tag:blogger.com,1999:blog-17391364504557104062024-03-13T09:58:42.177-07:00Mensagens de Missões do Presb. Janio SantosEste blog se destina a dimensionar a importância da obra missionária.
Estaremos apresentando diversas matérias de estudos bíblicos além de descrever a biografia dos principais lideres fundadores das diversas denominações.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-74485843650403549442012-03-30T09:31:00.002-07:002012-03-30T09:33:16.073-07:00A missão dos servos de Deus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSX0KvvMu5oOQytJ7rVSvQpwlflS2X3KKW3xIvpVl8hiz13cO8ovpdQK1V9" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="127" width="396" src="http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSX0KvvMu5oOQytJ7rVSvQpwlflS2X3KKW3xIvpVl8hiz13cO8ovpdQK1V9" /></a></div><br />
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<br />
<br />
Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
Aprendemos muito com os retratos de Jesus no Antigo Testamento. O livro de Isaías em especial apresenta quadros de Cristo como um Servo (Is 42; 49; 50; 52:13-53:12; 61). A advertência de Isaías 42:1-4, citada por completo em Mt 12:18-21, é bem significante para se entender corretamente a natureza de Jesus Cristo: "Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer.<br />
<br />
Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza nem se deixará ferir, até que estabeleça a justiça na terra" (Is 42:1-4).<br />
<br />
As características deste ser previsto servem como modelo para nós. Ele é um servo. É claro que o Senhor admira muito esta pessoa pois ela é quem ele sustenta, que escolheu, em quem tem prazer, a quem dá o seu Espírito. <br />
<br />
Que interessante que a pessoa que o Senhor mais eleva é um servo! Ele tem o Espírito. Em outros trechos também Isaías identifica Jesus como aquele que tem o Espírito ( Is 11:2; 61:1). Lembremo-nos do fato que no seu batismo Jesus recebeu o Espírito até mesmo de forma visível (Mt 3:16-17). <br />
<br />
Jesus promove justiça.Três dos quatro versículos deste trecho mencionam como ele traz, faz e estabelece a justiça. A missão dele é declarar, modelar, e promover a verdade de Deus. Cristo é quieto. O poder dele não é exercitado com barulho, mas de uma forma sossegada e humilde. Este servo rejeita todos os métodos sensacionalistas do mundo; ele nunca chama atenção para si. <br />
<br />
Ele consegue agir desta forma porque ele tem verdadeira confiança e força-ele não fica ansioso duvidando da sua capacidade para cumprir a sua missão. Com o verdadeiro poder que ele sabe que tem , não sente necessidade de estabelecer seu domínio de uma forma arrogante e dominadora. <br />
<br />
Ele é manso. A cana em si é bastante frágil, mas uma cana quebrada não suporta peso algum. No entanto, Jesus consegue sustentar pessoas que se encontram até mesmo nestas condições extremamente fracas. Com a gente mais debilitada, Jesus demonstra compaixão e não desgosto. Jesus é perseverante. <br />
<br />
Ele não reflete nenhum sinal da fraqueza com a qual ele simpatiza em outras pessoas. Ao invés de cair em pedaços, Jesus encara missões difíceis com a confiança no Pai e com a maior tenacidade.<br />
<br />
I. COMO DEVEMOS SERVIR AO SENHOR? <br />
*<br />
1. Com integridade e fidelidade. Js. 24:14. <br />
<br />
2. De todo coração. Cl. 3:23,24. <br />
<br />
3. Num andar digno e perfeito. 1 Ts. 1:9; Ef. 4:1.<br />
<br />
4. Sem cessar - dia e noite. At. 26:7.<br />
<br />
5. Com juízo e em santidade. Rm. 12:1,2. <br />
<br />
6. Sem temor, libertos por Deus. Lc. 1:74. <br />
<br />
7. Com motivação sincera e espiritual. Rm. 7:6.<br />
<br />
8. De modo agradável a Deus. Hb. 12:28; Tg. 1:27. <br />
<br />
9. Constrangidos pelo amor de Cristo. 2 Co. 5:14. <br />
<br />
II. NOSSO SERVIÇO. <br />
<br />
1. Fomos escolhidos para servir. Jo. 15:16. <br />
<br />
2. Ele nos capacita. 2 Tm. 2:21. <br />
<br />
3. Nós servimos em conjunto. Ed. 3:1,2. <br />
<br />
4. Deus concede êxito. Ed. 3:10,11. <br />
<br />
5. Muitas vezes debaixo de lágrimas. Sl. 126:5,6. <br />
<br />
6. A recompensa nos é assegurada pelo Senhor. 1 Co. 15:58. <br />
<br />
III. NÓS PODEMOS TRABALHAR PARA JESUS. <br />
<br />
1. O Senhor é nosso exemplo no serviço. Mt. 20:28.<br />
<br />
2. Ele indica o campo de trabalho. Mt. 28:19. <br />
<br />
3. O amor é a verdadeira motivação no serviço. 2 Co. 5:13,14. <br />
<br />
4. O Espírito Santo concede-nos o poder no serviço. At. 1:8. <br />
<br />
5. Nosso serviço é somente para o Senhor. Cl. 3:17. <br />
<br />
6. A condição para o verdadeiro serviço é a humildade. Lc. 9:48. <br />
<br />
7. A recompensa será maravilhosa, a seu tempo. 1 Pe. 5:4. <br />
<br />
IV. A VERDADEIRA TESTEMUNHA DE CRISTO. <br />
<br />
1. Testemunhe, em amor, como Maria. Mt. 26:10-13. <br />
<br />
2. Segundo a Escritura, como Paulo. 1 Co. 15:1-4.<br />
<br />
3. Destemido, como o apóstolo Pedro. At. 2:14-40. <br />
<br />
4. Fiel, como Samuel perante Saul. 1 Sm. 15:23. <br />
<br />
5. Pessoalmente, como Natã perante Davi. 2 Sm. 12:1-14. <br />
<br />
6. Sirva espontaneamente e sem ganância. 1 Pe. 5:2. <br />
<br />
7. Testemunhe no poder do alto. Hb. 2:4. <br />
<br />
V. COMO DEVEMOS ANUNCIAR O EVANGELHO. <br />
<br />
1. Conforme a Escritura, como o Senhor. Jo. 3:14-18; Lc. 4:16-21. <br />
<br />
2. Com seriedade, como Paulo em Atenas. At. 17:16 ss. <br />
<br />
3. Glorificando o amor, como João. 1 Jo. 4:9-14. <br />
<br />
4. Conforme o exemplo de Cristo, como Filipe. At. 8:35-40.<br />
<br />
5. Eficientemente, como a mulher samaritana. Jo. 4:28-30,39-42. <br />
<br />
6. No Espírito Santo. 1 Pe. 1:12. <br />
<br />
7. Dando exemplo e praticando. 1 Ts. 1:7-10. <br />
<br />
VI. CONDIÇÕES PARA O TESTEMUNHO PESSOAL. Lc. 5:1-11. <br />
<br />
1. Aplicação e fidelidade na vida profissional. V.2. <br />
<br />
2. Disposição para qualquer serviço. V.3. <br />
<br />
3. Obediência à ordem do Mestre. Vv.4,5. <br />
<br />
4. Fé firmada na Palavra. V.5. <br />
<br />
5. Cooperação fiel com os co-obreiros. V.7. <br />
<br />
6. Conhecer a si próprio. V.8. <br />
<br />
7. Prontidão para deixar tudo. V.11. <br />
<br />
VII. CHAMADO PARA SERVIR. Lc 19:13. <br />
<br />
1. Cristo, nosso exemplo no serviço. Jo. 13:1-17. <br />
<br />
2. Nossa posição certa no serviço. Sl. 123:2. <br />
<br />
3. Nosso lema no serviço. Rm. 12:11-13. <br />
<br />
4. Devemos servir, enquanto é dia. Jo. 9:4. <br />
<br />
5. Todos devem servir. Mc. 13:34.<br />
<br />
6. Servir sem esmorecer. 1 Co. 15:58. <br />
<br />
7. Quem está pronto para o serviço? Is. 6:8. <br />
<br />
VIII. ALGUMAS REGRAS NO SERVIÇO DO MESTRE. <br />
<br />
1. Servir somente para a glória do Senhor. Jo. 3:30; 1 Co. 1:30,31. <br />
<br />
2. Trabalhar conforme os pensamentos e os planos de Deus. Êx. 25:40.<br />
<br />
3. Servir de coração puro. 2 Tm. 2:21. <br />
<br />
4. Fazer no poder de Cristo. Fp. 4:13.<br />
<br />
5. Servir confiantemente, cheio de esperança. Sl. 126:5,6. <br />
<br />
6. Ser um servo honrado de Cristo. 1 Tm. 3:8. <br />
<br />
IX. COMO PODEMOS SERVIR E TRAZER FRUTOS? <br />
<br />
1. Anunciando o Senhor em qualquer oportunidade. At. 8:4. <br />
<br />
2. Através de uma vida exemplar. Mt. 5:16; Mc. 5:19; Ef. 5:8,9. <br />
<br />
3. Pelo testemunho fiel. At. 4:13; 26:16; 1 Jo. 4:4. <br />
<br />
4. Com contribuições abundantes para sua obra. 1 Co.16:2. <br />
<br />
5. Por intercessões sérias. Ef. 6:18,19; 2 Co. 1:11.<br />
<br />
6. Com disposição pessoal. Mc. 16:15; 1 Co. 9:16. <br />
<br />
X. O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO.<br />
<br />
1. O Espírito santo chama os missionários. At. 13:2. <br />
<br />
2. Ele os envia. At. 13:4. <br />
<br />
3. Reveste-os para o serviço. At. 13:9. <br />
<br />
4. Sustenta-os e dá alegria. At. 13:52. <br />
<br />
5. Confirma seu serviço. At. 15:8. <br />
<br />
6. É seu conselheiro. At. 15:28. <br />
<br />
7. Abre e fecha portas. At. 16:6-9. <br />
<br />
XI. REFLEXÕES SOBRE A MISSÃO. <br />
<br />
1. Deus entra em ação. At. 15:14-17. <br />
<br />
2. O chamado missionário. Mc. 16:15. <br />
<br />
3. O espírito missionário. At. 1:8. <br />
<br />
4. A motivação para a missão. 2 Co. 5:14. <br />
<br />
5. O melhor campo missionário. Rm. 15:20,21. <br />
<br />
6. Nossa mensagem missionária. 2 Co. 5:19-21. <br />
<br />
7. Nossa intercessão pelos missionários. Lc. 10:2; Ef. 6:8-19. <br />
<br />
8. O tempo certo para missão. Jo. 4:35; 9:4. <br />
<br />
XII. QUATRO PERGUNTAS IMPORTANTES SOBRE MISSÃO. Rm 10:14,15. <br />
<br />
1. Como invocarão Aquele em quem não creram?<br />
<br />
a) Precisam conhecer o Pai. Jo. 3 :16,17. <br />
<br />
b) Necessitam conhecer o Filho unigênito. Jo. 1:14. <br />
<br />
c) Devem ser convencidos pelo Espírito santo. Jo. 16:7-13. <br />
<br />
d) Precisam ser atraídos pelo salvador. Jo. 12:32. <br />
<br />
2. Como crerão nAquele de quem nada ouviram? <br />
<br />
a) Deus mandou-nos anunciar a Cristo. Lc. 4:18; 1 Jo. 1:3. <br />
<br />
b) Ele ordenou-nos pregar. Mc. 3:14; 2 Tm. 4:2. <br />
<br />
c) É nossa tarefa testemunhar dEle. At. 1:8. <br />
<br />
3. Como ouvirão se não há quem pregue? <br />
<br />
a) Cada crente é um enviado. Jo. 17:18; Is. 52:7.<br />
<br />
b) A nós foi confiado o ministério da reconciliação. 2 Co. 5:19,20.<br />
<br />
c) Jesus ordenou-nos pregar o Evangelho. Mc. 16:15.<br />
<br />
4. Como pregarão se não forem enviados? <br />
<br />
a) Quão formosos são os pés dos ... V.15. <br />
<br />
b) Eles são chamados seus mensageiros. At. 13:4. <br />
<br />
c) Eles seguem seus passos. Is. 61:1; Ef. 6:15. <br />
<br />
XIII. PREGUE A PALAVRA. <br />
<br />
1. Nós fomos designados para isso. Ap 22:17; 1 Tm. 4:6; At.1:8.<br />
<br />
2. Faça da melhor maneira. 2 Tm. 2:15; Tt. 2:7,8.<br />
<br />
3. Faça na confiança do Espírito Santo. 1 Co. 2:4. <br />
<br />
4. Anuncie somente a Jesus Cristo. Gl. 1:8. <br />
<br />
5. Anuncie toda a Palavra. 2 Tm. 4:2.<br />
<br />
6. Pregue a Cristo como crucificado. 1 Co. 2:2-5.<br />
<br />
7. Faça lembrar da sua volta. 2 Pe 1:16. <br />
<br />
Aplicação para nós<br />
<br />
A suprema meta cristã é imitar Jesus. Múltiplos trechos ensinam que nós devemos seguir Jesus prosseguindo a mesma justiça (1 Jo 2:29), pureza (1 Jo 3:3), amor (Ef 5:2), paciência (1 Pe 2:18-23), humildade (Jo 13:1-20). <br />
<br />
Um trecho paralelo (Is 49:6) que trata de Jesus como o servo de Deus é citado em At 13:47 e aplicado aos cristãos em geral. Então à medida que lemos nestes trechos qualidades de Jesus, nós devemos tentar imitá-las à risca.<br />
<br />
Nós devemos servir. Não existe como medir o serviço e sacrifício de Jesus. Ele desceu da glória excelsa para a cruz vergonhosa demais (Fp 2:5-11). Ele insistiu conosco que o padrão do reino dele seja totalmente diferente que a regra nos impérios mundanos (Mc 10:42-45). Não devemos disputar lugares de destaque, mas sim, oportunidades para servir um ao outro. <br />
<br />
Nunca devemos pensar no jeito em que estamos sendo tratados, mas devemos nos preocupar com o bem-estar dos nossos irmãos (Fp 2:3-4). A humildade exigida para manter esta postura é tão difícil conseguir que temos que meditar na vida de Cristo constantemente para realizá-la. Vamos valorizar ao máximo o simples serviço humilde.<br />
<br />
Nós devemos deixar o Espírito de Deus habitar cada vez mais em nós. Assim como Jesus recebeu o Espírito sem limitações, devemos crescer para nos tornarmos cada vez mais a morada de Deus por seu Espírito (Ef 2:21-22). <br />
<br />
Mas o Espírito não habita num templo indigno (Ez 8-11; 1 Co 6:19-20) e por isso temos que tirar do nosso corpo todo tipo de pecado. Devemos deixar a palavra de Deus, que é a espada do Espírito (Ef 6:17), nos moldar, sempre nos esforçando para nos adaptarmos a fim de imitar a mensagem escrita. À medida que o Espírito de Deus transforma nossas vidas parecemos com Cristo.<br />
<br />
Nós devemos fazer tudo possível para promover a justiça. Para realizar esta meta temos que nos esforçarmos para buscar e prosseguir a justiça em nossa própria vida (Mt 6:33; 1 Tm 6:11; 2 Tm 2:22). Honestidade e integridade têm que ser as regras fundamentais da nossa conduta. Mas temos que fazer mais do que isso. <br />
<br />
Devemos ser pregadores da justiça assim como foi Noé (2 Pe 2:5). Como Jesus devemos pregar e anunciar a palavra da justiça que divulga o caminho pelo qual o homem volta a ser justo perante o Senhor.<br />
<br />
O comprometimento que nosso Senhor tem com o estabelecimento da justiça na terra nos dá nosso alvo supremo. Não devemos nos cansar do trabalho de promover o evangelho da paz.<br />
<br />
Fico impressionado com a maneira quieta de Jesus. Durante sua vida aqui na terra ele não gritou nem clamou nem ergueu sua voz nas ruas. Freqüentemente Jesus pediu para que ninguém falasse de um determinado milagre (por exemplo, Mc 1:44-45; 5:43), chamou alguém a parte para curá-lo (Mc 7:33), ou até curou antes da multidão se congregar (Mc 9:25). <br />
<br />
Jesus traçou o caminho para nós que também devemos rejeitar os métodos sensacionalistas e a ênfase na propaganda. Os métodos de vender produtos não são as técnicas para converter uma pessoa de coração para Cristo.<br />
<br />
Existem muitas maneiras de chamar pessoas para se unirem a uma determinada igreja mas apenas uma maneira para convertê-las a Cristo: ensinar a palavra de uma forma íntegra. É triste quando igrejas não se contentam com a simplicidade de Cristo e sua palavra, e procuram outros meios de atrair pessoas.<br />
<br />
Devemos imitar a mansidão de Jesus. A verdade deve ser ensinada, sim, mas não de qualquer jeito. Paulo explica a postura que devemos ter ao corrigir uma outra pessoa: "Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente.<br />
<br />
Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do Diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade" (2 Tm 2:24-26).<br />
<br />
Nós temos que ter cautela a não afastar pessoas do Senhor em nossas tentativas para corrigi-las. É verdade que algumas pessoas precisam de maneiras mais fortes que outras: "Tenham compaixão daqueles que duvidam; a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne"(Jd 22-23).<br />
<br />
Jesus mostrou bastante ternura aos fracos, mas falou bem forte com os líderes religiosos que estavam cheios de orgulho. Vamos analisar nossa maneira de admoestar pessoas e tentar imitar nosso Senhor.<br />
<br />
É imperativo que perseveremos do mesmo jeito que Jesus continuou até o fim. Há vários motivos para desânimo, mas temos que ter a máxima determinação para nunca desistir. <br />
<br />
Na profecia de Isaías 50:6-7, Jesus coloca seu rosto como seixo, como dura rocha que nunca pode ser desviado. Você vê em Jesus na terra que nem a rejeição, nem a perseguição, nem a falta de sucesso, nem a canseira conseguiram afastá-lo da missão que ele veio para cumprir. <br />
<br />
O comprometimento que ele tinha com a vontade do Pai superou todo obstáculo (Mateus 26:39). Nós precisamos da mesma tenacidade: "Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil" (1 Co 15:58). <br />
<br />
Nós nos dizemos cristãos, mas para de fato sermos cristãos temos que imitar a vida e as qualidades de Jesus. Estas qualidades de Isaías 42 formam um excelente começo neste sentido. Que imitemos a ele cada vez mais até que um dia sejamos como ele (1 Jo 3:2-3).Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-28830320181570841842012-03-23T19:50:00.000-07:002012-03-23T19:50:56.058-07:00A preparação e a chamada de Moisés<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_SfRRwjkRFz8/THZOQDc1EpI/AAAAAAAAJNQ/oyqC-b3-g_c/s1600/moises.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="294" width="420" src="http://2.bp.blogspot.com/_SfRRwjkRFz8/THZOQDc1EpI/AAAAAAAAJNQ/oyqC-b3-g_c/s1600/moises.jpg" /></a></div><br />
<br />
Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Nós hoje vamos meditar na Palavra de Deus em Êx 2.11-3:22<br />
<br />
Deus escolheu Moisés para conduzir seu povo à Terra Prometida. Esta missão não seria possível se o Eterno não lhe moldasse o caráter, mediante o exercício da paciência. (At 7.30). Por quarenta anos, Moisés viveu como um príncipe no Egito recebendo instrução e preparo na arte de liderar (At 7.22).<br />
<br />
Todavia, a humildade, tão urgente à sua grandiosa incumbência, só viria após quarenta anos de exílio em Midiã. Período igual de peregrinação no deserto ainda seria necessário para que Deus completasse a obra em sua vida.<br />
<br />
Deus tinha planos para Moisés bem antes que ele nasceu. Isso pode ser facilmente visto por meio das coisas que Deus fez em seu nascimento para preservar sua vida, assim como tê-lo criado como neto do Faraó e herdeiro do trono do Egito. <br />
<br />
Deus tocou o coração de Moisés de modo que tinha mais preocupação com seu povo (os Hebreus) do que ambição pelo trono do Faraó. Isso pode ser visto quando Moisés salva a vida do escravo hebreu e mata o egípcio. ( Êx 2:11 e 12).<br />
<br />
Assim como o Senhor Jesus quando lhe foi oferecido os reinos do mundo por Satanás (Lc 4:5-8), Moisés, tendo o trono do Egito disponível, escolheu tornar-se um desterrado para o bem do seu povo (Hb 11:24-26).<br />
<br />
Assim como Jesus, Moisés foi rejeitado pelo seu povo, os hebreus. Abandonou o Egito e foi para as terras de Midiã. Lá, encontrou as sete filhas de Jetro. Moisés chegou a ser o amigo deles, depois de ajudá-los quando alguns pastores os estavam maltratando. Então Moisés habitou com Jetro e pastoreou seu rebanho. <br />
<br />
Jetro deu a Moisés sua filha Zípora por esposa.<br />
<br />
Certo dia, ainda nessa terra deserta, Moisés viu um arbusto queimando e não sendo consumido. Virando de lado para observar essa estranha visão, ouviu a voz de Deus falando com ele e chamando-o para a grande obra de conduzir Israel para fora do Egito. <br />
<br />
Moisés teve muito temor e muitas questões, o que o levou a relutar a obedecer a Deus. Moisés perguntou, quem digo que me enviou, desde que não vão acreditar na minha autoridade? Deus disse-lhe, diga-lhes “o EU SOU te enviou”. Isso expressa a eterna existência e onipotência de Deus. Moisés disse, “mas não sou um bom orador.”<br />
<br />
Deus disse, “Arão, seu irmão, o é, farei dele a sua boca.” Então Moisés tomou sua esposa e filhos e foi para o Egito. No caminho encontrou seu irmão Arão e começaram o trabalho de conduzir Israel para fora do Egito. Nesse tempo Moisés tinha 80 anos e Arão, 83.<br />
<br />
I- MOISÉS FOI UM MILAGRE DE DEUS<br />
<br />
1- Nasceu sob a perseguição dos Egípcios Ex.1:15,16<br />
<br />
2- Foi protegido milagrosamente Ex.2:3<br />
<br />
3- Como teve a vida poupada Ex.2:5-9<br />
<br />
4- Sua formação At.7:22<br />
<br />
II. OS PRIMEIROS ANOS DE MOISÉS<br />
<br />
1. A infância. Para salvar a vida do pequeno Moisés, sua mãe, Joquebede, o colocara num cesto, às margens do Nilo. O que ela não poderia imaginar é que ali, bem perto, banhando-se no rio, estava a filha de Faraó para ampará-lo (At 7.21). Assim, a princesa deu-lhe o nome de Moisés, “porque das águas o tenho tirado” (Êx 2.10).<br />
<br />
Os planos de Deus jamais podem ser frustrados. A filha de Faraó se afeiçoou tanto ao menino que prontamente o adotou. Além disso, O Senhor providenciou tudo a fim de que a própria mãe de Moisés fosse contratada para criá-lo. Foi nessas circunstâncias que Deus agiu propiciando a Moisés formação espiritual através dos seus pais e, mais tarde, formação “acadêmica” no Egito (At 7.22).<br />
<br />
2. Sua chamada. Estando Moisés em Midiã, Deus o fez subir ao monte Horebe. Ali, o Anjo do Senhor apareceu-lhe no meio de uma sarça ardente. Deus o chamou pelo nome e fez-lhe saber seus propósitos. O Todo-Poderoso escolhera seu servo para libertar os israelitas da escravidão do Egito.<br />
<br />
III. SUA PREPARAÇÃO<br />
<br />
Moisés foi realmente um exemplo de líder, foi um libertador, dirigente, mediador, legislador, profeta, foi sobretudo um grande homem de Deus que recebia a comunicação de Deus para o povo e sobre ele pesa toda a carga das peregrinações, como também é quem recebia o golpe da crítica do povo, e se encontra entre os grandes heróis da fé enumerados em 11 de Hebreus. <br />
<br />
Ao analisarmos sua história podemos tirar grandes lições que podem ser aplicadas à liderança da igreja “moderna” , como as qualidades essenciais que um bom líder devem ter, tais como a capacidade, o temor a Deus, a verdade, e não avareza. <br />
<br />
IV . TEMPERAMENTO CONTROLADO POR DEUS<br />
<br />
1. No Egito. O temperamento de Moisés se manifestou quando, ainda vivia no palácio de Faraó. Ele matou um egípcio que feria um hebreu (Êx 2.11). Esta foi uma atitude impensada, decorrente das fortes emoções que sentiu ao ver um irmão sendo maltratado.<br />
<br />
Um líder não deve tomar nenhuma atitude no ardor das emoções. Embora tenha sido algo reprovável na vida de Moisés, Deus se utilizou deste fato para levá-lo ao deserto a fim de que fosse preparado, durante quarenta anos, para exercer o seu chamado. Deus tinha um plano em sua vida. <br />
<br />
Isto deixa claro que o Senhor não leva em conta o temperamento do homem o qual escolhe, mas sim a disposição deste em permitir que seu caráter seja aperfeiçoado.<br />
<br />
2. Na travessia do Mar Vermelho. <br />
<br />
Com suas emoções controladas por Deus, Moisés estava apto a conduzir o povo pelo deserto até Canaã. Diante do Mar Vermelho e cercado pelo exército de Faraó, esse eficaz líder viu-se diante de um enorme desafio. <br />
<br />
O povo perdera a confiança em Deus e, amedrontado, culpava Moisés pela difícil circunstância. Jamais havia sofrido tamanha pressão. <br />
<br />
Todavia, com segurança e serenidade exortou ao povo: “... Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor...” (Êx 14.13). Todo homem de Deus precisa saber lidar com situações difíceis e extremadas (Pv 24.10).<br />
<br />
Deus se manifestou poderosamente a seu povo, fazendo-o passar a pés enxutos pelo mar (Êx 14.15-21). Todos seus adversários perecem (Êx 14.22-30). Assim, o povo pode constatar a autoridade que o Senhor dera a Moisés.<br />
<br />
1- Nos primeiros quarenta anos Ex.2:10<br />
<br />
A- Passou no palácio de Faraó<br />
<br />
a) Aprendeu que era tudo<br />
<br />
2- Dos quarenta aos oitenta anos Ex.2:11<br />
<br />
A- Passou no deserto Ex.2:15,21<br />
<br />
a) Aprendeu que não era nada<br />
<br />
3- Dos oitenta aos cento e vinte anos Ex.3:1-5<br />
<br />
A- Passou trabalhando para Deus<br />
<br />
a) Aprendeu que Deus é tudo<br />
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V. SUA CHAMADA<br />
<br />
1- Foi no monte (lugar certo) Ex.3:1<br />
<br />
2- Foi no meio do fogo (marcada importante) Ex.3:2<br />
<br />
3- Foi com interesse (ponto importante) Ex.3:3<br />
<br />
4- Foi com exortação (bom sinal) Ex.3:4,5<br />
<br />
5- Foi com santidade (Característica indispensável) Ex.3:6<br />
<br />
6- Foi com clareza (principio fundamental) Ex.3:10-12<br />
<br />
(V 10 ) Deus chama Moisés para tirar o seu povo do Egito. O que estava o povo de Deus fazendo no Egito? Vamos juntos acompanhar os passos dos hebreus começando com José em Gênesis 37-50 e terminando com Moisés em Êxodo 1 e 2. Vemos em Êxodo capítulo 2: O Nascimento de Moisés, O Homicídio, A Fuga e Morte de Faraó.<br />
<br />
Moisés morou 40 anos com os midianitas e aprendeu muitas coisas que foram úteis quando teve que liderar os israelitas no deserto como: relevo geográfico, trilhas, oásis, fontes.<br />
<br />
Os midianitas eram parentes distantes dos hebreus conforme Gênesis 25.2. É provável que os midianitas mantiveram contato com a tribo de Judá e falaram sobre Deus Jeová para Moisés; haja vista que o sogro de Moisés era um sacerdote.<br />
<br />
V. 1-9 Moisés apascentava o rebanho de seu sogro quando Deus apareceu a ele, isto é, Deus se revelou a Moisés. Moisés sabia muito pouco sobre os israelitas, pois for a criado na corte de Faraó. <br />
<br />
O livro de Gênesis e os dois primeiros capítulos do livro de Êxodo foram revelados por Deus a Moisés. Ele até se assustou quando Deus disse tudo sobre ele: tribo, pai, mãe, irmãos.<br />
<br />
V. 10 Após a narração, Deus disse para Moisés: “Agora que você, Moisés, está ciente de tudo; Eu preciso de você. Quero que você, juntamente com o seu irmão Arão, liberte o Meu povo do cativeiro e leve-o até a Palestina, sua pátria”.<br />
<br />
V. 11 Moisés relutou por ser uma tarefa muito difícil. Ele achava que não estava capacitado para um empreendimento tão grande.<br />
<br />
V. 12-17 Deus deu todas as coordenadas, todas as explicações a Moisés.<br />
<br />
V. 18 e assim finalmente Moisés partiu para o Egito. A tarefa foi árdua, mas ele conseguiu porque seguiu as instruções de Deus.<br />
<br />
Alguns teólogos dizem que os faraões opressores foram: Totmés III (1500-1450 a.C) e Amenófis II (1447-1420 a. C). Ambos eram da XVIII Dinastia.<br />
<br />
Outros teólogos afirmam que os faraós opressores foram Ramés II (1295-1225 a. C) e seu sucessor Menefta (1225-1215 a.C), ambos da XIX Dinastia. Todos os teólogos estão de acordo que foi o Faraó Menefta que autorizou a saída dos israelitas do Egito após muita resistência.<br />
<br />
Há a Chamada Geral e a Especial. A Geral é aquela que Deus chama toda a humanidade para segui-lO e a Especial é aquela em que Deus escolhe pessoas já regeneradas para um trabalho específico.<br />
<br />
Moisés escreveu cinco livros chamados de Pentateuco de Moisés. Ei-los:<br />
<br />
Gênesis: Origem ou princípio de tudo que existe no Universo. Narra outros fatos também.<br />
<br />
Êxodo: Narra a saída do povo de Deus do Egito e outros fatos interessantes. Foi escrito entre 1292 e 1225 a.C.<br />
<br />
Levítico: Trata quase que exclusivamente dos deveres sacerdotais. Como a tribo de Levi era a tribo dos sacerdotes, o nome do livro é uma homenagem àquela tribo. Contém muitas leis.<br />
<br />
Números: Recebeu esse nome por causa da contagem ou recenseamento dos israelistas no deserto.<br />
<br />
Deuteronômio: Significa Segunda Lei. Além das leis novas, há complementos, esclarecimentos e modificações para as leis anteriores contidas nos outros livros anteriores. Temos também a preparação para a entrada na Palestina, eleição de Josué, despedida de Moisés, suas bênçãos proféticas e sua morte.<br />
<br />
VI. CARACTERÍSTICAS INDISPENSÁVEIS AO LÍDER<br />
<br />
1. Amor. Ao saber do pecado de Israel pelo próprio Senhor, Moisés demonstrou-lhe todo seu amor e lealdade. Deus propôs-lhe ser o líder de uma nova nação, com todas as honras e benefícios que isto poderia trazer. Porém, Moisés não pensou em si mesmo e no seu próprio bem-estar. Ao contrário, intercedeu pelo povo por duas vezes (Êx 32.30-33; 33.12-17). <br />
<br />
Ele não se contentou com a salvação física do povo e pelo seu perdão completo, queria a presença do Senhor entre eles. Chegou a pedir ao Senhor que tirasse o seu nome do Livro da Vida em troca do perdão que almejava para o povo.<br />
<br />
Moisés ensina, com sua atitude, que é possível abrir mão de certos interesses para beneficiar pessoas que estão ao nosso redor ou sob nossa orientação (1 Co 13.5). Seu grande equívoco foi acreditar que a retirada do seu nome do Livro da Vida viabilizaria o perdão do povo, algo que só Deus pode fazer.<br />
<br />
2. Humildade e mansidão (Nm 12.3). Todo líder, qualquer que seja sua área de atuação, corre o risco de desgastar-se no exercício da liderança, quando não delega responsabilidades.<br />
<br />
Trata-se daqueles que julgam ser capaz de fazer tudo sozinho. Todos precisam de cooperadores (Rm 16.3; 1 Co 3.9). Caso contrário, não faltará exaustão e estresse.<br />
<br />
Isso aconteceu com Moisés que pretendia conduzir o povo sozinho. Todavia, seu sogro, um homem cheio de sabedoria, aconselhou-o a utilizar um método eficaz de liderança (Êx 18.17-24). Moisés poderia simplesmente não aceitar o conselho de Jetro.<br />
<br />
No entanto, não foi assim que agiu! Hoje em dia muitos jovens não querem ouvir os conselhos dos mais velhos, pois se julgam auto-suficientes. A Palavra de Deus nos diz que na multidão de conselheiros há sabedoria (Pv 11.14).<br />
<br />
À medida que Moisés permitiu que seu caráter fosse trabalhado, Deus o usou na concretização de seus planos em relação ao povo de Israel, fazendo-os entrar em Canaã (Êx 6.4). <br />
<br />
Deus agirá do mesmo modo com qualquer cristão que Ele escolher para realizar qualquer projeto no seu Reino.<br />
<br />
Que Deus nos abençoe, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-18787261985485861062012-03-09T19:46:00.000-08:002012-03-09T19:46:21.792-08:00Antioquia uma Igreja missionária<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/-VTrdg-73jRg/TX7DH5tyr8I/AAAAAAAAAI8/7ML4dXDv340/s1600/Vm-Paulo.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="500" width="785" src="https://lh4.googleusercontent.com/-VTrdg-73jRg/TX7DH5tyr8I/AAAAAAAAAI8/7ML4dXDv340/s1600/Vm-Paulo.jpg" /></a></div><br />
<br />
Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Meus amados missionários A Paz do Senhor!<br />
<br />
Em Atos 13 o horizonte de Lucas se alarga, pois o nome de Jesus seria maciçamente testemunhado além da Judéia e Samaria. A partir de Antioquia chegaria aos confins da terra. Os dois diáconos evangelistas prepararam o caminho. <br />
<br />
Estevão através de seu ensino e martírio, Filipe através de sua evangelização ousada junto aos samaritanos e ao etíope. O mesmo efeito tiveram as duas principais conversões relatadas por Lucas, a de Saulo, que também fora comissionado a ser o apóstolo dos gentios, e a de Cornélio, através do apóstolo Pedro. <br />
<br />
Evangelistas anônimos também pregaram o evangelho aos "helenistas" em Antioquia. Mas sempre a ação esteve limitada à Palestina e à Síria. Ninguém tinha tido a visão de levar as boas novas às nações além mar, apesar de Chipre ter sido mencionada em Atos 11:19. Agora, finalmente, vai ser dado esse passo significativo. <br />
<br />
A igreja em Antioquia surgiu meio que por acaso. Por causa da perseguição desencadeada com a morte Estevão, (cujo mentor foi justamente nosso bom e velho amigo Paulo) a Igreja de Jerusalém foi obrigada a se espalhar pelas diversas partes do Império Romano, e por onde iam anunciavam o evangelho. Não teria sido necessária uma perseguição se a Igreja tivesse entendido que sua missão não se limitava a Jerusalém, pois muito antes Jesus tinha dito "Por toa Judéia, Samaria até os confins da Terra". Mas Deus, transforma o mal em bem, fez dessa tribulação a oportunidade para o evangelho ganhar o mundo.<br />
<br />
mesmo tendo sido dispersos eles ainda continuavam se "achando" e só pregavam o evangelho de Jesus entre os Judeus. Quando os fiéis chegaram na cidade de Antioquia, uma cidade poderosa e influente na época, eles começaram algo totalmente novo, "radicalizaram geral" e começaram a pregar também entre os gregos. Desde sua origem a igreja em Antioquia entendeu que a mensagem da cruz não pode se limitar a um povo só, a uma só nação, mas é para todas as culturas.<br />
<br />
Quando os apóstolos em Jerusalém souberam do babado, mandaram Barnabé que de tabela levou Paulo (agora já convertido) para dar apoio aquela nova comunidade. E tal era o comportamento, a fé e a obediência daqueles homens que pela primeira vez os servos de Jesus foram chamados de Cristãos que significa "Pequeno Cristo" ou "Semelhante a Cristo", título que, talvez não com tanto mérito, mas com orgulho carregamos até hoje.<br />
<br />
Paulo, Barnabé e outros mestres permaneceram em Antioquia ensinando e edificando a Igreja, mas uma Igreja que já nasceu sabendo que o evangelho era também para os gregos não poderia se fechar no seu mundinho e movidos pelo Espirito Santo enviaram Paulo e Barnabé às outras regiões. Quando uma Igreja é cheia do Espírito Santo e da ouvidos a voz do Espírito ela não consegue ficar confinada em suas paredes ela precisa ganhar o mundo. Além disso Antioquia mandou o que tinha de melhor seus líderes principais, mais preparados. <br />
<br />
Paulo fez três talvez quatro grandes viagens missionárias, e levou o evangelho a todas as regiões que podia, até mesmo na casa de César.<br />
<br />
Quando falamos em missões nos perguntamos onde estão os missionários, aqueles que bravamente se colocarão a serviço do Senhor, mas esquecemos do que foi dito "Como pregarão se não forem enviados?" E quem enviará, se não a igreja a quem foi dada a missão. É a igreja local que é responsável por alistar, capacitar, enviar e sustentar o missionário que está no campo entre as nações. Como teremos novos Paulos em nossa geração se não se levantarem novas Igrejas semelhantes a Antioquia.<br />
<br />
A população cosmopolita de Antioquia se refletia nos membros de sua igreja e até mesmo em sua liderança, que consistia em cinco profetas e mestres que moravam na cidade. Lucas não explica a diferença entre esses ministérios, nem se todos os cinco exerciam ambos os ministérios ou se os primeiros três eram profetas e os últimos dois mestres. <br />
<br />
Ele só nos dá os seus nomes. O primeiro era Barnabé, que foi descrito com "um levita, natural de Chipre" (Atos 4:36). O segundo era Simeão que tinha o sobrenome de Níger, que significa Negro, provavelmente um africano e supostamente ninguém menos que Simão Cireneu, que carregou a cruz para Jesus. O terceiro era Lúcio de Cirene e alguns conjecturam que Lucas se referia a si mesmo o que é muito improvável já que ele preserva seu anonimato em todo o livro.<br />
<br />
Havia também Manaém, em grego chamado o "syntrophos" de Herodes o tetrarca, isto é, de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. A palavra pode significar que Manaém foi "criado" com ele de forma geral ou mais especificamente que era seu irmão de leite. O quinto líder era Saulo. Estes cinco homens simbolizavam a diversidade étnica e cultural de Antioquia e da própria igreja. <br />
<br />
Foi quando eles estavam "servindo ao Senhor, e jejuando" que o Espírito Santo lhes disse: "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At.13:2). Algumas perguntas precisam ser respondidas. <br />
<br />
A quem o Espírito Santo revelou a sua vontade? Quem eram "eles", as pessoas que estavam jejuando e orando? <br />
<br />
Parece-me improvável que devamos restringi-los ao pequeno grupo dos cinco líderes, pois isso implicaria em três deles serem instruídos acerca dos outros dois. É mais provável que se referia aos membros da igreja como um todo já que eles e os líderes são mencionados juntos no versículo 1 de Atos 13. Também em Atos 14:26-27, quando Paulo e Barnabé retornam, prestam conta a toda a igreja por terem sido comissionados por ela. Possivelmente Paulo e Barnabé já possuíam anterior convicção do chamado de Deus e esta verdade foi aqui revelada para toda a igreja. <br />
<br />
Qual o conteúdo da revelação do Espírito Santo à Igreja em Antioquia? <br />
<br />
Foi algo muito vago e possivelmente nos ensina que devemos nos contentar com as instruções de Deus para o dia de hoje. A instrução do Espírito Santo foi "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado", muito semelhante ao chamado de Abrão: "vai para a terra que te mostrarei". Na verdade em ambos os casos o chamado era claro mas a terra e o país não. <br />
<br />
Precisamos observar também que tanto Abrão como Saulo e Barnabé precisariam, para obedecerem a Deus, darem um passo de fé. <br />
<br />
Como foi revelado o chamado de Deus? <br />
<br />
Não sabemos. O mais provável é que Deus tenha falado à igreja através de um de seus profetas. Mas seu chamado também poderia ter sido interno e não externo, ou seja, através do testemunho do Espírito em seus corações e mentes.<br />
<br />
Independente de como o receberam, a primeira reação deles foi a de orar e jejuar, em parte, ao que parece, para testar o chamado de Deus e em parte para interceder pelos dois que seriam enviados. Notamos que o jejum não é mencionado isoladamente. Ele é ligado ao culto e à oração, pois raras vezes, ou nunca, o jejum é um fim em si mesmo. O jejum é uma ação negativa em relação a uma função positiva. Então jejuando e orando, ou seja, prontos para a obediência, "impondo sobre eles as mãos os despediram". <br />
<br />
Isto não era uma ordenação ao ministério muito menos uma nomeação para o apostolado já que Paulo insiste que seu apostolado não era da parte de homens, mas sim uma despedida, comissionando-os para o serviço missionário. <br />
<br />
Quem comissionou os missionários? <br />
<br />
De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como "deixou-os ir", livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo "adulou" no sentido de soltar. <br />
<br />
Mas ele também o usa no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito. <br />
<br />
Não há indícios para crermos que Saulo e Barnabé eram voluntários para o trabalho missionário. Eles foram enviados pelo Espírito através da igreja. Portanto cabe a toda igreja local, e em especial aos seus líderes, ser sensível ao Espírito Santo, a fim de descobrir a quem ele está concedendo dons ou chamado. <br />
<br />
Chamado missionário não é um ato voluntário, é uma obediência à visão do Senhor. <br />
<br />
Assim precisamos evitar o pecado da omissão ao deixarmos de enviar ao campo aqueles irmãos com clara convicção de que foram chamados por Deus, bem como a precipitação de o fazermos com outros que possuem os dons para tal, mas sem confirmação do Espírito à igreja. <br />
<br />
O equilíbrio é ouvir o Espírito, obedecê-lo e fazer da igreja local um ponto de partida para os confins da terra. <br />
<br />
Continuemos a orar pelos missionários que estão em ação; e se podermos contribuir para esta tão importante obra será uma bênção e pra a glória do nome do Senhor Jesus!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-22802668778844727302012-03-09T19:43:00.000-08:002012-03-09T19:43:01.627-08:00Dia de Oração por Missões Mundiais acontece em 7 de março<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://noticias.espacoevangelico.com/wp-content/uploads/2012/02/Dia-de-Ora%C3%A7%C3%A3o-por-Miss%C3%B5es-Mundiais-acontece-em-7-de-mar%C3%A7o.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="440" width="640" src="http://noticias.espacoevangelico.com/wp-content/uploads/2012/02/Dia-de-Ora%C3%A7%C3%A3o-por-Miss%C3%B5es-Mundiais-acontece-em-7-de-mar%C3%A7o.jpg" /></a></div><br />
Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
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<br />
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!<br />
<br />
Durante as 24 horas do dia os cristãos estarão intercedendo por missionários de todas as partes do mundo que estão levando a Obra de Deus até os confins da Terra<br />
<br />
No dia 7 de março a Junta de Missões Mundiais (JMM) está realizando o Dia de Oração por Missões Mundiais que tem como objetivo levantar um clamor por aqueles missionários que estão servindo em localidades distantes, enfrentando dificuldade e até mesmo perigo para poder levar a Palavra de Deus.<br />
<br />
Para participar a igreja precisa mobilizar seus membros a se comprometerem em orar durante uma parte daquele dia. O JMM lembra que igrejas grandes podem separar 144 pessoas para orar 10 minutos daquele dia, somando 1.440 minutos, ou seja, 24 horas de intercessão pelas missões.<br />
<br />
Mas essa não é apenas a única forma de participar, para lembrar a data é possível fazer um culto especial, uma vigília, reunião de grupos pequenos, cultos domésticos e até mesmo reuniões de oração. Mas todos esses eventos precisam ter como objetivo orar em favor dos missionários e cristãos que estão em várias partes do mundo.<br />
<br />
O dia pode ser lembrado por aqueles que adotaram uma família missionária ou um projeto, e durante o dia 7 é interessante orar especificamente por essas pessoas. ” É importante pedir para que o Senhor crie oportunidades para seus missionários anunciarem Cristo, a paz que liberta, às nações , diz trecho do texto da JMM.<br />
<br />
Se você entende a importância de interceder por nossos irmãos que atenderam ao IDE de Cristo ajude a divulgar o Dia da Oração por Missões Mundiais anuncie nas suas redes sociais para que todos conheçam a importância de participar desse evento.<br />
<br />
Você ainda pode colocar nas cartas enviadas aos missionários e até mesmo publicar uma nota no informativo ou boletim da igreja para que todos os membros saibam e aceitem participar dessa mobilização.<br />
<br />
A JMM disponibiliza o site do Programa de Intercessão Missionária (PIM) para que os interessados se inscrevam para orar pela obra de evangelização mundial, pedindo a Deus para abrir o coração daquelas pessoas resistentes ao Evangelho, para que sejam transformadas pela paz de Cristo. <br />
<br />
Nesse site também é possível adotar um projeto ou um missionário para interceder por ele. Entre em contato com a Central do Adotante: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades) ou acesse o www.jmm.org.br.<br />
<br />
A data também poderá ser lembrada em um culto especial, vigília, reunião de Pequeno Grupo, culto doméstico, reunião de oração... Escolha a melhor forma de conscientização sobre a importância da oração para se levar Cristo, a paz que liberta, a todo o mundo. Se não for possível realizar uma programação neste dia, sugerimos que a igreja escolha outra data. O importante é não ficar de fora desta grande mobilização. <br />
<br />
Todas as metas alcançadas por Missões Mundiais acontecem com a permissão e a graça do Senhor. <br />
<br />
Vidas são transformadas, povos são alcançados, sonhos são resgatados, milagres acontecem. Tudo isso só é possível por meio da oração. É através dela que podemos falar com Deus e compartilhar com Ele nossas angústias, aflições e pedidos. <br />
<br />
A oração faz do crente um missionário. Quem adota uma família missionária ou um projeto, deve orar especialmente por eles neste dia 07 de março. É importante pedir para que o Senhor crie oportunidades para seus missionários anunciarem Cristo, a paz que liberta, às nações. <br />
<br />
Espalhe esta idéia <br />
<br />
Há várias maneiras de ficar por dentro do Dia de Oração por Missões Mundiais. Para fazer parte desta grande rede de intercessão pela obra de evangelização mundial, basta se cadastrar no Programa de Intercessão Missionária (PIM) e pedir a Deus para abrir o coração daquelas pessoas resistentes ao Evangelho, para que sejam transformadas pela paz de Cristo. <br />
<br />
Converse com o promotor de Missões de sua igreja e saiba como você pode ajudar a organizar esse importante dia no calendário da Campanha Missionária 2012.<br />
<br />
O Brasil é a segunda maior “força missionária” do mundo<br />
<br />
Estados Unidos mantém sua marca histórica e permanece o número 1<br />
<br />
Na década de 1980, o Brasil passou a ser chamado de “celeiro de missões” por estudiosos que percebiam o potencial do país. Juntamente com outras nações emergentes, foi chamado de NPE (Novo País Enviador) juntamente com países como Coréia do Sul, Cingapura e Filipinas.<br />
<br />
De acordo com Todd Johnson, diretor do Centro para o Estudo do Cristianismo Global do Seminário Teológico Gordon-Conwell , que estuda o avanço do cristianismo, o Brasil já se tornou o segundo país que mais envia missionários para o exterior.<br />
<br />
Dos 400.000 missionários globais enviados para países estrangeiros em 2010, o Brasil enviou 34.000. Ficou apenas atrás dos Estados Unidos, que enviou 127.000.<br />
<br />
As estatísticas foram apresentadas por Todd Johnson este mês. Curiosamente, apesar de os Estados Unidos serem o país que mais envia missionários ao exterior, também é o país que mais recebe missionários estrangeiros. Cerca de 32.400 obreiros cristãos foram enviados para lá e a maioria veio justamente do Brasil.<br />
<br />
O crescimento no envolvimento missionário do Brasil está relacionado com a “explosão” dos evangélicos nos últimos 30 anos. O país tem a segunda maior população protestante do mundo. Também abriga um grande número de organizações missionárias. A maior atualmente é a JOCUM (Jovens Com Uma Missão) que tem 16.000 missionários trabalhando em cerca de 150 países.<br />
<br />
A história missionária moderna começou na Inglaterra, em 1972, quando William Carrey foi para a Índia. Duas décadas depois, Adoniram Judson e sua esposa Ann Hasseltine Judson chegaram a Mianmar (antiga Birmânia). No Brasil, os primeiros missionários enviados para o exterior foram para Portugal, cerca de 100 anos atrás.<br />
<br />
De acordo com Dana Robert, autor do livro “Missão cristã: Como o cristianismo se tornou uma religião mundial”, até o ano 2000 cerca de dois terços dos cristãos eram originários de países onde os missionários ocidentais trabalharam um século antes.<br />
<br />
Que Deus ajude a cada um dos missionários em campo de missões; a cada um de nós que ainda não fomos enviados compete orar e contribuir com esta tão importante tarefa em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-20392931949874030592012-02-29T16:42:00.000-08:002012-02-29T16:42:55.503-08:00As 10 características de um verdadeiro atalaia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-v9rBzFH5daw/T07GANMeMoI/AAAAAAAAAEM/LAiosrlNX5o/s1600/documentario%2Bde%2BFoz%2Bdo%2BIgua%25C3%25A7u%2B757.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-v9rBzFH5daw/T07GANMeMoI/AAAAAAAAAEM/LAiosrlNX5o/s320/documentario%2Bde%2BFoz%2Bdo%2BIgua%25C3%25A7u%2B757.jpg" /></a></div><br />
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!<br />
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Nesta oportunidade eu convido ao amado internauta para juntos meditarmos na Palavra de Deus no Livro do Profeta Ezequiel 33.6,7 que diz:<br />
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"A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte." (Ez 33 : 7) "Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia." (Ez 33 : 6)<br />
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Nas antigas cidades muradas havia o atalaia. Ele surgiu da necessidade de evitar os perigos dos invasores e ladrões. Era uma função obrigatória de defesa social, de abrigo das cidades e das nações. <br />
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Esses antigos guardas desempenhavam um papel de grande responsabilidade. Ao seu cuidado previdente e vigilância incansável ficavam entregues o sossego e a vida do povo; dia e noite tinham que vigiar (Is 21.8, 11, 12; 62.6).<br />
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A impiedade é o inimigo que anda a rondar o destino das criaturas. Ninguém escapa das suas investidas, por isso as Escrituras comparam os cristãos a atalaias e vigias fiéis.<br />
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Vejas as dez características de um verdadeiro atalaia:<br />
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I. O ATALAIA DEVIA SER PESSOA DA MAIS ALTA CONFIABILIDADE<br />
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O atalaia não podia ser aventureiro, não podia agir com irresponsabilidade... Muitas vidas dependiam do seu trabalho.<br />
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A escolha do atalaia era uma eleição muito importante... hoje em dia diríamos hoje que seria um caso de segurança nacional.<br />
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Com a presença do atalaia, os moradores da cidade podiam dormir sossegadas... porque alguém estava de plantão, e caso alguma anormalidade ocorresse, a segurança de todos estava garantida: o atalaia soaria a trombeta, despertando os soldados e a população.<br />
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II. O ATALAIA DEVIA SER PESSOA COMPETENTE<br />
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Lemos no v.3 que a função do atalaia era "avisar o povo", sempre que ele visse o inimigo se aproximando: "Quando vê o inimigo chegando, o vigia dá o alarme para avisar toda a gente".<br />
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É interessante observar esta informação do v.3: "Quando vê o inimigo chegando".<br />
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O atalaia não podia ser cego não. Precisava ser alguém de boa visão.<br />
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Atalaia cego é igual a atalaia nenhum.<br />
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Também o atalaia não podia ser míope (naqueles dias óculos e binóculos ainda não existiam, portanto, o atalaia tinha que ter olhos sadios ele não podia ter trave de madeira nem cisco no olho (a linguagem de ontem diz "argueiro") tinha que ser competente para a função.<br />
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III. O ATALAIA DEVIA SER PESSOA QUE AMASSE O SEU POVO<br />
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Ai do povo cujo atalaia resolvesse "tirar uma soneca na rede" ou prestar serviço pro inimigo, deixando de dar o alarme ou os portões somente encostados!<br />
Mas o atalaia não faria isto, porque o seu compromisso com a segurança do povo está no fato de amar o seu povo.<br />
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Um cristão do século passado dizia que "os oito primeiros versículos deste capítulo deveriam ser lidos de joelhos e com a oração para que manifestássemos uma obsessiva paixão pelas almas".<br />
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De fato, só um grande amor pela vida das outras pessoas poderia levar alguém a firmas os pés sobre o muro, e vigiar durante a madrugada para que o inimigo não apanhe a ninguém de surpresa...<br />
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Foi esse amor pelas pessoas, essa paixão pelas almas, que fez com que o inglês Guilherme Carey, considerado o pai das missões modernas, abandonasse a sua terra, para seguir, em 1793, para a Índia, num navio movido à vela, numa viagem que durou cinco meses. <br />
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E na Índia, Guilherme passou os quarenta e um anos restantes da sua vida e os primeiros convertidos só começaram a aparecer, depois de sete anos de trabalho intenso. Guilherme Carey foi atalaia... ele avisou muitos indianos do perigo que é viver sem Jesus.<br />
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O atalaia ama o seu povo, por isso o avisa... E faz isso tocando a trombeta - o v.3 nos revela isto: o atalaia toca a trombeta (nesse caso a versão na linguagem de ontem é melhor: "vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo". A NVI também traz "trombeta".<br />
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IV. DEVE OUVIR (verso 7). O que devo ouvir da parte de Deus? Esta pergunta parece um tanto estranha, mas entendemos que Jesus é a Palavra encarnada, e é dEle que devemos falar. Lembre-se da transfiguração quando Deus deixou claro que é Jesus a quem devemos ouvir. Muitos dão ouvidos a outras vozes e tornam-se incapazes do ofício de atalaias do Senhor;<br />
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V. DEVE ADVERTIR.<br />
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Advertir até os ouvintes reconhecerem a sua iniqüidade. Jesus nos advertiu sobre muitas coisas. Ele nos advertiu sobre o pecado, esmola, oração, jejum, as riquezas deste mundo, ansiedade, sobre servir a dois senhores, sobre o hábito de julgar os outros, sobre os dois caminhos, os falsos profetas, sobre quem entrará no reino de deus, sobre os dois alicerces. <br />
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Se tudo isso não nos chama a atenção é devido a nossa falta de interesse em advertir àqueles que estão olhando em outra direção, e assim deixando de cumprir a nossa tarefa de atalaias.<br />
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VI. OBEDECER (verso 9). A advertência é igual a uma ordem de conversão. Conversão é um ato de obediência e deve partir do coração do homem. A questão da obediência está ligada a idéia de que os advertidos precisam saber que sofrerão o castigo por causa dos seus pecados e de sua falta de obediência<br />
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VII . Estar sempre vigilante. <br />
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O menor cochilo era punido com rigor porque trazia conseqüências. Um guarda descuidado é inútil e perigoso como uma Igreja que dorme em vez de vigiar e proclamar a salvação em Cristo. Pregar a verdade é missão constante que deve tomar os cuidados da Igreja. Quando ela deixa para quando puder sua obra missionária, para quando terminar o templo está falhando com sua missão.<br />
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VIII . O guarda nas antigas cidades deveria ocupar os pontos mais estratégicos.<br />
