sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A história dos mártires da Igreja






Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Esta é mais uma matéria sobre a história dos mártires da Igreja. Vamos acompanhar!

As primeiras perseguições aos cristãos partiram de autoridades judias na palestina. O primeiro mártir registrado nas Escrituras foi o diácono Estevão (At 6 — 7), apedrejado por uma multidão, possivelmente em 36 d.C. O próximo foi Tiago — filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos — morto por Herodes Agripa I em 44 (At 12).

De acordo com Josefo e Eusébio, Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja de Jerusalém foi apedrejado como resultado da instigação do sumo sacerdote em 62, logo depois da morte do governador Festo.

A expulsão dos judeus de Roma ordenada por Cláudio e registrada por Suetônio pode ter sido resultado de um tumulto causado por cristãos judeus que estavam pregando sobre Cristo nas sinagogas.

Nero queria fazer dos cristãos os bodes expiatórios do incêndio na capital em 64 d.C. Suetônio declarou laconicamente: “O castigo foi infligido sobre os cristãos, uma classe de homens dados a superstições maldosas”. A descrição vívida feita por Tácito da brutalidade de Nero vem há séculos mexendo com a imaginação:

Conseqüentemente, para livrar-se da delação, Nero colocou a culpa e infligiu as mais terríveis torturas sobre uma classe odiada por suas abominações, chamada pelo populacho de cristãos. Christus, do qual o nome é originado, sofreu a pena capital durante o reinado de Pôncio Pilatos... Além de sua morte, houve zombarias de todo o tipo.

Cobertos por peles de animais, eles foram rasgados por cães e pereceram, ou pregados a cruzes, ou condenados pelo fogo e queimados, para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo.

Uma fonte cristã mais recente (Sulpício Severo) relata: “Naquele tempo, Paulo e Pedro foram condenados a morte, sendo o primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação”.

Algumas tradições populares, porém, não tem fundamento histórico. Uma delas é de que Pedro estava fugindo de Roma para evitar a perseguição de Nero e encontrou Jesus na Via Ápia. Ele disse: “Aonde vais, Senhor?” (Quo vadis domine?) Jesus respondeu: “Vou a Roma para ser crucificado novamente”. Foi então que o apóstolo voltou à capital para encontrar-se com seu destino.

Outra lenda afirma que Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.

 Vejamos os martírios mais marcantes da história:

OS APÓSTOLOS E DISCIPULOS PRIMITIVOS

1) ESTEVÃO

Foi o primeiro mártir da igreja cristã, e de acordo com a Bíblia ele foi apedrejado (At 7.54-60). Ele morreu orando e suas últimas palavras foram "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". João Calvino, reformador do século XVI, comenta essa oração de Estevão dizendo: "A nós convém, juntamente com Davi (Sl 31.1), entregar as nossas almas nas mãos de Deus diariamente, enquanto estivermos nesse mundo, visto que somos cercados por um milhar de mortes, a fim de que Deus possa livra-nos de todos os perigos; porém, quando tivermos realmente de morrer, e formos chamados para o outro lado da existência, então teremos que voar apoiados nessa oração - Que Cristo receba o nosso espírito.

Pois ele entregou o seu próprio nas mãos do Pai, com esse propósito, o de guardar-nos para sempre. Isso serve de consolo inestimável. Essa esperança deve encorajar-nos a sofrer a morte com paciência".

2) TIAGO O MAIOR, IRMÃO DE JOÃO

Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos apóstolos a ser morto por causa da Palavra de Deus. Ato 12.2 nos informa que ele foi decapitado, a mando do rei Herodes Agripa I. Clemente de Alexandria, um dos pais apostólicos, conta-nos detalhes de sua morte.

Diz ele que ao ser conduzido ao local de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo aos pés de Tiago, pediu-lhe perdão. Logo após, confessou-se cristão e foi morto juntamente com aquele que antes o havia acusado. Juntos foram decapitados.

3) TIAGO IRMÃO DO SENHOR E BISPO DE JERUSALÉM

Tiago, irmão do Senhor e autor da carta que leva o seu nome, com 99 anos foi espancado e apedrejado pelos judeus até a morte. Isso se deu no ano de 63 d.C. Os judeus lhe ordenaram que de uma das galerias do templo clamasse que Jesus de Nazaré não era o Messias.

