sexta-feira, 30 de março de 2012

A missão dos servos de Deus






Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com



Aprendemos muito com os retratos de Jesus no Antigo Testamento. O livro de Isaías em especial apresenta quadros de Cristo como um Servo (Is 42; 49; 50; 52:13-53:12; 61). A advertência de Isaías 42:1-4, citada por completo em Mt 12:18-21, é bem significante para se entender corretamente a natureza de Jesus Cristo: "Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer.

Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza nem se deixará ferir, até que estabeleça a justiça na terra" (Is 42:1-4).

As características deste ser previsto servem como modelo para nós. Ele é um servo. É claro que o Senhor admira muito esta pessoa pois ela é quem ele sustenta, que escolheu, em quem tem prazer, a quem dá o seu Espírito.

Que interessante que a pessoa que o Senhor mais eleva é um servo! Ele tem o Espírito. Em outros trechos também Isaías identifica Jesus como aquele que tem o Espírito ( Is 11:2; 61:1). Lembremo-nos do fato que no seu batismo Jesus recebeu o Espírito até mesmo de forma visível (Mt 3:16-17).

Jesus promove justiça.Três dos quatro versículos deste trecho mencionam como ele traz, faz e estabelece a justiça. A missão dele é declarar, modelar, e promover a verdade de Deus. Cristo é quieto. O poder dele não é exercitado com barulho, mas de uma forma sossegada e humilde. Este servo rejeita todos os métodos sensacionalistas do mundo; ele nunca chama atenção para si.

Ele consegue agir desta forma porque ele tem verdadeira confiança e força-ele não fica ansioso duvidando da sua capacidade para cumprir a sua missão. Com o verdadeiro poder que ele sabe que tem , não sente necessidade de estabelecer seu domínio de uma forma arrogante e dominadora.

Ele é manso. A cana em si é bastante frágil, mas uma cana quebrada não suporta peso algum. No entanto, Jesus consegue sustentar pessoas que se encontram até mesmo nestas condições extremamente fracas. Com a gente mais debilitada, Jesus demonstra compaixão e não desgosto. Jesus é perseverante.

Ele não reflete nenhum sinal da fraqueza com a qual ele simpatiza em outras pessoas. Ao invés de cair em pedaços, Jesus encara missões difíceis com a confiança no Pai e com a maior tenacidade.