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Tinha seu posto nas portas das cidades, nos morros, nas torres e lugares altos. Assim, deve a Igreja executar sua obra evangelística.<br />
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É preciso escolher os campos, os lugares, os meios e métodos de pregar e chamar os pecadores a Cristo. Nos negócios do Reino de Deus é preciso ocupar os pontos estratégicos, aproveitando os melhores meios para transmitir a mensagem. <br />
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A Igreja fará isso através dos seus membros, que ocuparão os lugares estratégicos e farão os contatos com as pessoas que têm de ser avisadas do perigo. Além disso, a igreja, como instituição, poderá manifestar-se quanto às grandes questões da nossa época, denunciando o pecado onde ele aparecer.<br />
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IX . O atalaia tinha que tocar a trombeta e avisar a cidade de qualquer perigo possível. Isso era feito ao mesmo tempo. Tocava a trombeta para despertar a atenção. Avisava, dando a notícia necessária no momento certo.<br />
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A Igreja, portanto, tem que unir sempre em sua obra de apoio e fundamento da verdade, a trombeta e o aviso. Precisamos falar a cada pessoa em particular mas precisamos fazer a mensagem chegar à cidade toda. Precisamos chamar a atenção para o perigo (trombeta), mas também entregar a mensagem que salva (aviso). Esses dois fatores devem andar juntos.<br />
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X . O atalaia não podia dar alarme falso. Era punido quando isso acontecia.<br />
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Da mesma forma é um grave erro todo alarme falso que uma determinada igreja use na sua obra de pregar o evangelho. A mensagem é uma só. Quaisquer acréscimos ou inovações devem ser imediatamente rejeitados. Só há um aviso certo: A alma que pecar, certamente morrerá. E só há um em quem se possa ter salvação: Jesus (At 4.12).<br />
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Mas nós não podemos nos iludir pois o inimigo não desiste fácil, e podemos ver no texto que mais uma vez que ele ficou por demais irado e agora sem tanta sutileza resolve fazer um ataque mais direto. Não devemos subestimá-lo (V.v 7,8)<br />
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Neemias mais uma vez busca forças através da oração, só que agora passa a se preocupar também com a vigilância. (V. 9) ler também (Mt 26:41)<br />
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Outra característica de Neemias é que ele era um líder de estratégias, e como vemos no verso 13 ele coloca as famílias juntas, (unidas) na luta para reedificar o muro. Ele sabia que se não houvesse unidade de propósitos seria muito difícil vencer aquela batalha.<br />
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Podemos observar outra qualidade em Neemias. ele sabia como incentivar seus liderados, colocando sempre o Senhor como a força, como aquele que pelejaria a batalha e lhes daria a vitória, como pode ser observado no verso 14.<br />
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Outra preocupação dele era a necessidade de trabalhar na reedificação armado , pois sabia que não poderia se defender e nem contra-atacar se estivessem desarmados.<br />
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No vs. 19 à 23 nos mostra que Neemias não deixou que largassem suas armas um só minuto. Se nós não estivermos sempre armados com a palavra de deus (que é a espada do espírito), não conseguiremos vencer os ataques que o inimigo dispara contra nós. Nós estamos engajados na obra do senhor (Ef 6:14-17)<br />
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COMO DEVE SER UM ATALIA<br />
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A obra de Deus é muito extensa e é necessário estarmos preparados para fazei-la da melhor forma possível, como um instrumento de benção a ser usado por Ele. Um atalaia deve ser:<br />
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1. CHEIO DO ESPIRITO: Ao recebermos Jesus somos selados com o Espírito Santo (Ef 1:13) , mas nem todos são cheios do Espírito.<br />
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A condição para ser cheio do Espírito Santo é em primeiro lugar se submeter em tudo à vontade de Deus (Ef 5:17) e não viver em contendas mas, ao contrário, abrir a boca para falar e cantar a Palavra de Deus, ser sempre abundante na gratidão e estar sempre pronto a se sujeitar ao irmão, por temer a Deus. (Ef 5:18-21)<br />
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2. SUBMISSÃO: Submeter-se à uma autoridade é estar sempre pronto a obedecer, mesmo quando esta obediência contrariar a sua vontade. (Hb 13:17).<br />
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3. FIDELIDADE: Jamais receberemos uma grande responsabilidade das mãos do Senhor, se não formos fieis às pequenas coisas. (Mt 25:21)<br />
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4. PREOCUPAÇÃO COM A OBRA :É necessário que nos interessemos pela ordem dos cultos, limpeza da Igreja e principalmente pelas almas, em especial àquelas que não conhecem a Jesus Cristo como Salvador. (I Co 15:58)<br />
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5. RESPONSABILIDADE: Tudo que te vier a mão para executar faça bem feito, nunca haja com relaxamento na obra do Senhor. (Jr 48:10)<br />
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6. DEPENDÊNCIA DE DEUS: Jamais confie em suas próprias forças e nem na sua capacidade. É necessário ser humilde e reconhecer que sem Jesus nada podemos fazer, dependa sempre da capacitação que vem do alto. (Jo 14:26 / 15:5 – Cl 3:1)<br />
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7. PRONTIDÃO PARA OUVIR: O servo do Senhor também é conselheiro, porém, somente vai ter condições de aconselhar quando for pronto para ouvir. (Tg 1.19).<br />
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8. SIMPLICIDADE E PRUDÊNCIA: Ao mesmo tempo que o Atalaia deve ter um coração puro rejeitando a maldade, precisa ter prudência em suas ações para não ser pego de surpresa pelo inimigo. (Mt 10:16 ; I Co 14:20)<br />
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9. DESEJO ARDENTE DE SERVIR: Negue-se a sí mesmo e esteja totalmente entregue nas mãos do Senhor. Considere sempre o seu próximo superior a você, honrando-o. (Mt 20:26-28).<br />
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10. TER UM BOM TESTEMUNHO: O obreiro deve viver de acordo com a Palavra de Deus. É necessário ser irrepreensível para que o inimigo nunca tenha do que acusá-lo, pois conforme diz a Palavra, “… pêlos frutos vos conhecereis…” (Dn 6:4 ; Mt 7:20)<br />
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11. CONHECIMENTO DA PALAVRA: Ao vencer Satanás utilizando a Palavra de Deus, Jesus nos deixou o exemplo da importância de conhecermos a Bíblia e o seu poder. (Mt 4:10)<br />
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12. TER UMA VIDA DE ORAÇÃO: A oração deve ser o termômetro da nossa vida espiritual. <br />
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Muita oração muito poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração, nenhum poder. Aquele que não se habitua a orar não consegue ter intimidade com o Pai. (Lc 22:39-41)<br />
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13. TER O AMOR COMO BASE: Não adianta desempenharmos nossas funções na obra do Senhor se o amor não for o centro das nossas ações. O amor deve ser o motivo principal pelo qual você serve a Deus, pois Deus é amor e quem não ama não conhece a Deus. (I Co 13 ; I Jo 4:7-8)<br />
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OS SERVOS DE DEUS SÃO ATALAIAS<br />
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No v.7 lemos: "eu estou pondo você como vigia de toda a nação de Israel". A eleição de Ezequiel se deu por determinação de Deus.<br />
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Como sentinela de plantão, Ezequiel tem de avisar do perigo que é morrer sem arrependimento compete a ele falar ao ímpio do seu caminho mal.<br />
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E lemos aqui: caso o ímpio desse importância ao aviso e se arrependesse dos seus pecados, tudo estaria bem com o ele e com o ímpio arrependido. Se, entretanto, o ele não advertisse o ímpio, o ímpio morreria, mas todas as conseqüências reservadas ao ímpio seriam creditadas na conta do atalaia criminoso.<br />
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Os atalaias, tinham uma responsabilidade de avisar, de soar a trombeta em alto som quando o inimigo se aproximasse e se o atalaia tocasse a trombeta e o povo não se desse por avisado, o seu sangue seria sobre eles, e se o atalaia visse o inimigo se aproximando e não tocasse a trombeta e o povo não se desse por avisado e ali se tivesse morte , o sangue seria cobrado da mão do atalaia.<br />
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E como podemos ver em Ez 33:7, Deus nos fala que somos constituídos por atalaia, e bem sabemos que temos a responsabilidade de soar a grande trombeta que há dentro de nós, como um som de trombeta que soa bem alto assim somos nós, devemos fazer o que Deus nos ordena porque Ele é a nossa trombeta e já foi dado o toque de guerra, uma guerra santa que bem sabemos que os vencedores somos nós, mas temos que fazer a nossa parte.<br />
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Que Deus nos ajude a cumprir esta tão difícil, mas importante missão com a graça do Senhor e em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-8921999228398156722012-02-24T16:49:00.000-08:002012-02-24T16:49:58.369-08:00A história dos mártires da Igreja<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-0Regqql45oc/T0gwFkc9fFI/AAAAAAAAADg/4cmgpps0Pb8/s1600/documentario%2Bde%2BFoz%2Bdo%2BIgua%25C3%25A7u%2B164.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-0Regqql45oc/T0gwFkc9fFI/AAAAAAAAADg/4cmgpps0Pb8/s320/documentario%2Bde%2BFoz%2Bdo%2BIgua%25C3%25A7u%2B164.jpg" /></a></div><br />
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Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!<br />
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Esta é mais uma matéria sobre a história dos mártires da Igreja. Vamos acompanhar!<br />
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As primeiras perseguições aos cristãos partiram de autoridades judias na palestina. O primeiro mártir registrado nas Escrituras foi o diácono Estevão (At 6 — 7), apedrejado por uma multidão, possivelmente em 36 d.C. O próximo foi Tiago — filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos — morto por Herodes Agripa I em 44 (At 12). <br />
<br />
De acordo com Josefo e Eusébio, Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja de Jerusalém foi apedrejado como resultado da instigação do sumo sacerdote em 62, logo depois da morte do governador Festo.<br />
<br />
A expulsão dos judeus de Roma ordenada por Cláudio e registrada por Suetônio pode ter sido resultado de um tumulto causado por cristãos judeus que estavam pregando sobre Cristo nas sinagogas.<br />
<br />
Nero queria fazer dos cristãos os bodes expiatórios do incêndio na capital em 64 d.C. Suetônio declarou laconicamente: “O castigo foi infligido sobre os cristãos, uma classe de homens dados a superstições maldosas”. A descrição vívida feita por Tácito da brutalidade de Nero vem há séculos mexendo com a imaginação:<br />
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Conseqüentemente, para livrar-se da delação, Nero colocou a culpa e infligiu as mais terríveis torturas sobre uma classe odiada por suas abominações, chamada pelo populacho de cristãos. Christus, do qual o nome é originado, sofreu a pena capital durante o reinado de Pôncio Pilatos... Além de sua morte, houve zombarias de todo o tipo.<br />
<br />
Cobertos por peles de animais, eles foram rasgados por cães e pereceram, ou pregados a cruzes, ou condenados pelo fogo e queimados, para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo. <br />
<br />
Uma fonte cristã mais recente (Sulpício Severo) relata: “Naquele tempo, Paulo e Pedro foram condenados a morte, sendo o primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação”. <br />
<br />
Algumas tradições populares, porém, não tem fundamento histórico. Uma delas é de que Pedro estava fugindo de Roma para evitar a perseguição de Nero e encontrou Jesus na Via Ápia. Ele disse: “Aonde vais, Senhor?” (Quo vadis domine?) Jesus respondeu: “Vou a Roma para ser crucificado novamente”. Foi então que o apóstolo voltou à capital para encontrar-se com seu destino. <br />
<br />
Outra lenda afirma que Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.<br />
<br />
Vejamos os martírios mais marcantes da história:<br />
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OS APÓSTOLOS E DISCIPULOS PRIMITIVOS<br />
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1) ESTEVÃO<br />
<br />
Foi o primeiro mártir da igreja cristã, e de acordo com a Bíblia ele foi apedrejado (At 7.54-60). Ele morreu orando e suas últimas palavras foram "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". João Calvino, reformador do século XVI, comenta essa oração de Estevão dizendo: "A nós convém, juntamente com Davi (Sl 31.1), entregar as nossas almas nas mãos de Deus diariamente, enquanto estivermos nesse mundo, visto que somos cercados por um milhar de mortes, a fim de que Deus possa livra-nos de todos os perigos; porém, quando tivermos realmente de morrer, e formos chamados para o outro lado da existência, então teremos que voar apoiados nessa oração - Que Cristo receba o nosso espírito. <br />
<br />
Pois ele entregou o seu próprio nas mãos do Pai, com esse propósito, o de guardar-nos para sempre. Isso serve de consolo inestimável. Essa esperança deve encorajar-nos a sofrer a morte com paciência".<br />
<br />
2) TIAGO O MAIOR, IRMÃO DE JOÃO<br />
<br />
Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos apóstolos a ser morto por causa da Palavra de Deus. Ato 12.2 nos informa que ele foi decapitado, a mando do rei Herodes Agripa I. Clemente de Alexandria, um dos pais apostólicos, conta-nos detalhes de sua morte. <br />
<br />
Diz ele que ao ser conduzido ao local de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo aos pés de Tiago, pediu-lhe perdão. Logo após, confessou-se cristão e foi morto juntamente com aquele que antes o havia acusado. Juntos foram decapitados.<br />
<br />
3) TIAGO IRMÃO DO SENHOR E BISPO DE JERUSALÉM<br />
<br />
Tiago, irmão do Senhor e autor da carta que leva o seu nome, com 99 anos foi espancado e apedrejado pelos judeus até a morte. Isso se deu no ano de 63 d.C. Os judeus lhe ordenaram que de uma das galerias do templo clamasse que Jesus de Nazaré não era o Messias.<br />
<br />
Mas em vez de falar assim, ele anunciou à multidão que Cristo era o Filho de Deus, e juiz do mundo. Então os seus inimigos enraivecidos o lançaram ao chão, e o moeram com pancadas. Não estando ainda completamente morto, acabaram de matá-lo com pedradas, enquanto ele orava pelos seus inimigos.<br />
<br />
3) SIMÃO PEDRO<br />
<br />
Pedro foi condenado em Roma a ser crucificado. Hegésipo, um escritor primitivo, conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela insistência deles, ele dispôs-se a fugir.<br />
<br />
Ao chegar, porém, à porta, viu o Senhor Jesus Cristo que vinha ao seu encontro. Adorando-o, Pedro indagou: "Senhor, aonde vais? Ao que ele respondeu: "Vou ser crucificado de novo". Pedro, ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou a cidade. <br />
<br />
Jerônimo afirma que ele foi crucificado de cabeça para baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.<br />
<br />
5) PAULO DE TARSO<br />
<br />
O apóstolo Paulo também foi martirizado em Roma. <br />
<br />
Abidias, um historiador primitivo, conta-nos que quando foi dada a ordem de execução de Paulo, o imperador enviou dois soldados para dar-lhe a notícia que ele seria morto. Diz esse historiador que o nome desses soldados eram Ferege e Partemio. <br />
<br />
Ao chegarem a Paulo pediram oração para que também cressem. Paulo garantiu-lhes que em breve creriam e seriam batizados diante de seu túmulo. <br />
<br />
De acordo com a maioria dos historiadores cristãos, Paulo foi retirado de um calabouço em Roma para a execução. 2 Tm 4.13, nos mostra que o apóstolo Paulo estava em um lugar úmido e sentia muito frio, por isso Pediu que lhe enviassem sua capa de inverno.<br />
<br />
6) ANDRÉ, IRMÃO DE SIMÃO PEDRO<br />
<br />
André, irmão de Simão Pedro, pregou o evangelho a muitas nações da Ásia. <br />
<br />
Em Édesa foi crucificado de forma transversal. As extremidades de sua cruz foram fixadas transversalmente no solo. Daí o nome de cruz de santo André.<br />
<br />
7) BARTOLOMEU<br />
<br />
Era natural de Caná da Galiléia, homem de bom caráter, recebendo por isso o elogio de Jesus Cristo. <br />
<br />
foi um pregador que viajou para vários países e por último, foi cruelmente açoitado e crucificado pelos idólatras da Armênia.<br />
<br />
8) APÓSTOLO JOÃO<br />
<br />
Por ordem do imperador Tirano, foi lançado numa caldeira de azeite fervendo e por um milagre saiu ileso. Depois disso foi desterrado para a ilha de Patmos a fim de trabalhar nas minas de carvão. <br />
<br />
Em Patmos lhe foi revelado as profecias dos últimos dias: o Apocalipse. Depois da morte do imperador, João foi solto e voltou para Éfeso de onde escreveu o evangelho que leva o seu nome e as três cartas que também levam o seu nome. Morreu de forma natural em avançada idade.<br />
<br />
9) TIMÓTEO<br />
<br />
Segundo a tradição eclesiástica Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso e diz que ele morreu ali martirizado quando João estava exilado na ilha de Patmos. Ele foi morto a pauladas por uma turba de idolatras que se encaminhavam para o templo para oferecerem sacrifícios aos deuses.<br />
<br />
Você sabe qual era o crime ou o erro dos cristãos primitivos?<br />
<br />
Uma carta do governador Plínio ao imperador Trajano, nos primórdios do Cristianismo, mostrando o crime dos cristãos, responde a essa pergunta:<br />
<br />
"Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos, um hino a Cristo, como se fosse um Deus, e se ligarem por um juramento de não cometerem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restituí-los. <br />
<br />
Depois disso feito, costumavam-se separar-se e em seguida reunirem-se de novo, sem a menor deserdem. Depois dessas informações julguei muito necessário examinar, mesmo por meio de tortura, duas diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva."<br />
<br />
10) INÁCIO DE ANTIOQUIA<br />
<br />
A tradição diz que ele conheceu Pedro e foi ordenado bispo de Antioquia pelo apóstolo João. Foi condenado pelo imperador Trajano a ser lançado as feras em Roma. Enquanto atravessava a Síria a caminho de Roma, ele escreveu várias cartas. Em uma delas ele diz: "Desde a Síria até Roma estou lutando com feras por terra e por mar, de noite e de dia sendo levado preso por dez soldados cuja ferocidade iguala a dos leopardos, e os quais, mesmo quando tratados com brandura, só mostram crueldade. <br />
<br />
Mas no meio destas iniqüidades, estou aprendendo... Coisa alguma, quer seja visível ou invisível, desperta a minha ambição, a não ser a esperança de ganhar a Cristo.<br />
<br />
Se o ganhar, pouco me importará que todas as torturas do demônio me acometam, quer seja por meio do fogo ou da cruz, ou pelo assalto das feras ou que os meus ossos sejam separados uns dos outros e meus membros dilacerados, ou todo o meu corpo esmagado.". <br />
<br />
Quando chegou em Roma o lançaram na arena com os leões, e ele disse: "Sou, como o trigo debulhado de Cristo, que precisa de ser moído pelos dentes das feras antes de se tornar em pão.".<br />
<br />
Depois disso foi comido pelos leões e recebido na glória pelo leão da tribo de Judá.<br />
<br />
11) POLICARPO, BISPO DE ESMIRNA<br />
<br />
Policarpo foi o discípulo pessoal do apostolo João, era homem muito consagrado e foi o principal pastor da Igreja de Esmirna. <br />
<br />
Nasceu em 69 d.C. e morreu em 159 d.C. Escreveu Duas cartas à igreja de Filipos conservadas até o dia de hoje.<br />
<br />
Diz a história que ele ao entrar na arena para ser morto ouviu uma voz do céu que dizia: "Sê forte Policarpo! Se homem". <br />
<br />
Ele foi condenado à fogueira e quando o fogo acendeu não teve poder de queimá-lo, por fim o mataram a golpes de espada.<br />
<br />
Depois de preso por pregar o evangelho, foi inquirido a amaldiçoar à Cristo no que ele respondeu: "Por 86 anos tenho sido servo de Cristo, e ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar de meu Rei, que me salvou?".<br />
<br />
12) FELICIDADE E SEUS FILHOS<br />
<br />
Marco Aurélio assumiu o trono em 161 d.C. e no ano 180 começou de novo as perseguições. Um dos martírios que mais impacto causou em Roma foi a de Felicidade e seus sete filhos. <br />
<br />
Ela foi acusada de ser cristã e o prefeito da cidade a ameaçou de morte, mas ela disse: "Viva, eu te vencerei; se me matares, em minha própria morte te vencerei ainda mais.". <br />
<br />
Todos os seus filhos morreram na sua frente. O mais velho foi espancado até a morte. Dois foram golpeados por clavas.<br />
<br />
O quarto foi jogado do despenhadeiro. Três foram degolados. Por fim depois de muita tortura, ela foi decapitada.<br />
<br />
13) PERPÉTUA, A JOVEM<br />
<br />
No reinado de Severo foi martirizada Perpétua, uma senhora casada, de 22 anos, de boa família e mãe de uma criança, era nova convertida, saída do paganismo. Nem com as suplicas de seu pai, ela negou a cristo.<br />
<br />
Nesse dia conduziram-na para fora com o irmão, e outra mulher chamada felicidade e as duas foram atadas em redes, e lançadas a uma vaca brava. <br />
<br />
Os ferimentos de Perpétua não foram mortais, e a população farta, mas não saciada pela vista do sangue, disse ao algoz (carrasco, indivíduo cruel) que aplicasse o golpe da morte.<br />
<br />
Como que despertando de um sonho agradável, Perpétua chegou a túnica mais a si, levantou o cabelo que lhe caíra pelas costas abaixo, e depois de ter dirigido com voz fraca algumas palavras de animação a seu irmão, guiou ela mesma a espada do gladiador para o coração, e assim expirou."<br />
<br />
14) BISPO BASÍLIO<br />
<br />
O bispo Basílio foi um dos que pereceram nas mãos de Julião. Foi encarcerado e ameaçado de morte. <br />
<br />
Julião o interrogou pessoalmente. Basílio nesse interrogatório predisse a morte do imperador e disse-lhe ainda do tormento que lhe sobreviria na outra vida. Encolerizado Julião ordenou que o corpo desse seguidor de Cristo fosse descarnado a cada dia, em sete diferentes partes, até que sua pele e carne ficassem totalmente destroçadas.<br />
<br />
15) ARTÊMIO, COMANDANTE ROMANO<br />
<br />
Artêmio, comandante das forças romanas no Egito, foi privado de seu mandato por ser cristão; logo teve seus bens confiscados e foi decapitado. <br />
<br />
Na palestina muitos foram queimados vivos; outros arrastados pelos pés através das ruas, despidos, até expirar. <br />
<br />
Alguns foram feridos até morrer; apedrejados e outros sofreram espancamento na cabeça, até perder os miolos. Em Alexandria, foram muitos os cristãos que morreram pela espada, pelo fogo, pela crucificação e pela decapitação.<br />
<br />
16) HERMENEGILDO<br />
<br />
Em 586, o rei Leovigildo mandou matar o próprio filho, o príncipe Hermenegildo, por renunciar a fé ariana e converter-se ao genuíno evangelho. Ele foi decapitado por ordem do próprio pai por não receber a eucaristia das mãos de um bispo ariano em 13 de abril de 586 d.C.<br />
<br />
17) JUAN<br />
<br />
Foi bispo de Bérgamo, em Lombardia. Era erudito e bom cristão. Empenhou todos os esforços possíveis para retirar da igreja os erros do arianismo. Teve grande êxito contra os hereges e por isso foi assassinado no dia 11 de julho de 683 d.C.<br />
<br />
18) KILLIAN<br />
<br />
Nasceu na Irlanda e recebeu de seus pais uma educação piedosa e cristã. Obteve a licença da igreja de Roma para pregar aos pagãos da Alemanha. Em Wurtburg converteu o governador Gozberto, cujo exemplo foi seguido pela maior parte do povo durante os anos seguintes. <br />
<br />
Quando, porém Killian persuadiu o governador Gozberto de que seu matrimônio com a viúva de seu irmão era pecaminoso, este ficou irritado e mandou matá-lo. Era o ano de 689 d.C. Em 854, quarenta e duas pessoas, na alta Frigia, foram martirizadas pelos sarracenos.<br />
<br />
19) JOHN HUSS<br />
<br />
De origem camponesa e humilde, Huss nasceu na Boêmia em 1373 e só aos 13 anos entrou para a escola elementar.<br />
<br />
Cinco anos mais tarde entrou para a universidade de Praga e em 1398 alcançou o grau de Bacharel em Divindade, sendo consagrado pastor da igreja de Belém, em Praga. A partir desse púlpito católico, Huss começou a pregar a genuína palavra de Deus, o que lhe gerou muitas perseguições. <br />
<br />
Foi convocado pelo papa a comparecer em Roma. Recusou-se e foi excomungado. <br />
<br />
A semelhança de Wycliffe, Huss atacou várias doutrinas erradas da igreja romana como; a venda de indulgências, a veneração de imagens, o vício do papa, dos cardeais, e do clero. <br />
<br />
Suas idéias provocaram a ira do papa que o convocou a comparecer ao Concílio de Constância com um salvo-conduto do imperador. <br />
<br />
O salvo-conduto, porém, não foi cumprido e suas idéias foram condenadas. Foi-lhe dada à oportunidade de se retratar, não negando, porém a sua fé. <br />
<br />
Foi queimado na fogueira com uma coroa de papel decorada com diabinhos com a seguinte frase: "Coroa de Hereges".<br />
<br />
Finalmente aplicaram o fogo à lenha, e então o nosso mártir cantou um hino com voz tão forte e alegre que foi ouvido através do crepitar da lenha e do estrondo da multidão. Finalmente a sua voz foi calada pela força das chamas, que logo puseram fim à sua existência na terra.<br />
<br />
20) JERÔNIMO SAVONAROLA<br />
<br />
Nasceu em Florença, Itália e pregava como um dos antigos profetas da Bíblia para vastas multidões que enchiam sua catedral. <br />
<br />
Seus sermões eram contra a sensualidade e o pecado da cidade e também contra os vícios do papa. A cidade se arrependeu e se reformou, mas o papa Alexandre VI procurou, de todos os modos, silenciar o virtuoso pregador.<br />
<br />
Foi enforcado e queimado na grande praça de Florença. Isso aconteceu dezenove anos antes das 95 teses de Lutero ser colocadas na catedral de Wittenberg. Esse homem de Deus nos deixou o exemplo de como ser fervoroso mesmo em meio uma sociedade totalmente corrompida. Todos esses homens anteciparam o espírito e a obra dos reformadores.<br />
<br />
21) JERÔNIMO DE PRAGA<br />
<br />
Foi conterrâneo de Huss e nasceu na cidade de Praga. <br />
<br />
Teve acesso às obras de Wycliffe e ao ver o progresso que a obra de Huss teve na Boêmia, foi ajudá-lo. Chegou na Boêmia, três meses antes de Huss ser morto.<br />
<br />
Foi preso pelo duque Sultsbach, que o levou com correntes pelo pescoço sendo lançado em uma masmorra imunda onde ficou por 340 dias, sem luz e quase morto de fome. <br />
<br />
As acusações que pesavam contra ele eram: <br />
<br />
1º Ridicularizar a autoridade papal; <br />
<br />
2º fazer oposição ao papa; <br />
<br />
3º Ser inimigo dos cardeais; <br />
<br />
4º Ser perseguidor dos prelados;<br />
<br />
5º Foi acusado de aborrecedor da religião cristã.<br />
<br />
Como Huss, sua condenação foi ser queimado em praça pública. <br />
<br />
Prepararam-lhe umas coroas de papel, pintada com demônios na cor vermelha, o que vendo disse: "O Nosso Senhor, quando sofreu a morte por mim, que sou o mais miserável dos pecadores, levou sobre a sua cabeça uma coroa de espinhos; por amor a ele, levarei esta coroa também.<br />
<br />
" Quando atearam fogo, cantou um hino e suas últimas palavras foram: "A ti, Cristo, ofereço esta alma em chamas".<br />
<br />
22) JOHN BROWN<br />
<br />
Em 1517 foi acusado de heresia.<br />
<br />
Sua condenação foi ser queimado vivo. Antes de queimá-lo, os arcebispos de Rohester, fizeram com que seus pés fossem queimados até que toda a carne se desprendesse, e os ossos ficassem expostos. <br />
<br />
Fizeram isso para forçá-lo a retratar-se; porém ele persistiu em sua fé e devido a isso, foi preso à estaca e queimado.<br />
<br />
23) THOMAS MANN<br />
<br />
Era um cristão bem quisto pela comunidade. Foi acusado de fazer declarações contrárias ao culto das imagens e as peregrinações católicas sendo queimado em Londres em 1519.<br />
<br />
24) THOMAS HARDING<br />
<br />
Foi acusado junto com sua esposa de praticar heresia, somente por não aceitar a doutrina da transubstanciação. <br />
<br />
Foi condenação a ser queimado. Ao ser levado ao local do suplicio, um dos espectadores rompeu o seu crânio com um porrete. <br />
<br />
Os sacerdotes premiaram a todos os que traziam madeira para a fogueira, com uma indulgência para pecar por 40 dias.<br />
<br />
25) JONH HOOPER<br />
<br />
Foi um dos reformadores ingleses e era bispo de Gloucester. <br />
<br />
Era fervoroso em seu ensino, eloqüente em sua palavra, perfeito na citação dos textos Bíblicos, infatigável na sua tarefa, exemplar em sua vida pessoal. No dia 29 de janeiro de 1555, foi condenado por ensinar heresia. <br />
<br />
Sendo condenado à fogueira suas últimas palavras foram: "Senhor Jesus, tenha misericórdia de mim. Senhor Jesus recebe o meu espírito".<br />
<br />
26) WILLIAM TYNDALE<br />
<br />
Foi conterrâneo e amigo de Lutero.<br />
<br />
Muitos o colocam como pré-reformador, mas é inegável que ele teve uma grande participação de maneira direta na reforma protestante. <br />
<br />
Tyndale foi um fiel ministro do Senhor que nasceu em um local próximo à fronteira do país de Gales. <br />
<br />
Foi criado desde sua infância na universidade de Oxford, onde, por sua longa permanência, cresceu tanto no conhecimento dos idiomas e das outras artes liberais, como na prática das Escrituras, às quais a sua mente estava muito apegada. <br />
<br />
Aos 30 anos fez uma promessa que haveria de traduzir a Bíblia diretamente dos originais para o inglês, com o objetivo de que, todo povo desde o camponês até a corte real pudessem ler e compreender as Escrituras em sua própria língua. Em 1525, a tradução do Novo Testamento estava completa.<br />
<br />
Em pouco tempo mais de seis mil cópias estavam nas mãos do povo.<br />
<br />
Isso gerou uma grande perseguição da igreja Romana sobre a sua vida, até que em maio de 1535 foi preso.<br />
<br />
Um ano depois saiu a sua condenação. No dia seis de outubro de 1536, foi levado ao lugar da execução. Foi amarrado à estaca, estrangulado pelo carrasco e, em seguida consumido pelo fogo. Na estaca, orou com fervor dizendo: "Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra".<br />
<br />
27) ALGUNS MÁRTIRES DO SÉCULO XIX<br />
<br />
Entre os anos de 1814 a 1820, os protestantes do sul da França, sofreram terríveis perseguições por parte dos Católicos Romanos. Só o fato da pessoa se confessar protestante, era motivo para perder a vida. Vejamos alguns casos:<br />
<br />
a) Um jovem chamado Pierre foi questionado pelos católicos a respeito de sua fé. Perguntaram-lhe: "Você é católico ou protestante?".<br />
<br />
Ele prontamente respondeu: "Sou protestante". Essa declaração lhe custou a vida, pois um dos inquiridores lhe deu um tiro a queima roupa.<br />
<br />
b) Blacher, um senhor de 70 anos, também foi argumentado com respeito a sua fé. Ao declarar-se protestante, teve todo o seu corpo despedaçado por uma foice.<br />
<br />
c) Um Senhor de idade chamado Ddet foi parado na rua e lhe perguntaram: "Você é protestante?". Ao que ele respondeu: "Sou". Imediatamente descarregaram nele um mosquete, porém ele não morreu. <br />
<br />
Mas, para consumar a sua obra, os monstros acenderam uma fogueira com palha e tabuas. Lançaram o Ancião nela, ainda vivo, causando-lhe sofrimentos terríveis até a morte.<br />
<br />
28) MÁRTIRES DO SÉCULO XX<br />
<br />
a) DIETRICH BONHOEFFER (1906 -1943)<br />
<br />
Teólogo Alemão que se opôs fortemente ao governo de Adolf Hitler, Bonhoeffer pregou duramente contra o anti-semitismo, condenou a cooperação da igreja com o terceiro Rich (sistema comandado por Hitler), e tornou-se parte da resistência ao regime nazista juntamente com outros lideres de sua época.<br />
<br />
Em 1936, o governo Alemão cassou o título de livre-docente de Bonhoeffer em Berlim. Um ano depois, fechou o seminário em Finkenwalde, no qual era professor. <br />
<br />
Foi proibido de ensinar e de publicar livros. No dia cinco de abril de 1943 foi preso e lavado ao campo de concentração de Buchenwald. <br />
<br />
Em 8 de abril do mesmo ano, num domingo, como de costume, Bonhoeffer pregou um sermão que tocou profundamente no coração dos colegas de prisão, ao falar sobre a vontade de Deus para a vida de cada ser humano. <br />
<br />
Depois de orar, a porta da cela se abriu. <br />
<br />
Dois guardas do Terceiro Reich disseram: "Prisioneiro Bonhoeffer, prepare-se para vir conosco". <br />
<br />
Os presos sabiam que estas palavras eram sinônimas de morte.<br />
<br />
Deduzindo o que lhe aconteceria, se dirigiu aos demais, dizendo: "Para mim, isto é o fim, mas também o início", numa referência direta ao fato de que, para o cristão a morte é uma passagem para o céu. <br />
<br />
No dia seguinte, foi enforcado, aos 30 anos de idade. <br />
<br />
Três semanas depois, Adolf Hitler suicidou-se e, menos de um mês após o assassinato de Bonhoeffer, as vítimas do nazismo que sobreviveu, foram libertadas com o fim do domínio insano do regime Hitlerista.<br />
<br />
b) IVAM MOISEYEV<br />
<br />
Ivan foi um soldado cristão do exercito vermelho, da antiga União Soviética. <br />
<br />
Era um jovem diferente, cristão genuíno, que não se deixava amedrontar pelas ameaças dos oficiais e nem pelo escárnio dos colegas de farda. <br />
<br />
A fé e o relacionamento intimo com Cristo eram mais importantes do que sua própria segurança pessoal ou aprovação dos companheiros. Seu caráter foi provado até o sangue, no exercito vermelho. <br />
<br />
Muitas vezes proibido de pregar aos colegas, Ivan tinha um princípio Bíblico em sua vida: "Mais vale obedecer a Deus do que aos homens". <br />
<br />
Apesar de ser um soldado exemplar, não se calava com relação a sua experiência de salvação.<br />
<br />
Muitas vezes foi inquirido a negar sua fé, mas nada o fazia calar. Foi preso e lançado em uma cela cheia de poças de água.<br />
<br />
Depois de muitas tentativas de fazê-lo desistir de sua fé, a única maneira que conseguiram fechar a sua boca, foi matá-lo dentro da prisão.<br />
<br />
Sua família, quando viu o corpo, não o reconheceu de tão deformado que estava seu rosto, com marcas de botas no rosto, boca quebrada, a testa e as têmporas cheias de hematomas.<br />
<br />
Um dia antes de morrer, em 15 de julho de 1972, escreveu uma carta a seu irmão dizendo: "Querido irmão, recebi sua carta e demorei responder, porque houve uma grande tormenta.<br />
<br />
Quando Sergei (amigo de farda de Ivan e também cristão) chegou, ele também sofreu, e seus livros e até postais foram confiscados. <br />
<br />
Não conte tudo a papai e mamãe. Diga apenas: Ivan escreveu, e disse que Jesus vai partir para a peleja.<br />
<br />
Esta luta é de Cristo, e Ivan não sabe se voltará dela com vida. Desejo que todos os amigos, jovens e velhos, se lembrem deste verso de Apocalipse 2.10: ‘Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida‘. “Receba esta última carta, na terra, do menor dos irmãos, Ivan Moiseyev”.<br />
<br />
c) STANLEY ALBERT DALE (1910 - 1968)<br />
<br />
Missionário aos índios canibais YALIS, no vale do Seng, em Nova Guiné Holandesa, Stanley foi martirizado pelos índios juntamente com seu amigo Philip com mais de 60 flechadas cada um, e depois tiveram os corpos esquartejados. <br />
<br />
Próximo ao local onde Stanley e Philip foram feridos e mortos, há uma pequena placa de aço inoxidável na qual estão gravadas as seguintes palavras:<br />
<br />
Stanley Albert Dale<br />
<br />
Amado esposo de Patrícia<br />
<br />
Morto por causa de sua fé, no vale de Seng<br />
<br />
25 de setembro de 1968<br />
<br />
Apocalipse 2.10<br />
<br />
Muitos outros irmãos foram mortos nesse século por causa do seu testemunho cristão Os mencionados acima, são apenas alguns dos milhares e milhares que foram fies ao Senhor até a morte e conquistaram a coros da vida.<br />
<br />
c) PASTOR QUE FOI MORTO COM A FAMÍLIA<br />
<br />
O pastor David Yonggi Cho conta em um de seus livros a história de um pastor que foi preso pelos soldados comunistas na cidade de Inchon, na época da invasão comunista na Coréia do Sul.<br />
<br />
Os soldados o prenderam e ameaçaram matá-lo caso não negasse a Jesus.<br />
<br />
Com bravura, o pastor reafirmou sua fidelidade a Jesus a despeito das ameaças. Os soldados, irados, ameaçaram sepultá-lo vivo com a sua família, caso ele não renegasse a sua fé. O pastor e sua família preferiram o martírio em vez da apostasia.<br />
<br />
Foi aberta, então, uma grande cova e jogaram lá dentro o pastor e sua família. <br />
<br />
Começaram a jogar terra e a soterrar a família piedosa. Quando a terra já estava sufocando a todos, um filho gritou desesperado: "Papai, pense em nós. Pense em nós papai". <br />
<br />
O pai aflito começou a chorar, mas sua esposa, cheia de fervor, gritou para os filhos: "Coragem, meus filhos, vocês não sabem que hoje à noite nós vamos jantar com Jesus, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores?"<br />
<br />
Depois de encorajá-los a ser fiéis até a morte, começou a cantar um hino sobre o céu que dizia:<br />
<br />
"Eu avisto uma terra feliz, uma terra de glória e fulgor Avistamos o lindo país, pela fé na Palavra de Deus.<br />
<br />
Sim no doce porvir, viveremos no lindo país.<br />
<br />
Sim no doce porvir, viveremos no lindo país “<br />
<br />
Cantaram com entusiasmo até que suas vozes foram silenciadas debaixo dos escombros. A obediência daquela família levou-os ao caminho estreito do martírio, mas no fim dessa estrada estava a glória excelsa de Deus. <br />
<br />
A multidão que assistiu a esse doloroso martírio ficou profundamente comovida e dezenas de pessoas se converteram e foram salvas por esse testemunho.<br />
<br />
d. A crueldade praticada na Coréia do Norte<br />
<br />
A igreja evangélica coreana cresceu num solo regado pelo sangue dos mártires.<br />
<br />
Milhares de crentes foram castigados até a morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa.<br />
<br />
Centenas de pastores foram decapitados às margens do rio Ran. Mais tarde, na terrível guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua fidelidade a Cristo. <br />
<br />
Nesse museu, vimos numa enorme sala quadros singelamente emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em cada quadro havia um breve histórico com o relato da vida, das obras, do ministério e, sobretudo da maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e morta pela sua fé. <br />
<br />
Ale naquela sala chorei ao ver que muitos daqueles mártires morreram sem ver o grande avivamento que Deus enviou sobre a Coréia do Sul.<br />
<br />
Deus honra o sangue dos mártires. <br />
<br />
O sangue dos mártires como dizia Tertuliano, é o adubo para a sementeira do Evangelho. <br />
<br />
Depois de observar atentamente todos aqueles quadros, já na saída da sala, aproximei-me do último quadro. <br />
<br />
A moldura era a mesma, mas não havia fotografia. Quando fiquei de frente para ele, havia no lugar da fotografia, um espelho. <br />
<br />
Vi meu próprio rosto e, embaixo, uma frase lapidar: "Você pode ser o próximo mártir". <br />
<br />
Lagrimas rolaram em meu rosto. “Reconheci que precisava ser revestido com o poder do Espírito para ser um mártir de Jesus”.<br />
<br />
Que estes belos exemplos nos sirva como modelo para sermos fiéis a Deus até a morte quando mediante o aparecimento do filho de homem receberemos a coroa da Vida, em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-21904122610715465162012-01-23T16:11:00.000-08:002012-01-23T16:11:30.692-08:00Conheça a missão integral da IgrejaPublicado em: 23/1/2012<br />
Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!<br />
<br />
Que é missão integral? O que envolve a missão da Igreja a ponto de investigarmos o que é mito e o que é realidade?<br />
<br />
Na procura de respostas para estas e outras perguntas semelhantes é que este estudo veio a lume. Não é um trabalho original e nem exaustivo.<br />
<br />
Não é original porque missão integral já faz parte da discussão teológica da Igreja há algum tempo. Não é exaustivo porque o número de teólogos, missiólogos e pensadores que têm escrito e palestrado sobre a missão da Igreja, e em seus vários aspectos, é enorme. <br />
<br />
I. O QUE É COMISSÃO CULTURAL?<br />
<br />
- “Comissão” é o “ato ou efeito de cometer, de encarregar, de incumbir”. “Comissão”, portanto, é uma incumbência, uma carga, uma responsabilidade que se dá a alguém, uma tarefa que se determina a alguém.<br />
<br />
- Quando falamos, pois, em “comissão”, desde logo percebemos que estamos a falar de uma relação em que alguém, por ter condição superior, ordena a outrem que faça algo, que assuma alguma responsabilidade, que venha a executar alguma tarefa. Tem-se, pois, nitidamente, uma relação “de cima para baixo”.<br />
<br />
- Quando se fala em “comissão”, pois, tem-se que estamos a falar de um relacionamento entre Deus e os homens, um relação vertical (isto é, “de cima para baixo”), visto que Deus é o Senhor, ou seja, o dono de todas as coisas que existem, eis que é delas o Criador (Sl 24:1).<br />
<br />
- Quando Deus criou os céus e a terra, diz-nos a Bíblia Sagrada, também criou o homem, ser criado de forma singular, diferente das demais. Enquanto os demais seres terrenos foram criados pelo poder da Palavra, em relação ao homem, o Senhor fez de modo diverso, tendo, Ele próprio, formado o homem do pó da terra e soprado em suas narinas dando-lhe o fôlego de vida (Gn 2:7).<br />
<br />
- Esta diferença na criação do homem justifica-se pelo fato de que Deus, também, em relação ao homem, tinha uma tarefa diversa, distinta da dos demais seres criados sobre a face da Terra. Ao vermos a decisão divina para criar o homem, entendemos esta distinção.<br />
<br />
- Ao resolver criar o homem, Deus determinou que o homem fosse o “dominador” de toda a criação terrena, que, por ter a imagem e semelhança de Deus, estivesse sobre toda a criação terrena, como um “mordomo” do Senhor de todas as coisas sobre a face da Terra (Gn 1:26-28).<br />
<br />
- Deus, então, deu ao homem a tarefa de dominar sobre a criação terrena, de ser “mordomo” do Senhor sobre a Terra, tanto que, ao formar o jardim no Éden onde pôs o homem, deu-lhe a tarefa de cuidar daquele jardim, de lavrá-lo e guardá-lo (Gn 2:15). <br />
<br />
É esta tarefa de cuidar da criação terrena, de dominar sobre os demais seres da Terra, de ser o “mordomo” de Deus sobre a face do planeta que se denomina de “comissão cultural”.<br />
<br />
- “Comissão” bem sabemos por que, já que se trata de uma tarefa, de uma incumbência, de uma responsabilidade que Deus deu ao homem, mas por que “cultural”?<br />
<br />
- Cultura, como ensinam os antropólogos (a Antropologia é a ciência que estuda o homem na sua totalidade, ou seja, o homem e a suas obras, tendo como conceito fundamental o de “cultura<br />
<br />
Assim, a cultura é um conjunto de idéias, abstrações e comportamento que os homens têm numa determinada sociedade.<br />
<br />
- Ao determinar que o homem cuidasse da criação terrena, tanto lavrando como guardando o que havia criado no jardim do Éden, o Senhor deu ao homem condições para que, dentro da inteligência com que havia dotado, tomasse iniciativas que o permitisse executar a tarefa deixada por Deus a ele.<br />
<br />
Não foi por outro motivo que o Senhor mandou que Adão desse nome aos animais (Gn 2:19,20), precisamente para que, através deste gesto, o homem tivesse consciência de duas verdades, a saber: a de que era superior aos demais seres terrenos (o ato de “dar o nome” reflete esta superioridade, esta autoridade) e a de que havia sido criado com inteligência, tendo, pois, criatividade, ou seja, a capacidade de criar coisas a fim de executar a tarefa que lhe havia sido dada, cometida pelo Senhor.<br />
<br />
- Esta “criação humana”, ou seja, esta série de comportamentos, condutas e modos de viver surgidos a partir da inteligência humana, criações estas que têm por finalidade precisamente o cumprimento da tarefa deixada pelo Senhor ao homem de dominar sobre a criação terrena é o que compõe a “cultura”.<br />
<br />
- Por isso, a tarefa deixada por Deus ao homem para lavrar e guardar o jardim do Éden é uma “comissão cultural”, pois se trata de uma tarefa, de uma incumbência que o homem deveria cumprir a partir do exercício da sua inteligência, daquela diferencial que Deus deu ao homem precisamente para cumprir aquilo que Deus lhe determinava fazer. <br />
<br />
É, portanto, uma “comissão cultural”, uma tarefa que deveria ser cumprida a partir da “cultura”, ou seja, de todas as condutas, comportamentos e atitudes que o homem empreenderia para executar a tarefa que lhe havia sido cometida por Deus de “lavrar e guardar” a Terra.<br />
<br />
II. A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA<br />
<br />
1.2. A realidade da missão integral da Igreja<br />
<br />
Em contrapartida ao mito da teologia de missão integral da Igreja, destaquemos dois fatores que, em nossa opinião, expressam bem a realidade dessa missão. a. A missão da Igreja é holística e diaconal Por mais óbvia que pareça esta afirmação, sabemos que a ortopraxia da missão integral não é tão óbvia como deveria ser. Não é fácil inculcar na cabeça do nosso povo que o envolvimento da Igreja deve ser total. Não só no que se refere ao indivíduo, mas também à criação de Deus em geral. Onde está, por exemplo, a consciência ecológica da Igreja? <br />
<br />
Além disso, a Igreja como sal da terra e luz do mundo deve fazer a diferença nos vários setores da sociedade, principalmente no socorro aos menos favorecidos. A injustiça social, verdadeira afronta contra a imagem e semelhança de Deus, tem solapado nosso país e a Igreja muitas vezes tem se afastado como se nada tivesse com isso. É verdade que a Igreja não é uma instituição político-partidária que deva defender qualquer bandeira política. É mais que isso. Ela é uma instituição divina suprapartidária. <br />
<br />
Quando se coloca o pobre e o rico lado a lado, em se tratando de benefícios a serem recebidos, o primeiro sempre sai perdendo. É preciso sim que os pobres desse mundo recebam um tratamento preferencial porque foi assim que Deus os tratou na Bíblia, como veremos mais adiante.<br />
<br />
Esta dimensão envolve o impacto que o ministério reconciliador da igreja exerce sobre o mundo, o seu grau de participação na vida, conflitos, temores e esperanças da sociedade e a medida em que seu serviço ajuda a aliviar a dor humana e a transformar as condições sociais que têm condenado milhões de homens, mulheres e crianças à pobreza. Sem esta dimensão a igreja perde sua autenticidade e credibilidade, pois somente na medida em que conseguir dar visibilidade e concreticidade à sua vocação de amor e serviço ela pode esperar ser ouvida e respeitada.<br />
<br />
b. A missão da Igreja é bíblica<br />
<br />
Quando dizemos que a missão integral da Igreja é bíblica, significa que ela (a missão integral da Igreja) não é uma filosofia cega ou um modismo passageiro. A missão da Igreja não é filosofia e muito menos modismo. É uma verdade bíblica que precisa ser resgatada e praticada em sua totalidade. A Bíblia não existe para o deleite de nossa mente carnal. <br />
<br />
A integralidade da Igreja é bíblica e se baseia na missão integral de Deus. A missão integral da Igreja é ampla, assim como é ampla a missão integral de Deus, visto que a dimensão dessa missão é vertical e horizontal. O compromisso da Igreja com Deus (vertical) resulta nela um compromisso com a criação em geral e com o ser humano em particular (horizontal). <br />
<br />
III. A BASE BÍBLICA E TEOLÓGICA DA MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA<br />
<br />
a. A missão integral na Bíblia<br />
<br />
A missão integral tem raízes bíblicas profundas. <br />
<br />
Tanto no Antigo como no Novo Testamentos a Bíblia ordena à igreja que ministre à pessoa como um todo. Isto quer dizer que se deve atender tanto às necessidades físicas como às espirituais, que estão inseparavelmente relacionadas, ainda que sejam separadas em termos funcionais.<br />
<br />
No capítulo anterior mencionamos que a missão integral da Igreja é ampla. Isso é verdade. Por isso mesmo nosso objetivo agora será tratar, à luz da Bíblia, apenas de um dos aspectos da missão integral, isto é, aquele que está diretamente relacionado à pessoa do indivíduo ou, mais especificamente, aos pobres deste mundo. <br />
<br />
Segue abaixo uma abordagem resumida sobre o assunto.<br />
<br />
a. No Antigo Testamento<br />
<br />
Se folhearmos as páginas do Antigo Testamento veremos que existe uma clara opção preferencial de Deus pelos pobres e oprimidos. Isto não significa que Deus faça acepção de pessoas ou de classe social. De modo algum! Mas com certeza Ele olha de maneira especial para aqueles que não têm vez, que não têm voz. Só no AT nós temos 300 referências sobre causas, realidade e conseqüências da pobreza. <br />
<br />
Vinte e cinco palavras hebraicas para falar do oprimido, do humilhado, do desesperado, do que clama por justiça, do fraco, do desamparado, do destituído, do carente, o pobre, a viúva, o órfão, o estrangeiro. <br />
<br />
Em Isaías 58.3-8, quando o povo de Deus pergunta: "Por que é que nós oramos e jejuamos e tu não nos respondes?", Deus diz: "É porque vocês jejuam e oram para a iniqüidade, vocês estão oprimindo os pobres, e seus próprios operários, e o jejum que eu quero, é que vocês cortem as ligaduras da impiedade, é que ajam com justiça em relação aos desamparados". ( Is 1.17; 10.1,2).<br />
<br />
Ezequiel 16.49 afirma que o pecado de Sodoma, além do orgulho, da vaidade e da imoralidade era que aquela cidade, sendo rica e abastada, nunca atendeu o pobre e o necessitado. Se olharmos na legislação do povo de Deus no Velho Testamento, veremos que o objetivo de toda a legislação era que não houvesse miseráveis e injustiçados no meio do povo de Israel.<br />
<br />
b. No Novo Testamento<br />
<br />
Jesus Cristo é a revelação máxima da missão integral de Deus no mundo. No início de seu ministério terreno o Senhor Jesus deixou bem clara a sua missão quando declarou: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor" (Lc 4.18,19). <br />
<br />
Em Mateus 4.23 lemos também: "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo". <br />
<br />
E ainda em Mateus (cap. 25) notamos que além da questão do se "fazer igualmente a Cristo", a nossa atitude para com os desfavorecidos deste mundo será um critério importante de julgamento no Juízo Final.<br />
<br />
Os apóstolos deram continuidade ao tema da missão integral de Jesus em seus ministérios. (At 5 , 6).<br />
<br />
Em Jerusalém as três colunas do colégio apostólico (Pedro, Tiago e João) recomendaram a Paulo e a Barnabé que não se esquecessem dos pobres, "o que também me esforcei por fazer", diz o apóstolo em Gálatas 2.10.<br />
<br />
Várias igrejas foram orientadas por cartas a agirem com a mesma visão de integralidade bíblica dos apóstolos. Destacamos, dentre outras, as igrejas de Corinto (II Co 8 e 9), da Galácia (Gl 6.2-10) e das doze tribos da dispersão (Tg 2. 1-7,14-26; 5.1-6).<br />
<br />
b. A missão integral na teologia contemporânea<br />
<br />
No Antigo Testamento Javé é o Deus soberano sobre toda a sua criação. Esta imagem de Deus está no coração do Novo Testamento também. Um Deus soberano e misericordioso é o ator último das parábolas de Jesus. É este Deus salvador que alcança além das leis judaicas. Sua aproximação do homem exige a atitude de conversão. O seu reino tem um escopo universal até cósmico. Os marginalizados, mulheres, samaritanos, e gentios recebem a misericórdia de Deus.<br />
<br />
Deus tem um plano salvífico que alcança tanto judeu quanto gentio, e Ele vai cumpri-lo. A confiança no cumprimento do seu plano dá a igreja motivação para perseverar até o fim.<br />
<br />
O Deus da Bíblia é o Deus que age na história. Não é principalmente apresentado como um conceito ou idéia, uma doutrina que podemos elaborar. Ele é, acima de tudo, pessoal e age nos eventos e experiências concretas das nossas vidas. Deus não se restringe a uma dimensão mística da nossa vida.<br />