Mas em vez de falar assim, ele anunciou à multidão que Cristo era o Filho de Deus, e juiz do mundo. Então os seus inimigos enraivecidos o lançaram ao chão, e o moeram com pancadas. Não estando ainda completamente morto, acabaram de matá-lo com pedradas, enquanto ele orava pelos seus inimigos.

3) SIMÃO PEDRO

Pedro foi condenado em Roma a ser crucificado. Hegésipo, um escritor primitivo, conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela insistência deles, ele dispôs-se a fugir.

Ao chegar, porém, à porta, viu o Senhor Jesus Cristo que vinha ao seu encontro. Adorando-o, Pedro indagou: "Senhor, aonde vais? Ao que ele respondeu: "Vou ser crucificado de novo". Pedro, ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou a cidade.

Jerônimo afirma que ele foi crucificado de cabeça para baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.

5) PAULO DE TARSO

O apóstolo Paulo também foi martirizado em Roma.

Abidias, um historiador primitivo, conta-nos que quando foi dada a ordem de execução de Paulo, o imperador enviou dois soldados para dar-lhe a notícia que ele seria morto. Diz esse historiador que o nome desses soldados eram Ferege e Partemio.

Ao chegarem a Paulo pediram oração para que também cressem. Paulo garantiu-lhes que em breve creriam e seriam batizados diante de seu túmulo.

De acordo com a maioria dos historiadores cristãos, Paulo foi retirado de um calabouço em Roma para a execução. 2 Tm 4.13, nos mostra que o apóstolo Paulo estava em um lugar úmido e sentia muito frio, por isso Pediu que lhe enviassem sua capa de inverno.

6) ANDRÉ, IRMÃO DE SIMÃO PEDRO

André, irmão de Simão Pedro, pregou o evangelho a muitas nações da Ásia.

Em Édesa foi crucificado de forma transversal. As extremidades de sua cruz foram fixadas transversalmente no solo. Daí o nome de cruz de santo André.

7) BARTOLOMEU

Era natural de Caná da Galiléia, homem de bom caráter, recebendo por isso o elogio de Jesus Cristo.

foi um pregador que viajou para vários países e por último, foi cruelmente açoitado e crucificado pelos idólatras da Armênia.

8) APÓSTOLO JOÃO

Por ordem do imperador Tirano, foi lançado numa caldeira de azeite fervendo e por um milagre saiu ileso. Depois disso foi desterrado para a ilha de Patmos a fim de trabalhar nas minas de carvão.

Em Patmos lhe foi revelado as profecias dos últimos dias: o Apocalipse. Depois da morte do imperador, João foi solto e voltou para Éfeso de onde escreveu o evangelho que leva o seu nome e as três cartas que também levam o seu nome. Morreu de forma natural em avançada idade.

9) TIMÓTEO

Segundo a tradição eclesiástica Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso e diz que ele morreu ali martirizado quando João estava exilado na ilha de Patmos. Ele foi morto a pauladas por uma turba de idolatras que se encaminhavam para o templo para oferecerem sacrifícios aos deuses.

Você sabe qual era o crime ou o erro dos cristãos primitivos?

Uma carta do governador Plínio ao imperador Trajano, nos primórdios do Cristianismo, mostrando o crime dos cristãos, responde a essa pergunta:

"Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos, um hino a Cristo, como se fosse um Deus, e se ligarem por um juramento de não cometerem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restituí-los.

Depois disso feito, costumavam-se separar-se e em seguida reunirem-se de novo, sem a menor deserdem. Depois dessas informações julguei muito necessário examinar, mesmo por meio de tortura, duas diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva."

10) INÁCIO DE ANTIOQUIA

A tradição diz que ele conheceu Pedro e foi ordenado bispo de Antioquia pelo apóstolo João. Foi condenado pelo imperador Trajano a ser lançado as feras em Roma. Enquanto atravessava a Síria a caminho de Roma, ele escreveu várias cartas. Em uma delas ele diz: "Desde a Síria até Roma estou lutando com feras por terra e por mar, de noite e de dia sendo levado preso por dez soldados cuja ferocidade iguala a dos leopardos, e os quais, mesmo quando tratados com brandura, só mostram crueldade.