I. COMO DEVEMOS SERVIR AO SENHOR?
*
1. Com integridade e fidelidade. Js. 24:14.

2. De todo coração. Cl. 3:23,24.

3. Num andar digno e perfeito. 1 Ts. 1:9; Ef. 4:1.

4. Sem cessar - dia e noite. At. 26:7.

5. Com juízo e em santidade. Rm. 12:1,2.

6. Sem temor, libertos por Deus. Lc. 1:74.

7. Com motivação sincera e espiritual. Rm. 7:6.

8. De modo agradável a Deus. Hb. 12:28; Tg. 1:27.

9. Constrangidos pelo amor de Cristo. 2 Co. 5:14.

II. NOSSO SERVIÇO.

1. Fomos escolhidos para servir. Jo. 15:16.

2. Ele nos capacita. 2 Tm. 2:21.

3. Nós servimos em conjunto. Ed. 3:1,2.

4. Deus concede êxito. Ed. 3:10,11.

5. Muitas vezes debaixo de lágrimas. Sl. 126:5,6.

6. A recompensa nos é assegurada pelo Senhor. 1 Co. 15:58.

III. NÓS PODEMOS TRABALHAR PARA JESUS.

1. O Senhor é nosso exemplo no serviço. Mt. 20:28.

2. Ele indica o campo de trabalho. Mt. 28:19.

3. O amor é a verdadeira motivação no serviço. 2 Co. 5:13,14.

4. O Espírito Santo concede-nos o poder no serviço. At. 1:8.

5. Nosso serviço é somente para o Senhor. Cl. 3:17.

6. A condição para o verdadeiro serviço é a humildade. Lc. 9:48.

7. A recompensa será maravilhosa, a seu tempo. 1 Pe. 5:4.

IV. A VERDADEIRA TESTEMUNHA DE CRISTO.

1. Testemunhe, em amor, como Maria. Mt. 26:10-13.

2. Segundo a Escritura, como Paulo. 1 Co. 15:1-4.

3. Destemido, como o apóstolo Pedro. At. 2:14-40.

4. Fiel, como Samuel perante Saul. 1 Sm. 15:23.

5. Pessoalmente, como Natã perante Davi. 2 Sm. 12:1-14.

6. Sirva espontaneamente e sem ganância. 1 Pe. 5:2.

7. Testemunhe no poder do alto. Hb. 2:4.

V. COMO DEVEMOS ANUNCIAR O EVANGELHO.

1. Conforme a Escritura, como o Senhor. Jo. 3:14-18; Lc. 4:16-21.

2. Com seriedade, como Paulo em Atenas. At. 17:16 ss.

3. Glorificando o amor, como João. 1 Jo. 4:9-14.

4. Conforme o exemplo de Cristo, como Filipe. At. 8:35-40.

5. Eficientemente, como a mulher samaritana. Jo. 4:28-30,39-42.

6. No Espírito Santo. 1 Pe. 1:12.

7. Dando exemplo e praticando. 1 Ts. 1:7-10.

VI. CONDIÇÕES PARA O TESTEMUNHO PESSOAL. Lc. 5:1-11.

1. Aplicação e fidelidade na vida profissional. V.2.

2. Disposição para qualquer serviço. V.3.

3. Obediência à ordem do Mestre. Vv.4,5.

4. Fé firmada na Palavra. V.5.

5. Cooperação fiel com os co-obreiros. V.7.

6. Conhecer a si próprio. V.8.

7. Prontidão para deixar tudo. V.11.

VII. CHAMADO PARA SERVIR. Lc 19:13.

1. Cristo, nosso exemplo no serviço. Jo. 13:1-17.

2. Nossa posição certa no serviço. Sl. 123:2.

3. Nosso lema no serviço. Rm. 12:11-13.

4. Devemos servir, enquanto é dia. Jo. 9:4.

5. Todos devem servir. Mc. 13:34.

6. Servir sem esmorecer. 1 Co. 15:58.

7. Quem está pronto para o serviço? Is. 6:8.

VIII. ALGUMAS REGRAS NO SERVIÇO DO MESTRE.

1. Servir somente para a glória do Senhor. Jo. 3:30; 1 Co. 1:30,31.

2. Trabalhar conforme os pensamentos e os planos de Deus. Êx. 25:40.

3. Servir de coração puro. 2 Tm. 2:21.

4. Fazer no poder de Cristo. Fp. 4:13.

5. Servir confiantemente, cheio de esperança. Sl. 126:5,6.

6. Ser um servo honrado de Cristo. 1 Tm. 3:8.

IX. COMO PODEMOS SERVIR E TRAZER FRUTOS?

1. Anunciando o Senhor em qualquer oportunidade. At. 8:4.

2. Através de uma vida exemplar. Mt. 5:16; Mc. 5:19; Ef. 5:8,9.

3. Pelo testemunho fiel. At. 4:13; 26:16; 1 Jo. 4:4.

4. Com contribuições abundantes para sua obra. 1 Co.16:2.

5. Por intercessões sérias. Ef. 6:18,19; 2 Co. 1:11.

6. Com disposição pessoal. Mc. 16:15; 1 Co. 9:16.

X. O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO.

1. O Espírito santo chama os missionários. At. 13:2.

2. Ele os envia. At. 13:4.

3. Reveste-os para o serviço. At. 13:9.

4. Sustenta-os e dá alegria. At. 13:52.

5. Confirma seu serviço. At. 15:8.

6. É seu conselheiro. At. 15:28.

7. Abre e fecha portas. At. 16:6-9.

XI. REFLEXÕES SOBRE A MISSÃO.

1. Deus entra em ação. At. 15:14-17.

2. O chamado missionário. Mc. 16:15.

3. O espírito missionário. At. 1:8.

4. A motivação para a missão. 2 Co. 5:14.

5. O melhor campo missionário. Rm. 15:20,21.

6. Nossa mensagem missionária. 2 Co. 5:19-21.

7. Nossa intercessão pelos missionários. Lc. 10:2; Ef. 6:8-19.

8. O tempo certo para missão. Jo. 4:35; 9:4.

XII. QUATRO PERGUNTAS IMPORTANTES SOBRE MISSÃO. Rm 10:14,15.

1. Como invocarão Aquele em quem não creram?

a) Precisam conhecer o Pai. Jo. 3 :16,17.

b) Necessitam conhecer o Filho unigênito. Jo. 1:14.

c) Devem ser convencidos pelo Espírito santo. Jo. 16:7-13.

d) Precisam ser atraídos pelo salvador. Jo. 12:32.

2. Como crerão nAquele de quem nada ouviram?

a) Deus mandou-nos anunciar a Cristo. Lc. 4:18; 1 Jo. 1:3.

b) Ele ordenou-nos pregar. Mc. 3:14; 2 Tm. 4:2.

c) É nossa tarefa testemunhar dEle. At. 1:8.

3. Como ouvirão se não há quem pregue?

a) Cada crente é um enviado. Jo. 17:18; Is. 52:7.

b) A nós foi confiado o ministério da reconciliação. 2 Co. 5:19,20.

c) Jesus ordenou-nos pregar o Evangelho. Mc. 16:15.

4. Como pregarão se não forem enviados?

a) Quão formosos são os pés dos ... V.15.

b) Eles são chamados seus mensageiros. At. 13:4.

c) Eles seguem seus passos. Is. 61:1; Ef. 6:15.

XIII. PREGUE A PALAVRA.

1. Nós fomos designados para isso. Ap 22:17; 1 Tm. 4:6; At.1:8.

2. Faça da melhor maneira. 2 Tm. 2:15; Tt. 2:7,8.

3. Faça na confiança do Espírito Santo. 1 Co. 2:4.

4. Anuncie somente a Jesus Cristo. Gl. 1:8.

5. Anuncie toda a Palavra. 2 Tm. 4:2.

6. Pregue a Cristo como crucificado. 1 Co. 2:2-5.

7. Faça lembrar da sua volta. 2 Pe 1:16.

 Aplicação para nós

A suprema meta cristã é imitar Jesus. Múltiplos trechos ensinam que nós devemos seguir Jesus prosseguindo a mesma justiça (1 Jo 2:29), pureza (1 Jo 3:3), amor (Ef 5:2), paciência (1 Pe 2:18-23), humildade (Jo 13:1-20).

Um trecho paralelo (Is 49:6) que trata de Jesus como o servo de Deus é citado em At 13:47 e aplicado aos cristãos em geral. Então à medida que lemos nestes trechos qualidades de Jesus, nós devemos tentar imitá-las à risca.