<br />
Atua através do êxodo, do dilúvio e do cativeiro no Velho Testamento, todos eventos históricos até "seculares". Ele atua através da vida humana do seu filho Jesus, através da sua morte e ressurreição, eventos bem visíveis que fazem parte da nossa história.<br />
<br />
É na nossa história humana que Deus se revela e o faz com movimento para frente. Percebemos, através da história, a sua conclusão. Assim, a perspectiva cristã da história é essencialmente escatológica. A humanidade está indo na direção do cumprimento, julgamento e salvação, e este movimento entrou na sua fase final com a ressurreição de Cristo. Hoje é o dia da salvação.<br />
<br />
Porque há um mundo, uma igreja e um evangelho, a missão cristã não pode ser outra coisa que missão realizada em colaboração mútua. Chegou o momento de encontrar maneiras de reduzir a distância entre as igrejas no Ocidente e no Terceiro Mundo.<br />
<br />
Já há experiências úteis que estão sendo levadas a cabo com este propósito, mas é necessário fazer muito mais para desenvolver modelos de solidariedade acima das barreiras políticas, econômicas, sociais e culturais, e para estimular a colaboração mútua entre as igrejas.<br />
<br />
O desafio que a igreja encara no campo de desenvolvimento hoje é fundamentalmente o desafio de um desenvolvimento humano, no contexto da justiça. Fazem falta modelos de missão plenamente adaptados a uma situação marcada por uma distância abismal entre ricos e pobres. Os modelos de missão baseados na riqueza do Ocidente solidarizam-se com esta situação de injustiça e condenam as igrejas do mundo pobre a uma permanente dependência. No final das contas, portanto, são contraproducentes para a missão.<br />
<br />
O desafio tanto para os cristãos no Ocidente como para os cristãos nos países subdesenvolvidos é criar modelos de missão centrados num estilo de vida profético, modelos que apontem para Jesus Cristo como Senhor da totalidade da vida, à universalidade da igreja e à interdependência dos seres humanos no mundo.<br />
<br />
IV. OS DESAFIOS E IMPLICAÇÕES DA MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA<br />
<br />
a. Desafios da missão integral da Igreja<br />
<br />
Os desafios que agora mencionaremos tratam da igreja brasileira em solo brasileiro. Dividimo-nos em duas partes distintas, isto é, os desafios sociais e os desafios eclesiais.<br />
<br />
a. Os desafios sociais da Igreja<br />
<br />
Não são poucos e nem pequenos os problemas sociais brasileiros. A igreja evangélica brasileira tem desafios enormes nesta área. Porém, de início é preciso que encaremos com seriedade e maturidade o dilema de até onde podemos e devemos nos envolver nestes desafios. Que a igreja evangélica brasileira não deve se esquivar de sua missão integral, é o nosso comum acordo com a declaração de Lausanne:<br />
<br />
Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão.<br />
<br />
Há muita confusão sobre a natureza da confrontação e da violência. Confrontação é simplesmente a atividade entre seres humanos na qual eles discordam, e devido a esta discordância, estão desafiando uns aos outros. A palavra significa literalmente "testa-a-testa" - isto é, as testas colocadas fisicamente uma contra-a-outra. É um encontro face a face, direto, procurando o fim da resolução.<br />
<br />
Por outro lado, violência é o exercício da força física, a fim de ganhar uma disputa. Enquanto a confrontação é verbal, a violência é física. De uma forma mais profunda, essas palavras não são sinônimas, e sim antônimas, pois, em sua própria natureza, um ato de violência é a indicação de que a confrontação falhou. A confrontação boa e eficaz nunca deve levar à violência, mas à resolução do problema.<br />
<br />
É nesse espírito de verdadeira confrontação que a Igreja deve encarar seus desafios sociais, com propostas terapêuticas para uma sociedade enferma. Portanto, empenhemo-nos pela dignidade do povo brasileiro. Reivindiquemos, pois, os seus e os nossos direitos: Saúde, segurança, educação, trabalho e salário digno.<br />
<br />
E até onde podemos e devemos ir nesta questão toda? Até onde os direitos sejam verdadeiramente assegurados, o amor ao próximo evidenciado, a moral dignificada, o evangelho e o bom testemunho não sejam prejudicados e, sobretudo, o nome de Jesus seja glorificado.<br />
<br />
O governo tem (e como tem!) suas culpas e responsabilidades, mas não podemos ficar indiferentes ao que ocorre em nossa volta, simplesmente criticando por criticar o governo. Pesa (e como pesa!) sobre o povo de Deus também a responsabilidade pelo bem-estar social do nosso país.<br />
<br />
b. Os desafios eclesiais da Igreja<br />
<br />
Certamente um dos maiores desafios da igreja brasileira na atualidade é vencer seus próprios desafios. Tentarei explicar esta minha tese.<br />
<br />
Os desafios sociais da igreja brasileira não são combatidos e vencidos como deveriam porque falta vontade eclesiástica por parte da mesma. Ou porque a liderança não se empenha, ou porque os liderados não se envolvem na obra. O certo é: Se não chegarmos a um consenso; se não juntarmos forças, jamais sairemos do lugar comum. Continuaremos marcando passo, salgando a nós mesmos e iluminando nossos umbigos.<br />
<br />
Uma lição é preciso aprender com a igreja de Jerusalém. A igreja de Jerusalém estava consciente de sua missão no mundo. Era uma igreja unida em seus propósitos e se amava de verdade. Internamente ela estava pegando fogo, desejosa de pregar o evangelho, em obediência ao mandado de Cristo.<br />
<br />
Porém, externamente os desafios eram humanamente insuperáveis. Pilatos, Herodes e muita gente se levantaram contra a Igreja de Deus. Então a Igreja orou: "agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes as mãos para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus" (At 4.29,30).<br />
<br />
E Deus atendeu ao clamor de sua Igreja (At 4.31). Atendeu porque a Igreja deixou de lado seus próprios interesses para servir ao mundo. Hoje, o que muito se vê, à nível de igreja local, é a própria igreja criando obstáculos para não fazer a obra do Senhor. Externamente desfruta-se de uma liberdade religiosa como nunca se viu, mas internamente muito de nossas igrejas estão enfermas, quando na verdade eram elas que deveriam estar curando!<br />
<br />
A seguir daremos duas sugestões práticas para que esse quadro sombrio possa se reverter.<br />
<br />
b. Implicações da missão integral da Igreja<br />
<br />
As implicações que aqui abordaremos não deixam de ser verdadeiros desafios para a igreja brasileira, porém, entendemos que estes desafios são implicações naturais para uma igreja que queira verdadeiramente cumprir sua missão integral.<br />
<br />
a. A revisão de estruturas não-funcionais<br />
<br />
O que muito tem contribuído para um mau desempenho da Igreja em sua missão integral é a falta de estruturas que funcionem. Estruturas enrijecidas pelo tradicionalismo matam ou impedem a visão de uma igreja.<br />
<br />
A quebra de paradigmas é uma das coisas fundamentais para que a estrutura de uma igreja se torne funcional. Às vezes é preciso muita coragem para mudar certos parâmetros que já não funcionam mais. À primeira vista parece fácil mudar aquilo que se tornou obsoleto, mas não é tão simples assim.<br />
<br />
b. A reafirmação do compromisso missionário<br />
Aquelas igrejas que um dia receberam orientação missionária, se não forem constantemente lembradas daquele compromisso, rapidamente minguarão.<br />
<br />
E como revitalizar uma igreja que começou com tanto entusiasmo por missões e de repente esfriou? Em primeiro lugar é preciso reconscientizar a igreja de sua missão no mundo. Em segundo lugar é preciso conscientizá-la de que ela está no mundo para servir o mundo integralmente.<br />
<br />
Se a igreja chegou a se empolgar com missão algum dia, é sinal que ela tem potencial para fazer, com a graça de Deus, o que fez antes. Sermões e estudos bíblicos missionários, filmes específicos como As Primícias, Etal e Atrás do Sol, além do auxílio de uma boa agência ou junta missionária, com certeza produzirão novo alento. Geralmente a frieza por missões acontece por causa da rotina. Uma vez que o mal foi detectado é necessário que seja combatido com atividades variadas.<br />
<br />
O mais importante é que a igreja seja cientificada de que sua missão no mundo é integral. Evangelizar não é simplesmente distribuir folhetos como alguns pensam, mas sim, atender o indivíduo na totalidade de suas necessidades. Por isso mesmo, a Igreja nunca deveria deixar se levar pela prática do paternalismo e assistencialismo paliativos, porém, deveria partir sempre para uma ação social transformadora, do indivíduo e da sociedade, para a honra e glória de Deus Pai.<br />
<br />
Cada igreja deve refletir sobre sua motivação em praticar evangelismo e ação social, e todas as atividades nestas direções devem estar debaixo do serviço a Deus em primeiro lugar <br />
<br />
A missão integral da Igreja é basicamente evangelização e ação social. Dizemos "basicamente" porque a missão integral da Igreja é na verdade universal. Abrange vários aspectos. Evangelizar é a sua qualidade primordial.<br />
<br />
A Igreja que troca a evangelização por qualquer outra responsabilidade social está fora de propósito e, portanto, descaracterizada como igreja de Jesus Cristo.<br />
<br />
A missão integral flui de um Evangelho integral e de um povo integrado. Há um grande perigo de transformarmos a missão da igreja em um conjunto de ‘projetos’ e ‘programas’ especiais, se a chamarmos de ‘evangelismo’ ou de ‘ação sóciopolítica’, e, então, procurar por maneiras de integrá-los metodologicamente. Em vez disso, a missão da igreja está localizada na fidelidade e na suficiência do seu testemunho em Cristo.<br />
<br />
Nosso negócio principal não é nem apoderar-nos dos sistemas do mundo nem de maximizar os membros da igreja em números. <br />
<br />
Ademais, precisamos nos lembrar de que a maneira principal com que a igreja age sobre o mundo é através das ações de seus membros no seu trabalho e relacionamentos diários com pessoas de outras convicções. <br />
<br />
Uma congregação com projetos imensos de bem-estar social ou muitas equipes de ‘implantação de igrejas’ pode ser bem menos eficaz em uma sociedade secular do que as congregações que não têm nada dessas coisas, mas treinam os seus membros para obedecerem Cristo,nas diferentes áreas da vida cívica, nas quais estes são chamados. <br />
<br />
A ‘missão integral’ tem a ver com esta questão básica de integridade da vida da igreja, a consistência entre o que a igreja é e o que ela proclama. Com este entendimento, o que torna um político ‘evangélico’ verdadeiramente ‘evangélico’ não é o fato de que ele adiciona a pregação do evangelho nas suas atividades políticas diárias, para fazer esta mais ‘holística’; <br />
<br />
mas na verdade, que a sua perspectiva e interesses estejam profundamente formados pela visão e valores que surgem do Evangelho (por exemplo, defendendo o mais vulnerável – que seja uma criança ainda não nascida, o deficiente mental, minorias culturais ou os grupos tribais tiranizados, trabalhando pela reconciliação étnica, e assim por diante). <br />
<br />
Também precisamos nos lembrar daquilo que foi tão óbvio para a igreja do primeiro século, mas esquecido na nossa era movida a técnicas. A missão é uma iniciativa divina e não uma empresa humana.<br />
<br />
Recobrar o conteúdo do Evangelho em nossas igrejas levará a um questionamento radical de muitas metodologias evangelistas importadas. Somos chamados a sermos testemunhas do presente, apesar de escondido, reino de Jesus Cristo, através da presença e poder do Espírito Santo. Logo, a missão se torna, nas palavras de <br />
<br />
‘Acho que a única coisa que pode tornar o Evangelho confiável, a única coisa que torna possível o acreditar que a autoridade máxima sobre o universo todo reside em um homem pregado na cruz, é a companhia de pessoas que vivem uma histórica bíblica para que saibam que esta é como a sua própria história, e como uma pista para toda a história da humanidade.’<br />
<br />
Se queremos atentar para o ensino bíblico, então devemos almejar por uma igreja brasileira autêntica, que não seja ela mesma um mito, mas a realidade bíblica de uma missão integral em nossa sociedade.<br />
<br />
Que Deus nos ajude a cumprir a missão da Igreja na sua integralidade com a ajuda do Espírito Santo e em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-66765044432388405812012-01-23T16:10:00.000-08:002012-01-23T16:10:07.547-08:00As 11 diretrizes para que a obra missionária seja realizada conforme o padrão bíblicoPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(Sl 126.6) Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.<br />
<br />
MISSÕES, UM DEVER DA IGREJA<br />
(Mc 4:1,2,3).<br />
<br />
4:1 – Outra vez Jesus começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se grande multidão, de sorte que entrou e assentou-se num barco, afastando-se da praia. E toda a multidão estava em terra à beira-mar, na praia.<br />
<br />
Sempre junto às águas havia um barquinho, para que o “Mestre” fizesse de altar. Sempre procura um “barco” disposto para entrar, servir e alimentar a todos.<br />
<br />
4:2 – E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:<br />
<br />
Havia uma grande multidão em terra à beira do mar… Pronta para ser alimentada da comida espiritual e para ouvir Sua pregação.<br />
Jesus não perdia a oportunidade em nem um momento para semear a “Palavra”.<br />
<br />
Semeia a Palavra, não fique desperdiçando tempo, e nem censurando qualquer uma das denominações no mundo. Semeia a Palavra, e não suas próprias idéias e opiniões. Não mostre a si mesmo, mas proclama a “Palavra do Pai” a todos.<br />
<br />
Mesmo assim o Todo Poderoso Deus, não conseguia colher frutos 100%, em todos que ouviam a sua Palavra.<br />
<br />
Junto às águas: havia toda qualidade de terra…<br />
<br />
( Is 32:20) Bem-aventurados vós os que semeais junto a todas as águas; e deixais livres os pés do boi e do jumento.<br />
<br />
(Mc 16:15,16) E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.<br />
<br />
Todos têm livre arbítrio para crerem ou não no pregador. O pregador semeia a Palavra sem observar o vento, nem as nuvens.<br />
<br />
(Ec 11:4 - 6 ) Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. <br />
<br />
Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.<br />
<br />
Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas.<br />
<br />
(Is 13; Jr 20.9;Rm. 10.8-17<br />
<br />
(I Tm 2.4) Que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.<br />
<br />
- O desejo de Deus é ver toda a humanidade alcançada pelo Evangelho.<br />
<br />
- Mas boa parte da humanidade tem sido cegada pelo inimigo para não chegarem à salvação.<br />
<br />
(2 Co 4.4) Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.<br />
<br />
- O pecado tem se multiplicado sobre a face da terra, e tem gerado uma humanidade materialista, egoísta, desprovida de moralidade, de justiça, de amor, uma humanidade sem Deus.<br />
<br />
A humanidade está angustiada, sofrendo as doenças sintomáticas do inicio deste século. Os homens estão perecendo sem Jesus e sem salvação, necessitando que alguém lhes mostre o Caminho da Salvação, o caminho da vida eterna com Deus.<br />
<br />
A Missão Da Igreja.<br />
Deus escolheu a Igreja que somos nós para realizarmos a grande obra de alcançarmos os pecadores para Cristo. Os anjos queriam fazer esta obra, mas Dês entregou à Sua Igreja essa missão.<br />
<br />
(I Pe1.12) Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.<br />
<br />
- Esse privilégio, Deus concedeu a Sua Igreja, que somos nós.<br />
<br />
- Não devemos olhar como um peso pregar o Evangelho, mas sim como um privilégio de Deus para nós.<br />
<br />
A Igreja do Senhor Jesus Cristo tem uma grande missão: Fazer Missões.<br />
<br />
- Diante destas estatísticas alarmantes que vemos, e da grande realidade do crescimento de outras religiões no mundo, não podemos cruzar os braços e ficarmos indiferentes, como se isso não é problema meu.<br />
<br />
- Dizemos que a obra de Missões está no coração de Deus.<br />
<br />
- E deve estar no nosso coração também.<br />
<br />
- Nestes versículos de Romanos, a um chamado a responsabilidade para a Igreja do Senhor Jesus Cristo que somos nós.<br />
<br />
(V.13) Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.<br />
- Lendo assim parece tão fácil alguém chegar a salvação. <br />
<br />
(V.14) Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue?<br />
- Quer dizer, alguém precisa dizer para as pessoas a respeito do seu estado pecaminoso e da salvação em Jesus Cristo, para que elas invoquem o nome do Senhor. <br />
<br />
Em Atos 8 o Espírito Santo mandou Felipe pegar o caminho que desce de Jerusalém para Gaza, e chegasse a uma carruagem.<br />
<br />
O mordomo-mor de Candace lia o Livro do Profeta Isaías, e Felipe chegou e lhe perguntou: Entendes tu o que lês? E o mordomo-mor respondeu: Como poderei entender, se alguém me não ensinar?<br />
<br />
- Felipe estava atento a voz do Espírito Santo de Deus. - Felipe era obediente ao mandado do Senhor.<br />
<br />
(V.15) E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas. <br />
<br />
- A missão de cada crente é de pregar o Evangelho do Senhor Jesus.<br />
<br />
- E agora tem a missão da Igreja, que também somos nós, de enviar os chamados.<br />
<br />
- Alguém precisa pregar.<br />
<br />
(Mc 16.15) E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.<br />
<br />
- A ordem de Jesus é imperativa e precisamos obedecer.<br />
<br />
(At 1.8) Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.<br />
<br />
1- Recebereis poder.<br />
- Missões começam no poder do Espírito Santo.<br />
<br />
- Ele é o chefe de missões, porque é Ele quem dirige, motiva, impulsiona e leva a Igreja a cumprir a tarefa missionária.<br />
<br />
- Algumas igrejas dizem que tem o poder do Espírito Santo, mas não tem visão missionária.<br />
<br />
- É impossível fazer a obra missionária sem o poder do Espírito Santo.<br />
<br />
- É impossível haver poder do Espírito Santo sem visão mundial.<br />
<br />
- Se olharmos para a história da Igreja, veremos que todas as vezes em que houve um derramamento do Espírito, o resultado final foi um grande movimento de missões mundiais.<br />
<br />
- O resultado do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste foi a salvação de quase três mil almas; mais adiante, cerca de cinco mil; depois disso um grande movimento missionário.<br />
<br />
- Na história dos avivamentos podemos perceber grandes movimentos missionários.<br />
<br />
- Se quisermos ver nossa igreja crescendo, o Reino de Deus implantado e o Evangelho sendo pregado em todas as nações, precisamos do poder do Espírito Santo.<br />
<br />
A) Veja a manifestação do Espírito Santo na Igreja de Antioquia.<br />
<br />
(At 13.1-3) Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.<br />
<br />
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.<br />
<br />
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.<br />
- O Espírito Santo os chamou e a igreja de Antioquia os enviou.<br />
<br />
(At 10.15) E como pregarão, se não forem enviados? - Existem três maneiras de fazer missões:<br />
<br />
1- Orando.<br />
<br />
- Através da oração, podemos ser testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e no mundo todo.<br />
<br />
- A oração move o coração de Deus.<br />
<br />
(Mt. 9.38) Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.<br />
<br />
- Através da oração, podemos fazer missões mundiais.<br />
<br />
2- Contribuindo.<br />
<br />
- Através da nossa contribuição financeira, podemos testemunhar em nossa cidade, estado, país e no mundo todo, porque ela será utilizada para envio e sustento de missionários.<br />
<br />
- Devemos contribuir financeiramente, porque é um principio bíblico.<br />
<br />
- Quando contribuímos para missões, o nosso crédito é aumentado diante de Deus.<br />
<br />
(Fp 4.17) Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.<br />
<br />
- Nos dias de hoje, poucas igrejas e poucos crentes, estão contribuindo para missões, por falta de visão.<br />
<br />
- Missões é a tarefa básica da igreja e a razão por que ela existe.<br />
<br />
- Temos que admitir que todo dia deve ser dia de missões para o crente.<br />
<br />
3- Indo.<br />
<br />
- Cada crente deve ser um pregador do Evangelho.<br />
<br />
- Cada crente é um missionário.<br />
<br />
- Muitos têm a chamada de Deus para ficarem em sua cidade.<br />
<br />
- Alguns recebem de Deus um chamado especial para o ministério de missões transculturais, isto é, estão dispostos a ir a qualquer parte do mundo pregando o Evangelho.<br />
<br />
- A parte da Igreja é de enviar.<br />
<br />
- Se todos os crentes fossem comprometidos em pregar o Evangelho, Cristo já teria voltado.<br />
<br />
(Mc 13.10) Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.<br />
<br />
- Deus espera que a Sua Igreja, que somos nós, cumpramos a parte que nos foi confiada.<br />
<br />
(Mt 28.19) Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.<br />
<br />
Em Atos dos Apóstolos encontramos as primeiras igrejas cumprindo a responsabilidade de executar a Obra Missionária.<br />
<br />
Uma amostra disso está no capítulo 13.1-3. Se você já os encontrou em sua Bíblia, então responda as seguintes perguntas:<br />
<br />
O texto que você leu conta que a igreja em Antioquia separou e enviou Saulo e Barnabé para fazer a Obra Missionária. <br />
<br />
A Igreja é a verdadeira agência missionária, responsável pelo envio e coordenação de qualquer projeto missionário. O ir não deve ser independente do enviar.<br />
<br />
Hoje, muitos querem fazer a obra missionária à revelia da Igreja, mas só ela tem a autoridade divina para enviar. A Igreja não pode deixar de exercer essa autoridade. <br />
<br />
Você já deve ter compreendido que o enviar não é simplesmente dar uma ordem para que alguém vá a algum lugar; é muito mais. O enviar é uma tarefa, um trabalho, um empreendimento. <br />
<br />
Esse aspecto pode ser inferido pelas quatro ações praticadas no versículo.<br />
Além de Saulo e Barnabé exercerem um ministério (v. 1), terem a chamada divina (v.2), a igreja antes de enviá-los: jejuou, orou, impôs-lhes as mãos e os despediu.<br />
<br />
O dever de fazer missões é da igreja local, ou igreja mãe, que dá os seus filhos para esta causa nobre. Se quisermos ver o mundo alcançado pelo evangelho então temos que investir nos obreiros que estão no seio da Igreja e enviá-los aos perdidos. Nós queremos dizer com isto que quem envia os missionários é a igreja e não a agência missionária.<br />
<br />
Quem avalia o trabalho e a vida do obreiro é a igreja local. A igreja não é uma agência de turismo pronta a satisfazer os propósitos das pessoas. Ela deve ter posições claras sobre as nações não alcançadas, definição dos povos transculturais e acima de tudo priorizar as metas desta obra.<br />
<br />
Na parábola do Semeador (parábola missionária), Jesus traça de forma clara o seu ensino sobre mordomia e missões. Como o agricultor espera que a terra lhe produza frutos bons, Deus também espera frutos bons de nossas vidas. As orações levam as igrejas a amarem missões e receberem a inspiração de Deus para terem compaixão do mundo e o resultado será missionários mais fervorosos, com a visão de Deus e cheios de amor pelas almas.<br />
<br />
Para que haja continuidade na obra missionária, é necessário que os frutos não se percam. Devemos investir na evangelização do mundo, mas também na consolidação da obra, e essa é a tarefa da igreja que envia os seus missionários.<br />
<br />
Essa é a realidade da parábola que ilustra a obra missionária. Nem tudo que for feito prosperará, mas o Senhor recolherá em seu celeiro aqueles frutos colhidos em boa terra.<br />
<br />
Para as igrejas das Assembléias de Deus em todo o Brasil foram elaboradas diretrizes com o objetivo de fazer com que o trabalho missionário seja realizado conforme o padrão bíblico.<br />
<br />
As diretrizes dizem que às igrejas:<br />
<br />
01. Compete selecionar, enviar, sustentar e acompanhar as atividades e ações dos missionários; e que elas: <br />
<br />
02. Devem ter ardor missionário, expresso em verdadeiro amor pelas almas perdidas;<br />
<br />
03. Devem promover a oração sistemática e intercessória em favor da obra missionária;<br />
<br />
03. Devem dar apoio financeiro à obra missionária, isentas de motivação periódica e emoções momentâneas: a captação de recursos financeiros para Missões deve ser sistemática e sacrificial;<br />
<br />
04. Devem zelar, com máxima simpatia, pelo missionário e sua família, supervisionando seu trabalho local de modo que, na medida do possível, nada lhe falte de bem pessoal, familiar e conceitual perante a igreja, obreiros, autoridades e sociedade do país a que serve como missionário;<br />
<br />
05. Devem evitar insinuações de princípios de ética prática da vida brasileiro-eclesiástica ao missionário, com fins de serem inculcados aos conversos no campo missionário transcultural;<br />
<br />
06. Podem associar-se com outras igrejas da Assembléia de Deus para o sustento de um ou mais missionários, desde que determinem responsabilidade de cada uma;<br />
<br />
07. Devem registrar seus missionários na SENAMI antes de eles partirem para o campo;<br />
<br />
08. Devem comunicar à SENAMI: retorno de missionários, novo local de atividades, mudança de endereço do missionário;<br />
<br />
09. Devem solucionar a situação de seus missionários no caso de retomo do campo;<br />
<br />
10. Devem evitar problemas que prejudiquem a continuidade do trabalho na Obra Missionária, com a saída de missionários do campo;<br />
<br />
11. Devem organizar secretarias de missões para servirem como órgão de apoio de toda a igreja no desempenho das atividades missionárias (5).<br />
<br />
Então, há a responsabilidade missionária da Igreja como reunião ou assembléia dos salvos, a responsabilidade coletiva.<br />
<br />
Cabe também a cada crente fazer missões. Estudamos na parte COMO FAZER MISSÕES que o crente deve praticar três ações: orar, contribuir e ir porque ele não pode ser um espectador do que acontece no Reino de Deus. Ninguém é salvo por Cristo para ser espectador da sua Obra. <br />
<br />
É interessante saber que palavra “crente” vem de um vocábulo original do Novo Testamento traduzido como crer, que significa na verdade: “dar-se sem reservas, uma entrega total”. Quem realmente é crente, não o que se diz crente, é um trabalhador da seara de Deus.<br />
<br />
Alguns podem ser chamados para realizar tarefas específicas. Na Bíblia ternos diversos exemplos disso, dos quais mencionaremos alguns.<br />
<br />
Abraão foi chamado para ser iniciador de uma grande nação. Jonas deveria ir a Nínive anunciar o juízo de Deus, e Paulo deveria ser enviado aos gentios, ir para além de Israel.<br />
<br />
Ao longo da História da Igreja, Deus tem chamado homens e mulheres para realizarem tarefas específicas. Lutero foi levantado para reformar a Igreja; Livingstone foi levantado para missões na África; <br />
<br />
John Paton foi levantado para levar o Evangelho às longínquas ilhas do Pacifico; Lilian Tracher foi levantada para cuidar de centenas de crianças no Egito, ao ponto de ser chamada a “Mãe do Nilo”; <br />
<br />
Gunnar Vingren e Daniel Berg foram enviados por Deus ao Brasil para pregar o batismo com o Espírito Santo. A todo instante, milhares de crentes estão sendo chamados por Deus para as mais diversas tarefas.<br />
<br />
A realização do trabalho missionário pode, também, ser auxiliada por instituições que atuem em nível local como secretarias de missões locais e em nível nacional, nas áreas de conscientização, mobilização, treinamento, assessoramento e informações. <br />
<br />
Atuando nessas áreas e no âmbito nacional, as Assembléias de Deus têm a Secretaria Nacional de Missões – SENAMI.<br />
<br />
A SENAMI, fundada em 1975, é um departamento da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, para promover e incentivar a Obra Missionária nas igrejas e assessorá-las em suas atividades missionárias.<br />
<br />
A Secretaria presta informações missiológicas e, através da EMAD, oferece cursos de missões aos crentes em geral e preparo missiológico para os candidatos ao campo missionário.<br />
<br />
Cremos que você tenha aprendido suficientemente, em termos teóricos, o que é Missões, onde fazer Missões, como fazer Missões e quem deve fazer Missões.<br />
<br />
Na próxima lição, você verá que nos dias atuais a prática de Missões contém desafios tremendos para serem aceitos por todos os crentes. <br />
<br />
Que possamos cumprir o ide de Jesus, não deixando de anunciar o Evangelho aos perdidos, para que possamos voltar com alegria trazendo o resultado da colheita.<br />
<br />
(Sl 126.5,6) Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.<br />
<br />
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. Amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-55778997259678423782012-01-06T19:14:00.001-08:002012-01-06T19:14:39.948-08:00A biografia de Hudson Taylor O pai das missões no interior da ChinaPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-estudosteolgicos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
O pai das missões no interior da China<br />
<br />
(1832-1905)<br />
<br />
<br />
Tiago Taylor tinha-se levantado cedo de madrugada. Chegara por fim o auspicioso e anunciado dia de seu casamento; o moço ocupava-se em arrumar tudo para receber a noiva na casa que iam ocupar. Enquanto trabalhava, estava meditando sobre as ocorrências recentes na aldeia.<br />
<br />
Duas famílias, a dos Cooper e a dos Shaw, converteram-se e convidaram João Wesley a pregar na feira. O velho discursou sobre "a ira vindoura" de tal maneira, que o povo desistiu da amarga perseguição, deixando o intrépido pregador hospedar-se na casa do senhor Shaw.<br />
<br />
Enquanto Tiago preparava a casa para a chegada da noiva, ouvia-se a voz da vizinha, a senhora Shaw, cantando. Lembrou-se de como ela, meses antes, passava todo o tempo acamada, gemendo dia após dia por causa do reumatismo que a deixara aleijada. <br />
<br />
<br />
Mas quando "confiou no Senhor", como disse, para a cura imediata, grande foi a transformação. E indizível foi a surpresa do marido ao voltar a casa: a esposa não somente estava curada e de pé, mas estava varrendo a cozinha!Tiago Taylor odiava a religião. Ainda mais: esse era o dia em que se ia casar. <br />
<br />
Depois do casamento iam dançar e beber como se fazia em tais ocasiões. Mas não podia livrar-se das palavras, talvez ouvidas do sermão do pregador: "Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor."<br />
<br />
Sim, ia ter uma esposa e assumir as responsabilidades de marido e de pai de família. Grande tinha sido seu descuido. Resolvido, então, a entrar seriamente na vida de casado, começou a repetir as palavras:"Serviremos ao Senhor!"<br />
<br />
As horas se passavam. O sol subia mais e mais sobre as casas cobertas de neve. Mas o jovem Tiago, esquecido de tudo que é material, e tomado pela realidade das coisas eternas, permaneceu de joelhos, face a face com Deus. O amor do Salvador, por fim, venceu o seu coração e Tiago Taylor levantou-se com a alma cheia do Senhor Jesus.<br />
<br />
Podemos imaginar como os sinos dobraram, como a noiva e os convivas se impacientaram, nesse dia. Já havia passado a hora para o culto de casamento quando o jovem despertou do enlevo com Deus e se levantou da oração. Depois de vestir-se, venceu rapidamente os três quilômetros até o vilarejo de Royston.<br />
<br />
Sem perderem tempo em perguntar ao rapaz a razão de tanto atraso, realizou-se o culto, e Tiago e Elisabete saíram da igreja, casados. O jovem não vacilou, mas ao sair contou tudo acerca da sua conversão, ao ouvido de Bete. Ao ouvir o que ele relatava, ela exclamou em tom de desespero: "Casei-me, então, com um desses metodistas!"<br />
<br />
Não houve dança nesse dia; a voz e o violino do noivo foram usados para glorificar o Mestre. Bete, apesar de saber em seu coração que Tiago tinha razão, continuou a resistir e a queixar-se dia após dia. Então, certo dia, quando se mostrava ainda mais contrariada, o robusto Tiago levantou-a nos braços e a levou para o quarto, onde se ajoelhou ao seu lado, derramando a sua alma em oração por ela.<br />
<br />
<br />
Comovida pela profundeza da mágoa e cuidado que Tiago sentia por sua alma, ela começou a sentir também seu pecado e, no dia seguinte, de joelhos, ao lado do marido, Elisabete Taylor clamou a Deus, renunciando a vaidade do mundo e entregando-se a Cristo.É, assim, com os bisavós, que começa a verdadeira biografia do herói da fé, Hudson Taylor. Os avós e os pais, na mesma ordem, criaram seus filhos no mesmo temor de Deus.<br />
<br />
Num memorável dia, antes do nascimento de Hudson, o primogênito da família, o pai procurou a sua esposa para conversar sobre uma passagem das Escrituras que o impressionava profundamente. Na sua Bíblia leu para ela uma parte dos capítulos 13 de Êxodo e 3 de Números: "Santifica-me todo o primogênito... Todo o primogênito meu é... Meus serão... Apartarás para o Senhor..."<br />
<br />
Os dois conversaram muito tempo sobre o gozo que esperavam ter. Então, de joelhos, entregaram seu primogênito ao Senhor, pedindo que desde já ele o separasse para a sua obra.<br />
<br />
Tiago Taylor, o pai de Hudson, não somente orava fervorosamente por seus cinco filhos, mas ensinou-os a pedirem detalhadamente a Deus todas as coisas. Ajoelhados, diariamente, ao lado da cama, o pai colocava o braço ao redor de cada um enquanto orava insistentemente por ele. Desejava que cada membro da família passasse, também, ao menos meia hora, todos os dias, perante Deus, renovando a alma por meio de oração e estudo das Escrituras.<br />
<br />
A porta fechada do quarto da sua mãe, diariamente ao meio-dia, apesar das suas constantes e inumeráveis obrigações, tinha também grande influência sobre todos, pois sabiam que ela, assim, se prostrava perante Deus para renovar suas forças e para que o próximo se sentisse atraído ao Amigo invisível que habitava nela.<br />
<br />
Não é de admirar, portanto, que, ao crescer, Hudson se consagrasse inteiramente a Deus. O grande segredo do seu incrível êxito é que em tudo que carecia, no sentido espiritual ou material, recorria a Deus e recebia dos tesouros infinitos.<br />
<br />
Contudo, não devemos julgar que a mocidade de Hudson Taylor fosse isenta de grandes lutas. Como acontece com muitos, o moço chegou à idade de dezessete anos sem reconhecer Cristo como seu Salvador. Acerca disso ele escreveu mais tarde:"Pode ser coisa estranha, mas sou grato pelo tempo que passei no ceticismo. O absurdo de crentes que professam crer na Bíblia enquanto se comportam justamente como se não existisse tal livro, era um dos maiores argumentos dos meus companheiros céticos. <br />
<br />
Freqüentemente afirmava que, se eu aceitasse a Bíblia, ao menos faria tudo para seguir o que ela ensina e no caso de achar que tal coisa não era prática, lançaria tudo fora. Foi essa a minha resolução quando o Senhor me salvou. Acho que desde então realmente provei a Palavra de Deus. Certamente nunca me arrependi de confiar nas suas promessas ou de seguir a sua direção.<br />
<br />
"Quero relatar então como Deus respondeu às orações da minha mãe e da minha querida irmã, por minha conversão:<br />
<br />
"Certo dia, para mim inesquecível,... para me divertir, escolhi um tratado na biblioteca de meu pai. Pensei em ler o começo da história e não ler a exortação do fim.<br />
<br />
"Eu não sabia o que acontecia ao mesmo tempo no coração da minha querida mãe, que estava a mais de cem quilômetros de casa. Ela levantara-se da mesa anelando a salvação de seu filho. Estando longe da família e livre da lida doméstica, entrou no seu quarto, resolvida a não sair antes de receber a resposta às suas orações. Orou hora após hora, até que, por fim, só podia louvar a Deus: o Espírito Santo revelou-lhe que o filho por quem orava já se havia convertido.<br />
<br />
"Eu, como já mencionei, fui dirigido ao mesmo tempo a ler o tratado. Fui atraído pelas palavras: A obra consumada. Perguntei-me a mim mesmo: "Por. que o escritor não escreveu: A obra propiciatória? Qual é a obra consumada?" Então vi que a propiciação de Cristo era plena e perfeita. Toda a dívida de nossos pecados ficou paga e não restava coisa alguma que eu fizesse. Então raiou em mim a gloriosa convicção; fui iluminado pelo Espírito Santo, para reconhecer que eu somente precisava de prostrar-me e, aceitando o Salvador e a sua salvação, louvá-lo para todo o sempre.<br />
<br />
"Assim, enquanto a minha querida mãe, no seu quarto, de joelhos, estava louvando a Deus, eu também louvava a Deus na biblioteca de meu pai, onde entrara para ler o livrinho."<br />
<br />
Foi assim que Hudson Taylor aceitou, para a sua própria vida, a obra propiciatória de Cristo, um ato que transformou todo o resto da sua vida. Acerca da sua consagração, ele escreveu:<br />
<br />
"Lembro-me bem da ocasião, quando, com gozo no coração, derramei a alma perante Deus, repentinamente, confessando-me grato e cheio de amor porque Ele tinha feito tudo - salvando-me quando eu não tinha mais esperança, nem queria a salvação. <br />
<br />
<br />
<br />
Supliquei-lhe que me concedesse uma obra para fazer, como expressão do meu amor e gratidão, algo que envolvesse abnegação, fosse o que fosse; algo para agradar a quem fizera tanto para mim. Lembro-me de como, sem reserva, consagrei tudo, colocando a minha própria pessoa, a minha vida, os amigos, tudo sobre o altar. <br />
<br />
<br />
Com a certeza de que a oferta fora aceita, a presença de Deus se tornou verdadeiramente real e preciosa. Prostrei-me em terra perante Ele, humilhado e cheio de indizível gozo. Para que serviço fora aceito eu não sabia. Mas fui possuído de uma certeza tão profunda de não pertencer mais a mim mesmo, que esse entendimento, depois dominou toda a minha vida".<br />
<br />
O moço que entrou no quarto para estar sozinho com Deus nesse dia, não era o mesmo quando dali saiu. Um alvo e um poder se apossaram dele. Não mais ficou satisfeito em somente alimentar a sua própria alma nos cultos; começou a sentir a sua responsabilidade para com o próximo - anelava tratar dos negócios de seu Pai. Regozijava-se com riquezas e bênçãos indizíveis. E, como os leprosos no arraial dos siros, Hudson e sua irmã, Amélia, diziam: Não fazemos bem; este dia é de boas novas, e nos calamos. Desistiram, pois, de assistir aos cultos aos domingos à noite e saíram para anunciar a mensagem, de casa em casa, entre as classes mais pobres da cidade. Mas Hudson Taylor não se sentia satisfeito; sabia que ainda não estava no centro da vontade de Deus. <br />
<br />
<br />
Na angústia de seu espírito, como aquele da antiguidade, clamou: Não te deixarei ir, se me não abençoares.Então, sozinho e de joelhos, surgiu na sua alma um grande propósito: se Deus rompesse o poder do pecado e o salvasse em espírito, alma e corpo para toda a eternidade, ele renunciaria tudo na terra para ficar sempre ao seu dispor. Acerca desta experiência, foi ele mesmo que se expressou:<br />
<br />
"Nunca me esquecerei do que senti então; não há palavras para descrever. Senti-me na presença de Deus, entrando numa aliança com o Todo-poderoso. Pareceu-me que ouvi enunciadas as palavras: Tua oração é ouvida; todas condições são aceitas.' Desde então nunca duvidei da convicção de que Deus me chamava a trabalhar na China."<br />
<br />
A chamada de Deus, apesar de Hudson Taylor quase nunca a mencionar, ardia como um fogo dentro do seu coração. Copiamos a seguir o seguinte trecho de uma das cartas enviada a sua irmã:<br />
<br />
"Imagina, centenas de milhões de almas sem Deus, sem esperança, na China! Parece incrível; milhões de pessoas morrem dentro de um ano sem qualquer conforto do Evangelho!... Quase ninguém liga importância à China, onde habita cerca da quarta parte da raça humana... Ora por mim, querida Amélia, pedindo ao Senhor que me dê mais da mente de Cristo... Eu oro no armazém, na estrebaria, em qualquer canto onde posso estar sozinho com Deus. E ele me concede tempos gloriosos... Não é justo esperar que V... (a noiva de Hudson) vá comigo para morrer no estrangeiro. Sinto profundamente deixá-la, mas meu Pai sabe qual é a melhor coisa e não me negará coisa alguma que seja boa..."<br />
<br />
A falta de espaço não permite relatarmos aqui o heroísmo da fé que o jovem mostrou suportando os sacrifícios e as privações necessárias para cursar a escola de medicina e de cirurgia para melhor servir o povo da China.<br />
<br />
Antes de embarcar, escreveu estas palavras à sua mãe: "Anelo estar aí uma vez mais e sei que a senhora quer ver¬me, mas acho melhor não nos abraçarmos um ao outro mais, pois isso seria encontrarmo-nos para logo nos separarmos para todo o sempre..." Contudo a sua mãe foi ao porto de onde o navio se ia fazer à vela. Alguns anos depois ele assim registrou a partida:"A minha querida mãe, que agora está com Cristo, veio a Liverpool para despedir-se de mim. Nunca me esquecerei de como ela entrou comigo no camarote em que eu ia morar quase seis longos meses. Com o carinho de mãe, endireitou os cobertores da pequena cama. Assentou-se ao meu lado e cantamos o último hino antes de nos separar¬mos um do outro. Ajoelhamo-nos e ela orou.<br />
<br />
<br />
Foi a última oração de minha mãe antes de eu partir para a China. Ouviu-se então o sinal para que todos os que não eram passageiros saíssem do navio. Despedimo-nos um do outro, sem a esperança de nos encontrarmos outra vez... Ao passar o navio pelas comportas, e quando a separação começou a ser realidade, do seu coração saiu um grito de angústia tão comovente, que jamais esquecerei. Foi como que meu cora-ção fosse traspassado por uma faca.<br />
<br />
<br />
Nunca reconheci tão plenamente até então, o que significam as palavras: Pois assim amou Deus ao mundo. Estou certo de que a minha preciosa mãe, nessa ocasião, chegou a compreender mais do amor de Deus para com um mundo que perece do que em qualquer outro tempo da sua vida. Oh! como se entristece o coração de Deus ao ver como seus filhos fecham os ouvidos à chamada divina para salvar o mundo pelo qual seu amado, seu único Filho sofreu e morreu!"<br />
<br />
Os passageiros de navios modernos conhecem muito pouco do incômodo de viajar em navio à vela. Depois de uma das muitas tempestades por que passou o "Dumfries", o nosso herói escreveu: "A maior parte do que possuo está molhado. O camarote do comissário, coitado, inundou-se..." Somente pelas orações e grandes esforços de todos a bordo é que conseguiram salvar as próprias vidas quando o navio, levado por grande temporal, estava prestes a naufragar nas pedras da praia de Gales. A viagem que esperavam realizar em quarenta dias levou cinco meses e meio! Somente em 1 de março de 1854, Hudson Taylor, com a idade de vinte e um anos, conseguiu desembarcar em Shanghai, quando então ele escreveu estas impressões:<br />
<br />
"Não posso descrever o que senti ao pisar em terra. Parecia-me que o coração ia estourar; as lágrimas de gratidão e gozo corriam-me pelas faces."Sobreveio-lhe, então, uma grande onda de saudade; não havia amigos, nem conhecidos, nem qualquer pessoa em todo o país para saudá-lo bem-vindo nem mesmo alguém que conhecesse o seu nome.<br />
<br />
Nesse tempo a China era terra incógnita, a não ser os cinco portos no litoral, abertos à residência de estrangeiros. Foi na casa de um missionário em Shanghai, um dos cinco portos, que o moço achou hospedagem.<br />
<br />
A vitória em todas as variadas provações nesse tempo era devida à característica mais saliente de Hudson Taylor, talvez a de nunca ficar parado na sua obra, fosse qual fosse o contratempo.<br />
<br />
Durante os primeiros três meses na China, distribuiu 1.800 Novos Testamentos e Evangelhos e mais de 2 mil livros. Durante o ano de 1855, fez oito viagens - uma de trezentos quilômetros, subindo o rio Yangtzé. Em outra viagem visitou cinqüenta e uma cidades onde nunca antes se ouvira a mensagem do Evangelho. Nessas viagens foi sempre prevenido do perigo que corria a sua vida entre um povo que nunca tinha visto estrangeiros.<br />
<br />
Para ganhar mais almas para Cristo, apesar da censura dos demais missionários, adotou o hábito de vestir-se como os chineses. Rapou a cabeça na frente, deixando o resto dos cabelos a formar trança comprida. A calça, que tinha mais de meio metro de folga, ele a segurava conforme o costume, com um cinto. As meias eram de chita branca, o calçado de cetim. O manto pendendo dos ombros, sobressaía-lhe a ponta dos dedos das mãos mais que setenta centímetros.<br />
<br />
Mas uma das cruzes mais pesadas que o nosso herói teve de levar foi a falta de dinheiro, quando a missão que o enviara se achava sem recursos.<br />
<br />
Em 20 de janeiro de 1858, Hudson Taylor casou-se com Maria Dyer, uma missionária de talento na China. Desse enlace nasceram cinco filhos. A casa em que moraram primeiro, na cidade de Ningpo, tornou-se depois o berço da famosa Missão do Interior da China.<br />
<br />
As privações e os encargos de serviço em Shanghai, Ningpo e outros lugares eram tais que Hudson Taylor, antes de completar seis anos na China, foi obrigado a voltar à Inglaterra para recuperar a saúde. Foi para ele quase como que uma sentença de morte quando os médicos informaram-lhe de que nunca mais devia voltar à China.<br />
<br />
Entretanto, o fato de perecerem mais de um milhão de almas todos os meses na China era uma realidade para Hudson Taylor; com seu espírito indômito, ao chegar à Inglaterra, iniciou imediatamente a tarefa de preparar um hinário e a revisão do Novo Testamento para os novos convertidos que deixara na China. Usando ainda o traje de chinês, trabalhava tendo o mapa da China na parede e a Bíblia sempre aberta sobre a mesa. Depois de alimentar-se e fartar-se da Palavra de Deus, fitava o mapa, lembrando-se dos que não tinham tais riquezas. Todos os problemas ele os levava a Deus; não havia coisa alguma demasiado grande, nem tão insignificante, que a não deixasse com o Senhor em oração.<br />
<br />
Em razão de suas atividades, estava tão sobrecarregado de correspondência e nos trabalhos dos cultos em prol da China, que após a sua chegada passaram-se mais de vinte dias antes de conseguir abraçar seus queridos pais em Bransley.<br />
<br />
Passava, às vezes, a manhã, outras vezes a tarde, em jejum e oração. O seguinte trecho que ele escreveu mostra como a sua alma continuou a arder nos seus discursos nas igrejas da Inglaterra, sobre a obra missionária.<br />
<br />
"Havia a bordo, entre os companheiros de viagem, cer¬to chinês que se chamava Pedro. Passara alguns anos na Inglaterra, mas, apesar de conhecer algo do Evangelho, não reconhecia coisa alguma do seu poder para salvar. Senti-me ligado a ele e esforcei-me em orar e falar para levá-lo a Cristo. Mas quando o navio se aproximava de Sung-Kiang e eu me preparava para ir a terra, pregar e distribuir tratados, ouvi o grito de um homem que caíra na água. Fui ao convés com os outros - Pedro tinha desaparecido.<br />
<br />
"Imediatamente arriamos as velas, mas a correnteza da maré era tal que não tínhamos a certeza do lugar onde o homem caíra. Vi alguns pescadores próximos, que usavam uma rede varredoura. Angustiado clamei:<br />
<br />
- Venham passar a rede aqui, pois um homem está morrendo afogado!- Veh bin, foi a resposta inesperada, isto é, "Não é conveniente".<br />
<br />
- Não falem se é ou não é conveniente. Venham depres¬sa antes que o homem pereça.<br />
<br />
- Estamos pescando.<br />
<br />
- Eu sei! Mas venham imediatamente e pagarei bem.<br />
<br />
- Quanto nos quer dar?<br />
<br />
- Cinco dólares, mas não fiquem conversando. Salvem o homem sem demora!<br />
<br />
- Cinco dólares não basta - responderam eles. Não o faremos por menos de trinta dólares.<br />
<br />
- Mas não tenho tanto! - darei tudo que eu tenho.<br />
<br />
- Quanto tem o senhor?<br />
<br />
- Não sei - porém não é mais do que catorze dólares. "Então os pescadores vieram, passaram a rede no lugar indicado. Logo à primeira vez apanharam o corpo do ho-mem. Mas todos os meus esforços para restaurar-lhe a respiração foram inúteis. Uma vida fora sacrificada pela indiferença dos que podiam salvá-la quase sem esforço."<br />
<br />
Ao ouvirem contar esta história, uma onda de indignação passou por todo o grande auditório. Haveria em todo o mundo um povo tão endurecido e interesseiro como esse! Mas ao continuar o seu discurso, a convicção feriu ainda mais o coração dos ouvintes.<br />
<br />
- "O corpo então tem mais valor que a alma? Censura¬mos esses pescadores, dizendo que foram culpados da mor¬te de Pedro, porque era coisa fácil salvá-lo. - Mas que acontece com os milhões que estamos deixando perecer para toda a eternidade? Que diremos acerca da ordem implícita: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura? Deus nos diz também: 'Livra os que estão destinados à morte, e os que são levados para a matança, se os puderes retirar. Se disseres: eis que não o sabemos; por¬ventura aquele que pondera os corações não o considerará? e aquele que atenta a tua alma não o saberá? não pagará ele ao homem conforme a sua obra?'<br />
<br />
- "Credes que cada pessoa entre esses milhões da Chi¬na, tem uma alma imortal e que não há outro nome debai¬xo do céu, dado entre os homens a não ser o precioso nome de Jesus, pelo qual devamos ser salvos? - Credes que Ele,Ele só, é o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vai ao Pai senão por Ele? Se assim o credes, examinai-vos a vós mesmos para ver se estais fazendo todo o possível para levar seu nome a todos.<br />
<br />
"Ninguém deve dizer que não é chamado para ir à China. Ao enfrentar tais fatos, todas as pessoas precisam saber se têm uma chamada para ficarem em casa. Amigo, se não tens certeza de uma chamada para continuar onde estás, como podes desobedecer à clara ordem do Salvador, para ir? - Se estás certo, contudo, de estares no lugar onde Cristo quer, não por causa do conforto ou dos cuidados da vida, então estás tu orando como convém a favor dos milhões de perdidos da China? Estás tu usando teus recursos para a salvação deles?"<br />
<br />
Certo dia, não muito depois de haver regressado à Inglaterra, Hudson Taylor, ao completar a estatística, veio a saber que o número de missionários evangélicos na China diminuíra em vez de aumentar.<br />
<br />
<br />
Apesar de a metade da população pagã estar na China, o número de missionários durante o ano tinha diminuído de cento e quinze para somente noventa e um. Começaram a soar aos ouvidos do missionário estas palavras: "Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida. aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei".<br />
<br />
Era um domingo, 25 de junho de 1865, de manhã, à beira mar. Hudson Taylor, cansado e doente, estava com alguns amigos em Brighton. Mas não podendo suportar mais o regozijo da multidão na casa de Deus, retirou-se para andar sozinho nas areias da maré vazante. Tudo em redor era paz e bonança, mas na alma do missionário rugia uma tempestade. Por fim, com alívio indizível, clamou: "Tu, Senhor, tu podes assumir todo o encargo. Com tua chamada, e como teu servo, avançarei, deixando tudo nas tuas mãos."<br />
<br />
Assim "a Missão do Interior da China foi concebida na sua alma e todas as etapas do seu progresso realizaram-se por seus esforços. Na calma do seu coração, na comunhão profunda e indizível com Deus, originou-se a missão."Com o lápis na mão, abriu a Bíblia e, enquanto as ondas do vasto mar batiam aos seus pés, escreveu as simples mas memoráveis palavras: "Orei em Brighton pedindo vinte e quatro trabalhadores competentes e dispostos, em 25 de junho de 1865".<br />
<br />
Mais tarde, recordando-se da vitória dessa ocasião escreveu:<br />
<br />
"Grande foi o alívio de espírito que senti ao regressar da praia. Depois de findar o conflito, tudo era gozo e paz. Parecia que me faltava muito pouco para voar até a casa do senhor Pearse. Na noite desse dia dormi profundamente. A querida esposa achou que a visita a Brighton serviu para renovar-me maravilhosamente. Era verdade!"<br />
<br />
O vitorioso missionário, juntamente com a família e os vinte e quatro chamados por Deus, embarcaram em Londres, no "Lammermuir", para a China em 26 de setembro de 1865. O anelante alvo de todos era o de erguer a bandeira de Cristo nas onze províncias ainda não ocupadas da China. Alguns dos amigos os animaram, mas outros disseram: "Todo o mundo ficará esquecido dos irmãos. Sem uma junta aqui na Inglaterra ninguém se importará com a obra por muito tempo. Promessas são fáceis de fazer hoje em dia; dentro de pouco tempo não terão o pão cotidiano".<br />