Mas no meio destas iniqüidades, estou aprendendo... Coisa alguma, quer seja visível ou invisível, desperta a minha ambição, a não ser a esperança de ganhar a Cristo.

Se o ganhar, pouco me importará que todas as torturas do demônio me acometam, quer seja por meio do fogo ou da cruz, ou pelo assalto das feras ou que os meus ossos sejam separados uns dos outros e meus membros dilacerados, ou todo o meu corpo esmagado.".

Quando chegou em Roma o lançaram na arena com os leões, e ele disse: "Sou, como o trigo debulhado de Cristo, que precisa de ser moído pelos dentes das feras antes de se tornar em pão.".

Depois disso foi comido pelos leões e recebido na glória pelo leão da tribo de Judá.

11) POLICARPO, BISPO DE ESMIRNA

Policarpo foi o discípulo pessoal do apostolo João, era homem muito consagrado e foi o principal pastor da Igreja de Esmirna.

Nasceu em 69 d.C. e morreu em 159 d.C. Escreveu Duas cartas à igreja de Filipos conservadas até o dia de hoje.

Diz a história que ele ao entrar na arena para ser morto ouviu uma voz do céu que dizia: "Sê forte Policarpo! Se homem".

Ele foi condenado à fogueira e quando o fogo acendeu não teve poder de queimá-lo, por fim o mataram a golpes de espada.

Depois de preso por pregar o evangelho, foi inquirido a amaldiçoar à Cristo no que ele respondeu: "Por 86 anos tenho sido servo de Cristo, e ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar de meu Rei, que me salvou?".

12) FELICIDADE E SEUS FILHOS

Marco Aurélio assumiu o trono em 161 d.C. e no ano 180 começou de novo as perseguições. Um dos martírios que mais impacto causou em Roma foi a de Felicidade e seus sete filhos.

Ela foi acusada de ser cristã e o prefeito da cidade a ameaçou de morte, mas ela disse: "Viva, eu te vencerei; se me matares, em minha própria morte te vencerei ainda mais.".

Todos os seus filhos morreram na sua frente. O mais velho foi espancado até a morte. Dois foram golpeados por clavas.

O quarto foi jogado do despenhadeiro. Três foram degolados. Por fim depois de muita tortura, ela foi decapitada.

13) PERPÉTUA, A JOVEM

No reinado de Severo foi martirizada Perpétua, uma senhora casada, de 22 anos, de boa família e mãe de uma criança, era nova convertida, saída do paganismo. Nem com as suplicas de seu pai, ela negou a cristo.

Nesse dia conduziram-na para fora com o irmão, e outra mulher chamada felicidade e as duas foram atadas em redes, e lançadas a uma vaca brava.

Os ferimentos de Perpétua não foram mortais, e a população farta, mas não saciada pela vista do sangue, disse ao algoz (carrasco, indivíduo cruel) que aplicasse o golpe da morte.

Como que despertando de um sonho agradável, Perpétua chegou a túnica mais a si, levantou o cabelo que lhe caíra pelas costas abaixo, e depois de ter dirigido com voz fraca algumas palavras de animação a seu irmão, guiou ela mesma a espada do gladiador para o coração, e assim expirou."

14) BISPO BASÍLIO

O bispo Basílio foi um dos que pereceram nas mãos de Julião. Foi encarcerado e ameaçado de morte.

Julião o interrogou pessoalmente. Basílio nesse interrogatório predisse a morte do imperador e disse-lhe ainda do tormento que lhe sobreviria na outra vida. Encolerizado Julião ordenou que o corpo desse seguidor de Cristo fosse descarnado a cada dia, em sete diferentes partes, até que sua pele e carne ficassem totalmente destroçadas.

15) ARTÊMIO, COMANDANTE ROMANO

Artêmio, comandante das forças romanas no Egito, foi privado de seu mandato por ser cristão; logo teve seus bens confiscados e foi decapitado.

Na palestina muitos foram queimados vivos; outros arrastados pelos pés através das ruas, despidos, até expirar.

