeram muitos discípulos;

Jesus é o nosso supremo exemplo de como recrutar discípulos e multiplicá-los;

Discipulado é uma maneira de ser, um estilo de vida no expressar da fé, de testemunhar o Evangelho das Boas Novas do Senhor Jesus Cristo.

4- Acompanhar os Novos Convertidos

Você evangelizou e ganhou vidas para o Senhor Jesus Cristo.

Pergunta: E agora, o que eu faço?

Depois disto é preciso ajudar o Novo Convertido a desenvolver sua fé e firmar seus passos dentro da visão de crescimento espiritual.

Algumas atitudes necessárias:

Ser objetivo no propósito da visita;

Não se demorar demasiadamente;

Respeitar a liberdade no lar;

Não discutir assuntos polêmicos, (de caráter político, ciência ou religião);

Incentivar a ter um momento de oração;

Orientar para a necessidade de ler a Bíblia;

Informar da programação de trabalhos da igreja seus dias e horários.

A salvação é com Jesus, o discipulado é com a igreja. O novo convertido é uma criança na fé. Ela precisa de cuidados espirituais e cuidados especiais nessa faze inicial da caminhada cristã, pois muitas são as suas dúvidas e as indagações. Abandone uma criança ou deixe-a fazer o que julgar certo e veja o resultado, não será nada bom.

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”
(Mt 28.19,20)

Infelizmente, poucos "cristãos" preocupam-se com o processo de integração do novo convertido. Sem falar dos que nem geram filhos espirituais, não evangelizam, não vão atrás de uma alma com amor, dedicação, empenho. Existem pessoas que estão anos ou estiveram anos na igreja e disseram que nunca evangelizaram ninguém.

DE QUE TRATAR NA INTEGRAÇÃO

a - O "Pai Espiritual deve doutrinar o recém convertido com o seguinte:

SOBRE CERTEZA DA SALVAÇÃO

— Muitas vezes o novo crente é alvo dos ataques de Satanás no sentido de segurança da salvação.

— Portanto devemos dar orientação bíblica da certeza da salvação ao novo crente.

— Garantia da salvação (Mt 1.21; Jo 3.16; 3.37; 10.9; 11.25; 14.6,17; Rm
6.23; 10.13). Muitas vezes a falta da certeza da salvação é indicação de pecados em sua vida. O orientador espiritual deve abrir a Bíblia e ler (1 Jo 1.9), e explicar o significado do texto enfatizando o termo CONFESSAR.

O orientador espiritual deve levar o crente a orar silenciosamente, confessando todo pecado de que ele tenha consciência.

• SOBRE A VIDA DEVOCIONAL

a) Juntamente com a certeza da salvação que novo crente precisa ter, o orientador espiritual deve também lhe dar orientação a respeito da vida devocional. b) Vida devocional significa: Uma comunhão regular com Deus através da oração, leitura e estudo da Bíblia.

c) Vida devocional é o tempo que o crente dispensa, cada dia, para cultuar a Deus, recebendo d‘Ele algo para sua vida espiritual.

d) Ensine essas referências bíblicas ao novo crente, para que ele viva em constante comunhão com Deus.

- Oração: 1 Ts5.17 Ef 6.18

- Leitura Bíblica: S1 119.11,12

- Cultos: Hb 10.25; S1 122; S1 127

- Louvor: Tg 5.13; At 16.25; S1 104.33; S1 145. 1.2.

• SOBRE A IGREJA LOCAL

a) A Igreja não é o prédio, mas é a comunidade cristã, isto é, o grupo dos crentes regenerados.

b) O novo decidido, desde o momento da sua conversão, faz parte do corpo de Cristo, a Igreja Universal. Mas é preciso que também faça parte da Igreja local.

c) O verso clássico a respeito desse assunto encontra-se em Hb 10.25. E o exemplo aí é bem claro, que o novo crente precisa da Igreja local para receber dela orientação e dar a ela sua cooperação.

d) O novo crente precisa da comunhão e da confraternização com outros crentes.

• SOBRE CONFESSAR CRISTO COMO SENHOR (TESTEMUNHAR)

a) O orientador espiritual, deve incentivar o recém-convertido a falar logo depois com outras pessoas a respeito de sua conversão.

Paulo exorta que; é com a boca que o povo crente deve confessar (testemunhar) sua salvação. Leia Rm 10.10.

b) O novo crente sente-se fortalecido testemunhando sobre o que Cristo fez na sua vida.

c) O novo crente deve confessar a Cristo. — Confessá-lo publicamente (Mt 10.32).

d) Diga ao novo crente: "Você é a luz do mundo". (Mt 5.14).

". . . você é testemunha de Cristo". (At 1.8).

• QUATRO MEIOS DE EFETUAR A INTEGRAÇÃO DE UM RECÉM-CONVERTIDO

Encontramos no Novo Testamento quatro métodos diferentes para efetuar a integração; são eles: o contato pessoal; um representante pessoal; a oração pessoal e a correspondência pessoal. Esses quatro métodos são eficientes para a integração do novo crente.

1 - CONTATO PESSOAL

Um dos métodos mais eficientes ou eficazes é o contato pessoal. Através de encontros diários, tanto Paulo como o próprio Senhor Jesus ministravam a muitas pessoas.

Jesus pode conhecer seus discípulos, com suas necessidades e seus desejos, suas fraquezas e pontos fortes, através desse contato pessoal (1 Jo 1.1,2; Lc 6.13; Mc 3.14, At 1.4).

Paulo viajou pela maior parte da Ásia Menor, mas investiu quase todo seu tempo com poucos homens individualmente. Em At 20.4, lemos que Paulo gastou muito tempo com certos homens. Paulo sabia o valor do Contato Pessoal.