Nós devemos servir. Não existe como medir o serviço e sacrifício de Jesus. Ele desceu da glória excelsa para a cruz vergonhosa demais (Fp 2:5-11). Ele insistiu conosco que o padrão do reino dele seja totalmente diferente que a regra nos impérios mundanos (Mc 10:42-45). Não devemos disputar lugares de destaque, mas sim, oportunidades para servir um ao outro.

Nunca devemos pensar no jeito em que estamos sendo tratados, mas devemos nos preocupar com o bem-estar dos nossos irmãos (Fp 2:3-4). A humildade exigida para manter esta postura é tão difícil conseguir que temos que meditar na vida de Cristo constantemente para realizá-la. Vamos valorizar ao máximo o simples serviço humilde.

Nós devemos deixar o Espírito de Deus habitar cada vez mais em nós. Assim como Jesus recebeu o Espírito sem limitações, devemos crescer para nos tornarmos cada vez mais a morada de Deus por seu Espírito (Ef 2:21-22).

Mas o Espírito não habita num templo indigno (Ez 8-11; 1 Co 6:19-20) e por isso temos que tirar do nosso corpo todo tipo de pecado. Devemos deixar a palavra de Deus, que é a espada do Espírito (Ef 6:17), nos moldar, sempre nos esforçando para nos adaptarmos a fim de imitar a mensagem escrita. À medida que o Espírito de Deus transforma nossas vidas parecemos com Cristo.

Nós devemos fazer tudo possível para promover a justiça. Para realizar esta meta temos que nos esforçarmos para buscar e prosseguir a justiça em nossa própria vida (Mt 6:33; 1 Tm 6:11; 2 Tm 2:22). Honestidade e integridade têm que ser as regras fundamentais da nossa conduta. Mas temos que fazer mais do que isso.

Devemos ser pregadores da justiça assim como foi Noé (2 Pe 2:5). Como Jesus devemos pregar e anunciar a palavra da justiça que divulga o caminho pelo qual o homem volta a ser justo perante o Senhor.

O comprometimento que nosso Senhor tem com o estabelecimento da justiça na terra nos dá nosso alvo supremo. Não devemos nos cansar do trabalho de promover o evangelho da paz.

Fico impressionado com a maneira quieta de Jesus. Durante sua vida aqui na terra ele não gritou nem clamou nem ergueu sua voz nas ruas. Freqüentemente Jesus pediu para que ninguém falasse de um determinado milagre (por exemplo, Mc 1:44-45; 5:43), chamou alguém a parte para curá-lo (Mc 7:33), ou até curou antes da multidão se congregar (Mc 9:25).

Jesus traçou o caminho para nós que também devemos rejeitar os métodos sensacionalistas e a ênfase na propaganda. Os métodos de vender produtos não são as técnicas para converter uma pessoa de coração para Cristo.

Existem muitas maneiras de chamar pessoas para se unirem a uma determinada igreja mas apenas uma maneira para convertê-las a Cristo: ensinar a palavra de uma forma íntegra. É triste quando igrejas não se contentam com a simplicidade de Cristo e sua palavra, e procuram outros meios de atrair pessoas.

Devemos imitar a mansidão de Jesus. A verdade deve ser ensinada, sim, mas não de qualquer jeito. Paulo explica a postura que devemos ter ao corrigir uma outra pessoa: "Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente.

Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do Diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade" (2 Tm 2:24-26).

Nós temos que ter cautela a não afastar pessoas do Senhor em nossas tentativas para corrigi-las. É verdade que algumas pessoas precisam de maneiras mais fortes que outras: "Tenham compaixão daqueles que duvidam; a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne"(Jd 22-23).

Jesus mostrou bastante ternura aos fracos, mas falou bem forte com os líderes religiosos que estavam cheios de orgulho. Vamos analisar nossa maneira de admoestar pessoas e tentar imitar nosso Senhor.

É imperativo que perseveremos do mesmo jeito que Jesus continuou até o fim. Há vários motivos para desânimo, mas temos que ter a máxima determinação para nunca desistir.

Na profecia de Isaías 50:6-7, Jesus coloca seu rosto como seixo, como dura rocha que nunca pode ser desviado. Você vê em Jesus na terra que nem a rejeição, nem a perseguição, nem a falta de sucesso, nem a canseira conseguiram afastá-lo da missão que ele veio para cumprir.

O comprometimento que ele tinha com a vontade do Pai superou todo obstáculo (Mateus 26:39). Nós precisamos da mesma tenacidade: "Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil" (1 Co 15:58).

Nós nos dizemos cristãos, mas para de fato sermos cristãos temos que imitar a vida e as qualidades de Jesus. Estas qualidades de Isaías 42 formam um excelente começo neste sentido. Que imitemos a ele cada vez mais até que um dia sejamos como ele (1 Jo 3:2-3).

sexta-feira, 23 de março de 2012

A preparação e a chamada de Moisés



Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br




Nós hoje vamos meditar na Palavra de Deus em Êx 2.11-3:22

Deus escolheu Moisés para conduzir seu povo à Terra Prometida. Esta missão não seria possível se o Eterno não lhe moldasse o caráter, mediante o exercício da paciência. (At 7.30). Por quarenta anos, Moisés viveu como um príncipe no Egito recebendo instrução e preparo na arte de liderar (At 7.22).

Todavia, a humildade, tão urgente à sua grandiosa incumbência, só viria após quarenta anos de exílio em Midiã. Período igual de peregrinação no deserto ainda seria necessário para que Deus completasse a obra em sua vida.