Alguns foram feridos até morrer; apedrejados e outros sofreram espancamento na cabeça, até perder os miolos. Em Alexandria, foram muitos os cristãos que morreram pela espada, pelo fogo, pela crucificação e pela decapitação.

16) HERMENEGILDO

Em 586, o rei Leovigildo mandou matar o próprio filho, o príncipe Hermenegildo, por renunciar a fé ariana e converter-se ao genuíno evangelho. Ele foi decapitado por ordem do próprio pai por não receber a eucaristia das mãos de um bispo ariano em 13 de abril de 586 d.C.

17) JUAN

Foi bispo de Bérgamo, em Lombardia. Era erudito e bom cristão. Empenhou todos os esforços possíveis para retirar da igreja os erros do arianismo. Teve grande êxito contra os hereges e por isso foi assassinado no dia 11 de julho de 683 d.C.

18) KILLIAN

Nasceu na Irlanda e recebeu de seus pais uma educação piedosa e cristã. Obteve a licença da igreja de Roma para pregar aos pagãos da Alemanha. Em Wurtburg converteu o governador Gozberto, cujo exemplo foi seguido pela maior parte do povo durante os anos seguintes.

Quando, porém Killian persuadiu o governador Gozberto de que seu matrimônio com a viúva de seu irmão era pecaminoso, este ficou irritado e mandou matá-lo. Era o ano de 689 d.C. Em 854, quarenta e duas pessoas, na alta Frigia, foram martirizadas pelos sarracenos.

19) JOHN HUSS

De origem camponesa e humilde, Huss nasceu na Boêmia em 1373 e só aos 13 anos entrou para a escola elementar.

Cinco anos mais tarde entrou para a universidade de Praga e em 1398 alcançou o grau de Bacharel em Divindade, sendo consagrado pastor da igreja de Belém, em Praga. A partir desse púlpito católico, Huss começou a pregar a genuína palavra de Deus, o que lhe gerou muitas perseguições.

Foi convocado pelo papa a comparecer em Roma. Recusou-se e foi excomungado.

A semelhança de Wycliffe, Huss atacou várias doutrinas erradas da igreja romana como; a venda de indulgências, a veneração de imagens, o vício do papa, dos cardeais, e do clero.

Suas idéias provocaram a ira do papa que o convocou a comparecer ao Concílio de Constância com um salvo-conduto do imperador.

O salvo-conduto, porém, não foi cumprido e suas idéias foram condenadas. Foi-lhe dada à oportunidade de se retratar, não negando, porém a sua fé.

Foi queimado na fogueira com uma coroa de papel decorada com diabinhos com a seguinte frase: "Coroa de Hereges".

Finalmente aplicaram o fogo à lenha, e então o nosso mártir cantou um hino com voz tão forte e alegre que foi ouvido através do crepitar da lenha e do estrondo da multidão. Finalmente a sua voz foi calada pela força das chamas, que logo puseram fim à sua existência na terra.

20) JERÔNIMO SAVONAROLA

Nasceu em Florença, Itália e pregava como um dos antigos profetas da Bíblia para vastas multidões que enchiam sua catedral.

Seus sermões eram contra a sensualidade e o pecado da cidade e também contra os vícios do papa. A cidade se arrependeu e se reformou, mas o papa Alexandre VI procurou, de todos os modos, silenciar o virtuoso pregador.

Foi enforcado e queimado na grande praça de Florença. Isso aconteceu dezenove anos antes das 95 teses de Lutero ser colocadas na catedral de Wittenberg. Esse homem de Deus nos deixou o exemplo de como ser fervoroso mesmo em meio uma sociedade totalmente corrompida. Todos esses homens anteciparam o espírito e a obra dos reformadores.

21) JERÔNIMO DE PRAGA

Foi conterrâneo de Huss e nasceu na cidade de Praga.

Teve acesso às obras de Wycliffe e ao ver o progresso que a obra de Huss teve na Boêmia, foi ajudá-lo. Chegou na Boêmia, três meses antes de Huss ser morto.

Foi preso pelo duque Sultsbach, que o levou com correntes pelo pescoço sendo lançado em uma masmorra imunda onde ficou por 340 dias, sem luz e quase morto de fome.