<br />
A viagem levou mais que quatro meses. Acerca de uma das tempestades, um dos missionários escreveu:<br />
<br />
"Durante todo o temporal, o senhor Taylor se comportou com a maior calma. Por fim os marinheiros recusaram-se a trabalhar. O comandante aconselhou todos a bordo a amarrarem os cintos de salvação, dizendo que o navio não resistiria à força das ondas mais que duas horas. Nessa altura, o comandante avançou na direção dos marinheiros com o revólver na mão. O senhor Taylor então aproximou-se dele e pediu-lhe que não obrigasse dessa forma os marinheiros a trabalhar. <br />
<br />
<br />
<br />
O missionário dirigiu-se também aos homens e explicou-lhes que Deus ia salvá-los, mas que eram necessários os maiores esforços de todas as pessoas a bordo. Acrescentou que tanto ele como todos os passageiros estavam prontos a ajudá-los, e que, como era evidente, as vidas deles também corriam perigo. Os homens convencidos por esses argumentos começaram a tirar os destroços,ajudados por todos nós; em pouco tempo conseguimos amarrar os grandes mastros, que batiam com tanta força que estavam demolindo um lado do navio".<br />
<br />
Foram horas de grande regozijo quando o "Lammermuir", por fim, aportou, com todos sãos a bordo, em Shanghai. Outro navio que chegou logo após, perdera dezesseis das vinte e duas pessoas a bordo!<br />
<br />
Os missionários iniciaram o ano de 1867 com um dia de jejum e oração, pedindo, como Jabez, que Deus os abençoasse e estendesse os seus termos. O Senhor os ouviu dando-lhes entrada, durante o ano, em outras tantas cidades! Encerraram o ano com outro dia de jejum e oração. Um culto durou das onze da manhã às três da tarde, sem ninguém se sentir enfadado. Outro culto se realizou às 8,30 da noite quando sentiram ainda mais a unção do Espírito Santo. Continuaram juntos em oração até a meia-noite, quando celebraram a Ceia do Senhor.<br />
<br />
No início de 1867, o Senhor chamou Graça Taylor, filha de Hudson Taylor, para o Lar Eterno, quando ela completava oito anos de idade. No ano seguinte, a senhora Taylor e o filho, Noel, faleceram de cólera. Foi assim que se expressou o pai e marido:<br />
<br />
"Ao amanhecer o dia, apareceu à luz do sol o que fora ocultado pela luz de vela - a cor característica da morte no rosto da minha esposa. O meu amor não podia ignorar por mais, não somente o seu estado grave, mas que realmente ela estava morrendo. Ao conseguir acalmar o meu espírito, eu lhe disse:<br />
<br />
- Sabes, querida, que estás morrendo?<br />
<br />
- Morrendo! Achas que sim? Por que pensas tal coisa?<br />
<br />
- Posso ver, que sim, querida. As tuas forças estão se acabando.<br />
<br />
- Será mesmo? Não sinto qualquer dor, apenas cansaço.<br />
<br />
- Sim, estás saindo para a Casa Paterna. Brevemente estarás com Jesus.<br />
<br />
"Minha preciosa esposa, lembrando-se de mim e de como eu devia ficar sozinho, em um tempo de tão grandes lutas, privado da companheira com a qual tinha o costume de levar tudo ao trono da graça, disse:- Sinto muito!<br />
<br />
Então ela parou, como que querendo corrigir o que dissera, porém eu lhe perguntei:<br />
<br />
- Estás triste por causa da partida para estar com Jesus?<br />
<br />
"Nunca me esquecerei de como ela olhou para mim e respondeu:<br />
<br />
- Oh! não. Bem sabes, querido, que durante mais de dez anos, não houve sombra alguma entre mim e meu Salvador. Não estou triste por causa da partida para estar com Ele, mas me entristeço porque terás de ficar sozinho nessas lutas. Contudo... Ele estará contigo e suprirá tudo o que é mister."<br />
<br />
"Nunca presenciei uma cena tão comovente" - escre¬veu o senhor Duncan. - "Com a última respiração da querida senhora Taylor, o senhor Taylor caiu de joelhos, o coração transbordando, e a entregou ao Senhor, agradecendo-lhe a dádiva e os doze anos e meio que passaram juntos. Agradeceu-lhe, também, pela bênção de Ele mesmo a levar para a sua presença. Então, solenemente dedicou-se a si mesmo novamente ao serviço do Mestre.<br />
<br />
Não é de supor que Satanás deixasse a Missão do Interior da China invadir seu território com vinte e quatro outros obreiros, sem incitar o povo a maior perseguição. Foram distribuídos em muitos lugares, impressos atribuindo aos estrangeiros os mais horripilantes e bárbaros crimes, especialmente aos que propagavam a religião de Jesus. Alvoroçaram-se cidades inteiras e muitos dos missionários tiveram de abandonar tudo e fugir para escapar com vida.<br />
<br />
Quase seis anos depois de o grupo do "Lammermuir" haver desembarcado na China, Hudson Taylor estava novamente na Inglaterra. Durante esse tempo da obra na China, a missão aumentava de duas estações com sete obreiros, para treze estações com mais de trinta missionários e cinqüenta obreiros, estando separadas as estações, uma da outra, na média de cento e vinte quilômetros.<br />
<br />
Foi durante essa visita à Inglaterra que Hudson Taylor se casou com Miss Faulding, também fiel e provada missionária na China. <br />
(Continua)<br />
Acerca de Hudson Taylor, nesse tempo, certa pessoa amiga, escreveu:<br />
<br />
"O senhor Taylor anunciou um hino, sentou-se ao harmônio e tocou. Não fui atraído por sua personalidade. Era de físico franzino e falou com voz mansa. Como os demais jovens, eu julgava que uma grande voz sempre acompanhava um verdadeiro prestígio. Mas quando ele disse: 'Oremos e nos dirigiu em oração, mudei de parecer; eu nunca ouvira alguém orar como ele. Havia na sua oração uma ousadia, um poder que fez todas as pessoas presentes se humilharem e sentirem-se na presença de Deus. Falava face a face com Deus como um homem com um amigo. Sem dúvida, tal oração era o fruto de longa permanência com o Senhor; era como o orvalho descendo dos céus. <br />
<br />
<br />
Tenho ouvido muitos homens orarem, mas não ouvi ninguém como o senhor Taylor e o senhor Spurgeon. Ninguém, depois de ouvir como esses homens oravam, pode esquecer-se de tais orações. Foi a maior experiência da minha vida ouvir o senhor Spurgeon, quando tomou, como se fosse a mão do auditório de seis mil pessoas e as levou ao Santo dos Santos. E ouvir o senhor Taylor rogar pela China era reconhecer algo do que significa a súplica fervorosa do justo. "<br />
<br />
Foi em 1874 quando, com a esposa, subiam o grande rio Yangtze e ele meditava sobre as nove províncias que se estendiam dos trópicos de Burma ao planalto de Mongólia e as montanhas de Tibete, que Hudson Taylor escreveu:<br />
<br />
"A minha alma anseia, e o coração arde pela evangelização de centenas de milhões de habitantes dessas províncias sem obreiros. Oh! se eu tivesse cem vidas a dar ou gastar por eles!"<br />
<br />
Mas, no meio da viagem, receberam notícias da morte da fiel missionária Amélia Blatchley, na Inglaterra. Ela não somente cuidava dos filhos do senhor Taylor, mas também servia como secretária da Missão.<br />
<br />
Grande foi a tristeza de Hudson Taylor ao chegar à Inglaterra e achar não somente os seus queridos filhos separados e espalhados, mas a obra da Missão quase paralisada. Mas isso não foi ainda a sua maior tristeza. Na sua viagem pelo rio Yangtze, o senhor Taylor, ao descer a escada do navio, levou uma grande queda, caiu sobre os calcanhares e de tal maneira que o choque ofendeu a espinha dorsal. Depois que chegou à Inglaterra o incômodo da queda agravou-se até ele ficar acamado. Sobreveio-lhe então a maior crise da sua vida, justamente quando havia maior necessidade de seus esforços. Completamente paralítico das per¬nas, tinha de passar todo o tempo deitado de costas!<br />
<br />
Uma pequena cama era a sua prisão; é melhor dizer que era a sua oportunidade. Ao pé da cama, na parede, estava afixado um mapa da China. E ao redor dele, de dia e de noite, estava a presença divina.<br />
<br />
Aí, de costas, mês após mês, permaneceu o nosso herói, rogando e suplicando ao Senhor a favor da China. Foi-lhe concedida a fé para pedir que Deus enviasse dezoito missionários. Em resposta aos seus apelos para oração, escritos com a maior dificuldade e publicados no jornal, sessenta moços responderam de uma vez. Dentre eles, vinte e quatro foram escolhidos. Ali, ao lado do leito, ele iniciou aulas para os futuros missionários e ensinou-lhes as primeiras lições da língua chinesa - e o Senhor os enviou para a China.<br />
<br />
Lê-se o seguinte acerca de como o missionário inutilizado em corpo, nesse tempo, ficou bom:<br />
<br />
"Ele foi tão maravilhosamente curado, em resposta à oração, que podia cumprir com um incrível número de suas obrigações. Passou quase todo o tempo das férias, com seus filhos em Guernsey, escrevendo. Durante os quinze dias que passou ali, apesar de desejar compartilhar da delícia da linda praia, com seus filhos, saiu com eles ape¬nas uma vez. Mas as cartas que enviou para a China e outros lugares valiam mais do que ouro."<br />
<br />
Certo missionário assim escreveu acerca de uma visita que lhe fez na China:<br />
<br />
"Nunca me esquecerei do gozo e da amável maneira com que me saudou. Conduziu-me logo para o 'escritório' da Missão do Interior da China. Devo dizer que foi para mim uma surpresa, ou choque, ou ambas as coisas. Os 'móveis' eram caixotes. Uma mesa estava coberta de inú¬meros papéis e cartas. Ao lado do lume havia uma cama, bem arrumada, tendo um pedaço de tapete a servir de cobertor. Nessa cama o senhor Taylor descansava de dia e de noite.<br />
<br />
"O senhor Taylor, sem qualquer palavra de desculpa, deitou-se na cama e travamos a palestra mais preciosa da minha vida. Toda a idéia que eu tinha das qualificações para ser um 'grande homem' foi completamente mudada; não havia nele coisa alguma do espírito de superioridade. <br />
<br />
<br />
Vi nele o ideal de Cristo, da verdadeira grandeza, tão evidente que permanece ainda no meu coração, através dos anos, até o presente momento. Hudson Taylor reconhecia profundamente que, para evangelizar os milhões da China, era imperioso que os crentes na Inglaterra mostrassem muito mais de abnegação e sacrifício. - Mas como podia ele insistir em sacrifício sem primeiramente praticá-lo na sua própria vida? Assim ele, deliberadamente, cortou da sua vida toda a aparência de conforto e luxo.<br />
<br />
"Nas viagens pelo interior da China, ele, invariavelmente, se levantava para passar uma hora com Deus antes de clarear o dia, às vezes, para depois dormir novamente. Quando eu despertava para alimentar os animais, sempre o achava lendo a Bíblia à luz de vela. Fosse qual fosse o ambiente ou o barulho nas hospedarias imundas, não descuidava o hábito de ler a Bíblia. Geralmente em tais viagens, orava de bruços, porque lhe faltavam as forças para permanecer tanto tempo de joelhos.<br />
<br />
- Qual será o assunto do seu discurso, hoje? - pergun¬tou-lhe certo crente que viajava com ele, de trem.<br />
<br />
- Não tenho certeza; ainda não tive tempo de resolver, respondeu-lhe Hudson Taylor.<br />
<br />
- Não teve tempo! - exclamou o homem. - Ora, que faz o senhor a não ser descansar depois de assentar-se aí?<br />
<br />
- Não conheço o que seja descansar. - foi a resposta calma que ele deu.<br />
<br />
"Depois de embarcarmos em Edinburgo, passei todo o tempo orando e levando todos os nomes dos membros da Missão do Interior da China, e os problemas de cada um, ao Senhor."<br />
<br />
Está além da nossa compreensão como no meio de uma das maiores obras de evangelização de toda a história, ele podia dizer:"Nunca fomos obrigados a abandonar uma porta aberta, por falta de recursos. Apesar de muitas vezes gastarmos até o último pêni, a nenhum dos obreiros nacionais nem a nenhum dos missionários, faltou o prometido 'pão' cotidiano. Os tempos de provações são sempre tempos abençoados e o que é necessário nunca chega demasiado tarde."<br />
<br />
Outro segredo do seu grande êxito de levar a mensagem de salvação ao interior da China era a determinação de que a obra não somente continuasse com caráter internacional, mas também, Interdenominacional - que aceitasse missionários dedicados a Deus, de qualquer nação e de qualquer denominação.<br />
<br />
Em 1878, ao regressar de uma viagem, começou a orar pedindo que Deus enviasse mais trinta missionários antes de findar o ano de 1879. Diremos, ao lembrarmo-nos do dinheiro necessário para pagar as passagens e sustentar tantas pessoas, que a sua fé era grande. Pois bem, vinte e oito pessoas, com os corações acesos pelo desejo de salvação dos perdidos na China, confiando em Deus para o seu sustento cotidiano, embarcaram antes de findar o ano de 1878 e mais seis em 1879.<br />
<br />
Conversando com um companheiro de lutas, na cidade de Wuchang, Hudson Taylor começou a enumerar os pontos estratégicos em que deviam começar logo a evangelizar os dois milhões de habitantes do vale do grande rio Yangt-ze e o do seu tributário, o rio Hã. Com menos de cinqüenta ou sessenta novos obreiros, a Missão não podia dar tal passo - e a própria Missão não tinha mais de um total de cem! Contudo, a Hudson Taylor foi dada a fé de pedir outros setenta - lembrado das palavras: "Designou o Senhor ainda outros setenta".<br />
<br />
"Reunimo-nos hoje para passar o dia em jejum e oração" - escreveu Hudson Taylor em 30 de junho de 1872. - "O Senhor nos abençoou grandemente... Alguns passaram a maior parte da noite em oração... O Espírito Santo nos encheu até nos parecer ser impossível receber mais sem<br />
morrer."<br />
<br />
Em certo culto, durante quase duas horas, louvaram ininterruptamente a Deus pelos setenta obreiros já recebidos - pela fé. E, em realidade, foram recebidos mais do que setenta, e dentro do prazo marcado.<br />
<br />
O Senhor conduziu a Missão, pouco a pouco para uma visão ainda mais larga - levou os obreiros a pedirem ao Senhor outros cem, em 1887. Assim, disse o senhor Stephen-son: "Se me mostrassem uma foto de todos os cem, batida aqui na China, não seria mais real do que realmente é."<br />
<br />
Contudo, Hudson Taylor não iniciou precipitadamente o programa de orar e se esforçar para receber mais cem missionários. Como sempre, devia ter certeza da direção de Deus antes de resolver orar e se esforçar para alcançar o alvo.<br />
<br />
Seis vezes mais do que o número que pediram, se ofereceram para ir! Mas, a Missão rejeitou fielmente a todos que não concordaram com os princípios declarados desde o início. Assim, exatamente o número pedido embarcou para a China. - Não foram cento e um, nem noventa e no¬ve, mas exatamente cem.<br />
<br />
Depois da visita de Hudson Taylor ao Canadá, aos E.U.A. e à Suécia em 1888 e 1889, a Missão do Interior da China gozou de um dos maiores impulsos para avançar em todos os anais da história de missões. Assim escreveu depois, o nosso missionário, acerca do que lhe pesava grandemente no coração durante toda a sua visita à Suécia:<br />
<br />
"Confesso-me envergonhado de que, até essa ocasião, nunca tinha meditado sobre o que o Mestre realmente queria dizer ao mandar pregar o Evangelho 'a toda a criatura'. Esforcei-me durante muitos anos, como muitos outros servos de Deus, para levar o Evangelho aos lugares mais distantes; planejei alcançar todas as províncias e muitos dos distritos menores da China, sem compreender o sentido evidente das palavras do Salvador.<br />
<br />
"'a toda a criatura'? O número total de comunicantes entre os crentes da China não excedia quarenta mil. Se houvesse outro tanto de aderentes, ou mesmo três vezes mais, e se cada um levasse a mensagem a oito de seus patrícios - mesmo assim, não alcançariam mais de um milhão. 'a toda a criatura'! as palavras abrasavam-lhe o íntimo da alma. Mas como a Igreja, e eu mesmo, falhávamos em aceitá-las justamente como Cristo queria! Isso eu percebi então; para mim havia apenas uma saída, a de obedecer.<br />
<br />
"Qual será a nossa atitude para com o Senhor Jesus Cristo quanto a essa ordem? Suprimiremos o título Penhor', que lhe foi dado, para reconhecê-lo apenas como nosso Salvador? Aceitaremos o fato de Ele tirar a penalidade do pecado, e recusaremos a confessarmo-nos. <br />
<br />
<br />
Comprados por bom preço, e que Ele tem o direito de esperar a nossa obediência implícita? Diremos que somos os nossos próprios senhores, prontos a conceder-lhe apenas o que lhe é devido, a Ele que comprou-nos com seu próprio sangue, com a condição de Ele não pedir demasiado? As nossas vidas, os nossos queridos, as nossas possessões são somente nossas, não são dele? Daremos o que acharmos conveniente e obedeceremos à sua vontade somente se Ele não nos pedir demasiado sacrifício? Estamos prontos a deixar Jesus Cristo nos levar aos céus, mas não queremos que esse homem 'reine sobre nós'?<br />
<br />
"O coração de todos os filhos de Deus rejeitará, certamente uma afirmação assim formulada. Mas não é verdade que inumeráveis crentes, em todas as gerações, se comportaram tal como se isso fosse a base própria para suas vidas? São poucas as pessoas entre o povo de Deus que reconhecem a verdade de que, ou Cristo é o Senhor de tudo, ou então não é Senhor de coisa alguma! Se somos nós que julgamos a Palavra de Deus, e não a Palavra que nos julga; se concedemos a Deus somente o quanto quisermos então somos nós os senhores e Ele o nosso devedor e, conseqüentemente, Ele deve ser grato pela esmola que lhe concedemos; deve sentir-se obrigado por nossa concordância aos seus desejos. Se, ao contrário, Ele é Senhor então tratemo-lo como Senhor: 'E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?'"<br />
<br />
Foi assim que Hudson Taylor, sem esperar, alcançou a mais larga visão da sua vida, a visão que dominou a última década de seu serviço. Com os cabelos já grisalhos, após cinqüenta e sete anos de experiência, enfrentou o novo sentido de responsabilidade com a mesma fé e confiança que o caracterizavam quando era mais novo. Sua alma ardia ao meditar nos alvos antigos! Ficou ainda mais firme ao executar a visão de outrora!<br />
<br />
Foi assim que sentiu a direção de unificar todos os grupos evangélicos, que trabalhavam na evangelização da China, para orarem e se esforçarem para aumentar o número de missionários, enviando-se à China outros mil, dentro de cinco anos. O número exato enviado à China du¬rante esse prazo, foi de mil cento e cinqüenta e três!<br />
<br />
Não é, pois, de admitir que as forças físicas de Hudson Taylor começassem a faltar, não tanto pelas privações e cansaço das viagens contínuas, nem pelos esforços incansáveis em escrever e pregar, nem pelo peso das grandes e inumeráveis responsabilidades de dirigir a Missão do Interior da China. Os que o conheciam intimamente sabiam que era um homem gasto de tanto amar.<br />
<br />
A gloriosa colheita de almas na China aumentava cada vez mais. Mas a situação política do país piorava dia após dia até culminar na Carnificina dos Boxers, no ano de 1900, quando centenas de crentes foram mortos. Somente da China Inland Mission pereceram cinqüenta e oito missionários, e vinte e um de seus filhos. <br />
<br />
Hudson Taylor, com a sua esposa, estavam novamente na Inglaterra, quando começaram a chegar telegrama após telegrama avisando-os dos horripilantes acontecimentos na China; aquele coração que tanto amava a cada missionário, quase cessou de pulsar. Acerca desse acontecimento assim se manifestou: "Não sei ler, não sei pensar, nem mesmo sei orar, mas sei confiar."<br />
<br />
Certo dia, alguns meses depois, Hudson Taylor, com o coração transbordante e as lágrimas correndo-lhe pelas faces, estava contando o que lera em uma carta que acabara de receber de duas missionárias, escrita um dia antes de elas morrerem nas mãos dos boxers. Eis o que ele disse:<br />
<br />
"Oh! o gozo de sair de tal motim de pessoas enfurecidas para estar na sua presença, para ver o seu sorriso!" Quando pôde continuar, acrescentou: "Elas agora não estão arrependidas. Têm a imperecível coroa! Andam com Cristo em vestes brancas, porque são dignas".<br />
<br />
Falando acerca de seu grande desejo de ir a Shanghai, para estar ao lado dos refugiados, ele disse: "Não sei se poderia ajudá-los, mas sei que me amam. Se pudessem chegar-se a mim nas tristezas para chorarmos juntos, ao menos poderiam ter um pouco de conforto." Mas ao lembrar-se de que tal viagem lhe era impossível por causa da saúde, a sua tristeza parecia maior do que podia suportar.<br />
<br />
Apesar de sentir profundamente a sua incapacidade para trabalhar como de costume, achou grande conforto em estar com a sua esposa, a qual tanto amava. Findara o tempo em que deviam passar longos meses e anos separados um do outro, nas lutas em tantos lugares.<br />
<br />
Foi em 30 de julho de 1904 que sua esposa faleceu. "Não sinto nada de dor, nada de dor", dizia ela, apesar da ânsia em respirar. Então, de madrugada, percebendo a angústia de espírito do seu marido, pediu-lhe que orasse rogando ao Senhor que a levasse logo. Foi a oração mais difícil da vida de Hudson Taylor, mas por amor dela, ele orou pedindo a Deus que libertasse o espírito da sua esposa. Logo que orou, dentro de cinco minutos cessou a ânsia e não muito depois ela adormeceu em Cristo.<br />
<br />
A desolação de espírito de Hudson Taylor sentiu depois da partida da sua fiel companheira era indescritível. Todavia, achou indizível paz nesta promessa: "A minha graça te basta." Começou a recuperar as forças físicas e na primavera fez a sua sétima viagem aos E.U.A. Daí fez a últi¬ma viagem à China, desembarcando em Shanghai em 17 de abril de 1905.<br />
<br />
O valente líder da Missão, depois de tão prolongada ausência, foi recebido em todos os lugares com grandes manifestações de amor e estima da parte dos missionários e crentes, especialmente dos que escaparam dos intraduzíveis espetáculos da insurreição dos Boxers.<br />
<br />
Em Chin-Kiang, o veterano missionário visitou o cemitério onde estão gravados os nomes de quatro filhos e o da esposa. As recordações eram motivo de grande gozo, isto é, o dia da grande reunião se aproximava.<br />
<br />
No meio da viagem, quando visitava as igrejas na China, sem ninguém esperar, nem ele mesmo, findou a sua carreira na terra. Isso aconteceu na cidade de Chang-sha em 3 de junho de 1905.<br />
<br />
Sua nora contou o seguinte, sobre esse acontecimento:"O querido papai estava deitado. Como sempre gostava de fazer, tirou as cartas, dos queridos, da sua carteira e as estendeu sobre a cama. <br />
<br />
<br />
Baixou-se para ler uma das cartas perto do candeeiro aceso colocado na cadeira ao lado do leito. Para que ele não se sentisse demasiadamente incomodado, puxei outro travesseiro e o coloquei por baixo da sua cabeça e assentei-me numa cadeira ao seu lado. <br />
<br />
<br />
<br />
Mencionei as fotografias da revista, Missionary Review, que estava aberta sobre a cama. Howard tinha saído para ir buscar algo para comer, quando papai, de repente, virou a cabeça e abriu a boca como se quisesse espirrar. Abriu a boca a segunda, e a terceira vez. Não clamou; não pronunciou qualquer palavra.<br />
<br />
<br />
Não mostrou qualquer dificuldade para respirar - nada de ânsia. Não olhou para mim, e não parecia cônscio... Não era a morte, era a entrada na vida imortal. Seu semblante era de descanso e sossego. Os vincos do rosto feitos pelo peso da luta de longos anos pareciam haver desaparecido em poucos momentos. Parecia dormir como criança no colo da mãe; o próprio quarto parecia cheio de indizível paz."<br />
<br />
Na cidade de Chin-Kiang, à beira do grande rio que tem a largura de mais de dois quilômetros, foi enterrado o corpo de Hudson Taylor.As cartas de condolências recebidas de fiéis filhos de Deus no mundo inteiro. Emocionante foram os cultos celebrados em vários países, em sua memória. Impressionantes foram os artigos e livros impressos acerca das suas vitórias na obra de Deus. Mas as vozes mais des¬tacadas, as que Hudson Taylor apreciaria mais, se pudesse ouvi-las, eram as das muitas crianças chineses, que, cantando louvores a Deus, deitaram flores sobre o seu túmulo.<br />
<br />
Esta é mais uma das tantas biografias que enchem os nossos olhos de lágrimas e nos impõe o desejo de ir aos campos de missões anunciar a Jesus.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-14146932825228733652012-01-06T17:12:00.000-08:002012-01-06T17:12:18.798-08:00Aprenda as dicas de como matar ou manter um missionárioPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-estudosteolgicos.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!<br />
<br />
*<br />
Parece até uma ironia! Pois jamais um cristão verdadeiro iria imaginar matando um missionário, mas, infelizmente é isso que a maioria está fazendo quando pratica o seguinte:<br />
<br />
10 Maneiras práticas de como matar um missionário <br />
<br />
1 – Comece deixando de orar por ele... <br />
<br />
2 – Na igreja, passe a plantar fofocas e intrigas, a respeito dele, assim cada um se preocupará com banalidades e se esquecerá da obra a ser realizada... <br />
<br />
3 – Se você for pastor, jamais pregue a respeito de missões, afinal este responsabilidade não é sua... <br />
<br />
4 – Sinta muita vontade de escrever, mas nunca escreva, afinal você "não sabe" e "não tem tempo" !<br />
<br />
5 – Se por acaso não resistir a tentação de escrever, escreva, mas sempre cobrando dele alguma coisa, por exemplo: quantas almas ganhou?<br />
<br />
6 – Esqueça datas importantes, como o aniversário de nascimento dele, da esposa e dos filhos... <br />
<br />
7 – Nunca demonstre seu amor por ele... <br />
<br />
8 – Nunca envie uma mensagem de ânimo, afinal todo missionário é um "super crente" e, portanto, não precisa dessas coisas... <br />
<br />
9 – Mantenha o seguinte pensamento: todo missionário precisa passar fome para atingir o "êxtase espiritual" como se ele fosse um guru indiano... <br />
<br />
10 – Pare imediatamente de contribuir financeiramente, pois além das sua prioridades você já viu em algum lugar a expressão: "o missionário vive pela fé"... Se você acha muito trabalhoso praticar todas estas sugestões, então escolha apenas duas ou três e em breve o missionário estará morto<br />
<br />
COMO OS CRISTÃOS INVESTEM O PRÓPRIO DINHEIRO?<br />
<br />
AS PESQUISAS MOSTRAM QUE:<br />
<br />
GASTAM mais com CHICLETES do que com MISSÕES<br />
<br />
GASTAM mais com REFRIGERANTES E BALAS do que com MISSÕES<br />
<br />
GASTAM mais com COSMÉTICOS DE LIMPEZA do que com MISSÕES<br />
<br />
GASTAM mais com COMIDA SUPÉRFLUA do que com MISSÕES<br />
<br />
GASTAM mais com ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO do que com MISSÕES<br />
<br />
GASTAM mais com ROUPAS DE ETIQUETA do que com MISSÕES<br />
<br />
UM ELETRODOMÉSTICO que um cristão compra à vista, na maioria dos casos CUSTA MAIS do que a oferta dada para MISSÕES DURANTE 5 ANOS por ele.<br />
<br />
Os cristãos estão dando para MISSÕES, MENOS do que o valor equivalente a uma COCA-COLA diária.<br />
<br />
Como podemos dizer que amamos a obra missionária, se MISSÕES é o nosso MENOR investimento? A questão é: vamos ou não DEIXAR DEUS nos usar?<br />
<br />
PARA VOCÊ REFLETIR:<br />
<br />
Certo fazendeiro vendo a necessidade e carência de sua comunidade pensou em fazer algo que amenizasse o sofrimento dos desfavorecidos, mas ao mesmo tempo viu que era impossível fazer tudo sozinho. Então ele resolveu reunir os fazendeiros vizinhos para expressar-lhes o desejo do seu coração.<br />
<br />
Como realmente seria difícil para uma pessoa ajudar a tantas carentes;<br />
assim, o meditar na proposta do fazendeiro, os outros se propuseram a fazer o seguinte:<br />
<br />
A cada manhã, quando fossem tirar o leite, separariam um litro e o colocariam num tonel que estaria em um lugar de livre acesso a todos. No final do dia, ele pegaria o tonel e distribuiria o leite com a comunidade carente. A aprovação foi geral e todos seguiram para suas casas com o projeto de iniciarem o planejamento.<br />
<br />
No dia seguinte, o fazendeiro colocou o tonel no lugar combinado e foi cuidar de seus afazeres. Ao findar do dia, para sua grande surpresa verificou que no tonel ao invés de leite estava cheio de água. O fazendeiro ficou perplexo, e nada compreendeu. <br />
<br />
Então ele tocou o sino e reuniu todos os outros para descobrir o que havia ocorrido, pois esperava encontrar leite e não água. Ao perguntar aos fazendeiros, alguém levantou a mão e confessou que realmente ele tinha errado porque sabia que cada pessoa colocaria um litro de leite, e logo não faria diferença se ele colocasse um litro de água ou de leite. Mas todos pensaram a mesma coisa. Cada um esperava que o outro fosse cumprir a sua parte e ao final, todos, pensando nisso, colocaram água, ao invés de leite.<br />
<br />
Não parece o mesmo paralelo quando se refere a ajudar em oração e no sustento missionário?<br />
O resultado é: Missionários não são enviados; Nações não são conquistadas e 85.000 pessoas morrem a cada dia sem nunca terem ouvido a respeito de Jesus Cristo.<br />
<br />
Você gostaria de ver esse quadro mudado?<br />
Então lembre-se sempre:<br />
Missões se faz...<br />
<br />
Com as vidas dos que vão...<br />
<br />
Com os joelhos dos que oram..<br />
<br />
Com as mãos dos que dão.<br />
<br />
Há 24.000 povos no mundo. Ainda faltam 8.000 para serem alcançados.<br />
Há 6.287 línguas no mundo e 4.000 delas não tem nenhuma porção da Palavra de Deus. <br />
<br />
Quer ver a sua igreja envolvida com a obra missionária?<br />
<br />
Em que continente estão localizados a maioria dos países menos evangelizados do mundo ?<br />
Aproximadamente quantos grupos étnicos no mundo ainda não foram alcançados pelo Evangelho ?<br />
O que é a Cortina Verde ?<br />
<br />
Bom, infelizmente se você não conseguiu responder a pelo menos duas destas perguntas, o seu grau de informação sobre missões esta na UTI. Como anda o envolvimento de sua igreja com a obra missionária no mundo ?<br />
<br />
Existem várias maneiras de manter a sua igreja informada e envolvida sobre o que acontece no mundo missionário. Uma delas é a formação de um Conselho Missionário.<br />
<br />
Mas o que é um Conselho Missionário ?<br />
<br />
É um grupo de membros, sob a direção do corpo pastoral, que tem por objetivo orientar, mobilizar e administrar as decisões missionárias da igreja local.<br />
<br />
O Conselho Missionário funciona como o órgão da Igreja que facilita o envolvimento da mesma com a obra missionária, seja na seleção e envio de missionários, ou no apoio e sustento de novas frentes.<br />
<br />
Este grupo de pessoas empenha-se na tarefa de manter a igreja informada, e atualizada sobre o que está acontecendo no mundo, não apenas três vezes por ano durante as campanhas de missões, mas sim, semanalmente.<br />
<br />
Para isto podem ser usados vários meios, e os próprios missionários com quem a igreja mantém contato funcionam como excelente fonte de informação.<br />
<br />
Quais devem ser os objetivos do Conselho Missionário ?<br />
<br />
1. Dar visão ao ministério de missões dentro da igreja;<br />
<br />
2. Providenciar as ferramentas adequadas para um efetivo e crescente ministério de missões;<br />
<br />
3. Funcionar como facilitador das decisões da igreja referentes a missões;<br />
<br />
4. Sugerir critérios para envio e sustento de missionários;<br />
<br />
5. Apoiar o corpo missionário da igreja, funcionando como elo entre o mesmo e a igreja.<br />
<br />
Quem pode fazer parte do Conselho Missionário ?<br />
<br />
Qualquer membro da igreja pode participar, entretanto existem alguns critérios que devem ser observados na escolha do membro. Os membros do conselho :<br />
<br />
1. Devem ser cheios do Espírito Santo;<br />
<br />
2. Devem ter visão missionária;<br />
<br />
3. Devem ser treinados;<br />
<br />
4. Devem ter mandato de pelo menos 3 anos, com renovações anuais. (Não há necessidade, em princípio, de existir restrições a reeleições de membros).<br />
<br />
5. Devem ter consciência da importância da atividade do conselho missionário<br />
<br />
Como trabalhar ?<br />
<br />
Geralmente o CM trabalha divido em comissões de trabalho. Isto facilita a divisão de tarefas e focaliza áreas específicas a serem supridas. São algumas áreas importantes que devem ser cobertas :<br />
<br />
a. Oração<br />
<br />
• Objetivo: Despertar, motivar e manter um movimento de oração pró-missões.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Organizar reuniões e campanhas de oração para todos os membros da igreja.<br />
<br />
• Preparar um calendário de oração, confeccionar a página de oração dominical da igreja, preparar e decorar a sala de oração dominical da igreja.<br />
<br />
b. Promoção e Eventos Missionários<br />
<br />
• Objetivo : Despertar e divulgar o movimento de missões na igreja, através de informações, congressos, campanhas e outros meios que proporcionem o envolvimento da igreja com a obra de missões.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Elaboração de boletins, confecção de cartazes e mapas, apresentação de gráficos e estatísticas, promoção de campanhas missionárias, organização do congresso de missões e conferências missionárias.<br />
<br />
c. Assistência Ministerial <br />
<br />
• Objetivo : Acompanhar o trabalho do corpo de missionários, providenciado-lhes a assistência necessária, facilitando o contato entre missionário e igreja, e vice-versa.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Catalogar e manter atualizado o banco de dados do corpo de missionários da igreja e apoiados pela igreja, promover a comunicação entre a igreja e o missionário, divulgar suas cartas, necessidades e pedidos de oração, corresponder-se e motivar a igreja a corresponder-se com seus obreiros, divulgar as datas de aniversário e endereços. Confeccionar e manter um mural missionário.<br />
<br />
d.Treinamento<br />
<br />
• Objetivos : Selecionar, orientar, treinar e acompanhar candidatos ao campo missionário.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Desenvolver um programa de avaliação e orientação do candidato através de literatura, seminários, participação em atividades da igreja, bem como em suas congregações. Estabelecer critérios para envolvimento do candidato com as atividades missionárias da igreja, proporcionando treinamento e atividades práticas.<br />
<br />
e. Ensino e Estratégias de Missões<br />
<br />
• Objetivo :<br />
<br />
• •Ensino – Ajudar a igreja a conhecer profundamente as implicações da obra missionária e sua fundamentação bíblica.<br />
<br />
• •Estratégias – Definir áreas-alvo em que a igreja irá concentrar seus esforços e estratégias que serão usadas para alcançar estas áreas.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Cursos e seminários de missões, aplicações de conteúdo missionário nas classes da E.B.D. e demais departamentos da igreja. Buscar informações sobre povos não alcançados, e áreas mais necessitadas. Pesquisar possibilidades de acesso e informações sobre culturas e costumes.<br />
<br />
f. Finanças<br />
<br />
• Objetivos : Levantar, planejar e controlar finanças para o sustento missionário.<br />
<br />
• Atividades :<br />
<br />
• Administrar o Fundo Missionário, promover a Oferta Missionária da Fé, motivar a igreja criando estratégias de envolvimento financeiro com a obra missionária.<br />
<br />
Claro que isto é apenas o resumo das atividades deste conselho, e apenas o primeiro passo a ser dado. A simples criação deste, não tornará sua igreja um igreja missionária. Isto só começará a acontecer, quando em seu coração você se tornar um.<br />
<br />
Lembre-se: Missões não é exclusividade de uns apenas, é de todos. <br />
<br />
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” “Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.” Jo 15.12,17<br />
<br />
Que Deus nos abençoe, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-25200210761416113862012-01-06T17:05:00.000-08:002012-01-06T17:05:10.822-08:00As dez lições da desobediência do Profeta JonasPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
mensagensevangelisticas.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
O período histórico do ministério de Jonas é narrado com detalhes em 2 Re 14 , 15. Ele viveu durante o reinado de Jeroboão II e, nesses tempos, a Assíria exercia seu poderio no Oriente Médio. Era uma nação cruel e era detestada por suas práticas desumanas.<br />
<br />
Jonas era o típico judeu que nunca entenderia como seria possível que Deus viesse a amar os assírios. Ao contrário, ele esperava que o Deus Javé se voltasse contra eles e os destruísse.<br />
<br />
A cidade de Nínive era a capital da Assíria, e quando Deus mandou Jonas pregar àquela cidade, ele recusou-se a ir, por causa do ódio que sentia pelos assírios. <br />
<br />
Jonas é um indivíduo preconceituoso e seu livro mostra a resistência desse profeta ao propósito divino de evangelizar a raça mais cruel do mundo. E o que vamos verificar é que o inexplicável amor de Deus para com Nínive não encontra eco no coração de Jonas.<br />
<br />
Foram os preconceitos de Jonas que o levaram a fugir da Missão que Deus lhe havia ordenado. Preconceitos políticos: pois os Ninivitas eram velhos inimigos de seu povo. Preconceitos raciais: os Ninivitas eram gentios e não pertenciam ao povo escolhido. Preconceitos religiosos: um povo tão perverso, tão mau, tão grosseiro, não podia nem devia ser perdoado.<br />
<br />
Quantos hoje não são como Jonas. Quantas vezes os nossos preconceitos nos impedem de sermos úteis a Deus.<br />
<br />
Quantas vezes os nossos preconceitos sufocam o amor às pessoas; aniquila nossa compaixão; obscurece nossa visão; seca as fontes da nossa espiritualidade e empobrece nossa mensagem.<br />
<br />
Nós nos parecemos muito com Jonas. Podemos ver nele nossos preconceitos contra aqueles que não confessam a mesma doutrina, ou que pensam diferente de nós. Jonas é uma figura intrigante.<br />
<br />
Ele assiste a uma cidade inteira se converter e ao invés de se alegrar, ele se irrita. E mais do que irritado, ficou deprimido a ponto de desejar morrer.<br />
<br />
Jonas é uma figura desconcertante, mas veremos que muitos de nós agimos exatamente como ele.<br />
<br />
1. O DEUS DA BÍBLIA É UM DEUS QUE CHAMA<br />
<br />
A. Chama porque tem autoridade<br />
<br />
B. Chama porque tem propósitos<br />
<br />
C. Chama porque tem pessoas disponíveis<br />
<br />
D. Chama a quem Ele deseja<br />
<br />
E. Chama para onde julga necessário<br />
<br />
2. DEUS CHAMOU A JONAS<br />
<br />
A. Um chamado específico<br />
<br />
B. Um chamado emergente<br />
<br />
C. Um chamado intransferível<br />
<br />
3. A REAÇÃO DE JONAS AO CHAMADO DE DEUS<br />
<br />
A. Jonas decidiu não ir para onde Deus o enviou<br />
<br />
B. Jonas decidir ir para onde Deus não o enviou<br />
<br />
C. Jonas ignorou o sentido de sua chamada<br />
<br />
D. Jonas foi diferente de Isaias e de Paulo<br />
<br />
E. Isaias disse: “Eis-me aqui...”<br />
<br />
F. Paulo disse: “Que queres que eu faça?”<br />
<br />
4. A PERIGOSA VIAGEM PARA TARSIS<br />
<br />
A. Perigosa porque Jonas tentava fugir de diante do Senhor<br />
<br />
B. Perigosa porque não cumpria a rota estabelecida por Deus<br />
<br />
C. Perigosa porque não contava com a aprovação de Deus<br />
<br />
5. A DUALIDADE REGISTRADA NA BÍBLIA<br />
<br />
A. Duas estradas, dois caminhos, duas portas.<br />
<br />
B. Tarsis ou Nínive?<br />
<br />
C. A vontade de Deus e a vontade pessoal<br />
<br />
6. A NATUREZA DO CHAMADO DE JONAS<br />
<br />
A. Um chamado pessoal – somente para ele.<br />
<br />
B. Um chamado espiritual – tinha em vista a transformação de Nínive.<br />
<br />
C. Um chamado bíblico – para que ele pregasse a Palavra.<br />
<br />
D. Um chamado poderoso – era acompanhado de autoridade.<br />
<br />
7. JONAS FOI CHAMADO PARA IR A NÍNIVE<br />
<br />
A. Cidade fundada por Ninrode.<br />
<br />
B. Corresponde ao atual Iraque<br />
<br />
C. As ruas tinham 20 km de comprimento.<br />
<br />
D. Capital da Assíria, uma cidade altamente pecadora.<br />
<br />
8. O QUE DEUS ESPERAVA DE JONAS<br />
<br />
A. Obediência<br />
<br />
B. Determinação<br />
<br />
C. Dedicação<br />
<br />
D. Compaixão<br />
<br />
9. OS PASSOS DESCENDENTES DE JONAS<br />
<br />
A. Desceu a Jope<br />
<br />
B. Desceu para o porão do navio<br />
<br />
C. Desceu para o ventre do peixe<br />
<br />
D. Desceu para o fundo do mar<br />
<br />
10. A RESTAURAÇÃO DE JONAS<br />
<br />
A. Jonas se arrependeu de sua desobediência<br />
<br />
B. Jonas orou ao Senhor<br />
<br />
C. O Senhor deu a Jonas uma segunda oportunidade<br />
<br />
D. Ele realizou um grande trabalho em Nínive<br />
<br />
E. Houve um grande avivamento na cidade<br />
<br />
F. Jonas foi honrado pelo Senhor Jesus.<br />
<br />
Veja o grau comparativo de desobediência de Jonas em contraste com a obediência do Apóstolo Paulo:<br />
<br />
QUANDO O CRENTE NÃO ORA; <br />
QUANDO O CRENTE ORA <br />
<br />
JONAS (Jn 1.1-3) <br />
<br />
PAULO (At 28. 9-11) <br />
<br />
Jonas fugindo de DEUS <br />
Paulo na direção de DEUS <br />
<br />
Jonas negando sua chamada<br />
Paulo descobrindo sua vocação <br />
<br />
Jonas escondido no porão <br />
Paulo no convés <br />
<br />
Jonas desconhecido <br />
Paulo bem conhecido <br />
<br />
Jonas com medo <br />
Paulo destemido <br />
<br />
Jonas dormindo<br />
Paulo despertado <br />
<br />
Jonas acordado pelos tripulantes<br />
Paulo tendo visão de anjo <br />
<br />
Jonas forçado a dar testemunho<br />
Paulo de bom ânimo testificando <br />
<br />
Jonas o motivo da tempestade<br />
Paulo, se ouvido não haveria perigo <br />
<br />
Jonas que trazia a maldição <br />
Paulo era o motivo de todos estarem vivos <br />
<br />
Se Jonas ficasse todos pereceriam <br />
Se Paulo saísse todos pereceriam <br />
<br />
Jonas desanimando a todos<br />
Paulo dando ânimo <br />
<br />
Jonas jogado ao mar <br />
Paulo preservado com vida <br />
<br />
Jonas deu péssimo testemunho<br />
Paulo deu ótimo testemunho <br />
<br />
Jonas no escuro do ventre do peixe<br />
Paulo na luz do fogo <br />
<br />
Jonas clamando por perdão <br />
Paulo lançando serpente no fogo (milagre) <br />
<br />
Jonas vomitado na praia<br />
Paulo curando enfermos <br />
<br />
Jonas, agora você vai? <br />
Paulo viajando para seu destino <br />
<br />
(Livre arbítrio pergunta para vontade própria, e agora quem manda?) <br />
<br />
*Quando se está dentro da vontade perfeita de DEUS servimos de bênçãos para todos os que nos rodeiam, tanto crentes quanto descrentes. <br />
<br />
*Quando estamos contra a vontade de DEUS somos como uma bomba atômica que pode explodir destruindo tudo e todos a nossa volta. <br />
<br />
1. Társis ficava no fim do mundo. ( Is 66. 19).<br />
<br />
2. Isaías 66.19 diz que Társis é o lugar onde a Palavra de Deus não está. Então, o homem que deve pregar a Palavra de Deus, quer se distanciar dela. Mas, Deus vai frustrá-lo. Jonas não vai para Társis. Vai para Nínive.<br />
<br />
Goste ou não, Jonas vai para Nínive. Deus quer assim. E a soberania de Deus é muito bem acentuada no Livro. Então Jonas começa a se movimentar. Seu movimento é descendente. Jonas desce para Jope.<br />
<br />
- Jonas desce para dentro do Navio.<br />
<br />
- Jonas desce para o porão do Navio.<br />
<br />
- Jonas desce para o fundo dos mares. O caminho de Jonas é o caminho de todos os que voltam as costas para Deus.<br />
<br />
- Jonas está agindo igual à Caim: “da tua presença ficarei escondido”. Gn 4.14. Caim, no entanto, lamentou ter que ficar escondido.<br />
<br />
- Jonas quer ficar escondido. Um servo de Deus não deve retroceder.<br />
<br />
Lembre-se disso da próxima vez que você desobedecer a Deus. Quando Ele disser para você fazer alguma coisa e você disser: não, eu vou fazer aquilo; quando Ele disser para você ir a um lugar e você disser não, eu vou para tal lugar; Deus diz para você ser isto, mas você diz: não, eu vou ser aquilo; lembre-se: <br />
<br />
• a jornada será mais longa, <br />
<br />
• a jornada será mais custosa,<br />
<br />
• a jornada será bem mais dura do que se você fizesse o que Deus lhe mandou fazer. <br />
<br />
• O pecado o levará sempre mais longe do que você gostaria de ter ido; <br />
<br />
• o conservarei por mais tempo do que você gostaria que tivesse acontecido; <br />
<br />
• custará muito mais do que você gostaria de pagar. Por causa da desobediência de Jonas todos experimentaram a disciplina de Deus.<br />
<br />
Em Jonas aprendemos as dez lições da desobediência do Profeta:<br />
<br />
1 - Deus é soberano e sempre realiza sua vontade<br />
<br />
2 - É impossível qualquer tentativa para fugir de Deus<br />
<br />
3 - Os preconceitos nos tornam sem amor pelos incrédulos<br />
<br />
4 - Quando estamos em desobediência nos tornamos maldição onde quer que estejamos.<br />
<br />
5 - Quando amamos os secundários, nossa vida se torna mesquinha e sem alegria.<br />
<br />
6 - O caminho da desobediência sempre nos coloca em enrascadas<br />
<br />
7 - Quão apaixonadamente Deus ama o pecador.<br />
<br />
8. Uma coisa é resistir o chamado de Deus; outra coisa é rejeitar o chamado de Deus.<br />
<br />
9. Quando Deus falar, é melhor você ouvir. Onde quer que Deus o envie, é melhor você ir. Tudo quanto Deus lhe mandar fazer, é melhor você fazer. O que quer que Deus queira que você seja seja-o.<br />
<br />
10. Quando Deus lhe mandar fazer alguma coisa, faça-o e você alcançará a vitória e Deus receberá glória.<br />
<br />
- Jonas, é o profeta que não queria profetizar. Quem é Ele?<br />
<br />
* Ele é um homem como nós. Tem família. Tem comprovante de endereço.<br />
<br />
* Ele é um servo de Deus. Tem um chamado, uma missão a cumprir.<br />
<br />
* Ele é um profeta que se escusa de sua responsabilidade. Não quer pregar.<br />
<br />
- Há muitas coisas em comum entre Jonas e cada um de nós, não é? Também temos uma família, a família de Deus. Também somos chamados e comissionados a pregar.<br />
<br />
- Também temos uma responsabilidade. Não devemos fugir dela. Terminamos esta primeira mensagem olhando para Jonas. E lá vai ele para a sua viagem. Seus planos foram muito bem organizados.<br />
<br />
- Planejamento é garantia de meio sucesso. No entanto, vai meter-se numa terrível enrascada, a típica enrascada em que se envolvem os desobedientes.<br />
<br />
- Que Deus nos ajude a não fugirmos da nossa tarefa. Que Deus nos ajude a temermos o seu nome. Que Deus nos ajude a fazer aquilo que Deus nos confiou para fazer. Ir e pregar o evangelho. Amém.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-85177801492581744022012-01-06T17:00:00.001-08:002012-01-06T17:00:35.395-08:00Manual de integração de novos convertidosPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
jsoliveiraconstrucao@bol.com.br<br />
<br />
<br />
<br />
De cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez descem às águas batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano do batismo. Uma das razões principais para isso é a falta de integração do novo convertido ao seio da igreja.<br />
<br />
• Como envolver o novo convertido<br />
<br />
A igreja não cresce com o simples ato de convidar as pessoas ou quando elas se decidem a Cristo. Este é apenas o ponto de partida para a vida cristã. O que leva as pessoas a permanecerem na igreja é quando elas se sentem amadas e quando se relacionam e são envolvidas com outros (1Jo 1.3; 3.18).<br />
<br />
Se alguém aceita a Cristo, o que a igreja fará por ela durante a próxima semana? Infelizmente pouco fará, ou quase nada fará, pois são deixadas em segundo plano sem se quer dar-se conta de que estão presentes no culto.<br />
<br />
As igrejas gastam muito tempo em atrair, pouco em envolvimento e muito pouco em integração, que gera reprodução que, por sua vez, gera crescimento (Jo 1.41,42). Alcançar novas pessoas e não velhos crentes é a tarefa da igreja. Envolvê-los, depois de atraí-los, é o primeiro passo para que permaneçam na igreja.<br />
<br />
• Estratégias de envolvimento<br />
<br />
Fazer com que o novo crente participe de um pequeno grupo como, por exemplo, uma classe específica na Escola Dominical.<br />
<br />
Receber visita, com hora previamente marcada. De preferência homem visitando homem, mulher visitando mulher, jovem visitando jovem ou um casal fazendo isso, ou a liderança de departamento. A igreja precisa de introdutores amáveis e educados, de preferência homem e mulher.<br />
<br />
Após a decisão mediante o convite para aceitar a Cristo, os novos crentes deverão ser conduzidos a uma sala à parte para um breve aconselhamento espiritual tendo os seus nomes, endereços e telefones devidamente anotados observando dia e hora apropriados para visita.<br />
<br />
Os pecadores aceitam a Cristo e, em muitos casos, são abandonados à própria sorte sem qualquer acompanhamento espiritual. O máximo que pode acontecer é recebem uma visita, isto se os endereços forem corretamente anotados.<br />
<br />
• A integração na igreja local não é uma incorporação qualquer a um grupo social.<br />
<br />
Embora a igreja local seja um grupo social, deve dela tomar parte somente quem demonstrar que nasceu de novo, da água e do Espírito, ou seja, que tenha sido salvo por Jesus. <br />
<br />
É evidente que a igreja local deve ter departamentos e atividades dirigidos às crianças, adolescentes e jovens, quase sempre familiares de membros da igreja local, mas não podemos nos esquecer que tais departamentos e atividades devem ser, sobretudo, evangelizadores.<br />
<br />
É um evangelismo feito dentro das quatro paredes do templo. Entretanto, como Deus não tem neto, mas somente filhos fazem-se necessário, para que estes familiares sejam integrados na igreja local, que, assim como os que são alcançados pela evangelização “externa”, também sejam submetidos a um processo de verificação do novo nascimento nas suas vidas. <br />
<br />
Não se pode levar a batismo alguém única e exclusivamente porque “nasceu em berço evangélico”, mas alguém que, tendo tido a graça de ter nascido em um lar evangélico, encontrou-se com o Senhor Jesus e foi salvo por Ele, dando frutos dignos de arrependimento.<br />
<br />
A “conversão em massa”, ou seja, a integração de pessoas à igreja local sem que se tomem os devidos cuidados para verificação de que se trata de novas criaturas, de pessoas salvas e regeneradas, não traz proveito algum à igreja local nem tampouco à causa do Evangelho. <br />
<br />
O processo de paganização da Igreja, que levou ao surgimento da Igreja Romana e das Igrejas Ortodoxas, do chamado “cristianismo apóstata”, está diretamente relacionado com as “conversões em massa” que passaram a ocorrer no Império Romano depois que Constantino fez cessar as perseguições aos cristãos e demonstrou simpatia pelo Cristianismo.<br />
<br />
A partir de então, muitos, querendo ser “simpáticos” ao poder político, passaram a se “tornar cristãos”, deixando-se batizar e os cristãos, até então perseguidos, inebriados por este crescimento quantitativo e numérico (que acabou por resultar, também, em poder político para os bispos e demais integrantes da cúpula hierárquica das igrejas locais…), caíram na armadilha do adversário e, em pouco tempo, não havia mais diferença alguma entre cristãos e pagãos, com o surgimento das práticas que apenas deram “roupagens cristãs” a crendices e rituais do antigo paganismo. <br />
<br />
Os nossos dias não são diferentes. Muitas igrejas locais e denominações estão como que anestesiadas pelo “aumento do Evangelho”, que nada mais é que um crescimento numérico e quantitativo, acompanhado quase sempre de poderio econômico-financeiro e político, que tem feito muitos se esquecerem de verificar a real transformação das pessoas antes de integrá-las às igrejas locais pelo batismo.<br />
<br />
Muitos, a propósito, chegam a defender que a pessoa pode se batizar tantas vezes quantas achar necessário, como se o batismo nas águas fosse uma banalidade ou um mero banho que precise ser repetido diariamente.<br />
<br />
Ser “evangélico” virou moda e muitos se submetem ao batismo nas águas para “provar” que se converteram e tais conversões apenas têm servido para escândalos e prejuízos ao Evangelho, e, não poucas vezes, servido para encher os bolsos de muitos. <br />
<br />
Outros, na competição desenfreada por cargos e posições nas burocracias eclesiásticas, têm procurado aumentar o número de batizandos em suas igrejas e, para tanto, recorrem a todos os subterfúgios possíveis, como o batismo de crianças e de adolescentes, que nem sequer se conscientizaram do que é o batismo e que é servir a Cristo (e, neste ponto, filhos de crentes são o alvo preferencial…), o batismo imediato de pessoas que se decidiram por Cristo, ainda que não tenham sequer se libertado de seus vícios ou de sua vã maneira de viver, o rebatismo de pessoas de outras denominações, sob as mais absurdas teses e justificativas doutrinárias e, pasmem todos, até mesmo o rebatismo de irmãos da própria denominação, sob a rubrica do “justo motivo”, tão somente para fazer número e apresentar em relatórios. <br />