Deus tinha planos para Moisés bem antes que ele nasceu. Isso pode ser facilmente visto por meio das coisas que Deus fez em seu nascimento para preservar sua vida, assim como tê-lo criado como neto do Faraó e herdeiro do trono do Egito.

Deus tocou o coração de Moisés de modo que tinha mais preocupação com seu povo (os Hebreus) do que ambição pelo trono do Faraó. Isso pode ser visto quando Moisés salva a vida do escravo hebreu e mata o egípcio. ( Êx 2:11 e 12).

Assim como o Senhor Jesus quando lhe foi oferecido os reinos do mundo por Satanás (Lc 4:5-8), Moisés, tendo o trono do Egito disponível, escolheu tornar-se um desterrado para o bem do seu povo (Hb 11:24-26).

Assim como Jesus, Moisés foi rejeitado pelo seu povo, os hebreus. Abandonou o Egito e foi para as terras de Midiã. Lá, encontrou as sete filhas de Jetro. Moisés chegou a ser o amigo deles, depois de ajudá-los quando alguns pastores os estavam maltratando. Então Moisés habitou com Jetro e pastoreou seu rebanho.

Jetro deu a Moisés sua filha Zípora por esposa.

Certo dia, ainda nessa terra deserta, Moisés viu um arbusto queimando e não sendo consumido. Virando de lado para observar essa estranha visão, ouviu a voz de Deus falando com ele e chamando-o para a grande obra de conduzir Israel para fora do Egito.

Moisés teve muito temor e muitas questões, o que o levou a relutar a obedecer a Deus. Moisés perguntou, quem digo que me enviou, desde que não vão acreditar na minha autoridade? Deus disse-lhe, diga-lhes “o EU SOU te enviou”. Isso expressa a eterna existência e onipotência de Deus. Moisés disse, “mas não sou um bom orador.”

Deus disse, “Arão, seu irmão, o é, farei dele a sua boca.” Então Moisés tomou sua esposa e filhos e foi para o Egito. No caminho encontrou seu irmão Arão e começaram o trabalho de conduzir Israel para fora do Egito. Nesse tempo Moisés tinha 80 anos e Arão, 83.

I- MOISÉS FOI UM MILAGRE DE DEUS

1- Nasceu sob a perseguição dos Egípcios Ex.1:15,16

2- Foi protegido milagrosamente Ex.2:3

3- Como teve a vida poupada Ex.2:5-9

4- Sua formação At.7:22

II. OS PRIMEIROS ANOS DE MOISÉS

1. A infância. Para salvar a vida do pequeno Moisés, sua mãe, Joquebede, o colocara num cesto, às margens do Nilo. O que ela não poderia imaginar é que ali, bem perto, banhando-se no rio, estava a filha de Faraó para ampará-lo (At 7.21). Assim, a princesa deu-lhe o nome de Moisés, “porque das águas o tenho tirado” (Êx 2.10).

Os planos de Deus jamais podem ser frustrados. A filha de Faraó se afeiçoou tanto ao menino que prontamente o adotou. Além disso, O Senhor providenciou tudo a fim de que a própria mãe de Moisés fosse contratada para criá-lo. Foi nessas circunstâncias que Deus agiu propiciando a Moisés formação espiritual através dos seus pais e, mais tarde, formação “acadêmica” no Egito (At 7.22).

2. Sua chamada. Estando Moisés em Midiã, Deus o fez subir ao monte Horebe. Ali, o Anjo do Senhor apareceu-lhe no meio de uma sarça ardente. Deus o chamou pelo nome e fez-lhe saber seus propósitos. O Todo-Poderoso escolhera seu servo para libertar os israelitas da escravidão do Egito.

III. SUA PREPARAÇÃO

Moisés foi realmente um exemplo de líder, foi um libertador, dirigente, mediador, legislador, profeta, foi sobretudo um grande homem de Deus que recebia a comunicação de Deus para o povo e sobre ele pesa toda a carga das peregrinações, como também é quem recebia o golpe da crítica do povo, e se encontra entre os grandes heróis da fé enumerados em 11 de Hebreus.

Ao analisarmos sua história podemos tirar grandes lições que podem ser aplicadas à liderança da igreja “moderna” , como as qualidades essenciais que um bom líder devem ter, tais como a capacidade, o temor a Deus, a verdade, e não avareza.

IV . TEMPERAMENTO CONTROLADO POR DEUS

1. No Egito. O temperamento de Moisés se manifestou quando, ainda vivia no palácio de Faraó. Ele matou um egípcio que feria um hebreu (Êx 2.11). Esta foi uma atitude impensada, decorrente das fortes emoções que sentiu ao ver um irmão sendo maltratado.

Um líder não deve tomar nenhuma atitude no ardor das emoções. Embora tenha sido algo reprovável na vida de Moisés, Deus se utilizou deste fato para levá-lo ao deserto a fim de que fosse preparado, durante quarenta anos, para exercer o seu chamado. Deus tinha um plano em sua vida.

Isto deixa claro que o Senhor não leva em conta o temperamento do homem o qual escolhe, mas sim a disposição deste em permitir que seu caráter seja aperfeiçoado.

2. Na travessia do Mar Vermelho.

Com suas emoções controladas por Deus, Moisés estava apto a conduzir o povo pelo deserto até Canaã. Diante do Mar Vermelho e cercado pelo exército de Faraó, esse eficaz líder viu-se diante de um enorme desafio.