As acusações que pesavam contra ele eram:

1º Ridicularizar a autoridade papal;

2º fazer oposição ao papa;

3º Ser inimigo dos cardeais;

4º Ser perseguidor dos prelados;

5º Foi acusado de aborrecedor da religião cristã.

Como Huss, sua condenação foi ser queimado em praça pública.

Prepararam-lhe umas coroas de papel, pintada com demônios na cor vermelha, o que vendo disse: "O Nosso Senhor, quando sofreu a morte por mim, que sou o mais miserável dos pecadores, levou sobre a sua cabeça uma coroa de espinhos; por amor a ele, levarei esta coroa também.

" Quando atearam fogo, cantou um hino e suas últimas palavras foram: "A ti, Cristo, ofereço esta alma em chamas".

22) JOHN BROWN

Em 1517 foi acusado de heresia.

Sua condenação foi ser queimado vivo. Antes de queimá-lo, os arcebispos de Rohester, fizeram com que seus pés fossem queimados até que toda a carne se desprendesse, e os ossos ficassem expostos.

Fizeram isso para forçá-lo a retratar-se; porém ele persistiu em sua fé e devido a isso, foi preso à estaca e queimado.

23) THOMAS MANN

Era um cristão bem quisto pela comunidade. Foi acusado de fazer declarações contrárias ao culto das imagens e as peregrinações católicas sendo queimado em Londres em 1519.

24) THOMAS HARDING

Foi acusado junto com sua esposa de praticar heresia, somente por não aceitar a doutrina da transubstanciação.

Foi condenação a ser queimado. Ao ser levado ao local do suplicio, um dos espectadores rompeu o seu crânio com um porrete.

Os sacerdotes premiaram a todos os que traziam madeira para a fogueira, com uma indulgência para pecar por 40 dias.

25) JONH HOOPER

Foi um dos reformadores ingleses e era bispo de Gloucester.

Era fervoroso em seu ensino, eloqüente em sua palavra, perfeito na citação dos textos Bíblicos, infatigável na sua tarefa, exemplar em sua vida pessoal. No dia 29 de janeiro de 1555, foi condenado por ensinar heresia.

Sendo condenado à fogueira suas últimas palavras foram: "Senhor Jesus, tenha misericórdia de mim. Senhor Jesus recebe o meu espírito".

26) WILLIAM TYNDALE

Foi conterrâneo e amigo de Lutero.

Muitos o colocam como pré-reformador, mas é inegável que ele teve uma grande participação de maneira direta na reforma protestante.

Tyndale foi um fiel ministro do Senhor que nasceu em um local próximo à fronteira do país de Gales.

Foi criado desde sua infância na universidade de Oxford, onde, por sua longa permanência, cresceu tanto no conhecimento dos idiomas e das outras artes liberais, como na prática das Escrituras, às quais a sua mente estava muito apegada.

Aos 30 anos fez uma promessa que haveria de traduzir a Bíblia diretamente dos originais para o inglês, com o objetivo de que, todo povo desde o camponês até a corte real pudessem ler e compreender as Escrituras em sua própria língua. Em 1525, a tradução do Novo Testamento estava completa.

Em pouco tempo mais de seis mil cópias estavam nas mãos do povo.

Isso gerou uma grande perseguição da igreja Romana sobre a sua vida, até que em maio de 1535 foi preso.

Um ano depois saiu a sua condenação. No dia seis de outubro de 1536, foi levado ao lugar da execução. Foi amarrado à estaca, estrangulado pelo carrasco e, em seguida consumido pelo fogo. Na estaca, orou com fervor dizendo: "Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra".

27) ALGUNS MÁRTIRES DO SÉCULO XIX

Entre os anos de 1814 a 1820, os protestantes do sul da França, sofreram terríveis perseguições por parte dos Católicos Romanos. Só o fato da pessoa se confessar protestante, era motivo para perder a vida. Vejamos alguns casos:

a) Um jovem chamado Pierre foi questionado pelos católicos a respeito de sua fé. Perguntaram-lhe: "Você é católico ou protestante?".