<br />
A que ponto chegamos, como tem se aviltado uma ordenança de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!<br />
<br />
Urge, portanto, que demos ao batismo nas águas o seu real valor, que o vejamos como o ato final de um processo de integração, como o testemunho público não só do batizando, mas da igreja local, que se está diante de uma ovelhinha de Jesus Cristo, de um ser transformado pelo Evangelho, de uma nova criatura, de alguém que anda na luz de Cristo, que está caminhando para o céu; <br />
<br />
Não nos preocupemos com os números, não busquemos nos enganar a nós mesmos, nem capitulemos à mentira e à hipocrisia, mas façamos do batismo nas águas um instante de realização e de alegria não só do batizando, mas de toda a igreja local, certos de que aquele que está a descer às águas é uma alma que foi arrebatada do poder do mal e que, com a colaboração de toda a igreja local, hoje, publicamente, pode dizer e comprovar que é alguém que está nas mãos do Senhor Jesus e que ninguém poderá arrebatar.<br />
<br />
Com o batismo nas águas, tem-se o completar do trabalho junto ao novo convertido, pois agora, mediante a confissão pública que é visível a toda a sociedade e não só à igreja, tem o aparecimento da plantinha que havia germinado e que o mundo ainda não tinha visto que se tornara uma “nova criatura”.<br />
<br />
Tem-se, então, uma linda manifestação do reino de Deus para toda a humanidade, uma vida transformada, mudada, que agora, publicamente, se manifesta para que todos vejam que Jesus salva e transforma o homem. Temos deixado tal manifestação do reino de Deus se revelar entre nós?<br />
<br />
Atitudes quanto à visita aos novos convertidos<br />
<br />
“Adotar” um novo convertido e acompanhá-lo até que se firme na fé, é o método de maior resultado quando a igreja o leva a sério.<br />
<br />
Como podemos conservar os Novos Convertidos na Igreja?<br />
<br />
1. Através de relacionamentos pessoais.<br />
<br />
2. Fortalecendo o conhecimento da Bíblia, Doutrina e História da Igreja.<br />
<br />
3. Fazendo discípulos:<br />
<br />
a. GANHAR<br />
<br />
b. CONSOLIDAR<br />
<br />
c. DISCIPULAR<br />
<br />
d. ENVIAR<br />
<br />
• Relacionamentos Pessoais<br />
<br />
A vida é constituída de relacionamentos;<br />
<br />
4[quatro] dos 10[dez] Mandamentos falam do nosso relacionamento com Deus;<br />
<br />
Enquanto 6[seis] falam sobre nosso relacionamento com as pessoas;<br />
<br />
Todos os 10[dez] Mandamentos são sobre relacionamentos.<br />
<br />
A vida consiste em AMAR e AMAR só é possível através de RELACIONAMENTOS.<br />
<br />
2- Fortalecendo o conhecimento:<br />
<br />
2.1- Da Bíblia<br />
<br />
A Bíblia é tão essencial para nossa vida como o ar que respiramos, a comida, a água…<br />
<br />
A Bíblia deve ser sempre a primeira e a última palavra em nossa vida;<br />
<br />
A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida;<br />
<br />
Como podemos afirmar que cremos em Deus se não conhecemos a sua Palavra.<br />
<br />
Se dedicarmos 30 minutos de leitura diária da Bíblia em 1[um] ano teremos lido toda a Bíblia; Plano de Leitura da Bíblia em 1[um] ano: ler 3[três] capítulos de segunda à sábado e 5[cinco] capítulos no domingo.<br />
<br />
2.2- Da Doutrina<br />
<br />
Doutrina é tão importante quanto relacionamento;<br />
<br />
É um fundamento, um alicerce bem estruturado para impedir que haja desmoronamentos;<br />
<br />
“Porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.”[Provérbios 4:2]<br />
<br />
2.3- História da Igreja Há igrejas onde tornar-se membro significa apenas adicionar o nome no rol, sem nenhum requisito ou expectativa;<br />
<br />
Seguir a Cristo inclui integrar, não apenas acreditar;<br />
<br />
A igreja é um corpo, não um edifício; um organismo, não uma organização;<br />
<br />
A diferença entre visitar uma igreja e ser membro está no comprometimento;<br />
<br />
Membros se envolvem no ministério e contribuem;<br />
<br />
Visitantes ficam à parte, consomem, querem os benefícios que a igreja traz, sem participar das responsabilidades.<br />
<br />
3- Fazer Discípulos<br />
<br />
“Ide e fazei discípulos”[Mateus 28:19]<br />
<br />
Discipulado é uma proposta neo-testamentária para formar, acompanhar e gerar discípulos;<br />
<br />
No decorrer da história, muitos influenciaram vidas, ganharam e fizeram muitos discípulos;<br />
<br />
Jesus é o nosso supremo exemplo de como recrutar discípulos e multiplicá-los;<br />
<br />
Discipulado é uma maneira de ser, um estilo de vida no expressar da fé, de testemunhar o Evangelho das Boas Novas do Senhor Jesus Cristo.<br />
<br />
4- Acompanhar os Novos Convertidos<br />
<br />
Você evangelizou e ganhou vidas para o Senhor Jesus Cristo.<br />
<br />
Pergunta: E agora, o que eu faço?<br />
<br />
Depois disto é preciso ajudar o Novo Convertido a desenvolver sua fé e firmar seus passos dentro da visão de crescimento espiritual.<br />
<br />
Algumas atitudes necessárias:<br />
<br />
Ser objetivo no propósito da visita;<br />
<br />
Não se demorar demasiadamente;<br />
<br />
Respeitar a liberdade no lar;<br />
<br />
Não discutir assuntos polêmicos, (de caráter político, ciência ou religião);<br />
<br />
Incentivar a ter um momento de oração;<br />
<br />
Orientar para a necessidade de ler a Bíblia;<br />
<br />
Informar da programação de trabalhos da igreja seus dias e horários.<br />
<br />
A salvação é com Jesus, o discipulado é com a igreja. O novo convertido é uma criança na fé. Ela precisa de cuidados espirituais e cuidados especiais nessa faze inicial da caminhada cristã, pois muitas são as suas dúvidas e as indagações. Abandone uma criança ou deixe-a fazer o que julgar certo e veja o resultado, não será nada bom.<br />
<br />
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”<br />
(Mt 28.19,20)<br />
<br />
Infelizmente, poucos "cristãos" preocupam-se com o processo de integração do novo convertido. Sem falar dos que nem geram filhos espirituais, não evangelizam, não vão atrás de uma alma com amor, dedicação, empenho. Existem pessoas que estão anos ou estiveram anos na igreja e disseram que nunca evangelizaram ninguém.<br />
<br />
DE QUE TRATAR NA INTEGRAÇÃO<br />
<br />
a - O "Pai Espiritual deve doutrinar o recém convertido com o seguinte: <br />
<br />
SOBRE CERTEZA DA SALVAÇÃO<br />
<br />
— Muitas vezes o novo crente é alvo dos ataques de Satanás no sentido de segurança da salvação.<br />
<br />
— Portanto devemos dar orientação bíblica da certeza da salvação ao novo crente.<br />
<br />
— Garantia da salvação (Mt 1.21; Jo 3.16; 3.37; 10.9; 11.25; 14.6,17; Rm<br />
6.23; 10.13). Muitas vezes a falta da certeza da salvação é indicação de pecados em sua vida. O orientador espiritual deve abrir a Bíblia e ler (1 Jo 1.9), e explicar o significado do texto enfatizando o termo CONFESSAR. <br />
<br />
O orientador espiritual deve levar o crente a orar silenciosamente, confessando todo pecado de que ele tenha consciência.<br />
<br />
• SOBRE A VIDA DEVOCIONAL<br />
<br />
a) Juntamente com a certeza da salvação que novo crente precisa ter, o orientador espiritual deve também lhe dar orientação a respeito da vida devocional. b) Vida devocional significa: Uma comunhão regular com Deus através da oração, leitura e estudo da Bíblia.<br />
<br />
c) Vida devocional é o tempo que o crente dispensa, cada dia, para cultuar a Deus, recebendo d‘Ele algo para sua vida espiritual.<br />
<br />
d) Ensine essas referências bíblicas ao novo crente, para que ele viva em constante comunhão com Deus.<br />
<br />
- Oração: 1 Ts5.17 Ef 6.18<br />
<br />
- Leitura Bíblica: S1 119.11,12<br />
<br />
- Cultos: Hb 10.25; S1 122; S1 127<br />
<br />
- Louvor: Tg 5.13; At 16.25; S1 104.33; S1 145. 1.2.<br />
<br />
• SOBRE A IGREJA LOCAL<br />
<br />
a) A Igreja não é o prédio, mas é a comunidade cristã, isto é, o grupo dos crentes regenerados.<br />
<br />
b) O novo decidido, desde o momento da sua conversão, faz parte do corpo de Cristo, a Igreja Universal. Mas é preciso que também faça parte da Igreja local.<br />
<br />
c) O verso clássico a respeito desse assunto encontra-se em Hb 10.25. E o exemplo aí é bem claro, que o novo crente precisa da Igreja local para receber dela orientação e dar a ela sua cooperação.<br />
<br />
d) O novo crente precisa da comunhão e da confraternização com outros crentes.<br />
<br />
• SOBRE CONFESSAR CRISTO COMO SENHOR (TESTEMUNHAR)<br />
<br />
a) O orientador espiritual, deve incentivar o recém-convertido a falar logo depois com outras pessoas a respeito de sua conversão.<br />
<br />
Paulo exorta que; é com a boca que o povo crente deve confessar (testemunhar) sua salvação. Leia Rm 10.10.<br />
<br />
b) O novo crente sente-se fortalecido testemunhando sobre o que Cristo fez na sua vida.<br />
<br />
c) O novo crente deve confessar a Cristo. — Confessá-lo publicamente (Mt 10.32).<br />
<br />
d) Diga ao novo crente: "Você é a luz do mundo". (Mt 5.14).<br />
<br />
". . . você é testemunha de Cristo". (At 1.8).<br />
<br />
• QUATRO MEIOS DE EFETUAR A INTEGRAÇÃO DE UM RECÉM-CONVERTIDO<br />
<br />
Encontramos no Novo Testamento quatro métodos diferentes para efetuar a integração; são eles: o contato pessoal; um representante pessoal; a oração pessoal e a correspondência pessoal. Esses quatro métodos são eficientes para a integração do novo crente.<br />
<br />
1 - CONTATO PESSOAL<br />
<br />
Um dos métodos mais eficientes ou eficazes é o contato pessoal. Através de encontros diários, tanto Paulo como o próprio Senhor Jesus ministravam a muitas pessoas. <br />
<br />
Jesus pode conhecer seus discípulos, com suas necessidades e seus desejos, suas fraquezas e pontos fortes, através desse contato pessoal (1 Jo 1.1,2; Lc 6.13; Mc 3.14, At 1.4). <br />
<br />
Paulo viajou pela maior parte da Ásia Menor, mas investiu quase todo seu tempo com poucos homens individualmente. Em At 20.4, lemos que Paulo gastou muito tempo com certos homens. Paulo sabia o valor do Contato Pessoal.<br />
<br />
2 - O REPRESENTANTE PESSOAL<br />
<br />
Às vezes nós não podemos ajudar na integração pessoal do novo crente que nós ganhamos para Cristo. Por exemplo: quando uma pessoa mora em outra cidade, podemos avisar e mandar outro crente em nosso lugar.<br />
<br />
O método mais eficaz é o contato pessoal, mas se isso não for possível, mandar um representante pessoal (fp 2.19.22). b Quando Paulo não podia visitar as Igrejas na Ásia Menor, ele costumava enviar um representante em seu lugar; Timóteo era o representante pessoal de Paulo à Igreja de Filípos.<br />
<br />
3 - ORAÇÃO PESSOAL<br />
<br />
Mais um método muito eficaz de integração que Jesus, como Paulo, usaram, é o da oração pessoal pelos novos convertidos.<br />
<br />
a. Jesus orava muito com os seus discípulos. Ele intercedeu por Pedro, para que a sua fé não desfalecesse (Lc 22.32). Outros exemplos: (Lc 6.12; Jo 17; Ef 1.16,17; 3.14,21; Fp 3.4).<br />
<br />
b. Paulo orava muitas vezes com e pelos seus conhecidos e filhos na fé.<br />
<br />
A maioria de suas cartas começa dizendo que ele orava diariamente por eles.<br />
<br />
4 - CORRESPONDÊNCIA PESSOAL<br />
<br />
A correspondência é excelente recurso para integração.<br />
<br />
a. Cartas de incentivos podem ajudar imensamente um novo convertido (Lc 1.3,4; 2Pe 1.12,15).<br />
<br />
b. Cartas com estudos bíblicos anexos são um exemplo de correspondência pessoal.<br />
<br />
c. Estudos bíblicos através de cartas que podem ser usadas com os novos convertidos:<br />
<br />
— Você tem uma nova vida<br />
<br />
— Convivência com Cristo<br />
<br />
— A vida controlada pelo Espírito<br />
<br />
— Convivência com outros crentes<br />
<br />
— Falando a outros de Cristo<br />
<br />
— Certeza da presença de Cristo<br />
<br />
• COMO PAULO CONSERVOU OS RESULTADOS EM TESSALÔNICA (1 Ts)<br />
<br />
1. Orou por eles: 1.2,3; 3.10.<br />
<br />
2. Escreveu para eles (duas vezes): 1 Ts e 2Ts<br />
<br />
3. Encorajou-os: 1.6,9.<br />
<br />
4. Deu exemplos: 1.5,6; 2.10<br />
<br />
5. Estabeleceu um alvo - andar diariamente diante de Deus-2.12; 4.1.<br />
<br />
6. Gastou-se a si mesmo por eles: 2.8<br />
<br />
7. Relacionou-se com eles: 2.7,9;11<br />
<br />
8. Mostrou-lhes a oposição de satanás: 3.4,5<br />
<br />
9. Mostrou-lhes virtudes para serem alcançadas: Amor 3.12-4.9; Pureza 4.1,7; Honestidade 4.12<br />
<br />
10. Mandou-lhes alguém: 3.6<br />
<br />
11. Ensinou-lhes a viver por valores eternos: 4.16,17<br />
<br />
12. Deu-lhes instrução específica para vida cristã<br />
<br />
13. Escreveu-lhes outra vez para corrigir erros (que descobrimos na segunda carta).<br />
<br />
"Isto é Integração"<br />
<br />
Quando o novo crente está integrado na fé cristã, assistindo e fazendo parte da Igreja local, mesmo assim o trabalho de sua edificação ainda não está completo.<br />
<br />
a. Ele precisa ser discipulado, isto é, ser levado à maturidade Cristã.<br />
<br />
b. Quanto ao discipulado, vamos examinar dois versículos básicos a respeito desse assunto: Leia 2 Tm 2.2 e Cl. 1.27b, 28. Nestes versículos, Paulo está nos dando tarefa de ensinar os homens, com finalidade de nos apresentar perfeitos a Cristo. <br />
<br />
c. A idéia de perfeição aqui não é no sentido de um homem sem pecados, mas de um homem maduro (adulto) em Cristo.<br />
<br />
d. . Para realizarmos o nosso trabalho de discipular um novo crente, é preciso que ele seja alimentado e treinado. Este treinamento inclui:<br />
<br />
e. 1 - Como estudar por si as escrituras.<br />
<br />
2 - Como comunicar o evangelho. <br />
<br />
3 - Como reagir às circunstâncias difíceis na vida cristã.<br />
<br />
d. Se o novo crente depender sempre de outras pessoas para auxiliá-lo no seu estudo bíblico, ele será muito limitado no seu crescimento, ou seja, na maturidade da sua fé cristã.<br />
<br />
e. Junto com o próprio estudo bíblico, o novo crente tem necessidade de aprender como testemunhar o evangelho de Cristo.<br />
<br />
f. É bem claro que para fazer outros discípulos cada crente deve saber como comunicar o Evangelho de Cristo.<br />
<br />
g. E quando o novo crente começa a comunicar o evangelho no poder do Espírito Santo o resultado será mais crentes novos para serem "integrados e discipulados".<br />
<br />
- Como é lindo este ciclo!<br />
<br />
1. Novo Crente<br />
<br />
2. Novo Crente integrado na fé Cristã<br />
<br />
3. Novo Crente treinado para comunicar o evangelho a outros<br />
<br />
4. Outros Crentes Novos.. .<br />
<br />
Isto é Integração, Discipulado, é Multiplicação, é o Grande Plano de Deus!<br />
<br />
Portanto, sabemos que o reinado de Deus se tornou o aspecto mais distintivo do ensinamento moral de Jesus. <br />
<br />
Ele através da sua Igreja conclama as pessoas a arrependerem-se e crerem no evangelho de Deus, implicação essa que se dar no novo nascimento se tornando o velho homem em uma nova criatura (2 Co 5:17).<br />
<br />
É claro como já visto na lição passada que o reinado de Deus já fez sua aparição, se bem que de maneira oculta. Como já estudamos na lição anterior, “Arrepender-se” significa afastar-se do antigo modo de vida para abraçar novo modo de vida sob o reinar de Deus. Nesse novo modo de vida, a fé no evangelho ou boa nova de Deus referente ao reinado desempenha papel central.<br />
<br />
Essa fé, porém não é uma virtude entre outras; é a virtude abrangente pela qual a pessoa percebe a presença oculta do governo régio de Deus. <br />
<br />
Que haja mantimento para os novos convertidos, pois muitos aproveitadores em nosso meio estão invertendo os valores, ou seja, preocupam e investem mais em crescimento do que em amadurecimento. E não são poucos os que estão se escandalizando.<br />
<br />
Que Deus tenha misericórdia de nós!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-16015039827514396452012-01-06T16:58:00.000-08:002012-01-06T16:58:13.669-08:00Você sabe o que é “Janela 10/40?Por: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
<br />
<br />
*<br />
Você sabe o que é “Janela 10/40?<br />
<br />
No centro do nosso mundo vive um grande numero de povos não alcançados, compreendidos numa porção retangular, identificada como “Janela 10-40”.<br />
<br />
Aproximadamente 95% das pessoas menos alcançadas pelo evangelho são habitantes da Janela 10-40; e entre os 52 países menos evangelizados do mundo 31 estão nela, são 62 países na janela com 3,8 bilhões de pessoas, das quais 1,8 bilhões nunca ouviram de Cristo, Cristianismo ou Evangelho.<br />
<br />
O mundo tem 6,5 bilhões de habitantes em 252 países e 60% da população mundial vive na Janela 10-40; os países da janela são também em sua maioria os de maior intolerância aos cristãos e ao evangelho; Numa lista das 50 maiores cidades do mundo, todas estão na Janela; 81% dos mais pobres do mundo também estão na Janela 10-40, são eles 26% da população mundial, e em sua maioria os habitantes dela são adeptos do Islamismo, Hinduismo e Budismo.<br />
<br />
O termo “Janela 10-40” originou-se com Luis Bush durante a 2ª conferencia de Lausanne, em Manilla, em julho de 1989.<br />
<br />
Esta região do mundo, antes conhecida como “Cinturão de Resistência”, estende-se desde o oeste da África até o leste da Ásia, sendo 10 graus de longitude e 40 de latitude acima da linha do Equador.<br />
I. Algumas razões para focalizarmos a “Janela 10-40”:<br />
<br />
1. O Significado Bíblico e histórico desta área; Este é o lugar onde Deus colocou Adão e Eva como moradores.<br />
<br />
2. A predominância da pobreza.<br />
Mais de 95% dos pobres menos evangelizados do mundo vivem na “Janela 10-40”.<br />
<br />
3. O Maior grupo de mega povos etnolinguísticos (Mais de Um milhão vivem na janela). De fato mais de 90% dos indivíduos desses grupos populacionais vivem na “Janela 10-40”.<br />
<br />
4. As fortalezas de Satanás estão concentradas na “Janela 10-40”. Bilhões de pessoas que vivem na janela não só sofrem com enfermidades, pobreza, calamidades mais também tem sido impossibilitada de conhecer o poder do Evangelho Transformador.<br />
<br />
Vamos profetizar que todos estes pontos negativos já caíram por terra<br />
<br />
Nem todos os crentes sabem que no mundo ainda há povos completamente ignorantes da existência de Jesus Cristo e seu plano redentor. Poucos se importam em saber que hoje no oriente há cristãos presos e sendo torturados por causa de sua fé. Quantos têm um programa intensivo de oração pelos povos não alcançados pelo evangelho? Saber que há povos cometendo suicídios e guerras, por falta de esperança ou fanatismo, não é um assunto que interessa a todos os cristãos.<br />
<br />
Os cristãos no mundo estão direcionando apenas 1,2% do seu fundo missionário e de seus missionários estrangeiros para bilhões de pessoas que vivem no mundo evangelizado. No mundo ainda há dezenas de país com suas portas total ou parcialmente fechadas à entrada de missionários. Há 28 países muçulmanos (sem incluir seis da antiga união soviética), 7 nações budistas, 3 Marxistas e 2 países hindus, formando o maior aglomerado de povos não alcançados.<br />
<br />
II. Porque evangelizar os povos da Janela 10/40<br />
<br />
- Porque ali vive o maior número de povos não alcançados pelo evangelho. Cobre 1/3 total do planeta e representa 2/3 da população do mundo. São cerca de 3,2 bilhões de -pessoas em 61 países.<br />
<br />
- Porque ali está a maioria dos seguidores das 3 maiores religiões do mundo: Islamismo, Budismo e Hinduismo.<br />
<br />
- Porque dos 50 países menos evangelizados do mundo 37 estão nessa área.<br />
<br />
- Porque as maiores Capitais do mundo estão nessa região.<br />
<br />
De acordo com os missiólogos, há diversidades no número de povos não alcançados pelo evangelho hoje. Para Ralph Winter, há 17 mil povos não alcançados e 12 mil línguas. David Barrete declara que são 11 mil o número total de povos não alcançados. Bob Waymire também arrola 11 mil povos diferentes no mundo. Patrick Johnstone avalia em 12.017 o total de povos não alcançados em todo o mundo. Subtraindo desse número os povos entre os quais há cristãos, missionários de fora e autóctones, restam apenas 1.200 povos a serem alcançados. Em sua perspectiva, 99% da população do mundo serão cobertos, inteiramente, com a mensagem do evangelho se ela for transmitida, nomáximo, entre 400 e 500 línguas diferentes.<br />
<br />
Então concluímos que missões, ainda não é um assunto sério para muitas igrejas. Enquanto templos são enfeitados e grande parte do tempo é utilizada para inúmeros programas, missões é ocasional, ainda não é assunto íntimo.<br />
<br />
III. O Mundo dos povos não alcançados<br />
Segundo alguns estudiosos, temos aqui algumas estatísticas: - Cada hora 10700 crianças nascem e morrem sem escutar as Boas Novas em países da Janela 10/40;<br />
- Cada hora de esforço missionário resulta em 9.800 pessoas escutando o evangelho pela primeira vez;<br />
- O resultado é a redução no mundo não evangelizado de 500 pessoas a cada hora, ou pouco mais que 4 milhões de pessoas por ano.<br />
- 9 em cada 10 países mais pobres do mundo estão na África e 8 destes são parte do mundo menos evangelizado.<br />
<br />
(Extraído do Jornal Paixão pelas Almas - SEMIPA<br />
<br />
IV. Os Países da Janela:<br />
<br />
01 - KUWAIT<br />
Localização: Golfo Pérsico 5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas Evangelismo Restrito <br />
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02 - IRÃ<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
03 - EGITO<br />
Localização: Oriente Médio 0,8% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
04 - ISRAEL<br />
Localização: Oriente Médio0,35% de Cristãos evangélicos Predominante: Judeus e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
05 - BRUNEI Localização: Sudoeste da Ásia 0,6% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Budistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
06 - LÍBIA<br />
Localização: Norte da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
07 - SOMÁLIA<br />
Localização: Leste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
08 - BANGLADESH<br />
Localização: Ásia Central 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus Evangelismo Restrito <br />
<br />
09 - BURKINA-FASO<br />
Localização: Oeste da África 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Animistas e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
10 - UZBEQUISTÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito <br />
<br />
11 - TADJIQUISTÃO<br />
Localização: Leste Asiático 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito <br />
<br />
12 - LÍBANO<br />
Localização: Oriente Médio 4,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas Evangelismo Permitido <br />
<br />
13 - MALÁSIA<br />
Localização: Sul da Ásia 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos, alguns Budistas e Hindus Evangelismo Restrito <br />
<br />
14 - PAQUISTÃO<br />
Localização: Oeste da Ásia 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
15 - ÍNDIA<br />
Localização: Ásia Central 1% de Cristãos evangélicos Predominante: Hindus e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
16 - BUTÃO<br />
Localização: Ásia Central 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
17 - MALI<br />
Localização: Oeste da África 0,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e algumas Crenças Tradicionais Evangelismo Permitido <br />
<br />
18 - NEPAL<br />
Localização: Ásia Central 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Hindus e alguns Budistas Evangelismo Restrito <br />
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19 - CHINA<br />
Localização: Leste da Ásia 4% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Folclóricos Chineses Evangelismo Restrito <br />
<br />
20 - QATAR<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,007% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido<br />
<br />
21 - OMÃ<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Evangelismo Proibido <br />
<br />
22 - NIGÉRIA<br />
Localização: Oeste da África 17% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Animistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
23 - MAURITÂNIA<br />
Localização: África do Norte 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
24 - ARÁBIA SAUDITA<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,007% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
25 - AZERBAIJÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,003% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
26 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,7% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
27 - DJIBUTI<br />
Localização: Leste da África 0,03% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
28 - TURQUEMENISTÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito<br />
<br />
29 - KAZAQUISTÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,004% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito <br />
<br />
30 - MALDIVAS<br />
Localização: Centro Sul Asiático 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
31 - SUDÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Animistas Evangelismo Restrito<br />
<br />
32 - GUINÉ<br />
Localização: Oeste da África 0,75% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Animistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
33 - BENIN Localização: Oeste da África 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Crenças Tradicionais e alguns Muçulmanos Evangelismo Permitido <br />
<br />
34 - ALBÂNIA<br />
Localização: Sul da Europa 5% de Cristãos evangélicos Predominante: Ortodoxos e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
35 - IEMEM<br />
Localização: Oriente Médio 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
36 - ETIÓPIA<br />
Localização: Leste da África 10% de Cristãos evangélicos Predominante: Ortodoxos, Sunitas e Crenças Tradicionais Evangelismo Permitido <br />
<br />
37 - TUNÍSIA<br />
Localização: Norte da África 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
38 - JORDÂNIA<br />
Localização: Oriente Médio 0,4% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
39 - AFEGANISTÃO Localização: Leste da Ásia 0,2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
40 - TAILÂNDIA<br />
Localização: Sudoeste da Ásia 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
41 - INDONÉSIA<br />
Localização: Norte da Ásia 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus Evangelismo Restrito <br />
<br />
42 - MARROCOS<br />
Localização: Norte da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
43 - VIETNÃ<br />
Localização: Sudoeste da Ásia 0,6% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e Crenças Tradicionais Evangelismo Restrito <br />
<br />
44 - MYANMAR<br />
Localização: Sudoeste da Ásia 4% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e alguns Muçulmanos Evangelismo Permitido <br />
<br />
45 - CAMBOJA<br />
Localização: Sul da Ásia 0,05% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
46 - SENEGAL<br />
Localização: Oeste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
47 - JAPÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Shinto / Budistas Evangelismo Permitido <br />
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48 - NIGÉR<br />
Localização: Oeste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Animistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
49 - LAOS<br />
Localização: Sudoeste da Ásia 1,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas Evangelismo Restrito <br />
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50 - IRAQUE<br />
Localização: Golfo Pérsico 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas Evangelismo Restrito <br />
<br />
51 - TAIWAN<br />
Localização: Leste da Ásia 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Folclórica Chinesa e alguns Sunitas Evangelismo Permitido <br />
<br />
52 - TIBET<br />
Localização: Oeste da China 0,02% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas Evangelismo Restrito <br />
<br />
53 - TURQUIA<br />
Localização: Oeste da Ásia 0,03% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Restrito <br />
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54 - SÍRIA<br />
Localização: Oriente Médio 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
55 - GUINÉ-BISSAU<br />
Localização: Oeste da África 1,2% de Cristãos evangélicos Predominante: Animistas e alguns Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
56 - QUIRQUISTÃO<br />
Localização: Leste da Ásia 0,003% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito <br />
<br />
57 - SAARA OCIDENTAL<br />
Localização: Norte da África 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Evangelismo Proibido <br />
<br />
58 - SRI LANKA<br />
Localização: Ásia Central 0,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas, alguns Hindus e Muçulmanos Evangelismo Restrito <br />
<br />
59 - BANRAI<br />
Localização: Golfo Pérsico 1,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus Evangelismo Proibido<br />
<br />
60 - ARGÉLIA<br />
Localização: Norte da África 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas Evangelismo Proibido <br />
<br />
61 - CORÉIA DO NORTE<br />
Localização: Leste da Ásia 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Crenças Tradicionais Evangelismo Proibido <br />
<br />
62 - MONGÓLIA<br />
Localização: Centro-Norte da Ásia 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Crenças Tradicionais Evangelismo Restrito<br />
<br />
QUEM PODE EVANGELIZAR OS POVOS DA JANELA 10/40<br />
<br />
Então, os que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão se espalharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, . . .. Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos, anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e muitos, crendo, se converteram ao Senhor (Atos 11:19-21).<br />
<br />
A expansão da Igreja em Atos não foi feita apenas por ministros profissionais como Pedro e Paulo. Foi feita por cristãos fiéis, dispostos a perderem seus empregos, seus lares e sua vida normal por causa da sua fé em Jesus Cristo como o Salvador e Senhor verdadeiro. Fugiram da perseguição, mas não ficaram amedrontados e calados. Anunciavam o Evangelho e a mão do Senhor estava com eles! <br />
<br />
Ronaldo Lidório, missionário em Gana, disse que os povos mais fáceis de alcançar já foram contatados. Restam agora os mais difíceis, onde muitos dos quais, com certeza, existem dentro da Janela 10/40. O evangelista nesta região tem que ser fiel, disposto a negar-se a si mesmo e ter a “mão do Senhor sobre ele”. Este missionário, nos campos difíceis, precisa de uma clara direção de Deus e da poderosa manifestação da Sua presença e benção na vida dele.<br />
<br />
Estatísticas ao Contrário <br />
Conforme estatísticas recentes,[1] o Brasil perde um quarto da sua força missionária a cada três anos. As razões principais são <br />
<br />
(1) a falta de preparo,<br />
<br />
(2) o baixo nível de compromisso,<br />
<br />
(3) os problemas pessoais e sociais e a <br />
<br />
(4) falta de apoio das suas igrejas no Brasil.<br />
<br />
O missionário que trabalha na Janela 10/40 especialmente precisa superar estes problemas. Além da dificuldade e resistência inerentes na região, muitos vão trabalhar como “fazedores-de-tendas”, ou profissionais seculares, como aqueles primeiros missionários espalhados pela perseguição em Jerusalém. Mesmo assim, o candidato precisa ter certeza de que estas qualificações não faltam, para que ele também não entre na estatística de desistência.<br />
<br />
Padrões Bíblicos <br />
<br />
No capítulo onze de Atos, acima citado, temos o relato da história tremenda da primeira expansão da Igreja de Jesus Cristo. A Igreja de Jerusalém tinha crescido rapidamente, pelo poder do Espírito Santo atuando na vida dos seus apóstolos, diáconos e membros. Pedro relata a sua experiência na casa de Cornélio, um gentio que aceitou o Evangelho e recebeu a aprovação do Espírito Santo. Anteriormente, Pedro precisou ter uma visão sobrenatural para entender a ordem de Deus para evangelizar os gentios.<br />
<br />
Resumindo para os irmãos em Jerusalém, Pedro disse que “Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida” (11:18). Uma parte forte da mensagem do Evangelho foi o arrependimento, que levava ao perdão e a vida, algo que aqueles primeiros missionários tinham experimentado e compreendido.<br />
<br />
Logo começou a complicar mais para a Igreja. Os mesmos que mataram Jesus, começaram a perseguir e a matar os Seus seguidores. Os crentes foram espalhados, deixando tudo para trás, mas firmes na convicção e compromisso com a nova fé em Jesus como Messias e Salvador. Tal foi o impacto que alguns, que tinham mais contato com gentios, começaram a falar com eles também. Os gregos se ajuntaram às igrejas, e este fato chegou logo aos ouvidos dos Apóstolos em Jerusalém. <br />
<br />
Enviaram um homem aprovado, experiente e de confiança para verificar o que se passava em Antioquia. Quando chegou, podia ver que Deus estava atuando. Ele ficou para dar os ensinos mais profundos e estabelecer a igreja, com a ajuda de Saulo. A igreja de Antioquia cresceu com o ministério dos evangelistas fieis e dos mestres com conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. Em pouco tempo se tornou a igreja enviadora de missionários, e capaz de continuar o trabalho sem os seus dois principais líderes.<br />
<br />
A Janela 10/40 também precisa receber homens e mulheres que experimentaram uma profunda experiência de arrependimento e salvação, e precisa também de homens e mulheres que possam ensinar as verdades mais profundas do Evangelho.<br />
<br />
Características do Missionário à Janela 10/40 <br />
<br />
A PRIMEIRA CARACTERÍSTICA DO MISSIONÁRIO, para qualquer lugar, é que tenha experimentado o “arrependimento para vida”. Não pode ser um “crente”, membro de igreja, que nunca chegou a reconhecer o seu pecado e a profunda necessidade da salvação em Cristo. Quem de verdade é salvo demonstra o fruto do Espírito e vive uma vida de humildade, pois sabe de onde veio. Ama os outros, porque experimentou o grande amor de Deus na sua vida. Perdoa as falhas dos outros, mesmo como ele foi perdoado por Deus.<br />
<br />
Além destas características “normais” do crente em Cristo, o missionário precisa também ter um CONHECIMENTO PROFUNDO DA PALAVRA DE DEUS. Quem vai para a Janela 10/40 vai encontrar pessoas de religiões formadas e articuladas. Muitos são evangelistas das suas próprias crenças e sabem combater o cristianismo. Muitos têm ódio de cristãos. No entanto em primeiro lugar o missionário vai precisar explicar o Evangelho para estas pessoas, com sabedoria. Em segundo lugar, ele vai precisar instruir na fé cristã as pessoas que aceitam o Evangelho.<br />
<br />
Capacidade e conhecimento para poder explicar a história bíblica, os conceitos de Deus, o significado da vinda, morte e ressurreição de Jesus Cristo, e o papel da igreja no mundo de hoje é essencial para qualquer missionário. Precisam estar aptos a ensinar o verdadeiro significado do texto bíblico, aplicando-o na vida do novo crente e demonstrando esta aplicação na sua própria vida e na vida do outro.<br />
<br />
Uma terceira característica de quem quer servir o Senhor nos campos missionários, é UMA VIDA DE COMUNHÃO COM DEUS. Um período devocional regular, submissão e busca da presença e vontade de Deus (Pedro ouviu o Espírito “falar” com ele [Atos 11:12]) devem fazer parte do cotidiano do missionário. Qualquer servo do Senhor tem que reconhecer que é Ele quem capacita e dirige. É o Espírito Santo em Atos 1:8 que vai dar o poder para testemunhar tanto em Jerusalém como até aos confins da terra!<br />
<br />
A vida espiritual, comunhão com Deus, dependência no Espírito Santo são essenciais para alguém que vai trabalhar às vezes sozinho, cercado por pessoas convictas de outras religiões e por um ambiente muitas vezes carregado da influência das trevas.<br />
<br />
Estas características são desenvolvidas e reconhecidas dentro do contexto da igreja local. Um seminário ou instituto bíblico podem e devem ajudar especialmente na área de conhecimento bíblico, mas não substituem as bases formadas no convívio da igreja.<br />
<br />
O missionário deve ter tido UMA BOA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO E MINISTÉRIO NA SUA IGREJA DE ORIGEM.<br />
<br />
O ministério prático é essencial para o futuro missionário. Ele precisa ter experiência no evangelismo, no ensino da Palavra, no discipulado e na expressão do papel da igreja local. Precisa ser acompanhado por pessoas maduras que ajudam a moldá-lo conforme os padrões bíblicos. Infelizmente, muitas vezes as igrejas enviam jovens para os seminários e depois esperam que voltem como ministros formados e capacitados! Esquecem que é dentro do contexto da igreja local que o ministro é formado de verdade, com a ajuda importante do seminário.<br />
<br />
Muitos irão para a Janela 10/40 como profissionais seculares. Nisto a igreja e a Junta precisam verificar O PREPARO E A CAPACIDADE PROFISSIONAL. Não podemos esperar que alguém que fez auxiliar de enfermagem se torne uma enfermeira chefe no campo missionário. Devemos investir nas pessoas para que tenham as melhores credenciais profissionais possíveis, se tornando exemplos e podendo treinar outros.<br />
<br />
Finalmente este missionário precisa ter CONHECIMENTO MISSIOLÓGICO. Soube de alguém que foi para as Filipinas ser missionário. Saiu do avião e descobriu que não se fala português por ali! Há muitas pessoas dedicadas, aprovadas nas suas igrejas de origem, e desejosas de servir ao Senhor a qualquer custo, que não conseguem fruto no campo missionário transcultural porque nunca estudaram sobre choque cultural, comunicação transcultural ou os costumes e significados dos povos onde vão trabalhar.<br />
<br />
Nós naturalmente enxergamos o mundo através dos nossos preconceitos e pressupostos culturais. Portanto julgamos as outras culturas conforme nossos critérios e evangelizamos discipulamos e implantamos igrejas de forma brasileira, às vezes, mais do que de forma bíblica, e muitas vezes de forma estranha e fora da compreensão dos recipientes.<br />
<br />
Este preparo missiológico exige tempo, pois necessita efetuar transformações na cosmovisão e compreensão do missionário. Exige profundo conhecimento da Bíblia e profundo conhecimento de si mesmo e da sua própria cultura, para poder distinguir entre os dois. E exige estudos de culturas recipientes, para podermos viver, comunicar e trabalhar num ambiente transcultural, sem maiores transtornos e confusões.<br />
<br />
Quem pode ir para a Janela 10/40? Alguém sensível e sensato. Alguém com convicção das verdades cristãs. E alguém que sabe ensinar e aplicar estas maravilhosas verdades de forma relevante em outro contexto. Talvez a palavra chave e, para alguns surpreendentes, para tudo que temos falado é humildade. O missionário precisa de humildade diante de Deus e da Sua Palavra para a <br />
<br />
O Papel da Igreja Enviadora <br />
<br />
“Quem pode ir para a janela 10/40?” A resposta é que podem ir pessoas qualificadas na sua vida espiritual, no seu caráter, no seu ministério e na sua profissão. Essencial em tudo isto é a igreja local. A pessoa que pode ir para este campo difícil é a pessoa que tem a aprovação e o firme apoio da sua igreja local.<br />
<br />
Às vezes é fácil pensar que tendo o sustento da sua própria profissão, não precisa da aprovação ou apoio da igreja local ou de uma agência missionária. Mas, quem vai para a Janela 10/40 - aquele campo mais difícil - precisa acima de tudo do apoio espiritual, emocional e missiológico de sua igreja e de uma junta missionária. Precisa de pessoas que possam oferecer uma rede comprometida de oração, orientação estratégica e logística no campo e contato constante com pessoas que darão seu amor, compreensão e compaixão pelas lutas, desafios e vitórias obtidas no campo.<br />
<br />
Com certeza temos um papel importante na Janela 10/40, como em muitos outros lugares no mundo. Vamos enviar pessoas escolhidas e preparadas por Deus para levar a mensagem do Evangelho e fazer discípulos fiéis a Ele.<br />
<br />
Que Deus nos ajude a cooperar com esta obra; existem três formas:<br />
<br />
A. Orando;<br />
B. Indo;<br />
C. Contribuindo.<br />
<br />
Façamos cada um de nossa parte na obra missionária.<br />
<br />
Fique na Paz do Senhor Jesus. Amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-74270892861582112702012-01-06T16:55:00.000-08:002012-01-06T16:55:24.643-08:00Frases MissionáriasPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Meus amados irmãos em Cristo jesus a Paz do Senhor!<br />
<br />
Dedico esta série de frases a todos aqueles que tem no coração o ardente desejo missionário de ir pelo mundo afora para anunciar a Cristo; para aquele que não podem ir mas contribuem para o sustento das missões, e até mesmo para aqueles que não podem ir, não podem contribuir, mas, oram constantemente para que as almas sejam alcançadas pela pregação do evangelho através dos missionários.<br />
<br />
Vamos acompanhar:<br />
<br />
GRANDE COMISSÃO OU GRANDE OMISSÃO?<br />
"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. Jesus Cristo<br />
<br />
“O problema do sustento da obra missionária não está na economia, mas sim na falta de compromisso da Igreja brasileira em relação aos seus missionários”.<br />
Júlio Cezar T. Machado<br />
<br />
"O maior clamor missionário atual é: Quem nos enviará? Quem há de ficar nos sustentando?”.<br />
Julio Cezar T. Machado<br />
<br />
"Coloque missões em primeiro lugar e Deus dará as coisas necessárias”.<br />
Edison Queiroz<br />
<br />
“Nós temos que nos tornar na mudança que queremos ver”.<br />
Mahatma Gandhi<br />
<br />
"Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário”.<br />
David Livingstone<br />
<br />
"A igreja que não evangeliza se fossiliza”.<br />
Autor desconhecido<br />
<br />
"Apoiar um trabalho missionário é um grande desafio aceito apenas por aqueles que são portadores de uma grande visão”.<br />
Olinto de Oliveria, Missionário na China<br />
<br />
"Contribua de acordo com a sua renda para que Deus não transforme a sua renda de acordo com a sua contribuição”.<br />
Peter Marshall<br />
<br />
"Meu destino é proclamar a mensagem sem me importar com as conseqüências pessoais para mim mesmo”.<br />
Conde Zinzendorf<br />
<br />
"É raro ver o sustento de pastores locais ser cortado ou diminuído, mas isto é comum na vida de missionários. É isto justo?”. <br />
David Botelho<br />
<br />
"É inconcebível imaginar que pastores locais devem ser desafiados para missões transculturais quando isto é ordem de nosso Senhor Jesus”. <br />
David Botelho<br />
<br />
"A tarefa suprema da Igreja é a evangelização do mundo”.<br />
Oswald Smith<br />
<br />
“A minha paróquia é o mundo”.<br />
John Wesley<br />
<br />
"Se Deus chamar você para ser um missionário não se incline na idéia de ser o rei da Inglaterra”.<br />
Jordan Grooms<br />
<br />
"Se você acredita no que você gosta no Evangelho e rejeita aquilo que quiser, então você não acredita no Evangelho, mas em si mesmo”.<br />
Agostinho<br />
<br />
"Missões se fazem com os pés dos que vão, com os joelhos dos que ficam e com as mãos dos que contribuem”.<br />
Oswald Smith<br />
<br />
"Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício que eu fizer por Ele pode ser grande demais”.<br />
C.T. Studd<br />
<br />
"A igreja que deixa de ser evangelística em breve deixa de ser evangélica”.<br />
Alexander Duff<br />
<br />
"Não creio em métodos de fundar igrejas, mas sim em levar almas a Cristo, pois não plantamos florestas, mas sim árvores e estas vão formar florestas. Vidas salvas formam as igrejas”.<br />
Zekar Tanyar – Pr. Turco<br />
<br />
“Todo pastor é um missionário, sustentado por Deus por intermédio do seu povo, e não amar e investir em uma consciência missionária em seu rebanho é dar um tiro no pé”.<br />
<br />
Antônio Mendes Gonçales<br />
<br />
"Uma visão sem ação é somente um sonho. Uma ação sem visão é apenas um passatempo. Uma visão com ação pode transformar o mundo”.<br />
Autor desconhecido<br />
<br />
"Somente quando a Igreja cumpre sua obrigação missionária é que justifica a sua existência”.<br />
Autor desconhecido<br />
<br />
"Se Deus quer a evangelização do mundo, mas te recusas a sustentar missões, então te opões à vontade de Deus”.<br />
Oswald Smith<br />
<br />
“Meu destino é proclamar a mensagem, sem me importar com as conseqüências pessoais para mim mesmo”.<br />
Zinzendorf<br />
<br />
“A questão não é quanto do meu dinheiro darei a Deus e sim quanto do dinheiro de Deus reservarei para mim”.<br />
Autor desconhecido<br />
<br />
Que o Senhor esclareça melhor as nossas mentes quanto ao dever de contribuir e cooperar com as missões visando a expansão do Reino de Deus na terra em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-86077273814207515922012-01-06T16:53:00.001-08:002012-01-06T16:53:37.699-08:00AS MISSÕES TRANSCULTURAISPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
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AS MISSÕES TRANSCULTURAIS (Jo 20.21)<br />
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A palavra missão vem do latim "missione", que por sua vez, vem do verbo latino "mittere", que significa "enviar".<br />
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Jo 20.21, "Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós". O verbo "enviar" no original grego é "apostellô", de onde vem a palavra apóstolo. O verbo na versão latina desta palavra, como já vimos, é "mittere" (missione). Portanto, a palavra "missão", significa o ato de "enviar" alguém para uma determinada tarefa.<br />
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Missão é tudo aquilo que fazemos na qualidade de enviados por Jesus, e que reproduz exatamente aquilo que Ele fez, enquanto esteve entre nós. Nesta noite, queremos falar sobre "Missões Transculturais", que nada mais é do que fazermos missões para além das fronteiras de nossa nação.<br />
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Não podemos falar sobre missão transcultural sem pelo menos tentar entender o que é cultura. Muitas vezes dizemos que fulano tem muita cultura porque ele ouve música clássica, gosta de teatro ou sabe usar todos os garfos e colheres que estão na mesa durante um jantar sofisticado. E dizemos que uma pessoa não tem cultura quando não se comporta de modo "civilizado". Cultura, no entanto envolve toda a criação humana. Ela é constituída do estilo de vida de toda uma sociedade, ou de um grupo especifico dentro da mesma.<br />
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Portanto, quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da lingüística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais e morais.<br />
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É difícil para muitos, falar sobre a tarefa da missão transcultural, quando muitas outras tarefas ainda continuam, diante da Igreja de Deus, por serem realizadas em nosso próprio contexto e local. Aquilo que é necessário ser feito localmente, tanto dentro como fora da igreja, demanda muito tempo e esforço das comunidades, acabando por ofuscar a visão das mesmas para a tarefa mais importante da Igreja, nesta virada de século e milênio, que é a evangelização transcultural.<br />
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Conseqüentemente, nós poderíamos dizer que o resultado desse tipo de atitude é que 25% da população mundial, ou seja, 1,5 bilhões de pessoas, nunca ouviram do evangelho sequer uma vez. Porém, se falarmos em número de povos, vamos descobrir que da tabela dos 11.874 povos, 3.915 deles nunca ouviram do evangelho. E o que dizer das 240 tribos indígenas brasileiras, das quais 126 não possuem presença missionária evangélica, enquanto que 06 têm situação indefinida. Será que estas pessoas não o direito de ouvir pelo menos uma vez na vida a mensagem de salvação?<br />
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É nesse sentido que a missão transcultural e/ou a evangelização transcultural deve ser a mais alta prioridade no evangelismo, hoje. Precisamos alcançar estes 1,5 bilhões de pessoas que estão distantes culturalmente de nós e que nunca ouviram as boas novas de salvação em Cristo Jesus. Tornar a igreja acessível para cada um desses povos e permitir que eles entendam claramente a mensagem e tenham condição de respondê-la positivamente é nossa missão.<br />
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O Deus da Bíblia é o Deus da História. Ele tem um propósito para ela. A Bíblia toda é clara quanto a isso e descreve este propósito do inicio ao fim. Se crermos que a Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis ao Apocalipse ela nos revela o amor de Deus pelas nações da terra. (Gn.12:3b; Is.49:6; Apoc.5:9)<br />
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Acompanhe comigo este documento emitido e Produzido pela equipe de Missões da Assembléia de Deus Templo Central do Distrito Industrial de Maracanaú-CE Acesse: www.alistamento.rg.com.br<br />
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“MISSÃO TRANSCULTURAL Muito além de Jerusalém. At 1:8<br />
25% OU 1,5 BILHÃO DE PESSOAS NUNCA OUVIRAM O EVANGELHO MUNDO: 6 BILHÕES DE PESSOAS 1.500.000.000 DE PESSOAS!<br />
NO BRASIL SÃO 188 MILHÕES DE HABITANTES FONTE: IBGE<br />
O NÚMERO DE PESSOAS NÃO ALCANÇADAS PELO EVANGELHO SÃO QUASE 8 VEZES O BRASIL<br />
IMAGINE A CENA<br />
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Um templo no segundo país mais populoso do mundo, a Índia, cheio de flores e oferendas. Os fiéis chegam com seus sacrifícios e alimentos para o seu DEUS. O culto vai começar. Começam com hinos e louvores ao seu DEUS, como nós adoramos, eles adoram. Do jeito que ofertamos, eles ofertam. Como nós cremos nas bênçãos, eles também crêem. Tudo muito parecido, até o DEUS deles está vivo e eles também podem ter contato com o seu DEUS! Tudo muito normal, se o DEUS deles não começassem a sair por buracos nas paredes, um por cima dos outros, para receberem os louvores, beberem o leite da oferenda e entrarem em contato com seus adoradores. Que cena! Se o DEUS deles, irmãos, não fossem RATOS...<br />
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Isso mesmo! Aqueles bichinhos nojentos que vivem nos esgotos. Mas não se engane, nesse templo da Índia eles são os DEUSES, tão poderosos que os adoradores crêem que se comerem e beberem a mesma comida deles e, muitas vezes, ao mesmo tempo, terão benção para o resto da vida. Comem, bebem e se deitam com o seu DEUS. Quanto mais perto ficarem dele, melhor. E o pior, o número de adoradores cresce todos os dias, as crianças são ensinadas a fazerem o mesmo, e fazem...<br />
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Imaginaram essa cena desastrosa e cruel? Pois é, isso existe e ta acontecendo agora mesmo enquanto você lê esse texto.<br />
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Não seria egoísmo demais não querer que esses povos não sejam alcançados, como nós fomos algum dia? Se nós achamos absurdo o que fazem, e sentimos pena ou compaixão desses povos imagine então quantos outros mais estão nessa mesma situação de perdição e cegueira espiritual.<br />
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ISSO ESTÁ ACONTECENDO AGORA MESMO. É REAL!<br />
JANELA 10/40<br />
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MISSÃO TRANSCULTURAL ALGUNS PERGUNTAM: POR QUE TEMOS QUE SAIR DAQUI PARA IR PARA LÁ? “ JÁ NÃO TEMOS PROBLEMAS DEMAIS PARA SE RESOLVER AQUI?”<br />
AQUI JÁ EXISTEM VÁRIAS POSSIBILIDADES PARA SE ESCUTAR O EVANGELHO<br />
JÁ EXISTEM IGREJAS EM QUASE TODOS OS LUGARES E PRA TODOS OS GOSTOS...<br />
POR EXEMPLO: SÓ NO INDUSTRIAL TEM MAIS DE 7 IGREJAS (ASSEMBLÉIAS, BATISTA, ADVENTISTA, BETESDA, CATÓLICAS.)<br />
AQUI AS PORTAS ESTÃO ABERTAS PARA O EVANGELHO, DIFERENTE DE MUITOS PAÍSES DO MUNDO RESPOSTA POR LÁ NÃO EXISTEM POSSIBILIDADES DE SE OUVIR<br />
O EVANGELHO NÃO EXISTEM IGREJAS, NEM CRENTES, NEM AO MENOS ACESSO À BÍBLIAS!<br />
MUITAS VEZES ELES NÃO TÊM ACESSO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, COMO RÁDIO E TV OU SÃO MANIPULADOS PELO GOVERNO.<br />
AS PORTAS AINDA ESTÃO FECHADAS PARA O EVANGELHO, OS GOVERNOS SÃO RADICAIS E NA MAIORIA DOS CASOS CONTRA A CONVERSÃO AO CRISTIANISMO!<br />