O povo perdera a confiança em Deus e, amedrontado, culpava Moisés pela difícil circunstância. Jamais havia sofrido tamanha pressão.

Todavia, com segurança e serenidade exortou ao povo: “... Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor...” (Êx 14.13). Todo homem de Deus precisa saber lidar com situações difíceis e extremadas (Pv 24.10).

Deus se manifestou poderosamente a seu povo, fazendo-o passar a pés enxutos pelo mar (Êx 14.15-21). Todos seus adversários perecem (Êx 14.22-30). Assim, o povo pode constatar a autoridade que o Senhor dera a Moisés.

1- Nos primeiros quarenta anos Ex.2:10

A- Passou no palácio de Faraó

a) Aprendeu que era tudo

2- Dos quarenta aos oitenta anos Ex.2:11

A- Passou no deserto Ex.2:15,21

a) Aprendeu que não era nada

3- Dos oitenta aos cento e vinte anos Ex.3:1-5

A- Passou trabalhando para Deus

a) Aprendeu que Deus é tudo

V. SUA CHAMADA

1- Foi no monte (lugar certo) Ex.3:1

2- Foi no meio do fogo (marcada importante) Ex.3:2

3- Foi com interesse (ponto importante) Ex.3:3

4- Foi com exortação (bom sinal) Ex.3:4,5

5- Foi com santidade (Característica indispensável) Ex.3:6

6- Foi com clareza (principio fundamental) Ex.3:10-12

(V 10 ) Deus chama Moisés para tirar o seu povo do Egito. O que estava o povo de Deus fazendo no Egito? Vamos juntos acompanhar os passos dos hebreus começando com José em Gênesis 37-50 e terminando com Moisés em Êxodo 1 e 2. Vemos em Êxodo capítulo 2: O Nascimento de Moisés, O Homicídio, A Fuga e Morte de Faraó.

Moisés morou 40 anos com os midianitas e aprendeu muitas coisas que foram úteis quando teve que liderar os israelitas no deserto como: relevo geográfico, trilhas, oásis, fontes.

Os midianitas eram parentes distantes dos hebreus conforme Gênesis 25.2. É provável que os midianitas mantiveram contato com a tribo de Judá e falaram sobre Deus Jeová para Moisés; haja vista que o sogro de Moisés era um sacerdote.

V. 1-9 Moisés apascentava o rebanho de seu sogro quando Deus apareceu a ele, isto é, Deus se revelou a Moisés. Moisés sabia muito pouco sobre os israelitas, pois for a criado na corte de Faraó.

O livro de Gênesis e os dois primeiros capítulos do livro de Êxodo foram revelados por Deus a Moisés. Ele até se assustou quando Deus disse tudo sobre ele: tribo, pai, mãe, irmãos.

V. 10 Após a narração, Deus disse para Moisés: “Agora que você, Moisés, está ciente de tudo; Eu preciso de você. Quero que você, juntamente com o seu irmão Arão, liberte o Meu povo do cativeiro e leve-o até a Palestina, sua pátria”.

V. 11 Moisés relutou por ser uma tarefa muito difícil. Ele achava que não estava capacitado para um empreendimento tão grande.

V. 12-17 Deus deu todas as coordenadas, todas as explicações a Moisés.

V. 18 e assim finalmente Moisés partiu para o Egito. A tarefa foi árdua, mas ele conseguiu porque seguiu as instruções de Deus.

Alguns teólogos dizem que os faraões opressores foram: Totmés III (1500-1450 a.C) e Amenófis II (1447-1420 a. C). Ambos eram da XVIII Dinastia.

Outros teólogos afirmam que os faraós opressores foram Ramés II (1295-1225 a. C) e seu sucessor Menefta (1225-1215 a.C), ambos da XIX Dinastia. Todos os teólogos estão de acordo que foi o Faraó Menefta que autorizou a saída dos israelitas do Egito após muita resistência.

Há a Chamada Geral e a Especial. A Geral é aquela que Deus chama toda a humanidade para segui-lO e a Especial é aquela em que Deus escolhe pessoas já regeneradas para um trabalho específico.

Moisés escreveu cinco livros chamados de Pentateuco de Moisés. Ei-los:

Gênesis: Origem ou princípio de tudo que existe no Universo. Narra outros fatos também.

Êxodo: Narra a saída do povo de Deus do Egito e outros fatos interessantes. Foi escrito entre 1292 e 1225 a.C.

Levítico: Trata quase que exclusivamente dos deveres sacerdotais. Como a tribo de Levi era a tribo dos sacerdotes, o nome do livro é uma homenagem àquela tribo. Contém muitas leis.

Números: Recebeu esse nome por causa da contagem ou recenseamento dos israelistas no deserto.

Deuteronômio: Significa Segunda Lei. Além das leis novas, há complementos, esclarecimentos e modificações para as leis anteriores contidas nos outros livros anteriores. Temos também a preparação para a entrada na Palestina, eleição de Josué, despedida de Moisés, suas bênçãos proféticas e sua morte.

VI. CARACTERÍSTICAS INDISPENSÁVEIS AO LÍDER

1. Amor. Ao saber do pecado de Israel pelo próprio Senhor, Moisés demonstrou-lhe todo seu amor e lealdade. Deus propôs-lhe ser o líder de uma nova nação, com todas as honras e benefícios que isto poderia trazer. Porém, Moisés não pensou em si mesmo e no seu próprio bem-estar. Ao contrário, intercedeu pelo povo por duas vezes (Êx 32.30-33; 33.12-17).