Ele prontamente respondeu: "Sou protestante". Essa declaração lhe custou a vida, pois um dos inquiridores lhe deu um tiro a queima roupa.

b) Blacher, um senhor de 70 anos, também foi argumentado com respeito a sua fé. Ao declarar-se protestante, teve todo o seu corpo despedaçado por uma foice.

c) Um Senhor de idade chamado Ddet foi parado na rua e lhe perguntaram: "Você é protestante?". Ao que ele respondeu: "Sou". Imediatamente descarregaram nele um mosquete, porém ele não morreu.

Mas, para consumar a sua obra, os monstros acenderam uma fogueira com palha e tabuas. Lançaram o Ancião nela, ainda vivo, causando-lhe sofrimentos terríveis até a morte.

28) MÁRTIRES DO SÉCULO XX

a) DIETRICH BONHOEFFER (1906 -1943)

Teólogo Alemão que se opôs fortemente ao governo de Adolf Hitler, Bonhoeffer pregou duramente contra o anti-semitismo, condenou a cooperação da igreja com o terceiro Rich (sistema comandado por Hitler), e tornou-se parte da resistência ao regime nazista juntamente com outros lideres de sua época.

Em 1936, o governo Alemão cassou o título de livre-docente de Bonhoeffer em Berlim. Um ano depois, fechou o seminário em Finkenwalde, no qual era professor.

Foi proibido de ensinar e de publicar livros. No dia cinco de abril de 1943 foi preso e lavado ao campo de concentração de Buchenwald.

Em 8 de abril do mesmo ano, num domingo, como de costume, Bonhoeffer pregou um sermão que tocou profundamente no coração dos colegas de prisão, ao falar sobre a vontade de Deus para a vida de cada ser humano.

Depois de orar, a porta da cela se abriu.

Dois guardas do Terceiro Reich disseram: "Prisioneiro Bonhoeffer, prepare-se para vir conosco".

Os presos sabiam que estas palavras eram sinônimas de morte.

Deduzindo o que lhe aconteceria, se dirigiu aos demais, dizendo: "Para mim, isto é o fim, mas também o início", numa referência direta ao fato de que, para o cristão a morte é uma passagem para o céu.

No dia seguinte, foi enforcado, aos 30 anos de idade.

Três semanas depois, Adolf Hitler suicidou-se e, menos de um mês após o assassinato de Bonhoeffer, as vítimas do nazismo que sobreviveu, foram libertadas com o fim do domínio insano do regime Hitlerista.

b) IVAM MOISEYEV

Ivan foi um soldado cristão do exercito vermelho, da antiga União Soviética.

Era um jovem diferente, cristão genuíno, que não se deixava amedrontar pelas ameaças dos oficiais e nem pelo escárnio dos colegas de farda.

A fé e o relacionamento intimo com Cristo eram mais importantes do que sua própria segurança pessoal ou aprovação dos companheiros. Seu caráter foi provado até o sangue, no exercito vermelho.

Muitas vezes proibido de pregar aos colegas, Ivan tinha um princípio Bíblico em sua vida: "Mais vale obedecer a Deus do que aos homens".

Apesar de ser um soldado exemplar, não se calava com relação a sua experiência de salvação.

Muitas vezes foi inquirido a negar sua fé, mas nada o fazia calar. Foi preso e lançado em uma cela cheia de poças de água.

Depois de muitas tentativas de fazê-lo desistir de sua fé, a única maneira que conseguiram fechar a sua boca, foi matá-lo dentro da prisão.

Sua família, quando viu o corpo, não o reconheceu de tão deformado que estava seu rosto, com marcas de botas no rosto, boca quebrada, a testa e as têmporas cheias de hematomas.

Um dia antes de morrer, em 15 de julho de 1972, escreveu uma carta a seu irmão dizendo: "Querido irmão, recebi sua carta e demorei responder, porque houve uma grande tormenta.

Quando Sergei (amigo de farda de Ivan e também cristão) chegou, ele também sofreu, e seus livros e até postais foram confiscados.

Não conte tudo a papai e mamãe. Diga apenas: Ivan escreveu, e disse que Jesus vai partir para a peleja.