E ESQUECEMOS QUE POR AQUI, SÓ NO NOSSO CAMPO, EXISTEM CERCA DE 1.000 MISSIONÁRIOS DISPONÍVEIS PARA A MISSÃO LOCAL ÀS VEZES ESCUTAMOS IRMÃOS QUESTIONANDO O ENVIO DE 9 MISSIONÁRIOS PARA A ÁFRICA<br />
QUEM VAI AJUDAR A ESSES?<br />
JESUS PERGUNTA: A QUEM ENVIAREI?<br />
ENTÃO A MISSÃO LOCAL NÃO É MAIS FUNDAMENTAL? CLARO QUE É FUNDAMENTAL!<br />
MAS NA MISSÃO LOCAL JÁ TEM MUITA GENTE BOA CUIDANDO DISSO LEMBREMOS QUE ELES NÃO TÊM NINGUÉM PARA FALAR DO AMOR DE DEUS, COMO ACONTECEU CONOSCO! QUEREMOS QUE TAMBÉM TENHA MUITA GENTE BOA CUIDANDO DA MISSÃO TRANSCULTURAL<br />
NÃO SERIA EGOÍSMO DE NOSSA PARTE NÃO AJUDAR PARA QUE ELES TAMBÉM SEJAM ALCANÇADOS COMO NÓS FOMOS?<br />
O TEMPO CHEGOU! A PRIORIDADE AGORA É ONDE NÃO EXISTEM NADA SOBRE A PALAVRA DE DEUS.<br />
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NÃO TÊM NEM A OPORTUNIDADE DE, COMO AQUI, ESCOLHER DE QUE LADO FICAR! ESTES POVOS ESTÃO ISOLADOS E DOMINADOS PELO MALIGNO.<br />
COMO INVOCARÃO A QUEM NÃO CONHECECEM, MAS COMO CONHECERÃO SE NÃO OUVIRAM NEM FALAR, MAS COMO OUVIRÃO SE NÃO HÁ QUEM PREGUE, E COMO PREGARÃO SE NÃO FOREM ENVIADOS?... A FÉ VEM PELO OUVIR, E O OUVIR PELA PALAVRA DE CRISTO ( RM 10:14-17)<br />
AJUDEMOS, POIS AO PROPÓSITO DE DEUS EM ALCANÇAR A TODOS OS POVOS DA TERRA, ATÉ OS CONFINS DA TERRA (AT. 1:8)<br />
A MISSÃO LOCAL É FUNDAMENTAL, MAS A MISSÃO TRANSCULTURAL É URGENTE!<br />
A PARTIR DE AGORA PENSEMOS NISSO TODOS OS DIAS. COLABOREMOS TAMBÉM PARA QUE TODOS TENHAM A OPORTUNIDADE DA SALVAÇÃO POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. AMÉM!”<br />
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I - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO V.T.<br />
1. O chamado de Abraão foi um chamado transcultural, já que ele deveria deixar seu país e peregrinar num país estrangeiro, Gn 12.1-3, "1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra".<br />
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- Abraão deveria deixar a terra de seus pais e partir para outra terra. Por meio dele todos os povos seriam abençoados. Foi neste aspecto que Abrão, teve seu nome mudado para Abraão (Pai de muitas nações), Gn 17.4-5, "4 Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: será o pai de muitas nações; 5 E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto".<br />
2. A obra de Cristo na cruz, que atingiu não somente os judeus, mas todos os povos, é chamada de "benção de Abraão", Gl 3.13-14, "13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14 Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito".<br />
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- Todos os que abraçam a fé, são filhos de Abraão, Gl 3.6-7, "6 Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 7 Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão".<br />
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3. Porém no transcorrer da História, quando Israel teve que transportar a fé para outras nações, guardou-a para si e como acontece com toda benção guardada, ela apodreceu como o maná, guardado para o dia seguinte. Ainda foi pior; Israel importou de outras nações as suas maldições na forma de ídolos, sistemas legais e modelo de organização social.<br />
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4. Um dos exemplos clássicos de "missões transculturais" é chamado de Jonas, Jn 1.1-3, "1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. 3 Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor".<br />
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a. Israel desenvolveu uma postura de exclusividade em relação a Yavé, como se fosse propriedade sua. Jonas se constitui no exemplo mais claro desta postura. Convocado por Deus para levar a mensagem de arrependimento aos Ninivitas preferiu fugir em direção oposta.<br />
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b. Depois de terríveis desventuras, ele cumpre a ordem divina, porém, em seu coração, ele acalentava o desejo de que Deus não deveria usar de misericórdia com aqueles pagãos. Pois, quando Deus perdoa o povo de Nínive, Jonas fica frustrado:<br />
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b.1. Jn 3.10, "E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez".<br />
b.2. Jn 4.1-5, "1 Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. 2 E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. 3 Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver. 4 E disse o Senhor: Fazes bem que assim te ires? 5 Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez uma cabana, e sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade".<br />
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c. Jonas representa um quadro exato da história do povo de Deus no A.T., que interpretava as bênçãos divinas como se fosse exclusivamente suas. Isto é um exemplo de egocentrismo, que anula qualquer empreendimento transcultural.<br />
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II - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO N.T.<br />
1. A Grande Comissão, Mt 28.18-20, "18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém".<br />
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2. Quando Jesus veio ao mundo, seu povo estava mergulhado no etnocentrismo (tendência para considerar a cultura de seu próprio povo como a medida de todas as demais). Um exemplo disto, está claro, quando Ele pregou na Sinagoga de Nazaré, onde viveu. Quando mencionou algumas bênçãos de Deus a certos gentios no V.T., houve uma grande revolta de seu povo,<br />
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- Lc 4.21-29, "21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos <br />
22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José? <br />
23 E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum.<br />
24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. <br />
25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome<br />
26 E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.<br />
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27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o sírio <br />
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28 E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. <br />
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29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem".<br />
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3. Por esta razão, Jesus insistiu na Grande Comissão dada aos seus seguidores, todos judeus (os discípulos). Através desta Grande Comissão, o evangelho deveria ser anunciado a todas as nações, conforme vimos em Mt 28.18-20. O termo "nação", vem de "étnê", que pode ser traduzido por "culturas".<br />
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4. Porém o etnocentrismo, era tão forte que nem mesmo os discípulos entenderam o mensagem de At 1.8, "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra".<br />
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- Entenderam que a mensagem era somente para os judeus que viviam espalhados na face da terra, At 11.19, "E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus".<br />
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5. A Questão dos Gentios.<br />
a. Foi preciso que Deus desse um empurrão em Pedro, para que fosse à casa de Cornélio pregar o evangelho, At 10. Após o fato, Pedro foi chamado pela Igreja a fim de dar explicações, At 11.<br />
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b. O mesmo aconteceu com a primeira Igreja que se desenvolveu entre os gentios, A Igreja de Antioquia. Havia uma pressão tão forte sobre aqueles irmãos, sobre o fato de que antes de se tornarem cristãos, eram obrigados a se tornarem judeus, o que motivou o Concílio de Jerusalém, At 15.<br />
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6. Finalmente eles obedeceram a orientação do Espírito Santo, e o evangelho se desenvolveu livremente.<br />
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1. O risco que corremos hoje é o mesmo risco do etnocentrismo, ou seja, guardar somente para nós a Palavra da Vida.<br />
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2. At 1.8, deve ser aplicado em todas as regiões ao mesmo tempo.<br />
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3. É preciso orar, enviar e contribuir. <br />
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Estás tu assim fazendo? Devemos contribuir direta ou indiretamente para a promoção e engrandecimento do Reino de Deus aqui na terra; se assim fizermos estaremos apressando o retorno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo para buscar o seu povo lavado e remido pelo seu precioso sangue.<br />
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Que o Senhor nos ajude e nos guarde em nome de Jesus, amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-18151296284282886392012-01-06T16:51:00.001-08:002012-01-06T16:51:47.604-08:00AS 5 AÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NA OBRA MISSIONÁRIAPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
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(At 13.1S) Para cada crente salvo Deus tem uma chamada; e para cada chamada, uma forma de preparação, de capacitação. Cremos que Deus age em nossas vidas de acordo com seus propósitos. Ele preparou Moisés em seus primeiros 40 anos de vida no Egito a fim de ser um poderoso líder no deserto.<br />
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Preparou Elias em Querite (1Rs 17:3,5) e em Sarepta(1Rs 17:9,10), para depois fazer chover em uma terra assolada pela seca e fazer descer fogo do céu diante dos profetas de Baal. Preparou Davi, junto das ovelhas, para ser rei de Israel. Da mesma forma, o Espírito Santo nos prepara para a chamada de Deus, de forma que estejamos sempre dependendo dEle ao longo do cumprimento de nossa vocação.<br />
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Quando Jesus esteve sobre a terra, momento antes de sua morte na cruz prometeu a seus discípulos que não os deixaria "órfãos", "desamparados", Jo 14.18, "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós". Evidentemente, que Jesus falava do Espírito Santo, pelo qual oraria ao Pai, a fim de que o enviasse para ficar para sempre com seus discípulos e conseqüentemente com a Igreja, Jo 14.15-16, "15 Se me amais, guardai os meus mandamentos<br />
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(v.16)E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre".<br />
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O Espírito Santo desempenha muitas tarefas na vida da Igreja. Ele nos consola, nos lembra de verdades eternas, nos ensina todas as coisas relacionadas com a vida em Deus. Porém, um dos trabalhos mais vibrantes do Espírito Santo está na área missionária, At 1.8, "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra".<br />
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O BATISMO COM O ESPIRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS <br />
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A capacitação para a obra missionária, nos moldes desejados pelo Senhor, exige, previamente, o batismo com o Espírito Santo. Não fosse assim, Jesus não teria determinado que os discípulos, antes de darem início a esta obra, aguardassem o batismo com o Espírito Santo (Lc.24:49), como também não teria revestido de poder a Paulo antes mesmo de ele iniciar a pregação do evangelho nas sinagogas de Damasco. Se Jesus entende ser necessário, indispensável, que alguém, antes de iniciar a obra missionária, ser revestido de poder, sendo, como é, o dono da obra, quem somos nós para questionarmos esta realidade?<br />
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No Novo Testamento, mui especialmente no livro de Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo teve uma participação ativa no desenvolvimento da obra missionária da geração apostólica da Igreja. Só esta circunstância autoriza-nos a dizer que, como Deus não muda e nEle não há sombra de variação(Tg 1:17), como Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8), que, do mesmo modo como o Espírito Santo operou no início da história da igreja, está operando nos nossos dias. A assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra missionária.<br />
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1. Na visão missionária do Espírito Santo cada crente batizado deve ser um missionário, em potencial. O Poder é concedido para que o crente seja testemunha. O objetivo do Espírito Santo é arrebanhar súditos para o Reino de Deus. Ele só pode fazer isto através do homem. Não pode fazer direta e pessoalmente; não pode convocar os Anjos para esse trabalho. Os Anjos não podem contar o que Jesus fez por eles. Não podem ser testemunhas. Foi ao homem que o Senhor Jesus entregou a missão de pregar o Evangelho. Foi ao homem que ele disse “… Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura”(Mt 16:15). Foi aos homens que ele ordenou: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado…”(Mt 28:19-20). É para atender o “Ide” de Jesus que Ele capacita o crente através do batismo com o Espírito Santo, pois, foi neste sentido que ele disse: “… recebereis a virtude do Espírito Santo… e ser-me-eis testemunhas…”.<br />
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Neste trecho está demonstrada, em duas partes, a vontade de Jesus quanto à capacitação do crente para fazer a Sua obra:<br />
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Primeira parte da vontade do Senhor Jesus: “recebereis a virtude o Espírito Santo”. Para que o crente possa cumprir sua missão - descrita em Marcos 16:15 e Mateus 28:19,20 - o Espírito Santo, na Sua visão missionária, concede-lhe o poder, conforme promessa feita por Jesus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós…”. Segunda parte da vontade do Senhor: “ser-me-eis testemunhas”. A virtude ou o poder é dado com um objetivo: aplicá-lo na obra de Deus. Com este poder o crente é capacitado para falar de Jesus - para ser sua testemunha - através de sua maneira de viver, através da pregação ou ensino da Palavra. Se o crente for como uma bateria carregada, porém, não estiver gastando a energia acumulada, então, esse crente está em falta diante de Deus. Acredita-se que a maioria dos pentecostais não está observando o sentido e o objetivo desta expressão “recebereis a virtude do Espírito Santo” e o “ser-me-eis testemunhas”. Esta maioria usa o batismo com o Espírito Santo apenas para falar em “línguas estranhas”. Isto é bom, é uma bênção! Porém, Paulo afirmou que “… o que fala língua estranha não fala aos homens senão a Deus…”. Afirmou ainda que “o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo…”(1Co 14:2-4), ou seja, falar em línguas estranhas é uma forma de fortalecer-se, individualmente. É como uma bateria ligada a um carregador. Mas, essa carga, ou energia acumulada na bateria precisa ser utilizada, do contrário, não faz sentido manter a bateria carregada. Assim, quem recebe o Batismo com o Espírito Santo e guarda a Virtude, ou o Poder para si próprio, fica em débito diante de Deus.<br />
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2. Pedro recebeu “a virtude do Espírito Santo” e fez uso dela. Antes de receber “a virtude do Espírito Santo”, pelo Batismo, Pedro teve medo de “ser testemunha de Jesus”. Negou ter estado com ele, negou ser seu discípulo, negou conhecê-lo, conforme está escrito: “Ora Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: tu também estavas com Jesus, o Galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: não sei o que dizes”. “E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: este também estava com Jesus, o nazareno. E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem”. “E daí a pouco, aproximando os que ali estavam, disseram a Pedro: verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem”(Mt 26:69-74). Pedro negou… uma…duas…três vezes; “E imediatamente o galo cantou”.<br />
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3. De um homem tão fraco, como Pedro, o que se poderia esperar? Porém, o Senhor afirmou: “… recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós…”. E o Espírito Santo veio e Pedro recebeu a Sua virtude. Essa virtude, ou Poder, não foi dado para ser armazenada dentro do homem, mas para ser utilizada - “e ser-me-eis testemunhas”. Pedro utilizou essa virtude e deu testemunho de Jesus - “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: varões Judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras…”(Atos 2:1).<br />
O mesmo homem que há cinqüenta dias atrás negou até mesmo conhecer Jesus, agora, em pé, diante de milhares de pessoas, com ousadia, pregou a Palavra de Deus, como uma verdadeira testemunha de Jesus. Como resultado de sua pregação “… naquele dia agregaram-se quase três mil almas”(Atos 2:41).<br />
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Portanto, o Espírito Santo, na sua visão missionária, reveste o homem de Deus com a sua virtude, ou poder: para ganhar almas para o Reino de Deus; a fim de que a Igreja do Senhor seja edificada, porque edificar a Igreja e aprontá-la para ser entregue a Jesus, constitui a principal missão, que, como missionário do Pai, veio realizar na terra. Assim, a concessão de poder para capacitar o homem a fazer a obra do Senhor é uma das relações que existe entre o batismo com o Espírito Santo e a obra missionária. <br />
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No texto lido, observamos como o Espírito Santo esteve envolvido na tarefa missionária na Igreja de Antioquia, certamente a primeira Igreja missionária na terra. Vejamos algumas ações missionárias do Espírito Santo, no presente texto:<br />
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I - ELE AGE MOVENDO A IGREJA - "Separai-me a Barnabé e a Saulo..."<br />
Vs. 2<br />
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1. O trabalho do Espírito Santo na vida da igreja, fica mais fácil, quando a igreja promove um verdadeira comunhão entre os seus membros, Vs. 2, "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado". Neste verso, a Palavra diz que "eles ministravam" perante o Senhor. A palavra "ministrar", vem da palavra grega "diaconia" - "serviço". Daí, algumas traduções, traduzirem esta palavra por "servir".<br />
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2. Na Igreja, é preciso criar um clima de comunhão e ministração ao Senhor, para que as ações do Espírito Santo sejam facilitadas e intensificadas. Vimos que não somente eles ministravam perante o Senhor, mas também jejuavam. O Jejum tem a função de "amortecer" a carne, para que o Espírito Santo possa ter mais liberdade de ação, junto ao nosso espírito.<br />
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3. É evidente que a consagração do povo de Deus, é o caminho para a operação do Espírito Santo:<br />
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a. Js 3.5, "Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós". Deus não pode operar "maravilhas" no meio de um povo impuro, sem compromisso. As maravilhas de Deus acontecerão quando a Igreja cultivar um clima propício à atuação do Espírito Santo.<br />
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b. Êx 19.10-11, "10 Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas, 11 E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai". Nesta passagem notamos o fato de que Deus exige de seu povo uma preparação espiritual, para descer no meio dele.<br />
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4. Se quisermos que o Espírito Santo mova nossa Igreja para a obra de missões, precisamos estar em consagração perante ele.<br />
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II - ELE AGE CHAMANDO OS MISSIONÁRIOS - "Separai-me a Barnabé e a Paulo para o obra que os tenho chamado" Vs. 2<br />
<br />
2. Cremos que foi o Espírito Santo que uniu Paulo e Barnabé desde o início da conversão de Paulo.<br />
<br />
a. Foi por meio de Barnabé que Paulo, foi introduzido no meio dos irmãos em Jerusalém, At 9.26-27, "26 E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. 27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus".<br />
<br />
b. Mais tarde, Barnabé, foi em busca de Paulo para o auxiliar no ministério em Antioquia, At 11.25-26, "25 E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. 26 E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos".<br />
<br />
3. Agora o Espírito Santo, separa justamente estes dois homens no meio de outros irmãos, para a tarefa específica de missões. Iriam percorrer grandes distâncias para levar a Palavra de Deus.<br />
<br />
4. Ainda hoje, a tarefa de chamar missionários é do Espírito Santo.<br />
<br />
III - É O ESPÍRITO SANTO QUEM AGE NO ENVIO DOS MISSIONÁRIOS - "Estes, pois, enviados pelo Espírito..." Vs. 4<br />
<br />
1. O Espírito Santo determina, inclusive onde a missão deve ser realizada:<br />
<br />
a. Vs. 4-5, "4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. 5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador". Note a expressão "enviados pelo Espírito Santo". Já temos conhecimento de que o verbo "enviar" vem do vocábulo grego "pempo", que significa "despachar", "enviar, mediante um empurrão".<br />
<br />
b. At 16.6-10, "6 E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. 7 E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu. 8 E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade. 9 E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. 10 E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho". Notem as expressões "foram impedidos", "não lho permitiu", que evidenciam a direção do Espírito Santo no trabalho missionário. Era o Espírito quem tomava as decisões importantes! Cabia aos missionários apenas obedecer.<br />
<br />
2. Porém, para que o Espírito Santo possa chamar e enviar é necessário que nós nos coloquemos à inteira disposição de Deus para o serviço, Is 6.8, "8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim".<br />
<br />
- Depois da disposição de Isaías para o serviço de Deus, é que Deus disse: "vai", Is 6.9, "Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis".<br />
4. Nenhum missionário pode ir para o campo e resistir às provações, sem ter sido chamado e enviado.<br />
<br />
IV - É ELE QUEM AGE PARA CAPACITAR OS MISSIONÁRIOS - "Havia na Igreja doutores, profetas, ..."<br />
<br />
1. Ef 4.11, "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores". É Jesus, por meio do Espírito Santo, quem distribui dons e capacidades para os crentes para a obra de Deus, 1 Co 12.8-11, "8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; 9 E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; 10 E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer".<br />
<br />
2. Não somente distribui os dons, mas também reveste o crente do poder para executar estes dons:<br />
<br />
a. Lc 24.49, "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder".<br />
<br />
b. At 1.8, "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra".<br />
<br />
V - É ELE QUEM PREPARA O TERRENO PARA QUE A SEMENTE SEJA LANÇADA<br />
<br />
1. A missão o enviado é pregar a Palavra de Deus: "Anunciavam a Palavra de Deus nas Sinagogas", Vs. 5, "E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador".<br />
<br />
2. Porém é o Espírito Santo que toma a iniciativa de fertilização da terra (solo, coração), para que a "semente" lançada possa ter condições de nascer e frutificar. A vida do pecador só pode ser mudada pela ação do Espírito Santo:<br />
<br />
a. Jo 16.8, "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo".<br />
<br />
b. At 18.5-10, "5 E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado no espírito, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. 6 Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios. 7 E, saindo dali, entrou em casa de um homem chamado Tício Justo, que servia a Deus, e cuja casa estava junto da sinagoga. 8 E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados. 9 E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; 10 Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade".<br />
<br />
3. Deus prepara os corações!<br />
<br />
O Espírito Santo continua operando da mesma maneira que nos primeiros dias da igreja, notadamente nos últimos 100 anos. A história de movimentos como as Assembléias de Deus no Brasil estão repletos de testemunhos e de demonstrações de ações do Espírito Santo em prol do desenvolvimento da obra missionária, obra esta que é a mais intensa evangelização de toda a história da humanidade.<br />
<br />
No que se refere, por exemplo, à história das Assembléias de Deus no Brasil, o seu início, feito sob exclusiva operação sobrenatural do Espírito Santo, que, inclusive, indicou o local onde deveriam iniciar a pregação (”Pará”), mesmo sem saber em qual país este lugar ficava, é uma inegável comprovação de como o “nosso Deus é o mesmo”, e como no início, Ele batiza com o Espírito Santo e capacita o seu servo para realizar a sua obra.<br />
<br />
Que Deus nos ajude a permanecer firmes na sua Presença e cheios do Espírito Santo , pois só assim poderemos contemplar os campos verdejantes prontos para pregarmos o evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-28802973994329031742012-01-06T16:49:00.004-08:002012-03-13T21:13:02.183-07:00As 5 características de uma mensagem MissionáriaPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
<br />
<br />
MENSAGENS MISSIONÁRIA<br />
FRASES DE HOMENS DE DEUS SOBRE MISSÕES PARA VOCÊ MEDITAR.<br />
<br />
Walter B. Knight: "Quando Jesus diz: "Vinde" - Ele vem nos encontrar. Quando Ele diz: "Ide" - Ele vai conosco"<br />
<br />
De um amado de Deus: "Somente é evangélica a igreja que evangeliza."<br />
<br />
Adoniran Judson: "Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderãoalcançá-los com os seus joelhos."<br />
<br />
Mack B. Stokes: "Aqueles que pregam e ensinam sobre Cristo sofrerão e serão fortemente tentados. Não podem fazer a sua obra sem o "poder do alto" prometido pelo Senhor ressuscitado."<br />
<br />
David J. Hesselgrave: "Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma estação, plante flores;Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma vida, plante árvores;Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma eternidade, plante igrejas."<br />
<br />
Elton Trueblood: "O evangelismo ocorre quando o crente fica tão inflamado em contato com o fogo central de Cristo, que, por sua vez, põe fogo nos outros." <br />
<br />
Charles Haddon Spurgeon:"Se os pecadores serão condenados, que eles o sejam pelo menos passando por cima de nossos corpos. Se os pecadores hão de perecer, que eles o façam pelo menos tendo os nossos braços a agarrar-lhes os joelhos, implorando que fiquem. Se o inferno tem de ser cheio, que o seja pelo menos contra o vigor de nossos esforços, e não permitamos que ninguém vá para o inferno sem que o tenhamos advertido e por ele tenhamos orado."<br />
<br />
De um amado de Deus: "Você pode evangelizar sem amar, mas você não pode amar sem evangelizar."<br />
<br />
Dick Hills: "Cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário."<br />
<br />
JESUS CRISTO " IDE POR TODO O MUNDO, E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.adalagoas.com.br/dados/temp/thumbs/5/8/4/1/8/c/2/8/%7B58418c28a7b0873491fd73c602fafbd7%7D_capa_250x188x0_crop.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="188" width="250" src="http://www.adalagoas.com.br/dados/temp/thumbs/5/8/4/1/8/c/2/8/%7B58418c28a7b0873491fd73c602fafbd7%7D_capa_250x188x0_crop.jpg" /></a></div><br />
Esta é a obra missionaria em Honduras<br />
<br />
<br />
(1 Ts 2.1-16)<br />
<br />
Quando se fala em missões, muito não entende de maneira correta o que é fazer missões.<br />
Aqueles missionários que são enviados aos campos, são detentores de uma mensagem viva.<br />
Que precisa ser pregada em todo o mundo. Esta mensagem transformará o mundo.<br />
<br />
Vejamos no texto de 1 Ts 2.1-16, as características que devem se destacar em nossa proclamação missionária.<br />
<br />
A primeira característica de uma mensagem missionária é que ela...<br />
<br />
1. É vinda de Deus ( vs. 1 , 2)<br />
Paulo compreendia que o trabalho da pregação não era vão, ou seja, não era esvaziado de sentido, e mesmo que maltratado e perseguido por pessoas inescrupulosas e de atitudes insolentes, não desanimava.<br />
<br />
O desânimo não abatia o coração do apóstolo por que ele tinha plena consciência de que mensagem que proclamava era o Evangelho do Cristo de Deus, ou seja, a Boa Notícia do ano aceitável da salvação de Deus para o mundo, (Is 61.2).<br />
<br />
Somente a igreja de Jesus Cristo, consciente do seu papel como agência implantadora no reino de Deus na Terra, liberta da ganância do proselitismo, do tradicionalismo embotador e do preconceito sociocultural, é habilitada para a proclamação da verdadeira mensagem Evangelho de Deus para o mundo.<br />
<br />
Isto por quê? Por que somente uma igreja santa, revestida no poder e na unção do Espírito Santo, e que vivencia o milagre de ser o Corpo Vivo de Cristo, tem a mensagem da salvação que responde as questões dos céticos, que preenche o vazio dos espiritualistas e que elimina as discrepâncias e aberrações do sincretismo.<br />
<br />
Somos desafiados a proclamação de Cristo Jesus, a mensagem que vem de Deus, por que somente Cristo tem sentido e eternidade espiritual. <br />
<br />
Igreja; proclamemos a Cristo, a mensagem que não se desvanece com as pressões do mundanismo e nem perde o seu significado com o passar do tempo.<br />
<br />
Outra característica da mensagem missionária é que ela...<br />
<br />
2. Deve ser proclamada segundo a vontade de Deus ( vs. 3 , 4)<br />
O comunicador do evangelho deve ser aprovado por Deus, isto é, deve passar pelo crivo do Deus inspirador da mensagem. <br />
<br />
Vale ressaltar que não sou contra o preparo teológico e nem esposo a idéia de que o Espírito fala indiscriminadamente. Até creio que o espírito fala, mas não podemos usar a soberania do espírito Santo para justificando a negligência do pregador.<br />
<br />
Observando o texto, vemos que Paulo utiliza expressões tais como erro, no original "planetas errantes", pensando em uma mensagem sem propósito e sem direção definida. O apostolo ainda usa o termo imundícias, se referindo as práticas imorais que são comuns nas religiões e seitas pagãs, e dolo, que tem a idéia de "pegar com uma isca".<br />
<br />
Com estas expressões, Paulo está combatendo o uso de subterfúgios e de promessas absurdas para atrair as pessoas. O apóstolo deseja mostrar que não deve ser assim a transmissão do evangelho, visto que Deus não usa e nem aprova a utilização de tais métodos na proclamação do evangelho da salvação em Jesus.<br />
<br />
Fica evidente no texto, verso 4, a confrontação dessas metodologias com a expressão "aprovados por Deus", indicando que antes de receberem o privilégio da proclamação do evangelho foram testados, burilados e aquilatados pelo próprio Deus, como em um processo seletivo para a averiguação do caráter do pregador e da autenticidade da sua pregação.<br />
<br />
Nem sempre teremos a aprovação humana na proclamação do evangelho puro e cristalino, mas como afirma o texto, não devemos servir aos interesses humanos, antes, devemos estar motivados pela vontade de Deus. <br />
<br />
Nossa proclamação missionária deve sempre iniciar com a expressão "assim diz o Senhor", Zacarias 1.3, mesmo que colecionemos críticos, inimigos ou correligionários indiferentes, para que possamos encerrar com o oráculo profético; "o Senhor o disse", Isaías 40.5.<br />
<br />
Uma terceira característica da mensagem missionária é que ela...<br />
<br />
3. Deve ser proclamada com amor ( vs. 5-9)<br />
<br />
Não podemos aniquilar as nossas emoções e os nossos sentimentos na pregação do evangelho, como nos obrigaram a fazer durante séculos.<br />
<br />
Sentimento é sintoma de vida. É coração pulsante. Amor é ação que reflete a síntese entre razão e emoção. Amor é vontade propulsora que se expressa pelo toque, pelo olhar, pela palavra ou pelo afago.<br />
<br />
Paulo fala deste amor usando a figura da "ama que acaricia", que aquenta e que afaga junto ao seio, os seus filhos. Fica patente a sua grande afeição por aqueles irmãos desde quando ainda eram simples ouvintes da mensagem. Na verdade, Paulo tinha grande afeição por aqueles irmãos, isto é, tinha uma disposição altruísta em partilhar com eles a vida, por serem "muito amados" do apóstolo. A idéia do texto é a de um amor idêntico à manifestação de amor e de cuidado que se dedica a crianças indefesas.<br />
<br />
Amar o pecador não é ser conivente com o pecado cometido. O cristão que assume o seu papel na proclamação do evangelho deve apresentar sua mensagem com sincero amor, com afeição genuína e com dedicação extrema, em defesa do pecador escravizado pelo pecado, testemunhando a sua própria libertação do pecado e a vida abundante que recebeu em Jesus Cristo.<br />
<br />
4. Devemos proclamar a mensagem que vivenciamos (vs. 10-12)<br />
<br />
Falarmos daquilo que é comum em nosso cotidiano.<br />
Falamos da vida. Da nossa vida, da vida alheia, porém, muitas vezes nos esquecemos de falar da vida abundante que recebemos em Jesus. Na verdade, deveríamos falar muito mais com as nossas vidas do que com palavras sem vida que proferimos.<br />
<br />
Não podemos fugir da nossa responsabilidade de uma vida pautada nos padrões da Palavra de Deus. No texto em pauta, o apóstolo Paulo alista o desafio do padrão da vida cristã nas expressões "santa", "piedosa", "agradável a Deus", ou seja, uma vida justa e correta segundo as leis humanas, e "irrepreensível", ou seja, sem falta, inculpável. Pois bem, santidade, piedade, honestidade e probidade devem ser marcas latentes e indeléveis de um cristão verdadeiro e missionário.<br />
<br />
Amados, não estamos comunicando apenas fatos, ensinos conceituais ou eventos extraordinários. Estamos proclamando vida e salvação. Temos sim o compromisso de ser exemplo para os nossos ouvintes, a fim de que creiam, de que se entreguem de corpo e alma, como escrito no original, a Jesus Cristo.<br />
<br />
As pessoas que nos ouvem proclamar o evangelho devem perceber que nossa mensagem e nossa conduta diária são interativas, interligadas e convergentes no ideal de nos identificarmos com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.<br />
<br />
No verso 11, Paulo fala que agiu tal qual um pai age para com o seu filho. A figura do pai gera revolta ou o desejo de imitar. É referencial. Se praticamos a mensagem que pregamos, somos como que plasmadores de uma geração futura que pautará a sua existência de forma agradável a Deus. Serão dignos de Deus, como afirma o verso 12.<br />
<br />
5. Atuação efetiva na vida daqueles que a aceitam (vs. 13-16)<br />
<br />
Discursos vazios, contraditórios, prepotentes e ofuscados pelo orgulho do preletor não servem para a comunicação do evangelho da salvação em Cristo Jesus.<br />
<br />
O apóstolo Paulo não tem dúvidas quanto ao operar da mensagem proclamada. <br />
Paulo tinha convicção de que proclamava a Palavra de Deus e isso se comprova na expressão do verso 13, que indica que os ouvintes receberam a mensagem como realmente ela é; a "Palavra de Deus". É interessante notar que o termo utilizado por Paulo é o mesmo que aparece em João 1.1 e 14, que apresenta a Jesus como o verbo, o logos, de Deus.<br />
<br />
Amados, a nossa mensagem é Jesus. Só Jesus é a Palavra viva, eficaz, eterna e penetrante de Deus, que salva, liberta, regenera e transforma o homem pela sua atuação eficaz e pela manifestação do seu poder salvador e regenerador. A nossa mensagem evangelizadora deve desencadear uma ação efetiva, como que um efervescer que provoca transformações na essência e na consistência da vida daqueles que aceitam a Jesus como o seu único e suficiente Salvador.<br />
<br />
Pois bem, amados, para este tempo conturbado e massificado pelo ceticismo, pelo espiritualismo, pelo esoterismo, pelo sincretismo e pelo evangelho de peculiaridades esdrúxulas, devemos proclamar a mensagem pura, límpida e poderosa do evangelho de Jesus Cristo. <br />
<br />
Nossa mensagem deve ser o próprio Jesus Cristo, a Palavra viva poderosa de Deus, que atua na vida de quem crê, promovendo a reconciliação com o Criador e a restauração das mazelas espirituais causadas pelo pecado.<br />
<br />
Somos desafiados por Deus para a proclamação missionária. Fazer missões é promover a paz. É proclamar Palavra de Deus ao mundo, a partir do testemunho pessoal e segundo a vontade de Deus, demonstrando o amor com que Deus tem nos amado em Cristo, (Rm 5.8). <br />
<br />
Se assim fizermos, alcançando os objetivos de Deus, de certo multidões e multidões, pelo poder do Espírito Santo, que torna eficaz a proclamação missionária, o evangelho há de operar salvação e há de possibilitar que milhares e milhares de pessoas migrem das profundezas do inferno para o reino do Filho amado, Jesus.<br />
<br />
Amém.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-55394804700746951612012-01-06T16:47:00.000-08:002012-01-06T16:47:15.689-08:00A Biografia de Davi BrainerdPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
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<br />
Um arauto aos peles-vermelhas<br />
(1718-1747)<br />
<br />
Certo jovem, franzino de corpo, mas tendo na alma o fogo do amor aceso por Deus, encontrou-se na floresta, para ele desconhecida. Era tarde e o sol já declinava até quase desaparecer no horizonte, quando o viajante, enfadado da longa viagem, avistou a fumaça das fogueiras dos índios "peles-vermelhas". Depois de apear e amarrar seu cavalo, deitou-se no chão para passar a noite, agonizando em oração.<br />
<br />
Sem ele o saber, alguns dos silvícolas o haviam seguido silenciosamente, como serpentes, durante a tarde. Agora estacionavam atrás dos troncos das árvores para contemplar a cena misteriosa de um vulto de cara pálida, sozinho, prostrado no chão, clamando a Deus.<br />
<br />
Os guerreiros da vila resolveram matá-lo, sem demora, pois, diziam, os brancos davam uma aguardente aos peles-vermelhas, para, enquanto bêbados, levar-lhes as cestas e as peles de animais, e roubar-lhes as terras. Mas depois de cercarem furtivamente o missionário, que orava,prostrado, e ouvirem como clamava ao "Grande Espírito", insistindo que lhes salvasse a alma, eles partiram tão secretamente como chegaram.<br />
<br />
No dia seguinte, o moço, não sabendo o que acontecera em redor, enquanto orava no ermo, foi recebido na vila de uma maneira não esperada. No espaço aberto entre as "wigwams" (barracas de peles) os índios o cercaram e o moço, com o amor de Deus ardendo na alma, leu o capítulo 53 de Isaías. Enquanto pregava, Deus respondeu a sua oração da noite anterior e os silvícolas ouviram o sermão, com lágrimas nos olhos.<br />
<br />
Esse cara-pálida chamava-se Davi Brainerd. Nasceu em 20 de abril de 1718. Seu pai faleceu quando Davi tinha 9 anos de idade, e sua mãe, filha dum pregador, faleceu quando ele tinha 14 anos.<br />
<br />
Acerca de sua luta com Deus, no tempo da sua conversão, na idade de vinte anos, ele escreveu.<br />
<br />
"Designei um dia para jejuar e orar, e passei esse dia clamando quase incessantemente a Deus, pedindo misericórdia e que ele abrisse meus olhos para a enormidade do pecado e o caminho para a vida em Jesus Cristo... Contudo, continuei a confiar nas boas obras... Então, uma noite andando na roça, foi me dada uma visão da grandeza do meu pecado, parecendo-me que a terra se abrira por baixo dos meus pès para me sepultar e que a minha alma iria ao Inferno antes de eu chegar em casa... Certo dia, estando longe do colégio, no campo, sozinho em oração, senti tanto gozo e doçura em Deus, que, se eu devesse ficar neste mundo vil, queria permanecer contemplando a glória de Deus. Senti na alma um profundo amor ardente para com todos os homens e anelava que eles desfrutassem desse mesmo amor de Deus.<br />
<br />
"No mês de agosto, depois, senti-me tão fraco e doente, como resultado de aplicar-me demais aos estudos, que o diretor do colégio me aconselhou a voltar para casa. Estava tão fraco que tive algumas hemorragias. Senti-me perto da morte, mas Deus renovou em mim o conhecimento e o gosto das coisas divinas. Anelava tanto a presença de Deus e ficar livre do pecado, que, ao melhorar, preferia morrer a voltar ao colégio, e me afastar de Deus...Oh! uma hora com Deus excede infinitamente todos os prazeres do mundo." De fato, depois de voltar ao colégio, Brainerd esfriou em espírito, mas o Grande Avivamento, dessa época, alcançou a cidade de New Haven, o colégio de Yale e o coração de Davi Brainerd. Ele tinha o costume de escrever diariamente uma relação dos acontecimentos mais importantes da sua vida, passados durante o dia. É por esses diários escritos para si próprio e não para o mundo ler, que sabemos da sua vida íntima de profunda comunhão com Deus. Os seguintes poucos trechos servem como amostras do que ele escreveu em muitas páginas de seu diário e descobrem algo de sua luta com Deus, enquanto estudava para o ministério: "Fui tomado repentinamente pelo horror da minha miséria. Então clamei a Deus, pedindo que me purificasse da minha extrema imundícia. Depois a oração se tornou mui preciosa para mim. Ofereci-me alegremente para passar os maiores sofrimentos pela causa de Cristo, mesmo que fosse para ser desterrado entre os pagãos, desde que pudesse ganhar suas almas. Então Deus me deu o espírito de lutar em oração pelo reino de Cristo no mundo.<br />
<br />
"Retirei-me cedo, de manhã, para a floresta, e foi-me concedido fervor em rogar pelo avanço do reino de Cristo no mundo. Ao meio-dia, ainda combatia em oração a Deus, e sentia o poder do divino amor na intercessão.<br />
<br />
"Passei o dia em jejum e oração, implorando que Deus me preparasse para o ministério, e me concedesse auxílio divino e direção, e que ele me enviasse para a seara no dia que ele designasse. Pela manhã, senti poder na intercessão pelas almas imortais e pelo progresso do reino do querido Senhor e Salvador no mundo... À tarde, Deus estava comigo de verdade. Quão bendita a sua companhia! Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra, e de soprar um vento fresco. Sentia a minha alma grandemente extenuada pela condição do mundo: esforçava-me para arrebatar multidões de almas. Sentia-me mais dilatado pelos pecadores do que pelos filhos de Deus, contudo anelava gastar a minha vida clamando por ambos."Passei duas horas agonizando pelas almas imortais. Apesar de ser ainda muito cedo, meu corpo estava molhado de suor... Se eu tivesse mil vidas, a minha alma as teria dado pelo gozo de estar com Cristo...<br />
<br />
"Dediquei o dia para jejuar e orar, implorando a Deus que me dirigisse e me abençoasse na grande obra que tenho perante mim, a de pregar o Evangelho. Ao anoitecer, o Senhor me visitou maravilhosamente na oração; senti a minha alma angustiada como nunca... Senti tanta agonia que me achava ensopado de suor. Oh! e Jesus suou sangue pelas pobres almas! Eu anelava mostrar mais e mais compaixão para com elas.<br />
<br />
"Cheguei a saber que as autoridades esperam a oportunidade de me prender e encarcerar por ter pregado em New Haven. Fiquei mais sóbrio e abandonei toda a esperança de travar amizade com o mundo. Retirei-me para um lugar oculto na floresta e coloquei o caso perante Deus." Completados os seus estudos para o ministério, ele escreveu:<br />
<br />
"Preguei o sermão de despedida ontem, à noite. Hoje, pela manhã orei em quase todos os lugares por onde andei, e, depois de me despedir dos amigos, iniciei a viagem para o habitat dos índios."<br />
<br />
Essas notas do diário revelam, em parte, a sua luta com Deus enquanto estudava para o ministério. Um dos maiores pregadores atuais, referindo-se a esse diário, declarou: "Foi Brainerd quem me ensinou a jejuar e orar. Cheguei a saber que se fazem maiores coisas por meio de contato cotidiano com Deus do que por pregações."<br />
<br />
No início da história da vida de Brainerd, já relatamos como Deus lhe concedeu entrada entre os silvícolas violentos, em resposta a uma noite de oração, prostrado em terra, nas profundezas da floresta. Mas, apesar de os índios lhe darem a toda hospitalidade, concedendo-lhe um lugar para dormir sobre um pouco de palha e, ouvirem o sermão, comovidos, Brainerd não estava satisfeito e continuava a lutar em oração, como revela seu diário:<br />
<br />
"Continuo a sentir-me angustiado. À tarde preguei ao povo, mas fiquei mais desanimado acerca do trabalho do que antes; receio que seja impossível alcançar as almas. Retirei-me e derramei a minha alma pedindo misericórdia, mas sem sentir alívio.<br />
<br />
"Completo vinte e cinco anos de idade hoje. Dói-me a alma ao pensar que vivi tão pouco para a glória de Deus. Passei o dia na floresta sozinho, derramando a minha queixa perante o Senhor.<br />
<br />
"Cerca das nove horas, saí para orar na mata. Depois do meio-dia, percebi que os índios estavam se preparando para uma festa e uma dança... Em oração, senti o poder de Deus e a minha alma extenuada como nunca antes na minha vida. Senti tanta agonia e insisti com tanta veemência que, ao levantar-me, só consegui andar com dificuldade. O suor corria-me pelo rosto e pelo corpo. Reconheci que os pobres índios se reuniam para adorar demônios e não a Deus; esse foi o motivo de eu clamar a Deus, que se apressasse em frustrar a reunião idólatra. Assim, passei a tarde orando incessantemente, pedindo o auxílio divino para que eu não confiasse em mim mesmo. O que experimentei, enquanto orava, foi maravilhoso. Parecia-me que não havia nada de importância em mim, a não ser santidade de coração e vida, e o anelo pela conversão dos pagãos a Deus.<br />
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Desapareceram todos os cuidados, receios e anelos; todos juntos pareciam-me de menor importância que o sopro do vento. Anelava que Deus adquirisse para si um nome entre os pagãos e lhe fiz o meu apelo com a maior ousadia, insistindo em que ele reconhecesse que eu ‘o preferia à minha maior alegria.‘ De fato, não me importava onde ou como morava, nem da fadiga que tinha de suportar, se pudesse ganhar almas para Cristo. Continuei assim toda a tarde e toda a noite."<br />
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Assim revestido, Brainerd, pela manhã, voltou da mata para enfrentar os índios, certo de que Deus estava com ele, como estivera com Elias no monte Carmelo. Ao insistir com os índios para que abandonassem a dança, eles, em vez de matá-lo, desistiram da orgia e ouviram a sua pregação, de manhã e à tarde.<br />
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Depois de sofrer como poucos sofrem, depois de se esforçar de noite e de dia, depois de passar horas inumeráveis em jejum e oração, depois de pregar a Palavra "a tempo e fora de tempo", por fim, abriram-se os céus e caiu o fogo. Os seguintes excertos do seu diário descrevem algumas dessas experiências gloriosas:<br />
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"Passei a maior parte do dia em oração, pedindo que o Espírito fosse derramado sobre o meu povo... Orei e louvei com grande ousadia, sentindo grande peso pela salvação das preciosas almas.<br />
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"Discursei à multidão extemporaneamente sobre Isaías 53.10: Todavia, o Senhor agradou moê-lo‘. Muitos dos ouvintes entre a multidão de três a quatro mil, ficaram comovidos a ponto de haver um ‘grande pranto, como o pranto de Hadadrimom‘. [Ver Zacarias 12.11)<br />
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"Enquanto eu andava a cavalo, antes de chegar ao lugar para pregar, senti o meu espírito restaurado e a minha alma revestida com o poder para clamar a Deus, quase sem cessar, por muitos quilômetros a fio.<br />
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"De manhã, discursei aos índios onde nos hospedamos. Muitos ficaram comovidos e, ao falar-lhes acerca da salvação da sua alma, as lágrimas correram abundantemente e eles começaram a soluçar e a gemer. À tarde, voltei ao lugar onde lhes costumava pregar; eles ouviram com a maior atenção quase até o fim. Nem a décima parte dos ouvintes pôde conter-se de derramar lágrimas e clamar amargamente. Quanto mais eu falava do amor e compaixão de Deus, ao enviar seu Filho para sofrer pelos pecados dos homens, tanto mais aumentava a angústia dos ouvintes. Foi para mim uma surpresa notar como seus corações pareciam traspassados pelo terno e comovente convite do Evangelho, antes de eu proferir uma única palavra de terror.<br />
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"Preguei aos índios sobre Isaías 53.3-10. Muito poder acompanhava a Palavra e houve grande convicção entre os ouvintes; contudo, não tão geral como no dia anterior. Mas a maioria ficou comovida e em grande angústia de alma; alguns não podiam caminhar, nem ficar em pé: caíam no chão como se tivessem o coração traspassado e clamavam sem cessar, pedindo, misericórdia... Os que vieram de lugares distantes foram levados logo à convicção, pelo Espírito de Deus.<br />
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"À tarde, preguei sobre Lucas 15.16-23. Havia muita convicção visível entre os ouvintes, enquanto eu discursava; mas, ao falar particularmente, depois, a alguns que se mostravam comovidos, o poder de Deus desceu sobre o auditório ‘como um vento veemente e impetuoso e varreu tudo de uma maneira espetacular.<br />
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"Fiquei em pé, admirado da influência que se apoderou do auditório quase totalmente. Parecia, mais que qualquer outra coisa, a força irresistível de uma grande correnteza, ou dilúvio crescente, que derrubava e varria tudo que encontrava na sua frente.<br />
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"Quase todos oravam e clamavam, pedindo misericórdia, e muitos não podiam ficar em pé. A convicção que cada um sentiu foi tão grande, que pareciam ignorar por completo os outros em redor, mas cada um continuava a orar por si mesmo.<br />
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"Lembrei-me de Zacarias 12.10-12, porque havia grande pranto como o pranto de ‘Hadadrimom‘, parecendo que cada um pranteava à parte.<br />
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"Parecia-me um dia muito semelhante ao dia em que Deus mostrou seu poder a Josué (Josué 10.14), porque era um dia diferente de qualquer dia que tinha presenciado antes, um dia em que Deus fez muito para destruir o reino das trevas entre esse povo".<br />
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É difícil reconhecer a magnitude da obra de Davi Brainerd entre as diversas tribos de índios, nas profundezas das florestas; ele não entendia os seus idiomas. Se lhes transmitia a mensagem de Deus ao coração, deveria achar alguém que pudesse servir como intérprete. Passava dias inteiros simplesmente orando para que viesse sobre ele o poder do Espírito Santo com tanto poder, que esse povo não pudesse resistir à mensagem. Certa vez teve que pregar por meio de um intérprete tão bêbado, que quase não podia ficar em pé, contudo, vintenas de almas foram convertidas por esse sermão.<br />
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Ele andava, às vezes, perdido de noite no ermo, apanhando chuva e atravessando montanhas e pântanos. Franzino de corpo, cansava-se nas viagens. Tinha que suportar o calor do verão e o intenso frio do inverno. Dias a fio passava-os com fome. Já começava a sentir a saúde abalada e estava a ponto de casar-se (sua noiva era Jerusa Edwards, filha de Jônatas Edwards) e estabelecer um lar entre os índios convertidos ou voltar e aceitar o pastorado de uma igreja que o convidava. Contudo, reconhecia que não podia viver, por causa da sua doença, mais que um ou dois anos e resolveu então ‘‘arder até o fim".<br />
<br />
Assim, depois de ganhar a vitória em oração, clamou: "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim até os confins da terra; envia-me aos selvagens do ermo; envia-me para longe de tudo que se chama conforto da terra; envia-me mesmo para a morte, se for no teu serviço e para promover o teu reino..." Então acrescentou: "Adeus amigos e confortos terrestres, mesmo os mais anelados de todos. Se o Senhor quiser, gastarei a minha vida, até os últimos momentos, em cavernas e covas da terra, se isso servir para o progresso do Reino de Cristo."<br />
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Foi nessa ocasião que escreveu: "Continuei lutando com Deus em oração pelo rebanho aqui e, especialmente, pelos índios em outros lugares, até a hora de deitar-me. Oh! como senti ser obrigado a gastar o tempo dormindo! Anelava ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino e edificando o reino de Deus, até o último momento, o momento de morrer."<br />