Ele não se contentou com a salvação física do povo e pelo seu perdão completo, queria a presença do Senhor entre eles. Chegou a pedir ao Senhor que tirasse o seu nome do Livro da Vida em troca do perdão que almejava para o povo.

Moisés ensina, com sua atitude, que é possível abrir mão de certos interesses para beneficiar pessoas que estão ao nosso redor ou sob nossa orientação (1 Co 13.5). Seu grande equívoco foi acreditar que a retirada do seu nome do Livro da Vida viabilizaria o perdão do povo, algo que só Deus pode fazer.

2. Humildade e mansidão (Nm 12.3). Todo líder, qualquer que seja sua área de atuação, corre o risco de desgastar-se no exercício da liderança, quando não delega responsabilidades.

Trata-se daqueles que julgam ser capaz de fazer tudo sozinho. Todos precisam de cooperadores (Rm 16.3; 1 Co 3.9). Caso contrário, não faltará exaustão e estresse.

Isso aconteceu com Moisés que pretendia conduzir o povo sozinho. Todavia, seu sogro, um homem cheio de sabedoria, aconselhou-o a utilizar um método eficaz de liderança (Êx 18.17-24). Moisés poderia simplesmente não aceitar o conselho de Jetro.

No entanto, não foi assim que agiu! Hoje em dia muitos jovens não querem ouvir os conselhos dos mais velhos, pois se julgam auto-suficientes. A Palavra de Deus nos diz que na multidão de conselheiros há sabedoria (Pv 11.14).

À medida que Moisés permitiu que seu caráter fosse trabalhado, Deus o usou na concretização de seus planos em relação ao povo de Israel, fazendo-os entrar em Canaã (Êx 6.4).

Deus agirá do mesmo modo com qualquer cristão que Ele escolher para realizar qualquer projeto no seu Reino.

Que Deus nos abençoe, amém!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Antioquia uma Igreja missionária



Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
mensagemdemissoesdopresbjaniosantos.blogspot.com




Meus amados missionários A Paz do Senhor!

Em Atos 13 o horizonte de Lucas se alarga, pois o nome de Jesus seria maciçamente testemunhado além da Judéia e Samaria. A partir de Antioquia chegaria aos confins da terra. Os dois diáconos evangelistas prepararam o caminho.

Estevão através de seu ensino e martírio, Filipe através de sua evangelização ousada junto aos samaritanos e ao etíope. O mesmo efeito tiveram as duas principais conversões relatadas por Lucas, a de Saulo, que também fora comissionado a ser o apóstolo dos gentios, e a de Cornélio, através do apóstolo Pedro.

Evangelistas anônimos também pregaram o evangelho aos "helenistas" em Antioquia. Mas sempre a ação esteve limitada à Palestina e à Síria. Ninguém tinha tido a visão de levar as boas novas às nações além mar, apesar de Chipre ter sido mencionada em Atos 11:19. Agora, finalmente, vai ser dado esse passo significativo.

A igreja em Antioquia surgiu meio que por acaso. Por causa da perseguição desencadeada com a morte Estevão, (cujo mentor foi justamente nosso bom e velho amigo Paulo) a Igreja de Jerusalém foi obrigada a se espalhar pelas diversas partes do Império Romano, e por onde iam anunciavam o evangelho. Não teria sido necessária uma perseguição se a Igreja tivesse entendido que sua missão não se limitava a Jerusalém, pois muito antes Jesus tinha dito "Por toa Judéia, Samaria até os confins da Terra". Mas Deus, transforma o mal em bem, fez dessa tribulação a oportunidade para o evangelho ganhar o mundo.

mesmo tendo sido dispersos eles ainda continuavam se "achando" e só pregavam o evangelho de Jesus entre os Judeus. Quando os fiéis chegaram na cidade de Antioquia, uma cidade poderosa e influente na época, eles começaram algo totalmente novo, "radicalizaram geral" e começaram a pregar também entre os gregos. Desde sua origem a igreja em Antioquia entendeu que a mensagem da cruz não pode se limitar a um povo só, a uma só nação, mas é para todas as culturas.

Quando os apóstolos em Jerusalém souberam do babado, mandaram Barnabé que de tabela levou Paulo (agora já convertido) para dar apoio aquela nova comunidade. E tal era o comportamento, a fé e a obediência daqueles homens que pela primeira vez os servos de Jesus foram chamados de Cristãos que significa "Pequeno Cristo" ou "Semelhante a Cristo", título que, talvez não com tanto mérito, mas com orgulho carregamos até hoje.

Paulo, Barnabé e outros mestres permaneceram em Antioquia ensinando e edificando a Igreja, mas uma Igreja que já nasceu sabendo que o evangelho era também para os gregos não poderia se fechar no seu mundinho e movidos pelo Espirito Santo enviaram Paulo e Barnabé às outras regiões. Quando uma Igreja é cheia do Espírito Santo e da ouvidos a voz do Espírito ela não consegue ficar confinada em suas paredes ela precisa ganhar o mundo. Além disso Antioquia mandou o que tinha de melhor seus líderes principais, mais preparados.

Paulo fez três talvez quatro grandes viagens missionárias, e levou o evangelho a todas as regiões que podia, até mesmo na casa de César.

Quando falamos em missões nos perguntamos onde estão os missionários, aqueles que bravamente se colocarão a serviço do Senhor, mas esquecemos do que foi dito "Como pregarão se não forem enviados?" E quem enviará, se não a igreja a quem foi dada a missão. É a igreja local que é responsável por alistar, capacitar, enviar e sustentar o missionário que está no campo entre as nações. Como teremos novos Paulos em nossa geração se não se levantarem novas Igrejas semelhantes a Antioquia.