Esta luta é de Cristo, e Ivan não sabe se voltará dela com vida. Desejo que todos os amigos, jovens e velhos, se lembrem deste verso de Apocalipse 2.10: ‘Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida‘. “Receba esta última carta, na terra, do menor dos irmãos, Ivan Moiseyev”.

c) STANLEY ALBERT DALE (1910 - 1968)

Missionário aos índios canibais YALIS, no vale do Seng, em Nova Guiné Holandesa, Stanley foi martirizado pelos índios juntamente com seu amigo Philip com mais de 60 flechadas cada um, e depois tiveram os corpos esquartejados.

Próximo ao local onde Stanley e Philip foram feridos e mortos, há uma pequena placa de aço inoxidável na qual estão gravadas as seguintes palavras:

Stanley Albert Dale

Amado esposo de Patrícia

Morto por causa de sua fé, no vale de Seng

25 de setembro de 1968

Apocalipse 2.10

Muitos outros irmãos foram mortos nesse século por causa do seu testemunho cristão Os mencionados acima, são apenas alguns dos milhares e milhares que foram fies ao Senhor até a morte e conquistaram a coros da vida.

c) PASTOR QUE FOI MORTO COM A FAMÍLIA

O pastor David Yonggi Cho conta em um de seus livros a história de um pastor que foi preso pelos soldados comunistas na cidade de Inchon, na época da invasão comunista na Coréia do Sul.

Os soldados o prenderam e ameaçaram matá-lo caso não negasse a Jesus.

Com bravura, o pastor reafirmou sua fidelidade a Jesus a despeito das ameaças. Os soldados, irados, ameaçaram sepultá-lo vivo com a sua família, caso ele não renegasse a sua fé. O pastor e sua família preferiram o martírio em vez da apostasia.

Foi aberta, então, uma grande cova e jogaram lá dentro o pastor e sua família.

Começaram a jogar terra e a soterrar a família piedosa. Quando a terra já estava sufocando a todos, um filho gritou desesperado: "Papai, pense em nós. Pense em nós papai".

O pai aflito começou a chorar, mas sua esposa, cheia de fervor, gritou para os filhos: "Coragem, meus filhos, vocês não sabem que hoje à noite nós vamos jantar com Jesus, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores?"

Depois de encorajá-los a ser fiéis até a morte, começou a cantar um hino sobre o céu que dizia:

"Eu avisto uma terra feliz, uma terra de glória e fulgor Avistamos o lindo país, pela fé na Palavra de Deus.

Sim no doce porvir, viveremos no lindo país.

Sim no doce porvir, viveremos no lindo país “

Cantaram com entusiasmo até que suas vozes foram silenciadas debaixo dos escombros. A obediência daquela família levou-os ao caminho estreito do martírio, mas no fim dessa estrada estava a glória excelsa de Deus.

A multidão que assistiu a esse doloroso martírio ficou profundamente comovida e dezenas de pessoas se converteram e foram salvas por esse testemunho.

d. A crueldade praticada na Coréia do Norte

A igreja evangélica coreana cresceu num solo regado pelo sangue dos mártires.

Milhares de crentes foram castigados até a morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa.

Centenas de pastores foram decapitados às margens do rio Ran. Mais tarde, na terrível guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua fidelidade a Cristo.

Nesse museu, vimos numa enorme sala quadros singelamente emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em cada quadro havia um breve histórico com o relato da vida, das obras, do ministério e, sobretudo da maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e morta pela sua fé.

Ale naquela sala chorei ao ver que muitos daqueles mártires morreram sem ver o grande avivamento que Deus enviou sobre a Coréia do Sul.

Deus honra o sangue dos mártires.

O sangue dos mártires como dizia Tertuliano, é o adubo para a sementeira do Evangelho.

Depois de observar atentamente todos aqueles quadros, já na saída da sala, aproximei-me do último quadro.

A moldura era a mesma, mas não havia fotografia. Quando fiquei de frente para ele, havia no lugar da fotografia, um espelho.

Vi meu próprio rosto e, embaixo, uma frase lapidar: "Você pode ser o próximo mártir".

Lagrimas rolaram em meu rosto. “Reconheci que precisava ser revestido com o poder do Espírito para ser um mártir de Jesus”.

Que estes belos exemplos nos sirva como modelo para sermos fiéis a Deus até a morte quando mediante o aparecimento do filho de homem receberemos a coroa da Vida, em nome de Jesus, amém!

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