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Por fim, depois de cinco anos de viagens árduas no ermo, de aflições inumeráveis e de sofrer dores incessantes no corpo, Davi Brainerd, tuberculoso e com as forças físicas quase inteiramente esgotadas, conseguiu chegar à casa de Jônatas Edwards.<br />
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O peregrino já completara a sua carreira terrestre e esperava o carro de Deus para levá-lo à Glória. Quando, no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a Bíblia, exclamou: "Oh! o querido Livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me serão então desvendados!" Minguando sua força física e aumentando sua percepção espiritual, falava com mais e mais dificuldade: "Fui feito para a eternidade. Como anelo estar com Deus e prostrar-me perante Ele! Oh! que o Redentor pudesse ver o fruto do trabalho da sua alma e ficar satisfeito! Oh! vem,Senhor Jesus! Vem depressa! Amém!" - e dormiu no Senhor. Depois desse acontecimento, a noiva de Brainerd, Jerusa Edwards, começou a murchar como uma flor e, quatro meses depois também foi morar na cidade celeste. Dum lado do seu túmulo, está o de Davi Brainerd e do outro lado está o túmulo de seu pai, Jônatas Edwards.<br />
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O desejo veemente da vida de Davi Brainerd era o de arder como uma chama, por Deus, até o último momento, como ele mesmo dizia: "Anelo ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de falecer."<br />
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Brainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos. Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia.<br />
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Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.<br />
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O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo."Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-5053094062557225882012-01-06T16:44:00.001-08:002012-01-06T16:44:40.853-08:00João Ferreira de Almeida A Obra de Uma VidaPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
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Fonte: A Bíblia no Brasil <br />
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"Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda muito jovem." <br />
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Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por A Bíblia no Brasil (ver número 158). <br />
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Se a obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado a respeito deste português da cidade de Torres de Tavares, que morreu há 300 anos na Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). O que se conhece hoje da vida de Almeida está registrado na "Dedicatória" de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (Presbiterianas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII. <br />
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De acordo com esses registros, em 1642, aos 14 anos [nasceu em 1628], João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa local. <br />
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Tradutor aos 16 anos<br />
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Dois anos depois [aos 16 anos de idade, somente!], começou a traduzir para o português, por iniciativa própria, parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol. Além da Versão Espanhola [de Reyna, 1569], Almeida usou como fontes nessa tradução as Versões Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] - todas elas traduzidas do grego e do hebraico. Terminada em 1645 [quando Almeida tinha somente 17 anos], essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor fez cópias à mão do trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka). Mais tarde, Almeida tornou-se membro do Presbitério de Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela congregação. <br />
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No tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa era muito útil para as igrejas daquela região. Além de o português ser o idioma comumente usado nas congregações presbiterianas, era o mais falado em muitas partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto, difícil de entender para a maioria da população. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele na Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões, segundo palavras, "para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação". <br />
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Perseguido pela Inquisição, ameaçado por um elefante <br />
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O tradutor permaneceu em Málaca até 1651 [23 anos de idade], quando se transferiu para o Presbitério da Batávia, na cidade de Djacarta. Lá, foi aceito mais uma vez como capelão, começou a estudar teologia e, durante os três anos seguintes, trabalhou na revisão da tradução das partes do Novo Testamento feita anteriormente. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656 [aos 28 anos], ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão, para onde seguiu com um colega, chamado Baldaeus. <br />
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Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de "superstições papistas", que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida não é conhecido, mas supõe-se que estivesse novamente relacionado com as idéias fortemente anti-católicas do tradutor. <br />
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A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranqüilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa. <br />
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Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua mulher e casou-se. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrécia de Lamos). Um acontecimento curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão, Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina. <br />
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Idéias e personalidade<br />
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A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da Batávia, onde ficou até o final da vida. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Os registros a esse respeito mostram muito de suas idéias e personalidade. Entre outras coisas, Almeida conseguiu convencer o presbitério de que a congregação que dirigia deveria ter a sua própria cerimônia da Ceia do Senhor. Em outras ocasiões, propôs que os pobres que recebessem ajuda em dinheiro da igreja tivessem a obrigação de freqüentá-la e de ir às aulas de catecismo. Também se ofereceu para visitar os escravos da Companhia das Índias nos bairros em que moravam, para lhes dar aulas de religião - sugestão que não foi aceita pelo presbitério - e, com muita freqüência, alertava a congregação a respeito das "influências papistas". <br />
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Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado - ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo da Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda. <br />
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Exemplares destruídos<br />
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Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais - mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu parar o processo, e a impressão foi interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões e brigas, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país. <br />
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Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto. <br />
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Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída. <br />
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Ezequiel 48.21 <br />
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Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada - pelo menos desde 1670, segundo os registros --, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691 [aos 63 anos de idade], no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753. <br />
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A maneira como Deus usou este personagem é um exemplo lúcido do tanto quanto o Senhor pode abrir as portas da pregação do evangelho de Cristo usando homens de capacidade intelectual, bilíngue e culto.<br />
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Ainda que não tenha conseguido alcançar os seus objetivos em sua totalidade, contudo os seus feitos foram importantíssimos para a propagação do evangelho principalmente entre os mais de 200 milhões de pessoas que falam a língua portuguesa.<br />
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Devemos a ele este legado, e por isso ele foi inserido entre os grandes personagens que nos serviram de exemplos a ser seguido.<br />
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Que Deus nos abencoe e nos guarde em nome de Jesus, Amém!Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-2010570216598798512012-01-06T16:43:00.000-08:002012-01-06T16:43:02.280-08:00A Biografia do General William BoothPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
janio-construcaocivil.blogspot.com<br />
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Fonte:Heróis da Fé <br />
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O Exército de Salvação<br />
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William Booth nasceu na cidade de Nottingham, na Inglaterra, no dia 10 de abril de 1827. Seu pai era um construtor que acabou perdendo tudo, e com treze anos de idade William começou a trabalhar na loja de um penhorista. Seu pai morreu logo depois, e William precisava ajudar a sustentar a sua mãe e irmãs com o pouco que ganhava. <br />
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Aos quinze anos de idade, William, que não tinha sido criado em lar cristão, começou a frequentar a Capela da Igreja Metodista de Nottingham, onde ele teve uma forte experiência de conversão: <br />
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Imediatamente depois da sua conversão, Booth começou a pregar nas áreas pobres da sua cidade, junto com outros adolescentes. Mas quando ele levou um grupo de jovens pobres para a igreja, a congregação de classe média-alta ficou escandalizada. <br />
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Depois de mudar-se para a grande cidade de Londres em busca de emprego, William continuou sua associação com a Igreja Metodista e teve oportunidades de pregar. Em 1850 ele foi aceito como pregador leigo num grupo de Metodistas dissidentes, e assim começou seu ministério de evangelista e avivalista. <br />
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Booth foi usado poderosamente nas igrejas Metodistas, e em 1852 foi ordenado como pregador. Ele se casou com Catherine Mumford em 16 de Junho de 1855. Inicialmente ligado a uma igreja em Londres, nesse mesmo ano de 1855 Booth foi liberado para exercer o ministério de evangelista itinerante. <br />
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Em 1858 Booth foi consagrado como Ministro mas também obrigado a assumir o pastoreado de uma igreja local. Ele sentiu que seu chamado era mais evangelístico que pastoral e em 1861 saiu da Igreja Metodista para seguir o ministério evangelístico. <br />
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Com filhos pequenos e sem sustento financeiro, os anos que se seguiram foram difíceis para a família Booth. Mas William foi usado poderosamente em avivamento, como Harold Begbie relata no livro "Life of William Booth": Os aldeãos andaram pelos morros, e os pescadores remaram oito ou dez milhas de mar escuro, para as cidades onde William Booth estava pregando. Jornais locais registraram que, em alguns lugares, o comércio foi paralisado. Ao longo daquele canto do ducado, de Camborne para Penzance, a chama se queimou com força crescente. Centenas de conversões foram feitas. <br />
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Em 1865 a família Booth mudou-se para a cidade de Londres. Andando um dia pelo lado oeste da cidade, William foi chocado em ver a pobreza e miséria dos seus moradores. Booth fundou um ministério, a Missão Cristã, para ministrar a essas pessoas. Desde o início, seus métodos – e os resultados – foram nada convencionais. Sedeada inicialmente em uma tenda, que foi destruida por uma gangue de baderneiros, mais tarde a missão se mudou para um salão de dança. Reuniões ao ar livre também sempre foi uma estratégia importante para a missão. Mais tarde, bandas marchando nas ruas foram utilizadas para atrair as multidões para ouvir a pregação do Evangelho. <br />
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Um forte mover do Espírito Santo impulsionou o crescimento do avivamento. <br />
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As descrições a seguir das Reuniões de Santidade, tiradas da Revista da Missão Cristã, não conseguiam mostrar realmente as cenas extraordinárias que foram testemunhadas, nem contam adequadamente os efeitos produzidos nas almas daqueles que participaram destes cultos. <br />
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Bramwell Booth conta que, depois de muitos anos de reflexão, e agora disposto a pensar que, em certa medida, a atmosfera dessas reuniões foi calculada para afetar histericamente certos temperamentos desequilibrados ou excitáveis, mesmo assim ele está convencido, completamente convencido,de que algo da mesma força que se manifestou no dia de Pentecostes se manifestou naquelas reuniões em Londres. <br />
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Ele descreve como homens e mulheres caíram de repente no chão, e permaneceram em estado de desmaio ou transe durante muitas horas, se levantando em fim tão transformados com alegria que eles poderiam fazer nada além de gritar e cantar em uma êxtase de felicidade. Ele me fala que, sem dúvida, ele viu exemplos de levitação - pessoas sendo levantadas e jogadas para frente no ar. Ele viu homens e mulheres ruins de repente feridos com um desespero irresistível, levantando seus braços, proferindo os gritos mais terríveis, e caíndo para trás, como se fossem mortos, convencidos sobrenaturalmente da sua condição pecaminosa. O chão às vezes ficava cheio com homens e mulheres derrubados por uma revelação da realidade espiritual, e os obreiros da Missão levantavam seus corpos caídos e os levavam para outras salas, para que as Reuniões pudessem continuar sem distrações. <br />
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Nós temos um relato de um culto de adoração de agosto de 1878: <br />
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A visão dos rostos no palco nunca será esquecida - foi mais que alegria que iluminou todos - foi o êxtase de bêbados espirituais. Quando nós vimos um irmão, avançado em anos e endurecido pelo longo hábito de ordenações religiosas solenes, dançando, sim, realmente dançando à música, enquanto outros, menos constrangidos, estavam levantando os braços descobertos e girando para cá e para lá enquanto cantavam, nós percebemos como nunca antes, que a graça de Deus pode fazer as pessoas livres e libertas. Aqui está, mais uma vez, a religião velha, despreocupada com a opinião pública e cheia de glória e de Deus, motivo pelo qual os apóstolos foram obrigados a recomendar sobriedade.<br />
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Ballington Booth, filho de William, descreveu um culto de oração no mês seguinte: <br />
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No dia 13 de setembro tivemos um tempo maravilhoso. Nunca vou esquece-lo. Oh! Deus sondou todos os corações naquela noite. Depois de falar sobre entregar tudo e ser sustentado pelo poder de Deus, e cantando "Eu estou confiando, Senhor, em Ti", nós caímos de joelhos para oração silenciosa. Então o Deus Todo-Poderoso começou a convencer do pecado e chamar para o arrependimento. Alguns começaram a chorar, alguns gemeram, alguns clamaram em voz alta para Deus. Um homem disse, "Se eu não posso adquirir esta bênção, eu não posso viver"; outro disse, "Há algo, há algo, oh, meu Deus, meu Deus, me ajuda; me santifique; endireite meu coração"; e enquanto nós cantamos: <br />
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Me salva agora, me salva agora,<br />
Meu Jesus me salva agora, <br />
Uma querida irmã jovem se aproximou à mesa, então mais duas pessoas a seguiram; e nós cantamos novamente, <br />
Me salva agora, me salva agora.<br />
Sim, Jesus me salva agora. <br />
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Muitos mais foram tocados. Nós caímos novamente de joelhos. Cinco ou seis mais vieram à frente. Um homem tirou seu cachimbo do seu bolso, e o pôs na mesa, resolvido que este nunca mais ficaria entre a sua alma e Deus. Então seis ou sete mais vieram à frente. Então quase não pudemos nem cantar nem orar mais. Todos foram dominados pelo Espírito. Um jovem, depois de lutar e lutar durante quase uma hora, gritou "Glória, glória, glória, alcancei. Oh, Glória a Deus!" Uma jovem balançou a sua cabeça, dizendo, " Não, hoje não" mas logo foi vista no chão intercedendo poderosamente com Deus... E todos se uniram cantando as palavras, <br />
Eu Te tenho oh! Eu Te tenho,<br />
Todas as horas eu Te tenho; <br />
E um irmão disse, "Oh, oh! se este ai não é o céu, como será o céu?" Outro irmão disse, "Eu tenho que pular"; Eu disse, "Então pule" e ele pulou por todo lado. Assim nós cantamos, choramos, rimos, gritamos, e depois que vinte e três tinham se entregado ao Mestre, confiando nele para os guardar do pecado, tanto como Ele tinha perdoado os seus pecados, nós encerramos cantando <br />
Glória, glória Jesus me salva,<br />
Glória, glória ao Cordeiro<br />
Glória, glória ao Cordeiro.<br />
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A Revista da Missão Cristã de Setembro de 1878 relata "Uma Noite de Oração" na noite do 8 a 9 de agosto: Ninguém que viu aquela cena de oração contundente e fé triunfante jamais iria esquece-la. Nós vimos um mineiro labutando com os seus punhos no chão e no ar, da mesma maneira que ele foi acostumado lutar com a pedra no seu trabalho diário, até que enfim ele ganhou o diamante que ele estava buscando - libertação perfeita da mente carnal - e se levantou gritando e quase pulando de alegria. Homens grandes, como também as mulheres, caíram no chão, ficando deitados durante algum tempo como se fossem mortos, subjugados com o Poder do Alto. Quando a alegria da libertação poderosa de Deus caiu sobre alguns, eles riram e também choraram de alegria, e alguns dos evangelistas mais jovens poderiam ter sido vistos, como rapazes brincando, abraçados e rodando um em cima do outro no chão.<br />
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A missão continuou a crescer, mesmo sofrendo muita oposição. No Natal de 1878 o nome da Missão Cristã mudou para "O Exército de Salvação", e William Booth foi chamado de seu General (um título que ele resistiu, no início, por achar pretensioso). <br />
<br />
Por causa das suas táticas de invadir as ruas e áreas pobres com a pregação do Evangelho, o Exército de Salvação foi, nos primeiros anos, muito perseguido: <br />
<br />
Num só ano – 1882 – 669 soldados do Exército de Salvação foram atacados ou brutalmente assaltados. Sessenta prédios foram quase demolidos pelas multidões. Até 1.500 policiais de plantão todo domingo, pareciam ser incapazes de proteger as tropas do Booth. <br />
<br />
E os resultados continuaram: <br />
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Não intimidados pela perseguição e pobresa, estes guerreiros, entre 1881 e 1885 levaram 250.000 homens e mulheres aos altares do Exercíto.<br />
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Seu crescimento não foi limitado ao país da Inglaterra. O Exércíto se estendeu aos EUA e Austrália em 1880, e à França no ano seguinte. Divisões na África do Sul e Nova Zelândia começaram em 1883. <br />
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Catherine Booth, a "Mãe do Exercito de Salvação" faleceu no dia 4 de outubro de 1890. Nesse ano, o Exército já tinha alcançado um sucesso inimaginável desde seu início, vinte e cinco anos antes: <br />
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Agora eles estavam operando quase 2.900 centros – mais que 775.000 de imóveis, a maioria hipotecada. Levantaram 18.750.000 para ajudar homens para quem o mundo negou uma segunda chance. A bandeira "Sangue e Fogo" estava levantada em trinta e quatro países. Na Sede Internacional, o assunto da salvação agora envolveu 600 telegramas, 5.400 cartas cada semana. <br />
<br />
Mas Booth tinha ganho mais que território e fundos: ele ganhou os olhos e os ouvidos do mundo. Cada semana seus 10.000 oficiais, a maioria com menos de vinte e cinco anos, pregaram o Evangelho à multidões em 50.000 reuniões. Somente na Inglaterra, visitaram 54.000 lares cada semana. Seus vinte e sete jornais alcançaram trinta e um milhões de leitores.3 <br />
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Em 1909 o Booth, agora com oitenta anos mas sempre um evangelista, começou suas "Campanhas Motorizadas" onde ele viajou pela Inglaterra de carro, evangelizando: Foi como se Booth, mais perto da sua audiência desde o dias da Missão Cristã, queimou com a chama de Deus. Numa vez, viajando para o norte, seu carro foi parado por operários que fecharam a rua com uma corda. Mas, quando ele se levantou do banco, a voz de Booth parecia hipnotizá-los. "Alguns de vocês homens nunca oram – vocês pararam de orar há muito tempo. Mas vou dizer a vocês, vocês não vão orar para seus filhos, para que eles possam ser diferentes?" <br />
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Dentro de minutos, o neto do General, Wycliffe relembra, a rua se tornou uma panorama sem fim de cabeças descobertas enquanto setecentos homens se ajoelharam em adoração silenciosa.<br />
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William Booth faleceu no dia 20 de agosto de 1912. Em sessenta anos como evangelista, Booth viajou cinco milhões de milhas, pregando quase 60.000 sermões – e seu espírito hipnótico atraiu 16.000 oficiais para seguir a bandeira em cinquenta e oito países, para pregar o evangelho em trinta e quatro línguas. Em 1881, quando Booth mudou-se para a Rua Queen Vitória, os obreiros da Sede se sentiram sobrecarregados abrindo mil cartas cada semana. Agora eles estavam afundados numa enchente de mil cartas cada dia.<br />
<br />
O Exército de Salvação ficou muito conhecido por causa das suas muitas obras sociais, mesmo que essas tenham sido o resultado de um verdadeiro avivamento e uma paixão pelas almas perdidas. Comentando sobre isso, Booth escreveu: "Nossa Obra Social é, essencialmente, uma atividade religiosa. Ela não pode ser contemplada, iniciada nem continuada com grande sucesso, sem um coração cheio de compaixão e amor, e revestido com o poder do Espírito Santo."<br />
<br />
Enquanto mulheres chorarem, como elas o fazem agora, eu lutarei;<br />
Enquanto crianças pequenas tem fome, eu lutarei;<br />
Enquanto homens vão para a prisão, entram e saem,<br />
entram e saem,<br />
Como eles o fazem agora, eu lutarei;<br />
Enquanto há um bêbado remanescente,<br />
Enquanto há uma pobre menina perdida nas ruas,<br />
Enquanto houver uma alma em trevas sem a luz de Deus - eu lutarei,<br />
Eu lutarei até o final. - General William BoothJânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-3183125377532886972012-01-06T16:40:00.001-08:002012-01-06T16:40:43.635-08:00A Biografia de David LivingstonePor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
Jsoliveiraconstrucoes.wordpress.com<br />
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Célebre missionário e explorador<br />
(1813-1873)<br />
Certo comerciante, ao visitar a abadia de Westminster, em Londres, onde se acham sepultados os reis e vultos eminentes da Inglaterra, inquiriu qual o túmulo, excluindo o do "soldado desconhecido", que é mais visitado. O por¬teiro respondeu que era o de Davi Livingstone. São poucos os humildes e fiéis servos de Deus que o mundo distingue e honra assim.<br />
<br />
momento em que Livings¬tone compareceu perante eles, magro e delgado, depois de cair trinta e uma vezes de febre nas matas da África, e com um braço descansando numa tipóia, depois do encontro com um leão, os alunos guardaram grande silêncio. Ouvi¬ram, com o maior respeito, tudo que o orador relatou e amaneira como Jesus cumprira a sua promessa: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos".<br />
<br />
Davi Livingstone nasceu na Escócia. Seu pai, Neil Li¬vingstone, contava aos filhos as proezas de seus antepassa¬dos, por oito gerações. Um dos bisavôs de Davi, com a família, fugira dos cruéis pactuários, para os pantanais e montes escabrosos, onde podia adorar a Deus em espírito e em verdade. Mas mesmo esses cultos, que se realizavam entre os espinhos e, às vezes, no gelo, eram interrompidos, de vez em quando, pela cavalaria que chegava galopando para matar ou levar presos, tanto homens como mulheres. Os pais de Davi criaram seus filhos no temor do Se¬nhor. O lar era sempre alegre e servia como notável modelo de todas as virtudes domésticas. Não se perdia uma hora durante os sete dias da semana e o domingo era esperado e honrado como o dia de descanso. Com a idade de nove anos, Davi ganhou um Novo Testamento, prêmio oferecido ao repetir de cor o capítulo mais comprido da Bíblia, o Sal¬mo 119.<br />
<br />
"Entre as recordações mais sagradas da minha infân¬cia", escreveu Livingstone, "estão as da economia da mi¬nha mãe para que os poucos recursos fossem suficientes para todos os membros da família. Quando completei dez anos de idade, meus pais me colocaram em uma tecelagem para que eu ajudasse a sustentar a família. Com parte do salário da primeira semana, comprei uma gramática de la¬tim". Davi iniciava o dia na tecelagem, às seis horas da ma¬nhã e, com intervalos para o café e o almoço, trabalhava até oito da noite. Segurava a sua gramática aberta na má¬quina de fiar algodão e, enquanto trabalhava, estudava-a linha por linha. Às oito horas da noite, dirigia-se, sem per¬der tempo, à escola noturna. Depois das aulas, estudava as lições para o dia seguinte, às vezes, até a meia-noite, quan¬do a mãe tinha de obrigá-lo a apagar a luz e dormir. A inscrição no túmulo dos pais de Davi Livingstone in¬dica as privações no lar paterno:<br />
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Para marcar o lugar onde descansa<br />
Neil Livingstone, e<br />
Agnes Hunter, sua esposa<br />
e para exprimir a gratidão a Deus<br />
dos seus filhos:<br />
João, Davi, Janet, Carlos e Agnes,<br />
por pais pobres e piedosos<br />
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Os amigos insistiam em que ele mudasse as últimas pa¬lavras para "pais pobres, mas piedosos". Contudo, Davi recusou porque, para ele, tanto a pobreza, como a piedade eram motivos de gratidão. Sempre considerou o fato de aprender a trabalhar longos dias, mês após mês, ano atrás ano, na fábrica de algodão, uma das maiores felicidades da sua vida.<br />
<br />
Nos dias feriados, Davi gostava de pescar e fazer longas excursões pelos campos e às margens dos rios. Esses pas¬seios extensos lhe serviam tanto de instrução como de re¬creio; saía para verificar na própria natureza o que estuda¬ra nos livros sobre botânica e geologia. Sem o saber, ele as¬sim se preparava em corpo e mente para as explorações científicas e para o que escreveria com exatidão acerca da natureza na África.<br />
<br />
Aos vinte anos, houve grande mudança espiritual em Davi Livingstone, que determinou o rumo de todo o resto da sua vida. "A bênção divina inundou-lhe o ser como inundara o coração do apóstolo Paulo ou de Agostinho, e outros do mesmo tipo, dominando os desejos carnais... Atos de abnegação, muito difíceis de executar sob a lei fér¬rea da consciência, tornaram-se em serviços de vontade li¬vre sob o brilho do amor divino... É evidente que fora movido por uma força calma, mas tremenda, dentro do pró¬prio coração, até o fim da vida. O amor que começou a co¬movê-lo, na casa paterna, continuou a inspirá-lo durante todas as longas e enfadonhas viagens pela África, e o levou a ajoelhar-se, à meia-noite, no rancho em Ilala, de onde seu espírito, enquanto ainda orava, voltou ao seu Deus e Salvador.<br />
<br />
Davi, desde a infância, ouvia falar de um missionário valente na China, cujo nome era Gutzlaff. Nas suas ora¬ções, à noite, ao lado de sua mãe, orava por ele. Com a idade de dezesseis anos, Davi começou a sentir desejo profun¬do de fazer conhecido o amor e a graça de Cristo àqueles que jaziam em densas trevas, e resolveu firmemente no co¬ração dar, também sua vida, como médico e missionário, ao mesmo país, a China.<br />
<br />
Ao mesmo tempo, o professor da sua classe na Escola Dominical, Davi Hogg, o aconselhava: "Ora, moço, faça da religião o motivo principal da sua vida cotidiana e não uma coisa inconstante, se quer vencer as tentações e outras coisas que o querem derribar". E Davi assentou no seu co¬ração dirigir sua vida por essa norma. Ao completar nove anos de serviços na fábrica, foi pro¬movido a um trabalho mais lucrativo. Conseguiu comple¬tar seus estudos, recebendo o diploma de licenciado da Fa¬culdade de Médicos e Cirurgiões de Glasgow, sem ter rece¬bido um tostão de auxílio de alguém. Se os crentes não o tivessem aconselhado a que falasse à Sociedade Missionária de Londres acerca de enviá-lo como missionário, ele depois declarou que teria ido por seus próprios esforços.<br />
<br />
Durante todos os anos de estudos para ser médico e missionário, sentia-se dirigido para ir a China. Certa vez, numa reunião, ouviu o discurso de um homem, de barba comprida e branca, alto, robusto e de olhos bondosos e pe¬netrantes, chamado Roberto Moffat. Esse missionário vol¬tara da África, um país misterioso, cujo interior era então desconhecido. Os mapas desse continente tinham no cen¬tro enormes espaços em branco, sem rios e sem serras. Fa¬lando da África, Moffat disse a Davi Livingstone: "Há uma vasta planície ao norte, onde tenho visto, nas manhãs ensolaradas, a fumaça de milhares de aldeias, onde ne¬nhum missionário ainda chegou".<br />
<br />
Comovido, ao ouvir falar em tantas aldeias sem o Evangelho e sabendo que não podia mais ir à China por causa de guerra que havia naquele país, Livingstone res¬pondeu: "Irei imediatamente para a África". Com isso os irmãos da missão concordaram e Davi vol¬tou ao humilde lar em Blantire para se despedir dos pais e irmãos. Às cinco horas da manhã, do dia 17 de novembro de 1840, a família se levantou. Davi leu os salmos 121 e 135com eles. As seguintes palavras ficaram gravadas no seu coração, para o fortalecerem no calor e perigos durante os longos anos que passou depois, na África: "O sol não te molestará de dia e nem a lua de noite... O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre". Depois de orarem, despediu-se da sua mãe e irmãs e andou a pé, com seu pai que o acompanhou até Glasgow. Depois de se despedirem um do outro, Davi embarcou no navio para não mais ver, aqui na terra, o rosto nobre de Neil Li¬vingstone.<br />
<br />
A viagem de Glasgow ao Rio de Janeiro e, por fim, à ci¬dade do Cabo, na África, durou três meses. Mas Davi não desperdiçou o tempo. O comandante se tornou seu amigo íntimo e ajudou-o a preparar os cultos, nos quais Davi pre¬gava aos tripulantes do navio. O novo missionário aprovei¬tou, também, a oportunidade a bordo para aprender a usar o sextante e saber exatamente a posição do navio, obser¬vando a lua e as estrelas. Essa ciência lhe foi mais tarde de incalculável valor para orientar-se nas viagens de evangelização e exploração no imenso interior desconhecido do qual "subia a fumaça de mil vilas sem missionário".<br />
<br />
Da cidade do Cabo, a viagem de 190 léguas foi feita aos solavancos, num carro de boi, através de campos incultos. A viagem durou dois meses, até chegar em Curumã, onde devia esperar o regresso de Roberto Moffatt. Desejava es¬tabelecer-se em um lugar cinqüenta a sessenta léguas mais para o norte de qualquer outro em que houvesse obra mis¬sionária.<br />
<br />
Para aprender a língua e os costumes do povo, nosso pioneiro passava o tempo viajando e vivendo entre os indí¬genas. O seu boi de sela passava a noite amarrado, en¬quanto ele assentava-se com os africanos ao redor do fogo, ouvindo as lendas dos seus heróis. Livingstone, por sua vez, contava-lhes as preciosas e verdadeiras histórias de Belém, da Galiléia e da Cruz. Continuou sempre os seus estudos enquanto viajava, fazendo mapas dos rios e serras do território percorrido. Em uma carta a um amigo escre¬veu que descobrira trinta e duas qualidades de raízes co¬mestíveis e quarenta e três espécies de fruteiras que davam no deserto sem serem cultivadas. De um ponto que alcançou, faltavam-lhe apenas dez dias de viagem para chegar ao grande lago Ngami, que descobriu sete anos depois.<br />
<br />
De Curumã, o missionário, licenciado da Faculdade de Médicos e Cirurgiões de Glasgow, escreveu a seu pai: "Te¬nho uma clientela grande. Há pacientes aqui que andaram mais de sessenta léguas para receberem tratamento médi¬co. Esses, ao regressarem, enviarão outros para o mesmo fim".<br />
<br />
Estabeleceu a sua primeira missão no lindo vale de Mabotsa, na terra de Bacarla. Em uma carta, escrita de Curumã, Livingstone assim descreveu o local que escolhe¬ra para centro de evangelização: "Está situado em um an¬fiteatro de serras que se intitula ‘Mabotsa‘, isto é, ‘Ceia de Bodas‘. Que Deus nos ilumine com a sua presença, para que, por intermédio de servos tão fracos, muito povo ache entrada para a Ceia das Bodas do Cordeiro!"<br />
<br />
Foi em Mabotsa que teve o histórico encontro com um leão. Acerca disso escreveu Davi: "Ele saltou e me alcan¬çou o ombro; ambos fomos ao chão. Rosnando horrivel¬mente perto do meu ouvido, sacudiu-me como um cão faz a um gato. Os abalos que me deu o animal produziram-me um entorpecimento igual ao que deve sentir um rato, de¬pois da primeira sacudidela que lhe dá o gato. Atacou-me uma espécie de adormecimento, em que não senti dor nem sensação de temor".<br />
<br />
Contudo, antes de a fera ter tempo de o matar, deixou-o para atacar outro homem que, de lança na mão, entrara na luta. O ombro dilacerado de Livingstone nunca sarou completamente: ele nunca mais pôde apontar um rifle ou levar a mão à cabeça sem sentir dores.<br />
<br />
Foi na casa de Roberto Moffatt, em Curumã, que che¬gou a conhecer Maria, a filha mais velha desse missioná¬rio. Depois de abrir a missão em Mabotsa os dois se casa¬ram. Seis filhos foram o fruto desse enlace.<br />
<br />
Depois de Livingstone se casar, a Escola Dominical em Mabotsa transformou-se em escola diária, tendo sua espo¬sa como professora. Schele, o chefe da tribo, tornou-se grande estudante da Bíblia, mas queria "converter" todo o seu povo à força de "litupa", isto é, chicote de couro de ri¬noceronte. Schele iniciou culto doméstico em casa e o próprio Livingstone se admirou da sua maneira, simples e na¬ta, de orar. Era o costume de Livingstone começar o dia com culto doméstico e não é de admirar que o chefe o ado¬tasse também.<br />
<br />
Livingstone foi obrigado a mudar-se para Chonuane, dez léguas distante e, mais tarde, por falta de água, ele e todo o povo mudaram-se para Colobeng. Foi nesse último lugar que o chefe da tribo construiu uma casa para os cul¬tos e Livingstone construiu com grande sacrifício de di¬nheiro e labor, a sua terceira casa de residência. Nessa casa morou cinco anos para nunca mais conseguir fixar re¬sidência em qualquer lugar na terra.<br />
<br />
Acerca do trabalho nesse lugar, assim se expressou: "A-qui temos um campo muitíssimo difícil de cultivar... Se não confiássemos que o Espírito Santo opera em nós, desis¬tiríamos em desespero".<br />
<br />
Através do deserto de Calari, chegavam boatos de um grande lago e de um lugar chamado ‘‘Fumaça Barulhen¬ta", o que ele julgava ser uma grande cachoeira. As secas o oprimiam tanto em Colobeng que Livingstone resolveu fa¬zer uma viagem de exploração e achar um lugar mais ideal para estabelecer a sua missão. Assim, em 1º de junho de 1849, com o chefe da tribo, seus "guerreiros", três brancos e sua família, saíram para atravessar o grande deserto de Calari. O guia do grupo, Romotobi, conhecia o segredo de subsistir no deserto, cavando com as mãos e chupando a água debaixo da areia por meio dum canudo. Depois de viajarem muitos dias, chegaram ao rio Zouga. Ao inquirir os indígenas, estes o informaram de que o rio tinha nascente em uma terra de rios e florestas. Li¬vingstone ficou convicto de que o interior da África não era um grande deserto como o mundo de então supunha, e o seu coração ardia com o desejo de achar uma via fluvial, para outros missionários irem para o interior do continen¬te, com a mensagem de Cristo.<br />
<br />
"A perspectiva", escreveu ele, "de achar um rio que dê entrada a uma vasta, populosa e desconhecida região, au¬mentou constantemente desde então; aumentou tanto que, quando, por fim chegamos ao grande lago, esse impor¬tante descobrimento, em si mesmo, parecia de pouca monta". <br />
<br />
Foi em 1º de agosto de 1849 que o grupo atingiu o lago Ngami, tão grande é esse lago que, de uma margem, não se avista a margem oposta. Sofreram longos dias de cruciante sede sem obter uma gota dágua, mas venceram todas as di¬ficuldades e descobriram esse lago enquanto outros explo¬radores mais bem equipados, mas menos persistentes, fa¬lharam.<br />
<br />
As notícias do descobrimento foram comunicadas à Royal Geographical Society, o que lhe votou uma bela re¬compensa de vinte e cinco guinéus, "por ter descoberto uma importante terra, um importante rio e um grande lago". O grupo teve de voltar a Colobeng. Depois de alguns meses, porém, iniciou novamente viagem para o lago Nga¬mi. Não queria separar-se da sua família e levou-a em um carro de boi. Mas, ao alcançar o rio Zouga, os filhos foram atacados pela febre e ele teve de voltar com a família. Nas¬ceu-lhe uma filha, que morreu logo de febre. Livingstone, contudo, ficou mais firme do que nunca, na sua resolução de achar um caminho para levar o Evangelho ao interior da África. Depois de descansar alguns meses com a família, na casa de seu sogro, em Curumã, saíram com o propósito de achar um lugar saudável onde pudesse estabelecer uma missão mais para o interior. Foi nessa viagem, em junho de 1851, que descobriu o maior rio da África Oriental, o Zam¬beze, rio do qual o mundo de então nunca ouvira falar.<br />
<br />
No seguinte trecho que Livingstone escreveu, descobre-se algo do que tinham de sofrer nessas viagens: "Um dos assistentes desperdiçou a água que levávamos no carro e, à tarde, tínhamos apenas um restinho para as crianças. Pas¬samos a noite angustiados e na manhã seguinte, quanto menos havia de água, tanto mais aumentava a sede das crianças. O pensamento de elas perecerem diante de nos¬sos olhos, nos perturbava. Na tarde do quinto dia, senti¬mos grande alívio, quando um dos homens voltou trazendo tanto desse líquido como jamais antes havíamos pensado."<br />
<br />
Livingstone, convicto de que era a vontade de Deus que saísse para estabelecer outro centro de evangelização, ecom indômita fé de que o Senhor supriria todo o necessário para cumprir a sua vontade, avançava sem vacilar.<br />
<br />
Depois de descobrir o rio Zambeze, Livingstone veio a saber que os lugares saudáveis eram sujeitos a serem saqueados em qualquer tempo por outras tribos. Só nos lugares infestados de doença e febre é que se achavam tribos específicas.<br />
<br />
Resolveu, portanto, enviar a esposa para descansar na Inglaterra enquanto ele continuava as suas explorações a fim de estabelecer um centro para a obra de evangelização. Via-se forçado a estabelecer tal centro, porque os boêres holandeses invadiam o território, roubando as terras e o gado dos indígenas, pondo em prática um regime da mais vil escravatura. Livingstone enviou crentes fiéis para evangelizar os povos em redor, mas os boêres acabaram com essa obra, matando muitos dos indígenas e destruindo to¬dos os bens que o missionário possuía em Colobeng. Livingstone levou sua família para a cidade do Cabo, de onde seus queridos embarcaram em um navio para a In¬glaterra.<br />
<br />
Foi nesse tempo, quando Deus suprira todo o necessá¬rio para a família voltar à Inglaterra, que disse: "Oh! Amor divino, eu não te amo com a força, a profundidade e o ardor que convém!"<br />
<br />
A separação da família causou-lhe profunda mágoa, mas dirigiu o rosto heroicamente de novo para socorrer as infelizes tribos do interior da África.<br />
<br />
Havia três motivos que o aconselhavam a fazer uma viagem de exploração: Primeiro, queria achar um lugar para residir com a família entre os "barotses" e evangeli¬zá-los. Segundo, a comunicação entre o território dos "ba¬rotses" e a cidade do Cabo era muito demorada e difícil e queria descobrir um caminho para um porto mais próxi¬mo.<br />
<br />
Terceiro, queria fazer todo o possível para influenciar as autoridades contra o horrendo tráfico de escravos. Foi nessa época da sua vida que Livingstone, por suas proezas, tornou-se conhecido no mundo inteiro.<br />
<br />
No seu ardor, desejando que Deus lhe poupasse a vida e o usasse em abrir o continente para a entrada do Evange¬lho, orou assim: "Ó Jesus, rogo que me enchas agora com oteu amor e me aceites e me uses um pouco para a tua gló¬ria. Até agora não fiz nada para ti, mas quero fazer algo. Oh! eu te imploro que me aceites e me uses e que seja tua toda a glória". Escreveu mais ainda: "Não valeria coisa al¬guma o que possuo ou o que possuirei, a não ser em relação ao reino de Cristo. Se alguma coisa que tenho pode servir para o seu reino, dar-lha-ei a Ele, a quem devo tudo neste inundo e durante a eternidade".<br />
<br />
Livingstone atravessou, ida e volta, o continente africa¬no, desde a foz do Zambeze a São Paulo de Luanda, faça¬nha essa realizada pela primeira vez por um branco. Nas suas memórias que escrevia diariamente, nota-se como ad¬mirava as lindas paisagens de um continente que o mundo julgava ser um vasto deserto.<br />
<br />
Chegou a Luanda, magro e doente. Apesar da insistên¬cia do cônsul britânico para que regressasse à Inglaterra, a fim de recuperar a saúde abalada, ele voltou novamente, por outro caminho, para levar seus fiéis companheiros até em casa, conforme lhes prometera antes de iniciarem a viagem. Nessa viagem, Livingstone descobriu as magníficas ca¬taratas de Vitória, nome que ele deu às grandes quedas em honra da rainha da Inglaterra. Nesse lugar, o rio Zambeze tem a largura de mais de um quilômetro; ali as águas desse grande rio se precipitam espetacularmente de uma altura de cem metros.<br />
<br />
Levingstone continuou a pregar o Evangelho constan¬temente, às vezes a auditórios de mais de mil indígenas. Antes de tudo, esforçava-se para ganhar a estima das tri¬bos hostis, por onde passava, por sua conduta cristã, em grande contraste com a dos mercadores de escravos. Sozinho, com os seus fiéis macololos, caiu trinta e uma vezes de febre nos matagais, durante um período de sete meses. Mas não era tanto o sofrimento físico. Suas cartas revelam a sua angústia de espírito ao ver os horrores do povo africano massacrado e arrebatado dos seus lares, con¬duzido como gado para ser vendido no mercado. De um lu¬gar alto onde subiu, contou dezessete aldeias em chamas, incendiadas por esses nefandos mercadores de seres huma¬nos.Prometera à sua esposa reunir-se com a família depois de dois anos, mas passaram-se quatro anos e meio antes que ela recebesse qualquer notícia dele!<br />
<br />
Por fim, após uma ausência de dezessete anos da pá¬tria, regressou à Inglaterra. Voltou à civilização e à sua família como quem volta da morte. Antes de desembarcar, soube que seu querido pai falecera. Em toda a história de Livingstone, não se conta um acontecimento mais como¬vente do que o seu encontro com a esposa e filhos. Na In¬glaterra, foi aclamado e honrado como heróico descobridor e grande benfeitor da humanidade. Os diários publicavam os seus atos de bravura. As multidões afluíam para ouvi-lo contar a sua história. "O doutor Livingstone era muito hu¬milde... Temia passear nas ruas, receando ser atropelado pelas massas. Certo dia, na Regent Street, em Londres, foi apertado por tão grande multidão, que só com grande difi¬culdade conseguiu refugiar-se num táxi. Pela mesma razão evitava ir aos cultos. Certa vez, desejoso de assistir ao cul¬to, meu pai persuadiu-o a ocupar um assento debaixo da galeria, em um lugar não visível ao auditório. Mas foi des¬coberto e o povo passou por cima dos bancos para cercá-lo e apertar-lhe a mão".<br />
<br />
Uma das muitas coisas que levou a efeito, enquanto na Inglaterra, foi a de escrever seu livro: Viagens Missioná¬rias, obra que alcançou enorme circulação e produziu mais interesse na questão africana do que qualquer movimento anterior.<br />
<br />
Em março de 1858, com a idade de 46 anos, Livingsto¬ne, acompanhado de sua esposa e filho mais novo, Osval¬do, embarcou novamente para a África. Deixando os dois na casa do sogro, o missionário Moffatt, Livingstone conti¬nuou as suas viagens. No ano seguinte, descobriu o lago Niassa. Recebeu, também, uma carta da esposa, da casa de seus pais em Curumã, informando-o do nascimento de mais uma filha. A menina já estava há quase um ano no mundo quando o pai soube do seu nascimento.<br />
<br />
As explorações dos rios Zambeze, Tete e Shire e do lago Niassa, foram feitas com o propósito de saber quais os pon¬tos mais estratégicos para a evangelização, e missionários foram enviados da Inglaterra para ocuparem esses lugares.Em 1862 a esposa reuniu-se a ele novamente, e acom¬panhava-o nas viagens, mas três meses depois faleceu, vítima da febre e foi enterrada em uma encosta verdejante na margem do rio Zambeze. Np seu diário, Livingstone as¬sim escreveu: "Chorei-a porque merece as minhas lágri¬mas. Amei-a ao nos casarmos, e quanto mais tempo vivía¬mos juntos, tanto mais a amava. Que Deus tenha piedade dos filhos..."<br />
<br />
Um dos maiores obstáculos que Livingstone enfrentou na obra missionária foi o terror dos indígenas ao verem um rosto de homem branco. Aldeias inteiras em ruínas; fugiti¬vos escondendo-se nos campos de alto capim, sem nada te¬rem para comer; centenas de esqueletos e cadáveres inse¬pultos; comboios de homens e mulheres algemados aos troncos, seguros pelo pescoço, eram conduzidos aos portos - É difícil concebermos a magnitude da desolação criada por homens cruéis que participavam do tráfico de escra¬vos.<br />
<br />
Esses homens tentavam, também, com ódio cruel e arte diabólica, terminar com a obra de Livingstone. Final¬mente conseguiram, por meio da política do seu país, indu¬zir a Inglaterra a chamá-lo de volta à sua terra. Foi assim que Livingstone chegou de novo à sua pátria depois de uma ausência de cerca de oito anos.<br />
<br />
Os crentes e amigos na Inglaterra, animados pela visão de Livingstone, começaram a orar e enviar-lhe dinheiro para continuar sua obra no continente negro. O nosso herói desembarcou pela terceira e última vez na África, em Zanzibar.<br />
<br />
Na expedição que iniciou em Zanzibar, descobriu os la¬gos Tanganyka (1867), Moero (1867) e Bangueolo (1868). Passou cinco longos anos explorando as bacias desses la¬gos. A oração e a Palavra de Deus foram o seu sustento es¬piritual durante esses anos de provações, que sofria por parte dos negociantes de escravos.<br />
<br />
Resolveu, então, fazer o possível para descobrir as nas¬centes do rio Nilo e solver um problema que durante mi¬lhares de anos havia zombado dos geógrafos. Sabia que se descobrisse as nascentes do famoso Nilo, o mundo todo lhe daria ouvidos acerca da chaga aberta da África, com o comércio de escravos. É interessante conhecer o que ele es¬creveu: "O mundo acha que busco fama, porém eu tenho uma regra, isto é, não leio coisa alguma sobre os elogios que me fazem". Ele sabia que, ao findar a escravatura, o continente se abriria para deixar entrar o Evangelho.<br />
<br />
Durante os longos intervalos entre os períodos em que suas cartas eram recebidas na Inglaterra, vindas do coração da África, circularam boatos de que Livingstone mor¬rera. Não só os homens que traficavam com escravos que¬riam matá-lo, mas também muitos dos próprios indígenas, por não acreditarem existir um homem branco que fosse amigo de coração. Ele mesmo contou muitos fatos relacio¬nados com as ciladas na terra do Maniuema para o mata¬rem. Nesse lugar, ele escreveu no seu diário: "Li toda a Bíblia quatro vezes, enquanto estive em Maniuema". Na solidão achou grande conforto nas Escrituras.<br />
<br />
Reconhecia sempre a possibilidade de perecer nas mãos dos inimigos, mas sempre respondia à insistência dos ami¬gos com esta pergunta: - "Não pode o amor de Cristo cons¬tranger o missionário a ir onde a traficância leva o merca¬dor de escravos?"<br />
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Pela primeira vez, nos milhares de léguas que cami¬nhou, os pés do pioneiro falharam. Obrigado a ficar algum tempo em uma cabana, todos os seus companheiros o abandonaram, à exceção de três que ficaram com ele. Por fim, chegou a Ujiji, reduzido a pele e ossos, por cau¬sa da grave doença que sofrera em Maniuema. Não tinha recebido cartas havia dois anos e esperava receber também as provisões que enviara para lá. Contudo, as cartas não haviam chegado. Com o corpo enfraquecido, e destituído de roupas e alimentos, veio a saber que lhe tinham rouba¬do tudo. Nessa situação, ele escreveu: "Na minha pobreza senti-me como o homem que, descendo de Jerusalém a Je¬ricó, caiu nas mãos de ladrões. Não tinha esperança de que sacerdotes, levitas ou o bom samaritano viesse em meu so¬corro. Entretanto, quando minha alma se achava mais abatida, o bom samaritano já estava bem perto de mim!" O "bom samaritano" era Henrique Stanley, enviado pelo New York Herald, à insistência de muitos milhares de leitores desse jornal, para saber ao certo se Livingstone ainda vivia, ou, no caso de ter morrido, para trazer seu cor¬po. Stanley passou o inverno com Livingstone. Mas este se recusou a ceder à insistência daquele de voltar à Inglater¬ra. Livingstone podia voltar e descansar entre amigos, com todo o conforto, mas preferiu ficar e realizar seu anelo de abrir o continente africano ao Evangelho. A sua última viagem foi feita para explorar o Luapula, a fim de verificar se esse rio era a nascente do Nilo ou do Congo. Nessa região chovia incessantemente. Livingstone sofria dores atrozes; dia após dia tornava-se-lhe mais e mais difícil caminhar. Foi então carregado, pela primeira vez, pelos fiéis companheiros: Susi, Chuman e Jacó Wainwright, todos indígenas.<br />
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No seu diário, as últimas notas que escreveu dizem: "Cansadíssimo, fico... Recuperada a saúde... Estamos nas margens do Mililamo".<br />
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Chegaram à aldeia de Chitambo, em Ilala onde Susi fez uma cabana para ele. Nessa cabana, a 1º de maio de 1873, fiel Susi achou seu bondoso mestre de joelhos, ao lado da cama - morto. Orou enquanto viveu e partiu deste mundo orando!<br />
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Os dois fiéis companheiros, Susi e Chuman, enterra¬ram o coração de Livingstone abaixo de uma árvore em Chitambo, secaram e embalsamaram o corpo, e o levaram até a costa - viagem que durou alguns meses, pelo territó¬rio de várias tribos hostis. O sacrifício desses valentes fi¬lhos da África, sem terem qualquer propósito de remunera¬ção, não será esquecido por Deus, nem pelo mundo. O corpo, depois de chegar em Zanzibar, foi t<br />
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ansporta¬do para a Inglaterra, onde foi sepultado na Abadia de Westminster, entre os monumentos dos reis e heróis da¬quela nação. Não havia dúvida quanto ao corpo de Li¬vingstone; era fácil de identificar: o osso de cima do braço esquerdo tinha distintamente as marcas dos dentes do leão que o atacara.<br />