A população cosmopolita de Antioquia se refletia nos membros de sua igreja e até mesmo em sua liderança, que consistia em cinco profetas e mestres que moravam na cidade. Lucas não explica a diferença entre esses ministérios, nem se todos os cinco exerciam ambos os ministérios ou se os primeiros três eram profetas e os últimos dois mestres.

Ele só nos dá os seus nomes. O primeiro era Barnabé, que foi descrito com "um levita, natural de Chipre" (Atos 4:36). O segundo era Simeão que tinha o sobrenome de Níger, que significa Negro, provavelmente um africano e supostamente ninguém menos que Simão Cireneu, que carregou a cruz para Jesus. O terceiro era Lúcio de Cirene e alguns conjecturam que Lucas se referia a si mesmo o que é muito improvável já que ele preserva seu anonimato em todo o livro.

Havia também Manaém, em grego chamado o "syntrophos" de Herodes o tetrarca, isto é, de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. A palavra pode significar que Manaém foi "criado" com ele de forma geral ou mais especificamente que era seu irmão de leite. O quinto líder era Saulo. Estes cinco homens simbolizavam a diversidade étnica e cultural de Antioquia e da própria igreja.

Foi quando eles estavam "servindo ao Senhor, e jejuando" que o Espírito Santo lhes disse: "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At.13:2). Algumas perguntas precisam ser respondidas.

A quem o Espírito Santo revelou a sua vontade? Quem eram "eles", as pessoas que estavam jejuando e orando?

Parece-me improvável que devamos restringi-los ao pequeno grupo dos cinco líderes, pois isso implicaria em três deles serem instruídos acerca dos outros dois. É mais provável que se referia aos membros da igreja como um todo já que eles e os líderes são mencionados juntos no versículo 1 de Atos 13. Também em Atos 14:26-27, quando Paulo e Barnabé retornam, prestam conta a toda a igreja por terem sido comissionados por ela. Possivelmente Paulo e Barnabé já possuíam anterior convicção do chamado de Deus e esta verdade foi aqui revelada para toda a igreja.

Qual o conteúdo da revelação do Espírito Santo à Igreja em Antioquia?

Foi algo muito vago e possivelmente nos ensina que devemos nos contentar com as instruções de Deus para o dia de hoje. A instrução do Espírito Santo foi "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado", muito semelhante ao chamado de Abrão: "vai para a terra que te mostrarei". Na verdade em ambos os casos o chamado era claro mas a terra e o país não.

Precisamos observar também que tanto Abrão como Saulo e Barnabé precisariam, para obedecerem a Deus, darem um passo de fé.

Como foi revelado o chamado de Deus?

Não sabemos. O mais provável é que Deus tenha falado à igreja através de um de seus profetas. Mas seu chamado também poderia ter sido interno e não externo, ou seja, através do testemunho do Espírito em seus corações e mentes.

Independente de como o receberam, a primeira reação deles foi a de orar e jejuar, em parte, ao que parece, para testar o chamado de Deus e em parte para interceder pelos dois que seriam enviados. Notamos que o jejum não é mencionado isoladamente. Ele é ligado ao culto e à oração, pois raras vezes, ou nunca, o jejum é um fim em si mesmo. O jejum é uma ação negativa em relação a uma função positiva. Então jejuando e orando, ou seja, prontos para a obediência, "impondo sobre eles as mãos os despediram".

Isto não era uma ordenação ao ministério muito menos uma nomeação para o apostolado já que Paulo insiste que seu apostolado não era da parte de homens, mas sim uma despedida, comissionando-os para o serviço missionário.

Quem comissionou os missionários?

De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como "deixou-os ir", livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo "adulou" no sentido de soltar.

Mas ele também o usa no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito.

Não há indícios para crermos que Saulo e Barnabé eram voluntários para o trabalho missionário. Eles foram enviados pelo Espírito através da igreja. Portanto cabe a toda igreja local, e em especial aos seus líderes, ser sensível ao Espírito Santo, a fim de descobrir a quem ele está concedendo dons ou chamado.

Chamado missionário não é um ato voluntário, é uma obediência à visão do Senhor.

Assim precisamos evitar o pecado da omissão ao deixarmos de enviar ao campo aqueles irmãos com clara convicção de que foram chamados por Deus, bem como a precipitação de o fazermos com outros que possuem os dons para tal, mas sem confirmação do Espírito à igreja.

O equilíbrio é ouvir o Espírito, obedecê-lo e fazer da igreja local um ponto de partida para os confins da terra.

Continuemos a orar pelos missionários que estão em ação; e se podermos contribuir para esta tão importante obra será uma bênção e pra a glória do nome do Senhor Jesus!

Dia de Oração por Missões Mundiais acontece em 7 de março


Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

 Durante as 24 horas do dia os cristãos estarão intercedendo por missionários de todas as partes do mundo que estão levando a Obra de Deus até os confins da Terra

No dia 7 de março a Junta de Missões Mundiais (JMM) está realizando o Dia de Oração por Missões Mundiais que tem como objetivo levantar um clamor por aqueles missionários que estão servindo em localidades distantes, enfrentando dificuldade e até mesmo perigo para poder levar a Palavra de Deus.