2 - O REPRESENTANTE PESSOAL

Às vezes nós não podemos ajudar na integração pessoal do novo crente que nós ganhamos para Cristo. Por exemplo: quando uma pessoa mora em outra cidade, podemos avisar e mandar outro crente em nosso lugar.

O método mais eficaz é o contato pessoal, mas se isso não for possível, mandar um representante pessoal (fp 2.19.22). b Quando Paulo não podia visitar as Igrejas na Ásia Menor, ele costumava enviar um representante em seu lugar; Timóteo era o representante pessoal de Paulo à Igreja de Filípos.

3 - ORAÇÃO PESSOAL

Mais um método muito eficaz de integração que Jesus, como Paulo, usaram, é o da oração pessoal pelos novos convertidos.

a. Jesus orava muito com os seus discípulos. Ele intercedeu por Pedro, para que a sua fé não desfalecesse (Lc 22.32). Outros exemplos: (Lc 6.12; Jo 17; Ef 1.16,17; 3.14,21; Fp 3.4).

b. Paulo orava muitas vezes com e pelos seus conhecidos e filhos na fé.

A maioria de suas cartas começa dizendo que ele orava diariamente por eles.

4 - CORRESPONDÊNCIA PESSOAL

A correspondência é excelente recurso para integração.

a. Cartas de incentivos podem ajudar imensamente um novo convertido (Lc 1.3,4; 2Pe 1.12,15).

b. Cartas com estudos bíblicos anexos são um exemplo de correspondência pessoal.

c. Estudos bíblicos através de cartas que podem ser usadas com os novos convertidos:

— Você tem uma nova vida

— Convivência com Cristo

— A vida controlada pelo Espírito

— Convivência com outros crentes

— Falando a outros de Cristo

— Certeza da presença de Cristo

• COMO PAULO CONSERVOU OS RESULTADOS EM TESSALÔNICA (1 Ts)

1. Orou por eles: 1.2,3; 3.10.

2. Escreveu para eles (duas vezes): 1 Ts e 2Ts

3. Encorajou-os: 1.6,9.

4. Deu exemplos: 1.5,6; 2.10

5. Estabeleceu um alvo - andar diariamente diante de Deus-2.12; 4.1.

6. Gastou-se a si mesmo por eles: 2.8

7. Relacionou-se com eles: 2.7,9;11

8. Mostrou-lhes a oposição de satanás: 3.4,5

9. Mostrou-lhes virtudes para serem alcançadas: Amor 3.12-4.9; Pureza 4.1,7; Honestidade 4.12

10. Mandou-lhes alguém: 3.6

11. Ensinou-lhes a viver por valores eternos: 4.16,17

12. Deu-lhes instrução específica para vida cristã

13. Escreveu-lhes outra vez para corrigir erros (que descobrimos na segunda carta).

"Isto é Integração"

Quando o novo crente está integrado na fé cristã, assistindo e fazendo parte da Igreja local, mesmo assim o trabalho de sua edificação ainda não está completo.

a. Ele precisa ser discipulado, isto é, ser levado à maturidade Cristã.

b. Quanto ao discipulado, vamos examinar dois versículos básicos a respeito desse assunto: Leia 2 Tm 2.2 e Cl. 1.27b, 28. Nestes versículos, Paulo está nos dando tarefa de ensinar os homens, com finalidade de nos apresentar perfeitos a Cristo.

c. A idéia de perfeição aqui não é no sentido de um homem sem pecados, mas de um homem maduro (adulto) em Cristo.

d. . Para realizarmos o nosso trabalho de discipular um novo crente, é preciso que ele seja alimentado e treinado. Este treinamento inclui:

e. 1 - Como estudar por si as escrituras.

2 - Como comunicar o evangelho.

3 - Como reagir às circunstâncias difíceis na vida cristã.

d. Se o novo crente depender sempre de outras pessoas para auxiliá-lo no seu estudo bíblico, ele será muito limitado no seu crescimento, ou seja, na maturidade da sua fé cristã.

e. Junto com o próprio estudo bíblico, o novo crente tem necessidade de aprender como testemunhar o evangelho de Cristo.

f. É bem claro que para fazer outros discípulos cada crente deve saber como comunicar o Evangelho de Cristo.

g. E quando o novo crente começa a comunicar o evangelho no poder do Espírito Santo o resultado será mais crentes novos para serem "integrados e discipulados".

- Como é lindo este ciclo!

1. Novo Crente

2. Novo Crente integrado na fé Cristã

3. Novo Crente treinado para comunicar o evangelho a outros

4. Outros Crentes Novos.. .

Isto é Integração, Discipulado, é Multiplicação, é o Grande Plano de Deus!

Portanto, sabemos que o reinado de Deus se tornou o aspecto mais distintivo do ensinamento moral de Jesus.

Ele através da sua Igreja conclama as pessoas a arrependerem-se e crerem no evangelho de Deus, implicação essa que se dar no novo nascimento se tornando o velho homem em uma nova criatura (2 Co 5:17).

É claro como já visto na lição passada que o reinado de Deus já fez sua aparição, se bem que de maneira oculta. Como já estudamos na lição anterior, “Arrepender-se” significa afastar-se do antigo modo de vida para abraçar novo modo de vida sob o reinar de Deus. Nesse novo modo de vida, a fé no evangelho ou boa nova de Deus referente ao reinado desempenha papel central.

Essa fé, porém não é uma virtude entre outras; é a virtude abrangente pela qual a pessoa percebe a presença oculta do governo régio de Deus.

Que haja mantimento para os novos convertidos, pois muitos aproveitadores em nosso meio estão invertendo os valores, ou seja, preocupam e investem mais em crescimento do que em amadurecimento. E não são poucos os que estão se escandalizando.

Que Deus tenha misericórdia de nós!

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