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Entre os que assistiram ao enterro, estavam seus filhos e o velho missionário Roberto Moffatt, pai da sua querida esposa. A multidão consistia de povo humilde, que o ama¬va e dos grandes, que o honravam e respeitavam.Conta-se que havia, entre as multidões que permane¬ciam nas calçadas das ruas de Londres no dia em que o cortejo, com o corpo de Davi Livingstone, passava, um ve¬lho chorando amargamente. Ao lhe perguntarem por que chorava, respondeu: - "É porque Davizinho e eu nascemos na mesma aldeia, cursamos o mesmo colégio e assistimos a mesma Escola Dominical, trabalhávamos na mesma má¬quina de fiar. Mas Davizinho foi por aquele caminho, eu por este. Agora ele é honrado pela nação, enquanto eu sou desprezado, desconhecido e desonrado. O único futuro para mim é o enterro de beberrão".<br />
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Não é somente o ambiente, mas a escolha na mocidade é que determina o destino, não só aqui no mundo, mas para toda a eternidade.<br />
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Quando Livingstone falou aos alunos da Universidade de Cambridge, em 1857, disse: "Por minha parte, nunca cesso de me regozijar por Deus ter-me apontado para tal ofício. O povo fala do sacrifício de eu passar tão grande parte da vida na África. - Será sacrifício pagar uma peque¬na parte da dívida, dessa dívida que nunca poderemos li¬quidar, do que devemos ao nosso Deus? É sacrifício aquilo que traz a bendita recompensa de saúde, o conhecimento de praticar o bem, a paz de espírito e a viva esperança de um glorioso destino? Longe esteja tal idéia! Digo com ênfa¬se: Não é sacrifício... Nunca fiz sacrifício. Não devemos fa¬lar dos nossos sacrifícios, ao nos lembrarmos do grande sa¬crifício que fez Aquele que desceu do trono de seu Pai, nas alturas, para se entregar por nós".<br />
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Se Livingstone não tivesse adoecido, teria descoberto as nascentes do Nilo. Durante os trinta anos que passou na África, nunca se esqueceu do seu alvo principal que era le¬var Cristo aos povos desse escuro continente. Todas as via¬gens que realizou foram viagens missionárias. Gravadas no seu túmulo podem ser lidas estas pala¬vras: "O coração de Livingstone jaz na África, seu corpo descansa na Inglaterra, mas sua influência continua". Gravados para sempre na história da Igreja de Cristo estão os grandes êxitos na África durante um período demais de 75 anos depois de sua morte, êxitos inspirados, em grande parte, pelas orações e persistência desse eminente servo de Deus, que foi fiel até a morte.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-26051350874030665272012-01-06T16:38:00.001-08:002012-01-06T16:38:59.734-08:00A Biografia de Christopher LovePor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
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Uma breve história do Pregador Presbiteriano de Gales<br />
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Sua vida e morte <br />
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I. Introdução<br />
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A era dos puritanos é repleta de diversas pessoas brilhantes que sofreram muito ou realizaram muito por causa de Cristo. Entre os chamados de gigantes puritanos, alguém sem dúvida encontrará nomes tais como: Jeremiah Burroughs, Richard Baxter, John Flavel, Richard Sibbes, Thomas Watson, Thomas Vincent e William Ames. Todavia, há um nome que freqüentemente está ausente dessa lista ou é pouco citado: Christopher Love. <br />
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Tiraram-lhe a vida quando ele tinha 33 anos e, talvez, essa seja uma razão de conhecermos pouco dele. A despeito de sua curta vida, as obras que escreveu sobrepassam a quantidade escrita por muitos outros teólogos puritanos cujos nomes são familiares para a maioria de nós. Pode ser o caso de que sua vida não tenha sido tão significativa na história como o foi sua morte. <br />
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O propósito deste artigo é dar uma olhada na vida e morte desse jovem puritano de quem J. I. Packer disse: “Christopher Love foi um jovem pregador galês e uma estrela em ascensão no mundo do ministério puritano”.<br />
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II. A Vida de Christopher Love<br />
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A. Os Primeiros Anos de Vida<br />
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O ano era 1618, e Christopher Love veio ao mundo em Cardiff, uma antiga cidade em Gales. Ele era o filho mais moço dos seus pais, mas era a criança da velhice deles e o portador do nome do pai. Pouco eles sabiam que sua vida duraria somente meros 33 anos e terminaria abruptamente no cadafalso de Tower Hill.<br />
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Seus pais não eram nem ricos, nem pobres e, mesmo assim, foram capazes de providenciar-lhe uma boa educação, embora nunca houvessem pretendido que ele entrasse para o ministério. Na infância, Love desenvolveu uma paixão por livros e por conhecimento, devotando “muito do tempo, tanto de noite como de dia, aos seus amados estudos”.<br />
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Antes dos quinze anos, Christopher Love nunca tinha ouvido um sermão. Um dia, pela novidade interessante que isso parecia ser, ele foi a um culto com outros para ver um homem no púlpito, William Erbery.<br />
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Todavia, por meio do sermão Deus deu a Love uma tamanha visão de sua pecaminosidade que ele foi para casa aquela noite em profunda tristeza e medo do inferno. Antes de chegar a casa, o Senhor tinha salvado Love mediante Seu amor. A mudança que se operou durante o caminho para casa foi tão visível que seu pai imediatamente a percebeu. <br />
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Vendo o filho em tal estado de melancolia, o sr. Love aconselhou-o a se unir a seus amigos num clube de homens para um jogo usual. Mas Christopher Love não participaria mais das veredas pecaminosas de outrora.<br />
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No dia seguinte Love pediu permissão ao pai para assistir a uma palestra à noite, na igreja. O pai recusou de maneira inflexível e trancou-o no cômodo superior da casa. Love fugiu pela janela por meio de uma corda improvisada e pegou o caminho para a igreja. Ele pensou que seria melhor desagradar seu pai terreno do que ofender seu novo Pai celestial. Tal coragem pela Palavra de Deus o levaria à sua morte dezoito anos mais tarde.<br />
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Love encontrou comunhão com o irmão Erbery e lhe derramou o coração. Muitos dos amigos com quem ele costumava desfrutar os vícios também vieram à fé em Cristo e agora freqüentemente ficavam juntos nas últimas horas da noite para orar e jejuar, separando duas noites por semana para seus exercícios devocionais. Antigamente chamado de apostador, ele era agora chamado de um “pequeno puritano”. Tudo isso trouxe muita tristeza a seu pai. Vendo o recente desprezo do pai pelo filho, Erbery pediu permissão parte ter o jovem Christopher Love vivendo com ele, para que ele pudesse instruí-lo mais e cuidar adequadamente dele. O sr. Love consentiu.<br />
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B. Seus Estudos e Início do Ministério<br />
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A vida com o irmão Erbery desenvolveu-se muito bem. Naquela época, ele conseguiu permissão para estudar em Oxford, a fim de se preparar para uma vida no ministério do evangelho de Jesus Cristo.<br />
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Seu pai consentiu, mas com muito desprazer. O único apoio que o pai lhe deu foi um cavalo sobre o qual ele podia cavalgar até Oxford.<br />
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Contudo, sua mãe secretamente lhe supria com algum dinheiro. Erbery também se esforçou para assistir o jovem. Ao chegar a Oxford, em 29 de julho de 1635, ele escolheu Christopher Rogers como tutor. Rogers tinha sido descrito a Love como o “arquipuritano”7, e essa foi a razão da escolha. Love se lançou completamente aos estudos, freqüentemente se privando de sono e recreação. Todavia, permaneceu, por algum tempo durante esse período em sua vida, uma tristeza pelos anos que havia gasto em pecado. Seu coração foi grandemente sobrecarregado, e, com poucos amigos a quem buscar a fim de encontrar conforto, ele aprendeu a se voltar para a graça de Deus. Graças a tudo isso Love desenvolveu um zelo pela Palavra e pela Igreja de Deus. Ele gastava horas na Igreja de São Pedro ouvindo sermões e muitas mais ainda pregando-os também, aprimorando seu dom.<br />
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Christopher Love saiu-se tão bem em seus estudos que Rogers, seu tutor, convidou-o para viver em sua própria casa. Em maio de 1639 Love se graduou com seu bacharelado e continuou para adquirir seu mestrado, mas foi expulso antes de alcançar esse nível. Sua expulsão foi devida à sua recusa em assinar os mandatos do Arcebispo Laud durante a convocação. Ele foi readmitido mais tarde em 1645 e recebeu o título de mestre em 1645. Love foi o primeiro a recusar assinar os novos cânones de Laud.<br />
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Durante o tempo de sua expulsão, Love foi convidado para a casa do xerife Warner para servir como um capelão doméstico. O amor da família por ele tornou-se profundo e ele foi usado por Deus para trazer vários membros dela à fé em Cristo. Foi nessa casa que Love encontrou sua amada Mary Stone, a enfermeira do xerife. Seis anos mais tarde (9 de abril de 1645) eles se casaram. Love foi também convidado a ocupar a posição de professor acadêmico na Saint Anne’s, mas o bispo de Londres se opôs veementemente, pois ele não era ordenado, de forma que durante três anos “foi-lhe recusada sua concessão”. Recusando ser ordenado pela Igreja Anglicana, ele viajou para a Escócia a fim de buscar o rito de ordenação dos presbiterianos.<br />
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Desafortunadamente, os escoceses tinham determinado não ordenar ninguém ao ministério, a menos que a pessoa permanecesse no norte para realizar a obra do Senhor. Love fez grandes propostas para ser aceito entre eles, mas voltou para casa desapontado.<br />
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Ao retornar, foi convidado ao púlpito em Newcastle, em um domingo. Em seu sermão ele atacou o Livro da Oração Comum e as cerimônias da Igreja da Inglaterra. Por causa disso, ele foi preso com ladrões e assassinos. Enquanto encarcerado, muitas pessoas se reuniram para vê-lo, mas não lhes foi permitir visitá-lo; portanto, ele começou a pregar às multidões de fora através das barras do portão da prisão. Após algum tempo no cárcere, foi levado para Londres, julgado e absolvido de todas as acusações.<br />
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Algum tempo depois, Love foi acusado de traição e rebelião por pregar que uma guerra defensiva era justificável. Novamente ele foi considerado inocente. Pouco depois desse incidente, ele foi feito o capelão da guarnição militar de Windsor, que estava sob o comando do coronel John Veen. Ele foi grandemente amado por aqueles a quem ministrou, mesmo pelos que discordavam dele sobre os assuntos da igreja. Enquanto ministrava nesse posto, uma praga fulminou a cidade e o castelo. Embora muitos tenham morrido ao seu redor, Love corajosamente continuou ministrando. Apesar de se expor às infecções e à morte, o Senhor o preservou.<br />
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C. Sua Ordenação e Posterior Ministério<br />
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Naquela época, os presbiterianos chegaram ao poder. Isso deu a Love oportunidade para a ordenação que ele tinha tão intensamente desejado. “Na instigação de Edmund Calamy”, Christopher Love foi ordenado em 23 de janeiro de 1644, na Igreja Aldermanbury pelos senhores Horton, Bellers e Roberts. Durante o exame de ordenação foi-lhe perguntado se ele poderia sofrer pelas verdades de Cristo. Ele respondeu: “Eu tremo ao pensar sobre o que devo fazer em tal caso, especialmente quando considero como muitos se vangloriaram de que poderiam sofrer por Cristo, e, todavia, quando o momento chegou, negaram a Cristo e a Suas verdades em lugar de sofrer por eles. <br />
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Portanto, não ouso me vangloriar do que farei, mas, se este poder me for dado por Deus, então, eu não somente estarei disposto a ser preso, como também a morrer por causa do Senhor Jesus”. O reverendo Christopher Love cumpriria essas palavras em Tower Hill.<br />
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Durante os próximos poucos anos, Love pregou com severidade contra o episcopado e o Livro de Oração Comum, aos quais ele se referia. <br />
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Quando tomamos conhecimento da obra bravura e realizações deste e de outros personagens pós-bíblicos nos entusiasma a prosseguir rumo a realização da obra de Deus,e que Ele mesmo nos ajude a prosseguir seguindo as suas pisadas em nome de Jesus, amém.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-69697059347864666852012-01-06T16:35:00.001-08:002012-01-06T16:35:37.139-08:00A Biografia de Christmas EvansPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
p - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
Jsoliveiraconstrucoes.wordpress.com<br />
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O «João Bunyan de Gales» (1766-1838)<br />
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Estamos diante de um dos maiores avivalistas do século dezoito e dezenove e que serve para nos espelhar além de ter sido um dos maiores pregadores da história.Vamos acompanhar.<br />
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Fonte: Heróis da Fé<br />
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Seus pais deram-lhe o nome de Christmas porque nasceu no dia de "Christmas" (Natal), em 1766. O povo deu-lhe a alcunha de "Pregador Caolho" porque era cego de um olho. Alguém assim se referiu a Christmas Evans: "Era o mais alto dos homens, de maior força física e o mais corpulento que jamais vi. Tinha um olho só; se há razão para dizer que era olho, pois mais propriamente pode-se dizer que era uma estrela luzente, brilhando como Vênus". Foi chamado, também, "O João Bunyan de Gales", porque era o pregador que, na história desse país, desfrutava mais do poder do Espírito Santo. Em todo o lugar onde pregava, havia grande número de conversões. Seu dom de pregar era tão extraordinário, que, com toda a facilidade, podia levar um auditório de 15 a 20 mil pessoas, de temperamento e sentimentos vários, a ouvi-lo com a mais profunda atenção. Nas igrejas, não cabiam as multidões que iam ouvi-lo durante o dia; à noite, sempre pregava ao ar livre, sob o brilhar das estrelas. Durante a sua mocidade, viveu entregue à devassidão e à embriaguez. Numa luta, foi gravemente esfaqueado; ou¬tra vez foi tirado das águas como morto e, ainda doutra vez, caiu de uma árvore sobre uma faca. Nas contendas era sempre o campeão, até que, por fim, numa briga, seus companheiros cegaram-lhe um olho. Deus, contudo, fora misericordioso durante esse período guardando-o com vida para, mais tarde, fazê-lo útil no seu serviço.<br />
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Com a idade de 17 anos, foi salvo: aprendeu a ler e, não muito depois, foi chamado a pregar e separado para o ministério. Seus sermões eram secos e sem fruto até que, um dia, em viagem para Maentworg, segurou seu cavalo e en¬trou na mata onde derramou a sua alma em oração a Deus. Como Jacó em Peniel, de lá não saiu antes de receber a bênção divina. Depois daquele dia reconheceu a grande responsabilidade de sua obra; regozijava-se sempre no espírito de oração e surpreendeu-se grandemente com os frutos gloriosos que Deus começou a conceder-lhe. Antes destas coisas, possuía dons e corpo de gigante; porém, depois, foi-lhe acrescentado o espírito de gigante. Era corajoso como um leão e humilde como um cordeiro; não vivia para si, mas para Cristo. Além de ter, por natureza, uma mente ativa e uma maneira tocante de falar, tinha um coração que transbordava de amor para com Deus e o próximo. Verdadeiramente era uma luz que ardia e brilhava. No Sul de Gales andava a pé, pregando, às vezes, cinco sermões num só dia. Apesar de não andar bem vestido e de possuir maneiras desastrosas, afluíam grandes multidões para ouvi-lo. Vivificado com o fogo celestial, subia em espírito como se tivesse asas de anjo e quase sempre levava o auditório consigo. Muitas vezes os ouvintes rompiam em choro e outras manifestações, coisas que não podiam evi¬tar. Por isso eram conhecidos por "Saltadores Galeses".<br />
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Era convicção de Evans que seria melhor evitar os dois extremos: o excesso de ardor e a frieza demasiada. Porém Deus é um ser soberano, operando de várias maneiras. A alguns Ele atrai pelo amor, enquanto a outros Ele espanta com os trovões do Sinai, para acharem preciosa paz em Cristo. Os vacilantes, às vezes, são por Deus sacudidos sobre o abismo da angústia eterna, até clamarem pedindo misericórdia e acharem gozo indizível. O cálice desses transborda até que alguns, não compreendendo, perguntaram: - "Por que tanto excesso?"<br />
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Acerca da censura que faziam dos cultos, Evans escreveu: "Admiro-me de que o gênio mau, chamando-se ‘o anjo da ordem , queira experimentar tornar tudo, na adoração a Deus, em coisa tão seca como o monte Gilboa. Esses homens da ordem desejam que o orvalho caia e o sol brilhe sobre todas as suas flores, em todos os lugares, menos nos cultos ao Deus todo-poderoso. Nos teatros, nos bares e nas reuniões políticas, os homens comovem-se, entusiasmam-se e são tocados de fogo como qualquer ‘Saltador Galês‘. Mas, segundo eles desejam, não deve haver coisa alguma que dê vida e entusiasmo à religião! Irmãos, meditai nisto! - Tendes razão, ou estais errados?"<br />
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Conta-se que, em certo lugar, havia três pregadores para falar, sendo Evans o último. Era um dia de muito calor; os primeiros dois sermões foram muito longos, de forma que todos os ouvintes ficaram indiferentes e quase exaustos. Porém, depois de Evans haver pregado cerca de quinze minutos, sobre a misericórdia de Deus, tal qual se vê na parábola do Filho Pródigo, centenas dos que estavam sentados na relva, repentinamente, ficaram em pé. Alguns choravam e outros oravam sob grande angústia. Foi impossível continuar o sermão: o povo continuou a chorar e orar durante o dia inteiro e de noite até amanhecer. Na ilha de Anglesey, porém, Evans teve de enfrentar certa doutrina chefiada por um orador eloqüente e instruída. Na luta contra o erro dessa seita, começou a esfriar espiritualmente. Depois de alguns anos, não mais possuía o espírito de oração nem o gozo da vida cristã. Mas ele mes¬mo descreveu como buscou e recebeu de novo a unção do poder divino que fez a sua alma abrasar-se ainda mais do que antes:<br />
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"Não podia continuar com o meu coração frio para com Cristo, sua expiação e a obra de seu Espírito. Não suportava o coração frio no púlpito, na oração particular e no estudo, especialmente quando me lembrava de que durante quinze anos o meu coração se abrasava como se eu andasse com Jesus no caminho de Emaús. Chegou o dia, por fim,que nunca mais esquecerei. Na estrada de Dolgelly, senti-me obrigado a orar, apesar de ter o coração endurecido e o espírito carnal. Depois de começar a suplicar, senti como que pesados grilhões me caíssem e como que montanhas de gelo se derretessem dentro de mim. Com esta manifestação, aumentou em mim a certeza de haver recebido a promessa do Espírito Santo. Parecia-me que meu espírito inteiro fora solto de uma prisão prolongada, ou como se estivesse saindo do túmulo num inverno muitíssimo frio. Correram-me abundantemente as lágrimas e fui constrangido a clamar e pedir a Deus o gozo da sua salvação, e que Ele visitasse, de novo, as igrejas de Anglesey que estavam sob meus cuidados. Tudo entreguei nas mãos de Cristo... No primeiro culto depois, senti-me como que removido da região estéril e frígida de gelo espiritual, para as terras agradáveis das promessas de Deus. Comecei, então, de novo os primeiros combates em oração, sentindo um forte anelo pela conversão de pecadores, tal como tinha sentido em Leyn. Apoderei-me da promessa de Deus. O resultado foi, que vi, ao voltar a casa, o Espírito operar nos irmãos de Anglesey, dando-lhes o espírito de oração com importunação."<br />
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Passou então o grande avivamento do pregador ao povo em todos os lugares da ilha de Anglesey e em todo o Gales. A convicção de pecado, como grandes enchentes passava sobre os auditórios. O poder do Espírito Santo operava até o povo chorar e dançar de alegria. Um dos que assistiram ao seu famoso sermão sobre o Endemoninhado Gadareno, conta como Evans retratou tão fielmente a cena do livramento do pobre endemoninhado, a admiração do povo ao vê-lo liberto, o gozo da esposa e dos filhos quando voltou a casa, curado, que o auditório rompeu em grande riso e choro. Alguém assim se expressou: "O lugar tornou-se um verdadeiro ‘Boquim‘ de choro" (Juízes 2.1-5). Outro ainda disse que o povo do auditório ficou como os habitantes duma cidade abalada por um terremoto, correndo para fora, prostrando-se em terra e clamando a Deus. Não semeava pouco, portanto colhia abundantemente; ao ver a abundância da colheita, sentia seu zelo arder de novo, seu amor aumentar e era levado a trabalhar ainda mais. A sua firme convicção era de que nem a melhor pessoa pode salvar-se sem a operação do Espírito Santo e nem o coração mais rebelde pode resistir ao poder do mesmo Espírito. Evans sempre tinha um alvo quando lutava em oração: firmava-se nas promessas de Deus, suplicando com tanta importunação como quem não podia desistir antes de receber. Dizia que a parte mais gloriosa do ministério do pregador era o fato de agradecer a Deus pela operação do Espírito Santo na conversão dos pecadores.<br />
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Como vigia fiel, não podia pensar em dormir enquanto a cidade se incendiava. Humilhava-se perante Deus, ago¬nizando pela salvação de pecadores, e de boa vontade gastou suas forças físicas, ou mentais, pregou o último sermão, sob o poder de Deus, como de costume. Ao findar disse: "Este é meu último sermão". Os irmãos entenderam que se referira ao último sermão naquele lugar. Caiu doen¬te, porém, na mesma noite. Na hora da sua morte, três dias depois, dirigiu-se ao pastor, seu hospedeiro, com estas palavras: "O meu gozo e consolação é que, depois de me ocupar na obra do santuário durante cinqüenta e três anos, nunca me faltou sangue na bacia‘. Prega Cristo ao povo". Então, depois de cantar um hino, disse: "Adeus! Adeus!" e faleceu.<br />
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A morte de Christmas Evans foi um dos eventos mais solenes em toda a história do principado de Gales. Houve choro e pranto no país inteiro.<br />
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O fogo do Espírito Santo fez os sermões deste servo de Deus abrasar de tal forma os corações, que o povo da sua geração não podia ouvir pronunciar o nome de Christmas Evans sem ter uma lembrança vivida do Filho de Maria na manjedoura de Belém; do seu batismo no Jordão; do jardim do Getsêmani; do tribunal de Pilatos; da coroa de es¬pinhos; do monte Calvário; do Filho de Deus imolado no altar, e do fogo santo que consumia todos os holocaustos, desde os dias de Abel até o dia memorável em que esse fogo foi apagado pelo sangue do Cordeiro de Deus.<br />
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Que possamos ser assim, mantendo a chama do Espírito Santo acesa nas nossas mentes e corações e para que possamos pregar o evangelho a toda criatura para que sejam alcançados pelo evangelho da graça de Deus que está em Cristo Jesus o nosso Senhor, Amém.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-27353648971909680862012-01-06T16:32:00.000-08:002012-01-06T16:32:15.241-08:00Charles Thomas StuddPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
Jsoliveiraconstrucoes.wordpress.com<br />
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Charles Thomas Studd (1860-1931)<br />
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Quero lhes apresentar mais um dos grandes vultos dentre os heróis da fé que doaram as suas vidas em prol da obra missionária e que muito nos encoraja a prosseguir na busca incessante pelas almas perdidas. Vamos acompanhar:<br />
Fonte: Revista Graça <br />
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"Se Jesus é Deus e Ele morreu por mim, então nenhum sacrifício pode ser muito grande para nós"<br />
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Poderia ter sido mais um atleta que gastou seus dias em árduas competições e apenas isso. Entretanto, sua biografia demonstra que quando Deus toca o coração de alguém, seus rumos e planos são mudados dramaticamente, de uma maneira maravilhosa. O inglês Charles Studd era considerado um dos maiores desportistas do final do século 19. Milionário, ele herdara da família a importância de 29 mil libras esterlinas, uma fortuna naquela época, mas se recusara a tirar proveito dela, temendo que o dinheiro pudesse atrapalhar seus nobres ideais. <br />
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Determinado a investir na obra de Deus, enviou cinco mil libras esterlinas para o missionário James Hudson Taylor, que se tomou uma lenda ao ser o primeiro a levar a Palavra ao interior da China; outras cinco mil libras para um pastor, William Booth, fundador do Exército da Salvação; cinco mil para Dwight L. Moody, para que este iniciasse o estabelecimento do Instituto Bíblico Moody. Studd doou ainda outras importâncias, sobrando-lhe apenas 3.400 libras, as quais ele, no dia do seu casamento, deu à esposa. Esta também doou o presente e comentou, na época: Jesus pediu ao jovem rico que desse tudo aos pobres. E Studd completou: Agora nos achamos na situação de poder dizer que não possuímos nem prata nem ouro, referindo-se ao texto de Atos 3.6. Loucura? Não. Charles Thomas Studd tinha a certeza de que o Senhor era o dono de todas as coisas. Essa demonstração de entrega total foi apenas o começo. Todavia, foi o suficiente para que o Senhor desse ao Charles um novo rumo. Mais tarde, Ele o chamaria para o ministério. <br />
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Studd viajou para a China, onde trabalhou como missionário. Posteriormente, foi para a Índia e para o continente africano. Seu pensamento era: "Se Jesus é Deus e Ele morreu por mim, então nenhum sacrifício pode ser muito grande para nós". Como resultado de seus esforços, foi fundada, um pouco antes de sua morte, a Cruzada de Evangelização Mundial, que hoje conta com mais de mil missionários em todo o mundo. A mensagem deixada por Studd foi simples: enquanto a maioria investe em bens materiais, outros investem no Reino de Deus. <br />
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Família - Essas lições de Charles Studd foram aprendidas desde muito cedo. Ele era filho de um fazendeiro de origem indiana, Edward Studd, que se havia aposentado na Índia e mudado para uma casa rural no município de Tidworth, em Wiltshire, Inglaterra. <br />
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O pai de Studd, curiosamente, tinha-se convertido em 1877, quando um amigo o levou para ouvir uma pregação de Moody, o mesmo pastor que seria ajudado por seu filho, Charles Studd, anos mais tarde. Após a conversão, Edward, imediatamente, deixou as atividades seculares e passou a usar sua casa para reuniões evangelísticas até o dia de sua morte, em 1879. <br />
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Charles Studd e seus dois irmãos, Kynaston e George, estudavam longe de casa. Curiosamente, os três converteram-se a Cristo em um culto doméstico, e terminaram apaixonados pelo Evangelho. Os três irmãos eram campeões de críquete, um dos esportes mais tradicionais da Inglaterra. As habilidades excepcionais mostradas por Charles Studd naquele esporte fizeram com que ele ganhasse um lugar na seleção inglesa, em 1882, época em que a equipe havia perdido uma partida para a Austrália e estava desacreditada. Sob a liderança de Charles Studd, os ingleses jogaram na Austrália, no ano seguinte, e recuperaram o troféu. <br />
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Tempo de confrontação - Dois anos após a conquista do campeonato, no entanto, com a doença e morte de George, Charles Studd sentiu-se confrontado pela seguinte pergunta: De que adiantam toda a fama e valor de lisonja quando um homem tem de enfrentar a eternidade? Ele percebeu, então, que sua conversão, ocorrida seis anos antes, não havia produzido frutos. Resoluto, ele declarou: O críquete não vai durar; a honra também não, bem como nada neste mundo. Mas tenho que viver para o mundo que há de vir. <br />
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A partir de então, Charles começou a testemunhar de Jesus aos amigos e jogadores da mesma equipe. Sua intenção era captar recursos para o ministério de seu irmão, Kynaston, que tinha fundado uma organização missionária entre estudantes. Logo, ele teve a alegria de conduzir outros a Deus. <br />
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Até aquele momento, Studd testemunhara entre os próprios sócios e amigos. Contudo, depois de ouvir, na China, uma pregação na qual um missionário falara da necessidade de os servos de Deus agirem como pescadores de almas, tudo mudou. Ele sentiu que Deus o estava chamando. Embora seus amigos e parentes tentassem dissuadi-lo, Charles começou a considerar a pregação que ouvira e marcou uma reunião com o Pr. James Hudson Taylor, o diretor da missão no interior da China. <br />
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Rumo à China - A decisão de Studd foi seguida por mais seis amigos dele. Ao mesmo tempo em que o grupo se preparava, uma onda de conversões ocorria entre os estudantes das maiores Universidades da Grã-Bretanha, graças à missão fundada por Kynaston, anos antes. Alunos de Edimburgo, Londres, Oxford e Cambridge entregavam-se ao Senhor como jamais ocorrera antes. Eles se transformariam, anos depois, nos missionários que difundiriam a Palavra de Deus pelo mundo. Em pouco menos de dois meses, Studd e alguns amigos já estavam prontos para a viagem à China. <br />
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Lá, Charles Studd passou dez anos. Quando, finalmente, retomou à Inglaterra, ele foi convidado a visitar a América, onde Kynaston havia organizado um movimento evangelístico entre os estudantes locais. Durante aquela excursão, ele testemunhou o derramar de bênçãos poderosas em muitas faculdades e igrejas. Aquilo mexeu tanto com Studd, que ele iniciaria uma seqüência de viagens missionárias impressionante. <br />
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Missões na Índia e na África - De 1900 a 1906, Studd pastoreou uma igreja em Ootacamund, no Sul da Índia. Naquela região, diversos funcionários britânicos se converteram a Cristo. Depois de um rápido retomo à Inglaterra, ele partiu, em 1910, para o Sudão, na África. Studd ficara impressionado com o fato de a Palavra ser quase totalmente desconhecida na África Central, e lá fundou uma missão, a Heart of Africa Mission (Missão Coração da África). <br />
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Em sua primeira viagem ao Congo Belga*, em 1913, ele estabeleceu quatro missões em uma área habitada por oito tribos diferentes. A partir dali, Charles começaria a viajar sozinho — sua esposa ficara doente. Entretanto, o trabalho do Senhor e o chamado da família não mudaram. De sua casa, na Inglaterra, ela e as quatro filhas do casal coordenavam o ministério de Studd. Sua esposa era a responsável por missões em diversos países da África, do Oriente Médio e da China. <br />
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Ela fez uma última visita ao Congo em 1928, reviu o marido e faleceu pouco tempo depois. Em 1931, aos 70 anos, Charles Thomas Studd morreu, entretanto, até os seus últimos dias, ele pregou a salvação pela fé em Jesus Cristo, no campo missionário, em Málaga, na África. Foi, de fato, um gigante. Um herói da fé. <br />
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* (Até 1971, este país tinha o nome de Congo Belga. Depois, Mobuto Sese Seko o batizou com o nome de Zaire. Em 1997, passou a se chamar República Democrática do congo). <br />
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Esta é a oportunidade que você que é missionário e está em campo de missões tem de transmitir um maior conhecimento sobre os personagens que fizeram história em campo de missões; você pode compartilhar da biografia de homens como Charles Thomas Studd que doou a sua vida pelas almas perdidas. Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus Amém.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1739136450455710406.post-69280749993525370102012-01-06T16:30:00.000-08:002012-01-06T16:30:03.438-08:00A biografia de Adoniram JudsonPor: Jânio Santos de Oliveira<br />
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro<br />
Jsoliveiraconstrucoes.wordpress.com<br />
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Missionário, pioneiro à Birmânia (1788-1850)<br />
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Fonte: Heróis da Fé <br />
O missionário, magro e enfraquecido pelos sofrimentos e privações, foi conduzido entre os mais endurecidos criminosos, com gado, a chicotadas e sobre a areia ardente, para a prisão. Sua esposa conseguiu entregar-lhe um travesseiro para que pudesse dormir melhor no duro solo da prisão. Porém ele descansava ainda melhor porque sabia que dentro do travesseiro, que tinha abaixo da cabeça, estava escondida a preciosa porção da Bíblia que traduzira com grandes esforços para a língua do povo que o perseguia. Aconteceu que o carcereiro requisitou o travesseiro para o seu próprio uso! Que podia fazer o pobre missionário para readquirir seu tesouro? A esposa então preparou, com grandes sacrifícios, um travesseiro melhor e conseguiu trocá-lo com o do carcereiro. Dessa forma a tradução da Bíblia foi conservada na prisão por quase dois anos; a Bíblia inteira, depois de completada por ele, foi dada, pela primeira vez, aos milhões de habitantes da Birmânia.Em toda a história, desde o tempo dos apóstolos, são poucos os nomes que nos inspiram tanto a esforçarmo-nos pela obra missionária como os nomes desse casal, Ana e Adoniram Judson. Em certa igreja em Malden, subúrbio de Boston, encontra-se uma placa de mármore com a seguinte inscrição:<br />
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Memorial<br />
Rev. Adoniram Judson<br />
Nasceu: 9 - agosto - 1788<br />
Morreu: 12 - abril - 1850<br />
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Lugar de seu nascimento: Malden<br />
Lugar de seu sepultamento: o mar<br />
Seu monumento: OS SALVOS DA BIRMÂNIA E A BÍBLIA BIRMANESA<br />
Seu histórico: nas alturas<br />
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Adoniram fora uma criança precoce; sua mãe ensinou-o a ler um capítulo inteiro da Bíblia, antes de ele completar quatro anos de idade.<br />
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Seu pai inculcou-lhe o desejo ardente de, em tudo quanto fazia aproximar-se sempre da perfeição, sobrepon¬do-se a qualquer de seus companheiros. Esta foi a norma de toda a sua vida.<br />
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O tempo que passou nos estudos foram os anos em que o ateísmo, que teve sua origem na França, se infiltrou no país. O gozo de seus pais, ao saberem que o filho ganhara o primeiro lugar na sua classe, transformou-se em tristeza, quando ele os informou de que não mais acreditava na existência de Deus. O recém-diplomado sabia enfrentar os argumentos de seu pai, que era pastor instruído, e jamais sofrera de tais dúvidas. Contudo as lágrimas e admoestações de sua mãe, depois de o moço sair da casa paterna, estavam sempre perante ele.<br />
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Não muito depois de "ganhar o mundo", na casa dum tio, encontrou-se com um jovem pregador. Este conversou com ele tão seriamente acerca da sua alma, que Judson ficou muito impressionado. Passou o dia seguinte sozinho, em viagem a cavalo. Ao anoitecer, chegou a uma vila onde passou a noite numa pensão. No quarto contíguo ao que ele ocupou, estava um moço moribundo, e Judson não conseguiu reconciliar o sono durante a noite. - O moribundo seria crente? Estaria preparado para morrer? Talvez fosse "livre pensador", filho de pais piedosos que oravam por ele! O que também o perturbava era a lembrança dos seus companheiros, os alunos agnósticos do colégio de Providence. Como se envergonharia, se os antigos colegas, especialmente o sagaz compadre Ernesto, soubessem o que agora sentia em seu coração!<br />
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Ao amanhecer o dia, disseram-lhe que o moço morrera. Em resposta à sua pergunta, foi informado de que o falecido era um dos melhores alunos do colégio de Providence, cujo nome era Ernesto!<br />
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Judson, ao saber da morte de seu companheiro ateu, ficou estupefato. Sem saber como, estava em viagem de vol¬ta a casa. Desde então desapareceram todas as suas dúvidas acerca de Deus e da Bíblia. Soavam-lhe constantemente aos ouvidos as palavras: "Morto! Perdido! Perdido!"<br />
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Não muito depois deste acontecimento, dedicou-se solenemente a Deus e começou a pregar. Que a sua consagração era profunda e completa ficou provado pela maneira como se aplicou à obra de Deus.<br />
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Nesse tempo, Judson escreveu à noiva: "Em tudo que faço, pergunto a mim mesmo: Isto agradará ao Senhor?... Hoje alcancei maior grau do gozo de Deus, tenho sentido grande alegria perante o seu trono".<br />
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É assim que Judson nos conta a sua chamada para o serviço missionário: "Foi quando andava num lugar solitário, na floresta, meditando e orando sobre o assunto e quase resolvido a abandonar a idéia, que me foi dada a ordem: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura‘. Este assunto foi-me apresentado tão claramente e com tanta força, que resolvi obedecer, apesar dos obstáculos que se apresentaram diante de mim". Judson, com quatro dos seus colegas, reuniram-se junto a um montão de feno, para orarem e ali solenemente dedicarem, perante Deus, suas vidas para levar o Evangelho "aos confins da terra". Não havia qualquer junta de missões para enviá-los. Contudo, Deus honrou a dedicação dos moços, tocando nos corações dos crentes, para suprirem o dinheiro. Judson foi chamado, então, a ocupar um lugar no corpo docente na universidade de Brown, mas recusou o convite. Depois foi chamado a pastorear uma das maiores igrejas da América do Norte. Este convite, também, foi rejeitado. Foi grande o desapontamento de seu pai e o choro de sua mãe e irmã ao saberem que Judson se oferecera para a obra de Deus no estrangeiro, onde nunca fora proclamado o Evangelho.<br />
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A esposa de Judson mostrou ainda mais heroísmo porque era a primeira mulher que sairia dos Estados Unidos, como missionária. Com a idade de dezesseis anos, teve a sua primeira experiência religiosa. Vivia tão entregue à vaidade que seus conhecidos receavam o castigo repentino de Deus sobre ela. Então, em certo domingo, enquanto se preparava para o culto, ficou profundamente comovida pelas palavras: "Aquela que vive nos prazeres, apesar de viver, está morta". Acerca da sua vida transformada, escreveu-lhe ela mais tarde: "Eu desfrutava dia após dia, a doce comunhão com o bendito Deus; no coração sentia o amor que me ligava aos crentes de todas as denominações; achei as sagradas Escrituras doces ao paladar, senti tão grande sede de conhecer as coisas religiosas que, freqüentemente, passava quase noites inteiras lendo". Todo o ardor que mostrara na vida mundana agora o sentia na obra de Cristo. Por alguns anos, antes de aceitar a chamada missionária, era professora e se esforçava em ganhar os alunos para Cristo.<br />
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Adoniram, depois de despedir-se de seus pais para iniciar sua viagem à Índia, foi acompanhado até Boston por seu irmão, Elnatã, moço ainda não-salvo. No caminho, os dois apearam dos seus cavalos, entraram na floresta e lá, de joelhos, Adoniram rogou a Deus que salvasse seu irmão. Quatro dias depois, os dois se separaram para não se verem mais neste mundo. Alguns anos depois, porém, Adoniram teve notícias de que seu irmão recebera também a herança no reino de Deus.<br />
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Judson e sua esposa embarcaram para a Índia em 1812, passando quatro meses a bordo do navio. Aproveitando essa oportunidade para estudar, os dois chegaram a compreender que o batismo bíblico é por imersão, e não por aspersão, como a sua denominação o praticava. Não considerando a oposição de seus muitos conhecidos, nem o seu sustento, não vacilaram em informar isso àqueles que os tinham enviado. Foram batizados por imersão no porto de desembarque, Calcutá.<br />
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Expulsos logo dessa cidade, por causa da situação política, fugiram de país em país. Por fim, dezessete longos meses depois de partirem da América, chegaram a Rangum, na Birmânia. Judson estava quase exausto por causados horrores que sofrera a bordo; sua esposa estava tão perto da morte que não mais podia caminhar, sendo levada para terra em uma padiola.<br />
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O império da Birmânia de então era mais bárbaro, e de língua e costumes mais estranhos do que qualquer outro país que os Judson tinham visto. Ao desembarcarem os dois, em resposta às orações feitas durante as longas vigílias da noite, foram sustentados por uma fé invencível e pelo amor divino que os levava a sacrificar tudo, para que a gloriosa luz do Evangelho raiasse também nas almas dos habitantes desse país.<br />
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Agora, um século depois, podemos ver como o Mestre dirigia seus servos, fechando as portas, durante a prolongada viagem, para que não fossem aos lugares que esperavam e desejavam ir. Hoje se pode ver claramente que Rangum, o porto principal da Birmânia, era justamente o ponto mais estratégico para iniciar a ofensiva da Igreja de Cristo contra o paganismo no continente asiático.<br />
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No difícil estudo do idioma birmanês foi necessário fazer o seu próprio dicionário e gramática. Passaram-se cinco anos e meio antes de fazerem o primeiro culto para o povo. No mesmo ano batizaram o primeiro convertido apesar de cientes da ordem do rei de que ninguém podia mudar de crença sem ser condenado à morte.<br />
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Ao sair da sua terra para ser missionário, Judson levava uma soma considerável de dinheiro. Essa quantia ele a ganhara de seu emprego e parte recebeu-a de ofertas de parentes e amigos. Não só colocou tudo isto aos pés daqueles que dirigiam a obra missionária, mas, também, a elevada quantia de cinco mil e duzentos rúpias que o Governador Geral da Índia lhe pagara por seus serviços prestados por ocasião do armistício de Yandabo.<br />
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Recusou o emprego de intérprete do governo, com salário elevado, escolhendo antes sofrer as maiores privações e o opróbrio, para ganhar as almas dos pobres birmaneses para Cristo.<br />
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Durante onze meses, esteve preso em Ava. (Ava era naquele tempo a capital da Birmânia.) Passou alguns dias, com mais sessenta outros sentenciados à morte, encerrado em um edifício sem janelas, escuro e quente, abafado e imundo em extremo. Passava o dia com os pés e mãos no tronco. Para passar a noite, o carcereiro enfiava-lhe um bambu entre os pés acorrentados, juntando-o com outros prisioneiros e, por meio de cordas, arribava-os para apenas os ombros descansarem no chão. Além desse sofrimento, tinha de ouvir constantemente gemidos misturados com o falar torpe dos mais endurecidos criminosos da Birmânia. Vendo os outros prisioneiros arrastados para fora para morrer às mãos do carrasco, Judson podia dizer: "Cada dia morro". As cinco cadeias de ferro pesavam tanto, que levou as marcas das algemas no corpo até a morte. Certamente ele não teria resistido, se a sua fiel esposa não tives¬se conseguido permissão do carcereiro para, no escuro da noite, levar-lhe comida e consolá-lo com palavras de esperança.<br />
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Um dia, porém, ela não apareceu; essa ausência durou vinte longos dias. Ao reaparecer, trazia nos braços uma criancinha recém-nascida.<br />
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Judson, uma vez liberto da prisão, apressou-se o mais possível a chegar a casa, mas tinha as pernas estropiadas pelo longo tempo que passara no cárcere. Fazia muitos dias que não recebia notícias de sua querida Ana! - Ela ainda vivia? Por fim, encontrou-a, ainda viva, mas com febre, e próximo de morte.<br />
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Dessa vez ela ainda se levantou, mas antes de completar 14 anos na Birmânia, faleceu. Comove a alma ao ler a dedicação de Ana Judson ao marido, e a parte que desempenhou na obra de Deus, e em casa até o dia da sua morte.<br />
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Alguns meses depois da morte da esposa de Judson, a sua filha também morreu. Durante os seis longos anos que se seguiram, ele trabalhou sozinho, casando-se, então, com a viúva de outro missionário. A nova esposa, gozando os frutos dos esforços incessantes na Birmânia, mostrou-se tão dedicada ao marido como a primeira.<br />
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Judson perseverou durante vinte anos para completar a maior contribuição que se podia fazer à Birmânia, a tradução da Bíblia inteira na própria língua do povo.<br />
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Depois de trabalhar constantemente no campo estrangeiro durante trinta e dois anos, para salvar a vida da espo¬sa, embarcou com ela e três dos filhos, de volta à América, sua terra natal. Porém, em vez de ela melhorar da doença que sofria, como se esperava, morreu durante a viagem, sendo enterrada em Santa Helena, onde o navio aportou.<br />
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- Quem poderá descrever o que Judson sentiu ao desembarcar nos Estados Unidos, quarenta e cinco dias depois da morte da sua querida esposa?! Ele, que estivera ausente durante tantos anos da sua terra, sentia-se agora perturbado acerca da hospedagem nas cidades de seu país. Surpreendeu-se, depois de desembarcar, ao verificar que todas as casas se abriam para recebê-lo. Seu nome tornara-se conhecido de todos. Grandes multidões afluíam para ouvi-lo pregar. Porém, depois de passar trinta e dois anos ausente na Birmânia, naturalmente, sentia-se como se estivesse entre estrangeiros, e não queria levantar-se diante do público para falar na língua materna. Também sofria dos pulmões e era necessário que outrem repetisse para o povo o que ele apenas podia dizer balbuciando.<br />
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Conta-se que, certo dia, num trem, entrou um vendedor de jornais. Judson aceitou um e, distraído, começou a lê-lo; o passageiro ao lado chamou-o a atenção, dizendo que o rapaz ainda esperava o níquel pelo jornal. Olhando para o vendedor, pediu desculpas, pois pensara que oferecessem o jornal de graça, visto que ele estava acostumado a distribuir muita literatura na Birmânia sem cobrar um centavo, durante muitos anos.<br />
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Passara apenas oito meses entre seus patrícios, quando se casou de novo e embarcou pela segunda vez para a Birmânia. Continuou a sua obra naquele país, sem cansar, até alcançar a idade de sessenta e um anos. Judson foi, então, chamado a estar com o seu Mestre enquanto viajava longe da família. Conforme o seu desejo foi sepultado em alto mar.<br />
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Adoniram Judson costumava passar muito tempo orando de madrugada e de noite. Diz-se que gozava da mais íntima comunhão com Deus enquanto caminhava apressadamente. Os filhos, ao ouvirem seus passos firmes e resolutos dentro do quarto, sabiam que seu pai estava levando suas orações ao trono da graça. Seu conselho era: "Planeja os teus negócios se for possível, para passares duas a três horas, todos os dias, não só em adoração a Deus, mas orando em secreto".<br />
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Sua esposa conta que, durante a sua última doença, antes de falecer, ela leu para ele a notícia de certo jornal, acerca da conversão de alguns judeus na Palestina, justamente onde Judson queria trabalhar antes de ir à Birmânia. Esses judeus, depois de lerem a história dos sofrimentos de Judson na prisão de Ava, foram inspirados a pedir, também, um missionário e assim iniciou-se uma grande obra entre eles.<br />
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Ao ouvir isto, os olhos de Judson se encheram de lágrimas, tendo o semblante solene e a glória dos céus estampada no rosto, tomou a mão de sua esposa dizendo: "Querida, isto me espanta. Não compreendo. Refiro-me à notícia que leste. Nunca orei sinceramente por uma coisa sem a receber; recebia apesar de demorada, de alguma maneira, e talvez numa forma que não esperava, mas a recebi. Contudo, sobre este assunto eu tinha tão pouca fé! Que Deus me perdoe e, enquanto na sua graça quiser me usar como seu instrumento, limpe toda a incredulidade de meu coração". Nesta história, nota-se outro fato glorioso: Deus não só concede frutos pelos esforços dos seus servos, mas, também, pelos seus sofrimentos. Por muitos anos, até pouco antes da sua morte, Judson considerava os longos meses de horrores da prisão em Ava, como inteiramente perdidos à obra missionária.<br />
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No começo do trabalho na Birmânia, Judson concebeu a idéia de evangelizar, por fim, todo o país. A sua maior es¬perança era ver durante a sua vida, uma igreja de cem birmaneses salvos e a Bíblia impressa na língua desse país. No ano da sua morte, porém, havia sessenta e três igrejas e mais de sete mil batizados, sendo os trabalhos dirigidos por cento e sessenta e três missionários, pastores e auxiliares. As horas que passou diariamente suplicando ao Deus que dá mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, não foram perdidas.<br />
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Durante os últimos dias da sua vida fazia menção, mui¬tas vezes, do amor de Cristo. Com os olhos iluminados e as lágrimas correndo-lhe pelas faces, exclamava: "Oh! o amor de Cristo! O maravilhoso amor de Cristo, a bendita obra do amor de Cristo!" Certa ocasião ele disse: "Tive tais visões do amor condescendente de Cristo e da glória do Céu, que, creio, quase nunca são concedidas aos homens. Oh! o amor de Cristo! É o mistério da inspiração da vida e a fonte da felicidade nos céus. Oh! o amor de Jesus! Não o podemos compreender agora, mas quão grande será em toda a eternidade!<br />
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Acrescentamos o último parágrafo da biografia de Adoniram Judson escrita por um dos seus filhos. Quem pode lê-lo sem sentir o Espírito Santo o animar a tomar parte ativa e definida em levar o Evangelho a um dos muitos lugares sem o Evangelho?<br />
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Até aquele dia, quando todo o joelho se dobrará perante o Senhor Jesus, os corações crentes serão movidos aos maiores esforços, pela lembrança de Ana Judson, enterrada debaixo do hopiá (uma árvore) na Birmânia; de Sara Judson, cujo corpo descansa na ilha pedregosa de Santa Helena e de Adoniram Judson, sepultado nas águas do oceano Índico.<br />
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A vida desse personagem só nos entusiasma a prosseguir na evangelização do mundo seguindo a orientação de Jesus. Que possamos ser semelhante a este e outros homens que nos serve de modelo a ser seguido. Fiquem com Deus.Jânio artes culináriashttp://www.blogger.com/profile/16364118245305809759noreply@blogger.com0