Para participar a igreja precisa mobilizar seus membros a se comprometerem em orar durante uma parte daquele dia. O JMM lembra que igrejas grandes podem separar 144 pessoas para orar 10 minutos daquele dia, somando 1.440 minutos, ou seja, 24 horas de intercessão pelas missões.

Mas essa não é apenas a única forma de participar, para lembrar a data é possível fazer um culto especial, uma vigília, reunião de grupos pequenos, cultos domésticos e até mesmo reuniões de oração. Mas todos esses eventos precisam ter como objetivo orar em favor dos missionários e cristãos que estão em várias partes do mundo.

O dia pode ser lembrado por aqueles que adotaram uma família missionária ou um projeto, e durante o dia 7 é interessante orar especificamente por essas pessoas. ” É importante pedir para que o Senhor crie oportunidades para seus missionários anunciarem Cristo, a paz que liberta, às nações , diz trecho do texto da JMM.

Se você entende a importância de interceder por nossos irmãos que atenderam ao IDE de Cristo ajude a divulgar o Dia da Oração por Missões Mundiais anuncie nas suas redes sociais para que todos conheçam a importância de participar desse evento.

Você ainda pode colocar nas cartas enviadas aos missionários e até mesmo publicar uma nota no informativo ou boletim da igreja para que todos os membros saibam e aceitem participar dessa mobilização.

A JMM disponibiliza o site do Programa de Intercessão Missionária (PIM) para que os interessados se inscrevam para orar pela obra de evangelização mundial, pedindo a Deus para abrir o coração daquelas pessoas resistentes ao Evangelho, para que sejam transformadas pela paz de Cristo.

Nesse site também é possível adotar um projeto ou um missionário para interceder por ele. Entre em contato com a Central do Adotante: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades) ou acesse o www.jmm.org.br.

A data também poderá ser lembrada em um culto especial, vigília, reunião de Pequeno Grupo, culto doméstico, reunião de oração... Escolha a melhor forma de conscientização sobre a importância da oração para se levar Cristo, a paz que liberta, a todo o mundo. Se não for possível realizar uma programação neste dia, sugerimos que a igreja escolha outra data. O importante é não ficar de fora desta grande mobilização.

Todas as metas alcançadas por Missões Mundiais acontecem com a permissão e a graça do Senhor.

Vidas são transformadas, povos são alcançados, sonhos são resgatados, milagres acontecem. Tudo isso só é possível por meio da oração. É através dela que podemos falar com Deus e compartilhar com Ele nossas angústias, aflições e pedidos.

A oração faz do crente um missionário. Quem adota uma família missionária ou um projeto, deve orar especialmente por eles neste dia 07 de março. É importante pedir para que o Senhor crie oportunidades para seus missionários anunciarem Cristo, a paz que liberta, às nações.

 Espalhe esta idéia

Há várias maneiras de ficar por dentro do Dia de Oração por Missões Mundiais. Para fazer parte desta grande rede de intercessão pela obra de evangelização mundial, basta se cadastrar no Programa de Intercessão Missionária (PIM) e pedir a Deus para abrir o coração daquelas pessoas resistentes ao Evangelho, para que sejam transformadas pela paz de Cristo.

Converse com o promotor de Missões de sua igreja e saiba como você pode ajudar a organizar esse importante dia no calendário da Campanha Missionária 2012.

 O Brasil é a segunda maior “força missionária” do mundo

 Estados Unidos mantém sua marca histórica e permanece o número 1

Na década de 1980, o Brasil passou a ser chamado de “celeiro de missões” por estudiosos que percebiam o potencial do país. Juntamente com outras nações emergentes, foi chamado de NPE (Novo País Enviador) juntamente com países como Coréia do Sul, Cingapura e Filipinas.

De acordo com Todd Johnson, diretor do Centro para o Estudo do Cristianismo Global do Seminário Teológico Gordon-Conwell , que estuda o avanço do cristianismo, o Brasil já se tornou o segundo país que mais envia missionários para o exterior.

Dos 400.000 missionários globais enviados para países estrangeiros em 2010, o Brasil enviou 34.000. Ficou apenas atrás dos Estados Unidos, que enviou 127.000.

As estatísticas foram apresentadas por Todd Johnson este mês. Curiosamente, apesar de os Estados Unidos serem o país que mais envia missionários ao exterior, também é o país que mais recebe missionários estrangeiros. Cerca de 32.400 obreiros cristãos foram enviados para lá e a maioria veio justamente do Brasil.

O crescimento no envolvimento missionário do Brasil está relacionado com a “explosão” dos evangélicos nos últimos 30 anos. O país tem a segunda maior população protestante do mundo. Também abriga um grande número de organizações missionárias. A maior atualmente é a JOCUM (Jovens Com Uma Missão) que tem 16.000 missionários trabalhando em cerca de 150 países.

A história missionária moderna começou na Inglaterra, em 1972, quando William Carrey foi para a Índia. Duas décadas depois, Adoniram Judson e sua esposa Ann Hasseltine Judson chegaram a Mianmar (antiga Birmânia). No Brasil, os primeiros missionários enviados para o exterior foram para Portugal, cerca de 100 anos atrás.

De acordo com Dana Robert, autor do livro “Missão cristã: Como o cristianismo se tornou uma religião mundial”, até o ano 2000 cerca de dois terços dos cristãos eram originários de países onde os missionários ocidentais trabalharam um século antes.

Que Deus ajude a cada um dos missionários em campo de missões; a cada um de nós que ainda não fomos enviados compete orar e contribuir com esta tão importante tarefa em nome de Jesus, amém!